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Susana Pinto

Rita + Pedro, o amor celebra-se a dobrar!

Fechamos esta semana de glórias variadas em modo muito festivo e feliz. Portugal faz bem e se dúvidas tivéssemos sobre nós próprios, basta apreciar devida e longamente o que se passou nos últimos dias. Foi bonita a festa, pá!

Estreamos o elegante trabalho do trio It’s all about… (novíssima recomendação do Simplesmente Branco), com o casamento da Rita + Pedro, no Areias do Seixo, que celebraram em dose dupla, primeiro a dois, depois com todos.

Sobre tudo isto, tenho apenas a dizer: mas que bela ideia!

Eles explicam tudo, bom fim-de-semana.

 

 

 

 

 

Como foi o pedido de casamento?

Foi um pedido cheio de peripécias, aventura e num lugar mágico! Estávamos de viagem (uma das coisas que mais gostamos de fazer) pela Tailândia e Cambodja.

O Pedro já tinha em planeado fazer o pedido ao pôr-do-sol em Angkor Wat, Cambodja, local onde planeámos estar a meio das nossas férias. Preparou um video sobre a nossa história; comprou a aliança e levou-a escondida para as férias. Faltava somente arranjar uma caixa para a colocar: nesses dias de férias andou a dizer que gostaria de comprar uma caixinha típica para oferecer à mãe bla bla bla… Sempre que me pedia opinião sobre uma caixa eu não gostava, até que no dia em que planeámos ver o pôr-do-sol em Angkor Wat, vi uma caixinha que gostei muito (mal sabia eu que era para a aliança)… Comprámos a caixa e lá fomos de tuk-tuk.

Angkor Wat fica no no Cambodja, num complexo no meio da selva densa, cheio de templos budistas. Quando chegámos, subimos um dos templos e aguardámos pelo famoso e espetacular pôr-do-sol num cenário inesquecível. Enquanto esperávamos, o Pedro passou-me o telemóvel e os auriculares e pediu-me para ver e ouvir… era um filme com fotos nossas e a “nossa” música. Fiquei tão emocionada que ao início nem me apercebi do que se tratava… entretanto o sol pôs-se (tínhamos o lusco fusco ainda) e o guarda do templo disse que tínhamos mesmo de descer porque estava a ficar noite e noite na selva é noite cerrada…. eu continuava vidrada a ver o filme e o Pedro a tentar acalmar o guarda e pedir mais 2 minutos… mas nada adiantou e tivemos mesmo de descer, sem ter visto o filme até ao fim e eu sem perceber nada.

Novamente no tuk-tuk, já de noite e no meio da selva, seguimos aos solavancos, tendo somente como testemunha o condutor! Tornei a ver o filme e no final o Pedro perguntou-me se queria casar com ele. Deu-me a dita caixinha com a aliança e tudo fez sentido. Pelo caminho, rimos à gargalhada com a situação toda, chorámos e gritámos bem alto de felicidade…

 

 

 

 

Como se organizaram? Por onde começaram, com que antecedência?

Começámos a trocar impressões, sem grandes pressas logo após o pedido, em Abril de 2014. Queríamos uma cerimónia pequena, original e mais intimista, fugindo ao casamento tradicional. Apercebemo-nos mais tarde que mesmo uma coisa simples se tornaria num processo bem mais complexo do que aquele que esperávamos. Como quase todas as nossas organizações têm uma folha de excel, foi por aí que começámos. Com o apoio de algumas listas que vimos na internet, criámos o nosso plano de tarefas e com timings a cumprir. Em paralelo criámos o orçamento. A divisão das tarefas não foi difícil, o Pedro fazia o controlo e gestão do orçamento e eu a parte mais criativa, de inspiração e ideias.

Desta base de partida, decidimos que havia duas coisas que tinham que ser tratadas o quanto antes: escolher o local e decidir a data. A escolha do local acabou por ser central. Queríamos fugir à tradicional quinta de casamentos. Já tínhamos em mente alguns sítios, apesar de não existirem muitas opções dentro do ambiente que queríamos criar. O Hotel Areias do Seixo, foi o primeiro sítio que visitámos e achámos logo que era a nossa cara. Na tentativa de não nos atirarmos logo para a primeira opção, fomos visitar outros sítios, mas nada que nos transmitisse o que sentimos quando estivemos nas Areias do Seixo.

Quanto à escolha da data, tivemos várias agendadas! Que foram sendo alteradas por questões de logística pessoal, dado estarmos a morar fora de Portugal. Foi no seguimento destas dificuldades logísticas que decidimos porque não casar 2 vezes!

O primeiro casamento foi “em segredo” e somente “a dois”, cerca de 1 ano depois do pedido, a 6 Julho de 2015. Quisemos um dia só nosso, sem grandes preparativos, mas a fazer coisas de que gostamos. Desfrutámos de um piquenique brunch, antes de irmos ao registo civil e formalizar a nossa união, tendo sempre como cúmplices, repórteres e amigos os nossos fotográficos da It’s All About. Fizemos um tour de tuk-tuk pelos bairros típicos de Lisboa (já que o pedido foi feito assim), bebemos um copo no final da tarde num skybar e jantámos os dois. Incrivelmente conseguimos fazer tudo isto sem nos termos cruzado com nenhum amigo, familiar ou conhecido!

Conseguindo guardar este segredo com os pais e padrinhos, o “casamento” para a família e amigos aconteceu a 25 Abril de 2016, planeado um ano antes. Neste dia foi partilhada a grande surpresa, através de um vídeo realizado no dia a dois e onde quem oficializou a união foram os padrinhos com uma cerimónia linda e original!

 

 

 

 

Que ambiente quiseram criar? Como o fizeram?

Não tivemos grandes dúvidas sobre o que queríamos, tínhamos os dois ideias muito parecidas. Queríamos um ambiente mágico e descontraído para desfrutar com os amigos e família. Um cenário boho chic, vintage, trendy, primaveril e étnico e cheio de pormenores e mensagens nossas.  Como gostamos de decoração e design, natureza, mar, o contraste do moderno com o tradicional, a escolha do Hotel Areias de Seixo foi um processo natural. Só por si, reunia muito ou quase tudo isso… Era tudo inspirador!! Tinha tudo a ver connosco, inclusive as raízes africanas que pontuavam pequenos espaços do hotel.

 

A opção “feito por nós” surgiu porquê?

Desde miúda que sempre adorei tudo o que estivesse relacionado com artes, desenhar, criar, decorar… achámos que seria muito original e bem mais personalizado sermos nós a fazer os nossos convites, o logotipo, todo o tipo de grafismo, os presentes para os convidados à volta do nosso dia, em vez de contratar alguém para o fazer. Tornava esse dia com muito mais significado.

 

 

 

 

Tiveram ajuda?

Como estivemos sempre organizados e dentro dos timings estipulados, não sentimos necessidade de pedir ajuda. Pedimos apoio na impressão de todo o grafismo e convites ao Sr. José Salvado (pai de um amigo nosso) que fez um trabalho espetacular.

A equipa das Areias de Seixo que ajudou naturalmente em toda a decoração do espaço e criação de detalhes à nossa imagem.

E os padrinhos, cúmplices do casamento “secreto”, a quem pedimos para preparar e oficializar toda a cerimónia, visto que não íamos ter conservador (toda a cerimónia foi surpresa para nós) superaram as nossas espectativas, foi uma cerimónia única, cheia de humor, com momentos de emoção e certamente ninguém irá esquecer!

 

 

 

 

O que era o mais importante para os dois?

Visto termos tido um dia exclusivamente nosso, no casamento “secreto”, queríamos ter um dia em que pudéssemos desfrutar descontraidamente, um dia divertido, cheio de surpresas e detalhes com os quais nos identificássemos, rodeados das pessoas mais importantes das nossas vidas.

 

E secundário?

Sempre quisemos fugir ao “casamento típico despersonalizado”, por isso evitámos tradicionais protocolos e formalismos. Cada coisa e cada momento tinham que ter um significado para nós.

 

 

 

 

Onde gastaram mais dinheiro?

Naturalmente que como em qualquer casamento, o catering e o aluguer do espaço. Mas também ficamos surpreendidos com o que gastámos no bolo dos noivos.

 

Onde gastaram menos? 

Dado que todo o grafismo e decoração foram em grande parte feito por nós, tendo muito mais significado, ficou abaixo do nosso orçamento.

 

 

 

 

O que foi mais fácil?

A escolha do local foi “amor à primeira vista”.

Os fotógrafos foram igualmente uma escolha óbvia e imediata. O It’s all about… correspondiam ao tipo de fotografias que queríamos, descontraídas e informais.

 

O que foi mais difícil?

A escolha mais difícil foi mesmo a selecção dos convidados. Ambos temos famílias muito grandes e querendo um casamento mais intimista, a escolha não foi fácil.

Por outro lado, levando o ano sempre de malas e bagagens feitas entre Lisboa e Zurique, a coordenação das nossas agendas não foi fácil.

 

 

 

 

 

 

O que vos deu mais prazer criar?

A verdade é que, apesar de um casamento dar muito trabalho e consumir muito tempo, houve tantas criações que nos deram uma satisfação enorme a preparar.

Desde o casamento a dois até à criação da ideia do casamento secreto que seria desvendado no dia para a família e amigos, deu-nos muito gozo; a galhofa durante as reuniões de preparação com os padrinhos (cúmplices do casamento secreto); o colocar um toque nosso em todos os detalhes que tínhamos e tínhamos muitos!; os detalhes de decoração, os ensaios da dança, o vídeo surpresa com os nossos momentos…

 

O casamento que planearam, é a vossa cara, ou foram fazendo cedências pelo caminho?

Claramente que existem sempre cedências e houve de ambas as partes, mas não foi por isso que não deixou de ser a nossa cara. Foi sempre a nossa cara!

 

 

 

 

Um pormenor especial?

Eu e o Pedro somos pessoas de detalhe, achamos que são os pormenores que marcam a diferença e ficam na memória. Na verdade, casar duas vezes foi muito especial.

A escolha da tia e madrinha para levar as alianças.

A entrada dos noivos foi muito especial. Decidimos que seríamos os primeiros a ver-nos, antes de todos os outros. Com a música a tocar, os meninos das alianças a chegar à cerimónia e nós a percorrer um longo corredor, de lados opostos, a caminho um do outro, sem mais ninguém. Esses minutos criaram um friozinho na barriga a todos os convidados. Aparecemos juntos depois para todos.

A revelação do segredo que já estávamos casados à família e amigos, partilhando o filme do casamento a dois, durante a cerimónia que os padrinhos organizaram, cerimónia essa muito especial e cheia de sentimento.

Pela ausência de pessoas que estão nos nossos corações, criámos um cantinho especial para sentirmos que também eles estavam connosco nesse dia.

A surpresa que a nossa amiga Rita nos fez, na altura de partir o bolo… cantou para nós enquanto os sparkles iluminavam a sala.

O “movimento All Star” em que pedimos aos convidados para aderirem calçando sapatilhas All Star.

A nossa dança que foi um desafio, diferente de tudo e uma surpresa.

 

 

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

Agora que já passou, suspiramos de alívio!! Foi um ano de muito trabalho e organização, mas valeu a pena, pois sentimos o coração cheio e um sorriso gigante.

Mudaríamos pouca coisa. Até o S. Pedro ajudou com um dia de verão (depois de uma semana a chover torrencialmente).

Mudaríamos a hora do início da cerimónia (que foi às 18h) para mais cedo. O dia passou a voar e sentimos que tivemos pouco tempo com as pessoas.

 

 

 

Algumas words of advice para as próximas noivas?

Achamos fundamental ter um plano de tarefas e um orçamento criado desde o início.

O apoio e partilha entre os dois é um grande pilar. Ter sempre os pés bem assentes na terra, porque sonhar é fácil, mas é preciso ser realista para não cair em frustração.

E não se esqueçam de desfrutar cada momento, a dois.

 

 

Os nossos fornecedores:

 

convites e materiais gráficos: desenhados pela noiva

local e catering: Hotel Areias do Seixo

bolo: Bake4You

fato do noivo e acessórios: fato e camisa Hugo Boss; sapatos Aldo e Converse All Star; laço Mr. Bow Tie

vestido de noiva e sapatos: vestido Inês Pimentel; sapatos Clarks e Converse All Star

maquilhagem: Joana Moreira

cabelos: Golden Locks

flores: Amor e Lima

ofertas aos convidados: um postal desenhado pela noiva, alusivo à missão de voluntariado que realizamos em Moçambique com a ONG Big Hand

fotografia e video: It’s all about…

luzes, som e Dj: Rituais

 

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