À conversa com: Lapela Photography – fotografia de casamento
Hoje sentamo-nos à conversa com a dupla algarvia de fotógrafos de casamento, Lapela Photography.
Conheci o trabalho do André Martins e Miguel Gonçalves através de uma das nossas queridas noivas de sexta-feira, a Rita Dias. Conversámos na altura sobre a minhas raízes algarvias, sobre o mercado de casamento no Algarve, do qual sei pouco porque não se mostra, não se encontra, e mantivemos um contacto ligeiro. Mais tarde, quando a irmã da Rita se casou, calhou novamente aos Lapela a tarefa de fotografar a bonita festa, e pelo meio, outra doce noiva, a Andreia, também os escolheu para registar seu dia.
Fiquei atenta, fomos trocando uns emails, até que passaram a fazer parte da nossa lista, oficialmente. Nos últimos dois anos, o trabalho que fazem ganhou asas, ganhou ponto de vista e tornou-se genuinamente bonito.
É sempre mágico ver o talento florescer e ganhar músculo em nome próprio. É, mesmo, o que eu mais gosto no meu trabalho!
Contem-nos um pouco da vossa viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.
A Lapela nasce da amizade entre dois colegas, amantes da fotografia, que se conheceram no trabalho que nada tinha a ver com esta área. No início nunca pensámos vir a fotografar a este nível sequer, era somente um hobbie do qual gostávamos e nos divertia imenso.
Um dia, através de um convite de amigos em comum, foi-nos feito o desafio de fotografar o seu casamento. Foi uma proposta que quisemos logo recusar, pois a responsabilidade era imensa e o medo de falhar aterrorizava-nos! Mas na verdade, tudo funcionou. Adorámos cada minuto. Sentimos que era uma oportunidade única para obtermos imagens cheias de emoção e dinâmica, mostrar muito mais do que os objectos estáticos a que estávamos habituados. O feedback que se seguiu motivou-nos, e, a partir desse momento, sentimos que algo maior estava para vir e que era necessário agarrar. Desde então temos vindo a fotografar cada vez mais, fomos encontrando o nosso estilo, a nossa marca, o nosso lugar.
Temos conhecido meio mundo de máquina na mão, satisfeitos, a fazer aquilo que mais gostamos. Dedicamo-nos a captar a essência das pessoas e dos lugares, procuramos encontrar as suas histórias.
Há quanto tempo fotografam? E porquê casamentos?
Casamentos, organizados enquanto Lapela Photography oficialmente, há 4 anos.
Fotografamos casamentos por várias razões. Primeiro, porque adoramos conhecer novas pessoas, temos alguma facilidade em nos relacionarmos, interessamo-nos verdadeiramente pelas suas histórias de vida. Por outro lado, o casamento é um momento em que tudo e todos transmitem felicidade, reina a boa disposição e isso contagia-nos também. Finalmente, porque durante aquele dia temos uma panóplia de emoções pelas quais as pessoas passam, desde tensão, choro, riso, momentos mais introspectivos e outros mais desconcertantes… Tudo isto acontece em sítios normalmente lindíssimos e originais, muito interessantes para fotografar e compor bonitos quadros.
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?
A nossa inspiração oscila muito. Tem fases boas e outras más. Por vezes sentimos que nos estamos sempre a repetir, sobretudo se fotografamos muitos casamentos seguidos ou em ambientes que se repetem. Quando saímos para cenários novos ou estamos mais tempo sem fotografar, tudo surge naturalmente. Parece que pensamos melhor e experimentamos novas técnicas e composições que provavelmente encontrámos no nosso dia-a-dia, nas interações sociais, ou que recordamos dos média, dos filmes, de videoclips e de outros fotógrafos de referência.
Quando saímos para cenários novos ou estamos mais tempo sem fotografar, tudo surge naturalmente. Parece que pensamos melhor e experimentamos novas técnicas e composições.
Quando precisam de refrescar e descansar o olhar (e a criatividade!), para onde olham?
Temos de sair, ir conhecer lugares diferentes. Parar por completo as nossas máquinas. Temos também um grupo de críticos mais chegados, que nos conhecem bem: a família e alguns amigos, a quem questionamos o que estão a achar e o que devemos mudar. Tertuliamos horas e horas. Vemos muito fotojornalismo, fotografia de arquitectura, publicidade… e passamos horas a encontrar “aquele que faz diferente” em fotografia de casamento.
Estão instalados no Algarve: o vosso trabalho é local ou claramente nacional?
Até ao momento o nosso trabalho tem sido mais local do que nacional. Há um mercado enorme na nossa região, sobretudo porque imensos estrangeiros procuram casar cá e nós temos a sorte de aqui viver.
Contudo já conhecemos bastante bem a nossa terra e sentimos que os sítios escolhidos para casar repetem-se muito e ninguém quer arriscar nada de novo. Por isso, queremos futuramente poder ter mais oportunidades para fotografar em todo o país.
Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação com os vossos clientes?
O cliente que vem até nós normalmente contacta-nos via email ou Facebook depois de já ter visto o nosso portfólio. Outros também já nos conhecem de casamentos em que estivemos presentes. Posteriormente, não dispensamos um reunião com casal, aí sentimos o “click” ou não. Hoje em dia, como já temos um largo portfólio exposto, as pessoas que nos escolhem percebem a nossa visão e estão em concordância, gostam do nosso estilo, e por isso dão-nos liberdade para criarmos o que entendermos. Começamos como simpáticos estranhos no início, e acabamos como bons amigos no fim da festa.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de fotografar?
Preferimos casamentos nacionais e emotivos, de preferência mais pequenos e intimistas… sem dúvida!
Preferimos casamentos nacionais e emotivos, de preferência mais pequenos e intimistas… sem dúvida!
Como definem a vossa assinatura, o vosso olhar?
A Lapela Photography é simples, natural, e descontraída.
O nosso olhar emotivo e geométrico.
Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?
O melhor é, sem dúvida, conhecer as histórias de cada casal, poder privar junto destes e suas famílias, viver momentos únicos e felizes. No fundo, vermos e disfrutarmos o lado bom da vida!
O mais difícil e desafiante é, no caos e no stress, conseguir pensar rápidamente e captar e captar a melhor imagem possível, que ao mesmo tempo consiga contar qualquer coisa ou transmitir uma emoção.
Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:
Esta imagem é irrepetível. Parece bastante simples, se não conhecermos a história desta noiva.
Este abraço entre pai e filha aconteceu no momento em que a noiva ficou pronta, no quarto do hotel. Imediatamente antes, soube que o pai estava a chegar, e pressenti que iria ser um momento super emotivo. Pedi que ela ficasse sozinha para receber o pai. E assim foi: o pai entra no quarto e comovem-se os dois com uma troca de olhares fixos. Depois surge este abraço, demorado e profundo.
Sim… neste momento ambos pensaram no mesmo: isto podia nunca ter acontecido! A verdade é que, poucos meses antes, a noiva recuperou de uma doença grave que lhe ameaçou a vida, pondo em causa o casamento, tal como o tinha idealizado: num destino diferente, num país lindo, perto do mar, junto dos mais chegados.
Porque é que é uma das nossas favoritas? Porque tem tudo o que queremos mostrar: emoção, empatia, simplicidade, genuinidade, cumplicidade e espontaneidade.
No fundo, sabemos que sempre que o cliente olhar para esta fotografia, a reacção vai directa ao coração. E isso faz-nos felizes por fazermos o que fazemos.
Sempre bonito. Conheçam melhor o portfolio dos Lapela Photography, passeado pela sua ficha de fornecedor. Eles estão à vossa espera para conhecer outros recantos bonitos do país!
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