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Susana Pinto

ASB e DSB

Antes do Simplesmente Branco e Depois do Simplesmente Branco.

“Como assim?”, poderão estar a pensar desta entrada dramática e afirmativa para o meu post de hoje, mas é uma afirmação tranquila e muito segura.

Há todo um momento, cenário, estética, posicionamento, modo de fazer e visão anteriores à existência do Simplesmente Branco, que mudou com a sua criação. Não quero com isto dizer que mudámos o mundo, inventámos a roda ou desprezamos tudo o que existia antes – longe disso!

O nosso valor – e a mudança que semeámos – foi validar a diferença.

Foi dizer (e justificar, demonstrando) que as coisas podiam ser feitas de outra forma, sem com isso matar o negócio, sem com isso deixarmos de ser profissionais, sem com isso deixar de servir, da melhor forma, os noivos, esse cliente tão precioso e único, conquistado a cada contacto e perdido após o grande dia, numa renovação de esforço contínua.

Validar a diferença foi (e é) tranquilizar os noivos que querem algo à sua medida – mesmo sem saber exactamente o que isso significa ou como se concretiza. É passar a mensagem de que o mercado está preparado para construir o mais bonito dos dias com eles, não apesar deles. É mostrar formas de fazer – das ideias mais simples às cedências mais complicadas -, que podem ser distintas do habitual, mas que não há problema nenhum com isso, que resultam, que são exequíveis, porque todos somos profissionais empenhados (e se não são, é isso que explicaremos e porquê).

É ajudar os noivos a sentirem-se bem na sua própria pele, confortáveis com as decisões tomadas, é ajudá-los a passar a mensagem, conceito e visão às suas famílias, é ajudá-los a argumentar e a encontrar o seu caminho num mar de opiniões, bem intencionadas, é certo, mas nem sempre certeiras.

É dar-lhes conhecimento, torná-los sabedores dos seus direitos e deveres (sim, ambos), dar-lhes ferramentas para gerirem, com sucesso, esta empresa temporária que se chama casar, onde investimento financeiro e emocional são imensos e estão interligados. Saber é poder, dizemos todos os dias. E vai correr tudo bem.

 

Do outro lado, o mercado.

Esse lago imenso e tão interessante, onde navegamos todos os dias e que queremos (falo por mim e pelos meus fornecedores) que seja cristalino e azul…

O que fizémos por ele, que mudanças touxemos para cena?

Iniciámos o diálogo.

Como o fazemos dentro de casa, passámos a fazê-lo fora também. Ligámos os intervenientes, apresentámo-los entre si, fomentámos a conversa, criámos ligações. De forma descontraída, informal, saudável.

Hoje temos uma comunidade criativa, fervilhante, renovada, de fornecedores profissionais do mercado de casamentos. Deixou de haver o domínio de um grupo sobre os restantes, subalternos e menores, e passou a haver uma comunidade de fornecedores, com voz própria, que se associa livremente aos seus pares: outros fornecedores que partilham a mesma visão de negócio, objectivos e perfil de cliente.

De peças soltas, sem grande assertividade ou rumo, passámos a ter uma rede profissional, arrumada por tribos de estilo. Eu diria que isso é muito interessante, democrático e até facilitador para o cliente.

E tal como validámos a diferença para os noivos, também o fizemos para os profissionais.

Mostrámos que havia procura para a oferta que estes fornecedores imaginavam prestar, inspirados pelo que viam lá fora nos blogs de referência (muito antes do Pinterest, muito antes do Instagram, muito antes de tudo e do mundos er tão global) e que também eles, cabeças criativas e talentosas, queriam pôr em prática.

Abrimos a porta para a casa onde estes dois lados do negócio se encontram: quem procura e quem oferece, quem compra e quem vende, quem imagina e quem executa.

Demonstrámos que a necessidade era real, que estes dois lados existiam e que precisavam, muito, de se encontrar. E criámos as condições para que isso acontecesse, para que essa conversa começasse.

 

O resultado é claro: há um antes e há um depois. O mercado de casamento nacional é hoje vibrante, criativo, não está atrás de ninguém, tem voz própria e uma amplitude de variedade que serve, literalmente, todos os gostos.

Tem as suas flutuações, os seus defeitos, o seu lodo (ainda muito longe do meu utópico lago cristalino), mas é variado, robusto, livre. É dinâmico e é interessante.

E isso, queridos noivos e caríssimos fornecedores, é muito, muito bom!

 

Imagens via PinterestPaper n’ Stich.

 

Duas vezes por mês, sempre às quartas-feiras, escrevo sobre assuntos que me fazem pensar, num artigo de opinião a que chamo O fio da meada.

Querem discuti-los comigo? Seria um prazer! Acompanhem-me aqui.

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