Alice e um casamento invulgar!
Hoje temos mais um real wedding nacional, bastante fora do comum, e totalmente recheado da personalidade dos noivos!
Inspirado pela “Alice no País das Maravilhas”, o casamento da M. e do S. foi isso mesmo, um casamento celebrado a dois, uma cocktail party com os amigos e um jantar regional com a família!
Como foi o teu pedido de casamento?
Íamos no carro e perguntei do nada: “Olha, se nos casássemos sem convidados achas que a família e amigos iam ficar chateados?” A resposta foi: “Acho que não”. E assim tudo começou.
Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?
Antecedência: nenhuma! Organização: pouca!
O “Pedido” foi em Abril, na altura fomos à conservatória, tratámos das alianças, comprei um vestido “normal” e ficamos descansados por estar tudo resolvido.
A ideia de fazer um cocktail começou a borbulhar por volta de Junho… Ou seja…. Dois meses antes! Depois disso fomos tentado fazer o que queríamos em pouco tempo.
Mantivemo-nos fiéis à ideia de casar sozinhos no dia (a meio da semana) e local que sempre sonhámos, simplesmente adicionámos a isso uma festa em casa, no mesmo dia mas horas mais tarde, apenas para os amigos mais chegados, a fim de partilhar o nosso novo estado civil. A família também teve um espaço de celebração pois fizemos um jantar (em dia mais “próprio”, ou seja, um Sábado) de anúncio de noivado (um noivado bastante curto, diga-se…. Apenas uns dias antes do casamento!) numa Quinta (Ruínas do Cerrado), mais precisamente no Museu do Pão, espaço óptimo para um bom jantar regional).
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Queria criar um ambiente de sonho, magia, com um leve toque de inocência quase infantil. Conceptualmente fui-me guiando pelo universo da “Alice no País das Maravilhas” apesar de mais “estrelado” – as estrelinhas foram a imagem de marca da decoração.
A linha estética que guiou tudo o resto começou pelos convites, com a caricatura dos noivos (feita há alguns anos atrás e reaproveitada para esse efeito). Os tons escolhidos foram o lilás alfazema, o branco e o prateado.
Depois foi só fazer uma investigação nos sites de DIY. As mesas foram decoradas com efeitos de tule, velas e flores. A comida era integralmente da categoria “finger food” com tabuletas identificativas feitas por mim (vi a ideia num post do Simplesmente Branco), fiz também uns pompons de papel (as instruções encontram-se em vários sites, como por exemplo no blog Pinga Amor) e comprei ainda alguns artigos na Confetti (que tem coisa fantásticas e a um preço acessível), como: banners, scatters, paper lanterns e especialmente as Bubbles! As garrafinhas de bolinhas de sabão foram distribuídas pelas meninas e muito usadas nas fotos de grupo, o efeito é muito romântico, delicodoce, lindo!
Os convidados do cocktail tiveram direito a fazer uma caricatura durante a festa (fui à procura do senhor que tinha feito a nossa caricatura!!!!) pelo que assim se fechou um ciclo: A notícia do casamento é dada sob a forma de uma caricatura dos noivos e a festa “Just Married” permite aos convidados realizar a sua própria caricatura.
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
Gosto muito de trabalhos manuais e já tinha experiência em criação de figurinos e cenografia.
Sempre que há a hipótese de realizar algo personalizado, original, totalmente feito à mão para quê comprar já feito?
Tiveste ajuda?
Não. Mas prefiro assim. Gosto de fazer as coisas à minha maneira e ritmo
O que era o mais importante para ti?
Que o momento fosse mágico para os noivos e bastante simbólico. O local e data eram muito importantes. Fazer uma festa simples mas atenta a pormenores e animada só para os amigos mais chegados também se tornou, já no último mês, um objectivo importante.
E secundário?
Era secundário fazer o que “é suposto” num casamento. Julgo que a paciência que tivemos em explicar aos amigos o conceito de “Cocktail Just Married” em casa ou a dificuldade em anunciar à família que iríamos casar sozinhos em plena via pública, valeu a pena.
Onde gastaste mais dinheiro?
No catering, claro! Mas a relação qualidade/preço era óptima e a simpatia das funcionárias excelente. Recomendo: Prima Bolos.
Onde gastaste menos?
No vestido de noiva usado, no Etsy: 21 dólares, ou seja, à volta de 15 euros, em perfeitas condições e mais importante que tudo, perfeito para o que eu queria. Obviamente que não é um vestido de noiva à séria e sim um “prom dress”, mas para mim, que procurava um vestidinho curto género lollipop, a opção “prom” era a mais indicada. Muitas horas passei eu a ver o site Etsy, aquilo vicia, especialmente para quem gosta de artesanato urbano. Foi também nesse site que descobri uma linha linda de vestidos vintage: Peppermint Pretty, onde me inspirei para o meu acessório de cabelo em forma de cartola. A cartola no fundo pode ter várias leituras, a minha ligação ao teatro, a cartola relacionada com o mundo da magia e, claro está, a cartola em alusão ao Chapeleiro da Alice. O acessório foi concebido pela Ana Jordão, a quem tenho de agradecer ter satisfeito todos os meus pedidos em tão curto espaço de tempo. Ela foi responsável não só pela cartolinha como também pelo birdcage veil (o look vintage é lindo, misterioso, tinha mesmo de ter um véu daqueles!!!!) e também por um casal de gatinhos (tão fofinhos, vestidos a imitar os noivos!) que a Ana faz como cake toppers mas que eu usei como identificador de porta.
Os sapatos também foram uma pechincha. Queria uns pumps que me dessem um ar um pouco pin up (tive quase para comprar na net os “Paris Hilton Women’s Senorita Pump”) mas quis a sorte que num passeio pelas ruas de comércio tradicional de Santiago de Compostela os meus sapatinhos branco-sujo altíssimos sorrissem para mim e a bom preço! O caminho para a cerimónia era um pouco acidentado pelo que mais tarde também comprei outro par mais simples e engraçado (para dar um ar de Alice) em cor alfazema para conseguir fazer “a caminhada”.
O que foi mais fácil?
Dizer “sim” e sorrir nas fotos! Aproveito para agradecer à Lounge Fotografia que eternizou o momento numa sessão fotográfica in loco imediatamente pós-cerimónia civil num cenário maravilhoso. Julgo que captaram nas fotos traços vintage, alusões à infância e também a boa disposição e descontracção dos noivos.
O que foi mais difícil?
Andar nos sapatos altos…!
O que te deu mais prazer criar?
Acho que tudo! Fiquei fascinada pelo universo dos casamentos temáticos, das inspirações de decoração, passei horas a ver sites e mudei por completo a minha visão da cerimónia de casamento. Pensei sempre que não havia grande alternativa ao convencional, mas quando comecei a descobrir um conceito de casamento distinto, criativo, do it yourself que me assentava que nem uma luva quis logo fazer uma cocktail party para eu própria criar o “meu” casamento!
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?
É sem duvida a nossa cara, não houve cedências mas cancelámos algumas ideias devido à falta de tempo. Por exemplo tinha um programa informático para realizar uma curta-metragem em cinema de animação com uma historinha engraçada dos noivos para passar no cocktail (gostamos muito de cinema de animação) mas quando iniciei o projecto constatei que levaria muito tempo e nunca o completei.
Um pormenor especial?
Houve surpresas inesperadas que tornaram o momento ainda mais especial. Por exemplo a senhora do cartório a quem foi pedido que se deslocasse ao local, tinha demonstrado muita apreensão pelas características da cerimónia – não havia convidados, era no meio de um local publico, eram os próprios noivos que iam buscar a conservadora … Achávamos que “a leitura” iria ser terrível pois deu-me a ideia (quando a contactei ao telefone) que ela estaria um pouco contrariada por ter de realizar a cerimónia daquela forma. Mas afinal de contas acabamos por ter uma agradável surpresa: inesperadamente no fim da leitura pediu-nos para ler um poema. Disse-nos que nunca tinha feito uma cerimónia civil parecida com a nossa e que de apesar de conhecer bem o Porto nunca tinha reparado naquele local e que era lindo!
Algumas words of advice para as próximas noivas?
O mais importante é que o casamento seja o reflexo daquilo que são os noivos e não apenas um sem fim de “tradições” sem sentido pelo simples facto de que “ tem de ser”.
E não se preocupem em ferir susceptibilidades porque a verdadeira família e amigos ficará feliz de saber que o dia, que é vosso e não deles, foi feito à vossa medida e não à medida das expectativas alheias.
Fantástico, verdade?
Podem ver mais imagens e detalhes deste casamento no blog da Lounge Fotografia e no Pinga Amor, da Ana Jordão, ambos fornecedores seleccionados do Simplesmente Branco. Hoje fizemos esta estreia a 6 mãos, partilhando clientes, conteúdos e projectos, para vos proporcionar uma experiência mais completa.
Working together is good!
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Mais uma entrevista fantástica, com tantos e bom conteúdos que as noivas nos têm proporcionado e com a veia de jornalista e inteligência que te caracteriza um dia destes ainda vamos ter o prazer de ter uma revista online…Simplesmente Branco!!! Nada mal, não era?
Há uma música do Rui Veloso, que diz “Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho…” aqui vou precisamente o contrário, houve muitas estrelas no céu que fizeram brilhar este caminho!
Muitas Felicidades ao casal, M, foi um prazer 🙂
Parabéns à Lounge Fotografia que captou o momento! E eu não podia estar mais orgulhosa de pertencer à equipa de fornecedores e Fã do SB.
Palavras que vão ser como raios de luz…para algumas pessoas ainda a preparar o seu casamento,não tenho dúvidas.
Quando fui contactado pela M. fiquei bastante agradado pelo facto de ser a 1ª noiva SB e por ter ideias tão irreverentes e diferentes do habitual. Depois de sabermos que iamos ter acessorios made by Ana Jordão, então ai foi ouro sobre azul! A sessão foi muito descontraida e num cenario bastante invulgar. Parabéns ao SB por proporcionar esta relação entre fornecedores/clientes que têm o mesmo objectivo comum, que é tornar o obvio em algo unico e eterno. Less is more!
Et voilá, este é o resultado de boas ideias, com bons clientes, bons fornecedores e uma boa plataforma de comunicação!
Um óptimo exemplo de como se pode trabalhar em parceria… sem dúvida um caminho a seguir.
Aos noivos muitas felicidades e parabéns pela irreverência e pelo gosto em fazer um casamento realmente à vossa medida.
O Simplesmente Branco está cada vez melhor! 🙂
É bom ver que os noivos conseguiram concretizar um casamento totalmente à sua imagem..Por isso dou-lhes os meus sinceros parabéns e que continuem assim ao longo da vida…Fiquei triste por não ver fotos do vosso material DIY; a descrição deixou-me “água na boca”…
Quanto às fotos, estão muito lindas, como já era de esperar…Fantástico trabalho Susana, continua assim, queremos ver mais e mais!
Alo Ana!
Este casamento é bastante pessoal até por isso os noivos fizeram questão de não aparecer explicitamente, e com alguma descrição, mas foram muito simpáticos em disponibilizar estas imagens.
O plano é ter um real wedding nacional por semana, todos diferentes -grandes, pequenos, diy, feito fora! Temos muitas coisas com graça nas próximas semanas que aí vêm, stay tunned!
Ah, e o Telmo vai ser nosso fornecedor!
Obrigado! 😉
Eu vou casar em breve exatamente assim =)
No civil e meu noivo e as testemunhas que são obrigatórias, faremos uma sessão de fotos como essa no jardim botânico de Curitiba (lindo não?) e depois a comemoração vai ser a dois em um luxuoso Hotel de Curitiba. Simples assim =)
Simples assim e perfeito assim 🙂
Não compreendo como este casamento aqui foi publicado… fotografias de sapatos e bouquet… zero de emoção… enfim.
Há tanta coisa bem feita em Portugal, não era necessário recorrer a APENAS isto.
Cara Joana, os noivos não quiseram ter as sua intimidade devassada pela internet, mas não se importaram de partilhar connosco os detalhes e ideias que quiseram pôr em prática. Para nós, uma boa parte do valor está na história e no processo e por isso, quisemos partilhar este casamento com os nossos leitores.