Sabrina, com uns detalhes em verde
Hoje inauguramos a nova saison com um real wedding… nacional!
Eu estou contentíssima, porque por muito bonitas e inspiradoras que sejam as imagens que costumo colocar aqui (e são…!), é sempre algo que parece estar a milhas da nossa realidade, apenas para sonhar e não necessariamente executáveis.
Apresento-vos a Ana, de 28 anos, casada de fresco com a sua cara metade (o José), inicialmente um grande amigo, de repente um grande amor, sem avisos nem antecipação, e muita surpresa para ambas as partes!
Como foi o teu pedido de casamento?
Foi muito inesperado! Na altura, o assunto “casamento” não era muito abordado, embora já tivéssemos muitos planos para o futuro… O pedido foi feito numa viagem ao Funchal, num passeio de teleférico pela cidade…
Foi muito romântico, com muitas lágrimas à mistura, mas fiquei sobretudo muito sensibilizada pelo facto de o meu namorado ter imaginado e preparado tudo sozinho…
Como te organizaste? Por onde começaste? Com que antecedência?
Decidimos casar um ano depois, mas na prática os primeiros seis meses foram para perceber que tipo de casamento queríamos ter e procurar ideias na internet. Comecei por pesquisar imagens e arquivá-las por pastas: “vestidos”, “decoração”, “convites”, “bouquets” etc. Em Dezembro (6 meses de antecedência), começámos realmente a trabalhar para o casamento.
O que te inspirou/onde te inspiras ao longo deste processo?
No fundo, queria ter um casamento elegante mas “diferente” do habitual. Na procura do vestido ideal, vi um vestido que me inspirou: o vestido branco e preto da Audrey Hepburn, no filme “Sabrina”. A partir daí, decidimos seguir o esquema de cores preto e branco, adicionando sempre um toque de verde, para dar mais vida à coisa.
Onde procuraste os teus fornecedores?
Através das ferramentas que mais utilizo: a internet e o Google…
Na altura ainda desconhecia os sites/blogs que hoje são para mim uma referência: Style me Pretty, Green Wedding Shoes e em Portugal, Pinga Amor, da Ana Jordão, Branco Prata, da Sofia Ferreira e claro, o Simplesmente Branco!
Em termos de fornecedores, para além da quinta onde decorreu o casamento que descobrímos através do bouche à oreille, encontrámos através do Google, o nosso fotógrafo, que aconselho vivamente e que superou todas as nossas espectativas: Telmo Ferreira Fotografia.
No Etsy, inspirei-me nas almofadinhas da 5eizen, e comprei os botões de punho personalizados do noivo na loja Bellamodaartist (que infelizmente já não está activa), que descobri através do site da Martha Stewart.
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Quisemos criar um ambiente elegante, mas sobretudo quisemos deixar a nossa marca, personalizando o nosso casamento ao máximo, para que os nossos convidados conseguissem rever-nos em todos os pormenores do evento.
O ponto de partida foi o convite. Fizemos cones para as pétalas de flores (utilizei o modelo da Happy Hour, da Wise_up Weddings) com o mesmo papel de parede e com o desenho vectorial que utilizámos no convite, elaborámos todo o material gráfico e personalizámos todos os detalhes: marcadores de mesa, caixinhas de fósforos, frascos para as bolinhas de sabão, palhinhas personalizadas a darem as boas vindas aos convidados.
A pièce de résistance foi feita pela minha querida mãe: uma toalha com bainhas abertas e bordada nos cantos com o motivo do convite, as nossas iniciais e a data, que utilizámos para a cerimónia civil e para o corte do bolo.
Pegando nas cores do casamento preto+branco+verde, fizemos, com o tecido Cecília, do Ikea, toalhas e almofadas, e ainda as lembracinhas para a pequenada: um saquinho com guloseimas.
As lembranças dos graúdos foram manjericos, cujos vasos foram pintados de branco, levando as nossas iniciais. A decoração dos manjericos foi feita por nós, com quadras seleccionadas a dedo e uma mensagem de agradecimento.
As almofadas para as alianças também foram feitas por nós, inspiradas pelas almofadinhas da 5eizen. Ficaram um mimo!
Quisemos também utlizar coisas nossas para personalizar o espaço: para servir com o café, levámos licores caseiros, e para decorar a mesa dos noivos e a mesa do bolo, toalhas bordadas à mão pela minha avó.
Levámos ainda fotos do casamento dos nossos pais, , para as colocar como elementos decorativos junto ao bolo, na hora de o cortar. Foi uma surpresa para eles, que adoraram, e o resto dos convidados também!
Não podia deixar de falar no nosso cake topper, da Pinga Amor, que fez o maior sucesso, e que combinou na perfeição com o nosso bolo. Obrigada à Ana Jordão pelo trabalho fantástico!
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
A opção DIY surgiu pelo factor €, mas também porque nunca encontrámos no mercado nada de que gostássemos realmente. Não me arrependo nem por um segundo, porque nos orgulhamos imenso daquilo que fizemos, porque foi uma maneira de criarmos um projecto de raiz enquanto casal, e, finalmente porque aprendemos imenso ao longo do processo.
Mas não é para todos! Foram seis meses de preparação intensa…! Posso dizer que nos últimos meses não tivemos vida social, foi muito, muito trabalho!
Tiveste ajuda?
O trabalho foi literalmente divido 50/50 entre mim e o meu noivo, que foi tão incansável quanto eu em todos os pormenores. Mas a grande ajuda externa foi sem dúvida a minha mãe e a minha avozinha, que ajudaram nas costuras, e na concretização de ideias.
O que era o mais importante para ti?
O mais importante era fazer do nosso casamento uma festa completamente à nossa imagem: desde a música de ambiente totalmente escolhida por nós, passando pela disposição das mesas: a mesa dos noivos era uma mesa quadrada no centro da sala porque queríamos estar mais perto dos nossos convidados, e finalmente, a ideia principal era dar-nos a conhecer enquanto casal, e deixar os nossos convidados à vontade para se divertirem em grande, e sentirem-se quase como em casa!
E secundário?
Nada foi deixado para o plano secundário, entusiasmamo-nos de tal forma na preparação do casamento que nada ou quase nada foi deixado ao acaso! Pensando bem, diria que o “protocolo” foi deixado para segundo lugar, porque apesar de queremos elegância na decoração e nas nossas aparências, quisemos uma festa simples, relaxada e divertida…
Onde gastaste mais dinheiro?
A maior fatia do nosso budget foi para o catering/Quinta. Como as nossas famílias são enormes, o nosso casamento contou com 230 pessoas. E posso dizer que todas elas eram da família e amigos íntimos!
A Quinta tratou de tudo: desde o catering, a decoração e até à animação com o DJ da casa… Fizeram de tudo para que o casamento fosse à nossa imagem e não tivemos de nos preocupar com decoradora, florista e catering, já a quinta tratou de tudo. Um grande obrigado à Casa de São Sebastião em S.Pedro de Arcos, Ponte de Lima.
Onde gastaste menos?
Penso que o facto de termos feito quase tudo pelas nossas mãos compensou a nível financeiro, mas sinceramente, não sei se terá compensado MUITO, porque acabámos por escolher sempre material de qualidade, como foi o caso, por exemplo, do papel de parede que utilizámos nos convites…
Apesar de termos tido “”meninos das alianças (o irmão do noivo com 22 anos e a minha prima com 17), visto a idade deles, não oferecemos as fatiotas. O mesmo se aplicou aos meninos das flores, pois convidámo-los no dia anterior para a tarefa…E ficou tudo lindo na mesma!
Optámos também por prescindir do vídeo de casamento, o que nos fez poupar algum dinheiro, para além de apreciarmos muito mais a fotografia do que o vídeo.
O que foi mais fácil?
O mais fácil foi a escolha do noivo e ter a constante certeza de que é a pessoa certa!
Em termos de preparativos: a escolha mais fácil foi, surpreendentemente, a do vestido!
O que foi mais difícil?
O mais difícil foi gerir o nosso tempo. Foi bastante dificil conseguir arranjar tempo suficiente para podermos elaborar todos os pequenos projectos que nos tínhamos proposto.
O que te deu mais prazer criar?
O que mais me deu prazer foi, no fundo, todo o processo inerente à preparação do casamento: desde a pesquisa na internet até à própria materialização de todos os pormenores. Deu-nos um orgulho enorme saber que conseguimos realizar todos esses pequenos projectos.
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?
Penso que no final, o casamento foi totalmente a nossa cara. As cedências que foram feitas tiveram a ver maioritariamente com o nosso budget…Mas isso deve acontecer a todas as noivas!
Um pormenor especial?
Em vez do clássico Livro de Honra, pusemos à disposição dos convidados uma gaiola com uns cartões em branco para nos deixarem as suas mensagens. Os convidados aderiram tanto que a certa altura, começaram a escrever nas ementas!
Até os nossos cãezinhos estavam preparados para a ocasião: o meu cão, um caniche creme, tinha um lenço preto ao pescoço, e o cão do noivo, de cor preta, tinha como coleira, uma sobra do meu vestido: Tudo de acordo com o nosso esquema de cores. Toda a gente achou imensa piada!
Algumas words of wisdom para as próximas noivas?
Muita calma, muito amor, e uma boa gestão do tempo: os últimos meses antes do casamento passam literalmente a voar!
No dia: divirtam-se ao máximo e aproveitem cada minuto!
Adoro os sapatos da Ana (tenho a certeza de que quando os voltar a calçar, vai ter um flash deste dia maravilhoso!), o ar tranquilo, apaixonado e feliz de ambos, a festa na cara dos amigos… o cuidado e atenção posto em todos os detalhes (literalmente todos!).
Estas imagens que partilham connosco, repletas de DIY, ideias e emoções, confirmam…! O que desejamos e sonhamos pode acontecer, se nos dispusermos a isso.
As fotografias belíssimas são do Telmo Ferreira (a fotografia de entrada do site é da e-session da Ana e do José).
O cake topper é da Pinga Amor, um fornecedor Simplesmente Branco (arquivado em Detalhes Especiais, Bolos, Ofertas e Toilette)