Margens de Luz, em detalhe!
Hoje temos connosco a dupla da Margens de Luz, a Ana e o José. Fiquem a conhecer melhor o trabalho que fazem, e como o fazem!
Apresentem-se…!
Somos a Ana e o Zé, dois autores interessados em trabalhar a narrativa através da fotografia.
A nossa área de formação académica não começou por ser a fotografia e só mais tarde iniciámos esse percurso no Atelier de Imagem – Instituto de Fotografia de Lisboa. Paralelamente construímos, em Março de 2008, um projecto de fotojornalismo aplicado a eventos – o Margens de Luz. Na sua génese estava, e continua a estar, a vontade que temos de documentar estórias através da imagem, permitindo-nos usar a nossa própria linguagem fotográfica durante o processo, que é a nossa identidade enquanto autores.
O que vos faz fotografar?
É a busca por imagens complexas e repletas de interacções. Interessa-nos sobretudo a forma como podemos encaixar numa única imagem um conjunto de elementos em relação pois são eles que dão forma às narrativas. Fascina-nos de igual forma todo o processo necessário para chegar à imagem, é o que torna este meio para nós tão especial.
O que vos distingue da multidão?
O facto de encararmos qualquer reportagem como um processo criativo, um trabalho de autor. Queremos que as nossas imagens reflictam a identidade daquelas pessoas, daquele casal em particular e sentimo-nos realizados quando conseguimos imprimir uma estória numa só fotografia. Acreditamos que essa busca constante pela complexidade da imagem, do ponto de vista da quantidade de elementos inter-relacionados, é um factor diferenciador.
Como definiriam o vosso tipo de abordagem/fotografia?
Situamos a nossa abordagem no âmbito do fotojornalismo dando especial destaque à narrativa. Assim, procuramos ao máximo explorar interacções entre as pessoas presentes no evento e todo o ambiente por elas criado. Nesse sentido a nossa postura passa por uma observação activa e antecipação de momentos chave, sem interferir com o desenrolar dos acontecimentos.
Como mantêm a vossa perspectiva fresca e inspirada?
Bom, quanto a isto, as pessoas para as quais temos trabalhado têm ajudado muito, pois gostam de se envolver nos preparativos, elaborando detalhes, organizando actividades, criando ambientes… Toda esta riqueza acaba por catalisar o nosso processo criativo. Por outro lado, não estamos confinados a uma quinta ou uma região do pais, o que nos permite “mudar de ares” com frequência, conhecer pessoas e tradições sempre diferentes, e isso reflecte-se nas imagens. Por último, temos o cuidado de consultar e analisar frequentemente trabalhos de outros autores, no sentido de nos inspirarmos e de aperfeiçoarmos a nossa própria linguagem.
Como e com que antecedência devem os noivos contactar-vos?
Como somos apenas dois e não subcontratamos, realizamos apenas um evento por dia. Por isso quanto mais cedo melhor. Para meses normalmente mais preenchidos em termos de agenda (Maio a Setembro) o contacto deverá ser realizado a partir do final do ano anterior.
Que tipos de serviços poderão contratar?
Realizamos reportagem fotográfica, sem limite horário ou numa versão mais flexível, direccionada para eventos de menor duração, em que a contratação pode ser feita à hora. Cada trabalho inclui a entrega dos ficheiros finais em alta resolução, depois de seleccionados e editados. Partindo desta base, o cliente, se assim o desejar, poderá personalizar a sua solução com outros elementos como álbuns ou serviços de impressão.
Quanto tempo, após o casamento, esperam os noivos pelo resultado final?
Dependendo da época do ano e do volume de reportagens realizadas contratualizamos entre um a três meses para entrega do trabalho final.
Qual é o processo de trabalho, como criam cumplicidade com o casal a fotografar?
Não há propriamente uma receita… É natural e resulta, claro está, de uma interacção! Apresentamos o nosso trabalho através de reuniões informais em espaços que façam sentido ao casal, o que nos permite entrar em contacto com a sua identidade. A escolha do nosso portfólio visa filtrar à partida as pessoas que se identificam com a nossa abordagem e linguagem fotográfica. No dia do casamento, acompanhamos a preparação dos noivos (desde bem cedo, às vezes), sem direccionar, sendo este o ponto de partida para documentar uma nova estória.
O vosso trabalho é local, regional, nacional?
Costumamos dizer que vamos onde a fotografia nos leva.
Escolham uma imagem favorita do vosso portfólio e contem-nos porquê.
Esta é complicada. Escolhemos uma imagem mas não porque nos é favorita, gostamos dela, sim, mas o trabalho de um autor fotográfico é sempre um trabalho inacabado. O nosso portfólio está constantemente em mutação, assim como a nossa linguagem, devido a todas as influências às quais estamos sujeitos, seja pelos próprios trabalhos que vamos realizando seja pela análise de outros autores.
Escolhemos esta imagem por ser um momento importante, a saída da Igreja, mas acima de tudo porque é rica em interacções e tem como ponto central os noivos. Não lhes pedimos que se virassem para trás, também não pedimos às pessoas para ficarem assim arrumadas para criar um corredor para os noivos depois de eles passarem, o normal seria que isso não tivesse acontecido. Mas aconteceu e permitiu captar este momento de forma tão rica. Os noivos estão a agradecer e a comunicar com os seus familiares e amigos, há convidados a documentar o momento com as suas câmaras, há sorrisos, há olhares, há cumplicidade, escuteiros a comporem os seus lenços depois de os terem atirado ao ar momentos antes, um senhor a espreitar através de um livro, há aplausos: há narrativa.
3 conselhos para os noivos…
Em primeiro lugar parece-nos que é muito importante conhecer o trabalho do fotógrafo através da visualização do portfólio, em particular de uma reportagem completa. Depois questionem-se: “Identificamo-nos com esta abordagem, com este tipo de imagens?”.
Não esquecer as questões mais administrativas, como o contrato.
No próprio dia, expressem-se, envolvam-se, aproveitem.
Como seria o casamento perfeito para fotografar?
Uma vez que a matéria-prima para qualquer estória são as pessoas, esta questão não se nos coloca pois não há propriamente um cenário ou guião para um casamento perfeito de se fotografar, há sim estórias diferentes a cada reportagem.
Qual é a parte melhor de ser um fotógrafo de casamentos?
Não descurando toda a parte do processo fotográfico, o que tem sido para nós mais gratificante é perceber, através do feedback ao trabalho final, que as pessoas conseguiram rever-se nas nossas imagens: quem são, o que sentiram, o que não tiveram oportunidade de observar no próprio dia.
Para conhecer melhor o trabalho da Margens de Luz e falar com a Ana e o José, enviem um email ou liguem para 961 316 951.
A Margens de Luz é fornecedor seleccionado do Simplesmente Branco. Para mais detalhes, consultar a sua ficha de fornecedor, arquivada em Fotografia.
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