Un thé avec Mme. Nin, cortesia Sabores da Gula
Depois de um fim-de-semana prolongadamente cinzento e de um regresso ao activo no mesmo tom, só me apetece pôr a mesa para o chá e deixar um espaço ao centro para um bolo pecaminoso.
Mas deixem-me confidenciar-vos uma coisa: este tempo não me desagrada totalmente, não. Faz-me lembrar um verão, no ano de 1999, em que tive o privilégio de estar um mês inteirinho em Paris, o meu querido mês de Agosto de 99. Corri a cidade toda a pé, vi tudo, senti-me em casa. O tempo ia oscilando entre o azul e o cinza e não fazia mal nenhum.
Estava particularmente cinzento o dia em que rumei a Louveciennes, à procura da casa da Anaïs Nin, para nada mais do que tirar uma fotografia ao portão e poder dizer: ‘eu estive ali’. É uma das minhas recordações-tesouro. Na minha imaginação, eu levaria um cesto de piquenique com um bolo assim.
Tocaria à campainha e anunciar-me-ia: Marta pour un thé avec Mme. Nin…
Obrigada, Sabores da Gula, por esta inspiradora memória do que poderia ter sido.
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