Eu quero um casamento diferente.
Começamos o novo ano por aqui: desejo-vos um óptimo 2018!
Devagarinho, fechámos as portas (e as pontas) ao que passou (e foi bastante…!) e aproveitámos os momentos para alguns balanços ligeiros (fazemo-lo em modo contínuo, pelo que as reflexões mais complexas não ficam para o fim). Aproveitámos também para elaborar melhor algumas ideias ideias que temos a pairar pela cabeça.
E uma delas, recorrente no que leio, é esta ideia feita de que os casamentos, em geral, ainda são bastante desengraçados e quase foleiros, e portanto, “eu quero um casamento diferente”.
Sou sempre surpreendida por este comentário, por muitas vezes que o ouça: está tão longe da realidade, como daqui à lua!
Não sei bem de onde vem, não sei bem como é que esta percepção ainda não mudou, não sei bem porque sítios navegam as noivas de hoje em dia, que casamentos frequentam, se é acaso ou azar, porque norma não será… Resolvi, então, dedicar este novíssimo 2018 a combater este preconceito penoso que me entristece – e, certamente, aos nossos fornecedores também! Trabalhamos árduamente para prestar o melhor dos serviços, sempre, de forma inovadora, refrescante, consistente. Trazemos novas ideias e novas abordagens para o mercado, temos um discurso marcado pela ideia de liberdade de escolha, de personalização, de “totalmente a vossa cara”, por isso, como é possível que os noivos ainda sintam este constragimento…? Pois não sei!
Queridas noivas, o vosso casamento é e deverá ser, apenas, o que vocês querem que seja. E provavelmente, para vossa surpresa, essa é que é a norma, esse é que é o modo de trabalho dos bons fornecedores de hoje em dia (e dos últimos anos!).
As ideias feitas e formatadas já saíram da lista há muito tempo (sim, há anos, pelo menos desde que o Simplesmente Branco existe e caminhamos para o 8ª aniversário!): as famosas “cascatas de camarão”, cuspidores de fogo, bacalhau ou vitela, bouquet de rosas vermelhas aveludadas ou fatos de noivo a brilhar, são mesmo só para quem os quiser, não a única opção disponível ou, sequer, a oferta mainstream.
É importante perceber de forma clara que um serviço personalizado será sempre mais caro que um serviço formatado (pensado, precisamente, para a eficácia do custo e para a consistência do lucro). Ambos terão qualidade idêntica, mas um serviço personalizado gasta sempre muito mais tempo, recursos e atenção do que um serviço pronto a consumir, e esta é a essência da sua diferença.
E é igualmente importante estar disponível para pagar o preço justo, não querer alta costura a preço de pronto-a-vestir.
Entre um (serviço personalizado) e outro (serviço pronto a consumir), há um universo de opções maravilhosas, contemporâneas, globais, a todos os preços e de total qualidade, à vossa escolha. Estão à distância de um click, de um email, de uma bela conversa.
E nem sequer precisam de ir muito longe, porque tudo isto existe, de facto, em Portugal: passem os olhos pelos portefolios dos nossos fornecedores, pelo nosso livro, pelas nossas revistas. Chamem-lhe diferente ou igual, para nós não tem importância nenhuma. A única verdade universal é simplesmente esta, acreditem: o que é nacional é muito bom!
Imagens via The Lane, Lucky Pony, Brown dress with white dots, Glossier, The Zoe Report e Mango.
Duas vezes por mês, sempre às quartas-feiras, escrevo sobre assuntos que me fazem pensar, num artigo de opinião a que chamo O fio da meada.
Querem discuti-los comigo? Seria um prazer! Acompanhem-me aqui.
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Querida Susana, que óptimo tema!! Há que mudar mentalidades, ideias sem jeito nenhum à volta do tema casamento.
Se formos a ver bem a maioria dos casamentos ainda respeita/ segue aquilo que se fazia há 15 ou mais anos atrás. … um lamento!!!
Um exemplo disso, são as fotografias. ..continuamos a ver casamentos com as fotos típicas que víamos há não sei qts anos… fotos com os convidados só porque sim, só porque há esse cistume, com os pais a dar beijinho na cara de cada noivo (?) E depois continuamos a ver poses típicas que víamos nas fotos há 15 anos….
Lembro-me que no meu casamento ouvi isto ” eles são novos, não sabem os costumes” só porque tivemos um fotógrafo escolhido a dedo, que registou momentos e não coisas idiotas, que não afixou as fotografias no fim do casamento e que não andou a fotografar poses…
Por exemplo, qual é o interesse de ter fotografias com poses da/o noiva/o e não registar a preparação?
Faz sentido continuarmos com casamentos gigantes com tudo o que isso implica? Cada vez sou mais apologista de casamentos intimistas carregados de sentimentos e de momentos.
Faz sentido convidar 300 pessoas só porque sim e depois vou ali ao fotógrafo da vila, à florista da esquina e tudo o resto ( decoração, bolo, música) fica para 2 plano??
A decoração que é tão importante que cria harmonia, que acolhe as pessoas, que convida a entrar e a ficarem não merecerá destaque? E ter música à refeição que envolve as pessoas?
No meu casamento optei por um grupo de música de jazz para criar a ambiente durante a refeição e não, não tivemos dj!! afinal de contas nunca nenhum de nós dançou. Somos mais de jazz, era a nossa festa!
Também poderiamos falar do bolo… é necessário ter um bolo gigantesco?? Não é bem mais bonito ( qd se opta por ter bolo) ter vários. Eu optei por ter 3, de diferentes sabores, mas houve pessoas que acharam que o bolo tinha acabado e que depois tiveram de servir diferentes
Se me importei com isso??? Nada!!! O casamento era nosso e seguiu as nossas ideias. Se mudava alguma coisa passados 3 anos? Nada. Continuo a rever-me nas nossas escolhas.
Na mouche, querida Luísa, como sempre. A marriage (com uma festa bonita) or a wedding? A escolha é tão simples! Um beijinho e um óptimo ano!