Casamento rústico na Quinta de Sant’Ana: Ana + Bennie
Fechamos esta semana com um casamento rústico na Quinta de Sant’ana, fotografado de forma delicada e intimista pela dupla Menino conhece Menina: sempre tão bonito…
É a festa da Ana + Bennie, portuguesa e holandês, com todos os amigos e família internacionais. As escolhas destes noivos são especiais do princípio ao fim, como vão poder ler, e entre os fornecedores escolhidos, para além dos seleccionados pelo Simplesmente Branco, estão dois projecos de que sou muito fã. Pela qualidade que têm, pela frescura de ideias, pelo humor e pela singularidade neste mundo tão global: os cadernos da Beija-Flor, da Susana Gomes, que já passou por aqui, precisamente numa sexta-feira, e a Oupas! Design, que cria peças em volume em papel e cartolina.
Fiquem com estas imagens singulares e cheias de intimidade, e deliciem-se com o caminho até ao mais bonito dos dias, contado pela Ana.
Fechar a semana assim é um luxo!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Quisemos que fosse um dia passado com a família e amigos mais chegados. Um casamento pequeno, muito descontraído, sem protocolos (salvo os procedimentos legais), sem tradicionalismos e com bastante “espaço” para que todos pudessem interagir uns com os outros. Tínhamos também a particularidade do Bennie e a família serem holandeses, muitos dos nossos amigos serem eles próprios também estrangeiros, outros a viverem fora de Portugal, e de nós próprios morarmos na Suécia. Ia ser à partida, um dia de diferentes costumes, línguas e sotaques! Era importante para nós que todos se entendessem, e que houvesse pequenos pormenores que falassem dessa mesma mistura. Nesse sentido, e sendo outra coisa que queríamos desde inicio, tentámos envolver os nossos familiares e amigos ao máximo, para que, ao recordarmos o dia, tivéssemos essa sensação de termos feito parte de algo que juntou e envolveu o trabalho de gente tão diferente. Pode ser tolice, mas é das melhores recordações que tenho do nosso dia. Só alguns exemplos, o meu bouquet e as flores do noivo e dos nossos pais foram feitos pelo irmão do Bennie que é florista, e os confettis da cerimónia, que eram na verdade folhas de oliveira, foram “colhidos” pelos nossos sobrinhos. As nossas alianças foram feitas pela nossa querida amiga Filipa Oliveira que é joalheira, e os botões de punho do Bennie foram feitos pelo companheiro da Filipa, o Nuno Borges, também ele joalheiro.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
(ler com alguma ironia!) Estávamos perfeitamente preparados claro, desde o sim em Roma até ao segundo sim em Portugal íamos ter mais de um ano, tempo mais do que suficiente para preparar tudo mesmo estando fora do país, não é?
Só que não, houve alturas em que os nervos realmente vieram um pouco ao de cima, mas tivemos muita sorte em termos uma “equipa” fantástica de amigos e fornecedores que ajudaram a fazer com que ficasse tudo à nossa maneira.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
Podíamos dizer que houve dois momentos «é mesmo isto». Um em relação à logística: local da cerimónia, transportes/alojamento da família no local, etc. Assim que isso ficou resolvido soubemos, «é mesmo aqui». O outro seria em relação à parte visual, e esse demorou um pouco mais, visto que durante um ano houve imenso tempo para escolher, repensar, duvidar de tudo, desde o vestido às cores dos convites, tipo de letra, tipo de flores, etc… Mas assim que vimos tudo junto a ganhar forma as dúvidas passaram!
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
As ideias iniciais acabaram por se ir alterando ligeiramente com o tempo, evoluindo, para algo que fosse mais prático, mais fazível. Mas tentámos ao máximo mantermo-nos fieis à nossa ideia inicial de que não queríamos nada que não fosse realmente necessário, é fácil perdermo-nos em detalhes e acessórios, há sempre aquela tendência de “isto também era capaz de la ficar bem”, e para além disso tentámos também desde início manter uma certa coesão em tudo o que envolvesse a parte gráfica. Portanto, nesse sentido, o resultado foi exatamente o que tínhamos antecipado. Mas sim tivemos ajuda, claro. Contámos com a infinita paciência da Susana Gomes, da Beija-Flor para as ofertas aos convidados, da Paula da Quinta de Sant’Ana, que organizou tudo no dia, e do Bennie que, coitado, teve de ver, ler, rever os menus e outros materiais que eu ia refazendo de cada vez que tinha uma ideia nova!
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
A questão principal sempre foi como fazer com que um grupo tão diferente estivesse junto durante umas horas e no final do dia se fossem embora a sentir-se como família. Pelas reacções, acho que conseguimos, no mínimo, por toda gente à vontade! Sem importância era ir ao encontro de tradições e da expectativa do que normalmente é o dia do casamento.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
Mais fácil foi decidir acerca do local e dos fotógrafos. Fazer uma seleção de quem queríamos ter connosco foi, sem dúvida, o mais difícil em todo o processo.
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
Os discursos durante o jantar. Não estávamos a contar que tanto os meus pais, que são bastante reservados, como a família do Bennie fizessem algo, mas foi sem dúvida muito especial. O Bennie tinha levado com ele um livro tipo “pop-up” feito pelo Oupas! design, que eu lhe tinha oferecido como presente de casamento, e que usou no discurso dele para contar a nossa “história” e agradecer aos convidados.
E o pico de diversão?
A “discoteca” no final do dia.
Um pormenor especial…
Difícil escolher só um… Já fui dando alguns exemplos, mas talvez um que gostei particularmente de fazer foram os “postais” que deixámos aos convidados como “last minute words” e que viriam a ser o “guest book”. Fiz para que parecessem postais, completos com a nossa morada e um selo antigo Sueco, que comprei ao peso numa feira. No final carimbei com um carimbo feito pela Beija-flor com a data e o local, o mesmo que tínhamos previamente usado nas lembranças para os convidados e nos pacotes de confettis.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Acho que não mudava nada. As decisões que tomámos foram as melhores/possíveis na altura, mas em retrospetiva tentaríamos relaxar mais durante o dia!
Algumas words of advice para as próximas noivas…
É difícil aconselhar, cada pessoa reage de modo diferente. Há quem seja muito bom a delegar e nesse sentido talvez tenha um pouco mais flexibilidade em planear. Se esse for o caso, aconselho, porque se não, requer bastante tempo e paciência a contactar os fornecedores, etc.. Talvez o conselho que deixo para quem esteja fora e queira casar no civil em Portugal com um cidadão estrangeiro, é que se informe atempadamente dos documentos/traduções/carimbos que ele(a) precisa, porque a burocracia envolvida no processo e a falta de clareza podem ser muito frustrantes em certas alturas.
Os fornecedores envolvidos:
convites e materiais gráficos: convites pela Tankerville Press; materiais gráficos: Beija-flor, Oupas! Design e os noivos;
espaço, decoração, catering e bolo: Quinta de Sant’Ana;
fato do noivo e acessórios: Oscar Jacobsson, Tiger of Sweden, Fillipa K, botões de punho feitos pelo amigo dos noivos;
vestido de noiva e sapatos: Laure de Sagazan, SwedishHasbeens. Gancho de cabelo da Maison Guillemette;
maquilhagem: Sara Kruss da Make U Over Makeup;
cabelos: amigas da noiva;
bouquet: feito pelo irmão do noivo;
ofertas aos convidados: cadernos com agradecimento a cada convidado, feitos por Beija-flor;
fotografia: Menino conhece Menina;
luzes, som e Dj: som e luzes Bully (Quinta Sant’Ana) e Dj amigo dos noivos.
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