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Susana Pinto

Estes dias e o futuro.

Continuamos em casa.

Este tempo em que abrandamos e nos tornamos mais observadores do que está à nossa volta e de nós próprios, dá-nos as respostas claras: tudo mudou e todos temos que nos ajustar e alinhar nesse novo caminho, tão diferente, mais longo ou mais curto, ainda por descobrir.

 

2020 terá começado de forma fresca e luminosa, não tenho dúvidas: um novo ano, uma nova década, tudo novo e a estrear. A vida a acontecer, um certo optimismo no ar, trabalho e relações alinhadas, vamos casar.

O cenário já se desenhava lá ao fundo, mais ainda muito distante. Até que, em vésperas de abrirmos as portas à nova saison, temos que as fechar.

Os sonhos, planos, beijos e abraços que antecipámos, ficam sem efeito e é difícil processar tudo isto, tanto do vosso lado, noivos, como do nosso, profissionais.

 

O fundamental está dito: é preciso parar e recolher, sair só para o essencial, e cumprir este caminho à risca, seguindo as instruções (e apenas essas) da cadeia de comando: Direcção Geral de Saúde e Estado.

 

Quanto aos planos para casar, a palavra de ordem tem sido adiar, não cancelar, veiculada pelos profissionais, de forma a tornar possível o vosso sonho, a nossa subsistência como negócio, e a saúde e segurança para todos. Estes três próximos meses serão de imenso desafio, também económico. Ao mesmo tempo que olhamos para este reajuste do sonho, é preciso nervos de aço para navegar o negócio, e para que ele seja capaz de florescer quando dias mais risonhos regressem.

Estamos por aqui, para vos dar suporte à decisão, acompanhar na mudança de planos e planear um dia ainda mais doce, porque quando nos reencontrarmos, os abraços serão em dobro.  Mas até lá, não vale o risco, estamos todos na mesma viagem, temos de remar em conjunto.

 

O nosso serviço público, aquilo que o Simplesmente Branco decidiu fazer para os seus leitores, é criar conteúdo bonito, leve e rigoroso – o que sempre fizémos.
Menos focado no planeamento, mais empenhado no que nos anima e inspira, no que nos eleva. Não queremos pegar nas pessoas pela mão, porque este é um momento em que todos temos que ser crescidos e tomar decisões de cabeça fria. Mas queremos passar a mensagem de forma clara: casar, agora, já, com este cenário em mãos, não é uma prioridade. Sonhar, planear, viver devagar e apoiar (adiando) os nossos pares, é.

 

Do meio desta confusão, estamos à escuta, de olhos no horizonte.

Imagem da Maison Dior, via Lavandula.

 

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