À conversa com Something Borrowed – wedding planning
Hoje conversamos com a Teresa Perdigão, da Something Borrowed – wedding planning.
Conhecemo-nos há muitos anos, e a palavra, no léxico profissional, que melhor define a Teresa, é rigor. Rigor na forma como se apresenta, na forma como faz o seu trabalho, na forma como dirige a sua Something Borrowed. E este rigor não é áspero nem autoritário, é verdadeiramente um soft power que alinha vontades, tarefas e visões na celebração única e singular do mais bonito dos dias!
Fiquem também vocês a conhecer a Teresa Perdigão e a Something Borrowed.
Acho que podemos dizer que quase começamos pelo final: inspira-nos perceber como querem sentir-se no dia do seu casamento e o que querem que sintam as pessoas que o vão celebrar com eles.
Contem-nos como começou esta aventura de wedding planning:
Há anos que me entretinha a folhear revistas de casamentos, eram uma compra quase obrigatória em todas as viagens e a vontade de fazer coisas um pouco diferentes do que na altura se fazia por cá foi crescendo… As ideias foram ficando arrumadas e nasceu a Something Borrowed!
Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?
Bom, a pergunta não é fácil… Penso que os noivos contam muito connosco para mantermos o orçamento dentro daquilo que lhes é confortável e temos um cuidado acrescido por sabermos que é muito fácil ir somando detalhes que acabam por pesar. No entanto, uma das primeiras coisas que sublinhamos é a importância de estabelecer prioridades e isso faz-se tendo em atenção a parte mais emocional e aquilo que cada casal idealizou e espera neste dia. Por isso, sim, talvez a virtude esteja mesmo em conseguir este equilíbrio de reduzir custos em detalhes que o casal valorize menos e que não interfiram com a experiência deles no dia, para podermos dar ênfase ao que é para eles, realmente importante.
Têm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?
Costumo alertar os nossos noivos para a pequena obsessiva-compulsiva que há em mim, que adora os detalhes, as cores com os tons certos e as velas direitas nos castiçais. Mas, mais do que o gozo maior de ver cada uma das peças do puzzle que sonhámos com os nossos noivos durante todo o planeamento encaixar-se na perfeição, adoramos a relação que nasce com cada casal durante o tempo em que trabalhamos juntos.
Adoramos poder acompanhar de perto um pouco das histórias que ajudamos a contar… e anos depois continuar a receber os postais de Natal e as fotografias de família, é muito especial!
Têm uma assinatura visível no vosso trabalho, um estilo próprio e favorito, ou o é a voz do cliente que define a totalidade do resultado?
Um pouco dos dois…. Oferecemos um serviço totalmente made-to-measure e, desde o primeiro contacto, o nosso foco são as ideias ou a visão dos noivos para o seu dia. No entanto, é claro que damos dicas, sugestões, ideias e aí sim, vem ao de cima um pouco de nós e da qualidade que achamos fundamental.
Queremos que seja essa a nossa assinatura!
As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?
Estamos atentas, claro. Mas não são um assunto de trabalho, pelo menos não de forma consciente.
É natural que inspirem os nossos noivos quando começam a desenhar o seu dia e que acabem por entrar nos nossos planos. No entanto, o divertido de planear um casamento que não tem que seguir regras muito apertadas, é podermos mesmo sugerir o que sabemos que vai fazer mais sentido para aquele casal em particular.
Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratar-vos?
Conseguimos entender a dificuldade em dar este passo de contratar um wedding planner no contexto de tantos gastos e de um orçamento já de si difícil de gerir. Se juntarmos a isso o facto de o nosso trabalho não ser palpável ou mesmo fácil de medir, é claro que surgirão dúvidas sobre este investimento adicional.
E este tem sido talvez o maior desafio: o de mostrar que investir num bom profissional desde o início (e a palavra “profissional” não foi um acaso), é o que faz que que possamos chamar-lhe um “investimento” e não um “custo”.
O wedding planner é responsável por todo um trabalho prévio de pesquisa das equipas que melhor se integram no resultado final que procuramos, da verificação dos valores em relação ao restante mercado, de avaliação dos prós e contras, de preparação dos “ses” e dos planos A, B e C. Tudo isto faz com que os casais possam tomar decisões e fazer as suas escolhas de forma informada, o que rapidamente passa a representar um retorno real do investimento feito na nossa equipa.
Outra questão para nós fundamental, foi a optarmos por trabalhar de uma forma clara e descomplicada: cobramos um valor pelos nossos serviços e partilhamos com os nossos casais os valores de cada parceiro sem comissões nem markups. Sabemos que cada casal valoriza de forma diferente os diferentes momentos de um casamento, sabemos ser fundamental que estabeleçam prioridades em função disso. De que outra podem fazer opções, se não souberem exactamente o valor de cada escolha?
E last but not least… Penso que nos munimos de boas ferramentas que não só facilitam o nosso trabalho, mas também tornam a experiência dos nossos casais diferente! Trabalhamos com uma plataforma online muito completa e isso permite-nos gerir com uma enorme proximidade os eventos que organizamos, junto das pessoas que lhes dão sentido.
Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?
Começamos por agendar uma chamada telefónica ou por Skype, porque sem entendermos um pouco quem são as pessoas que estão por trás de um e-mail, dificilmente poderemos perceber o que procuram e se somos as pessoas mais indicadas para os ajudar a planear um dia que achamos importante ser feito por medida.
A partir daqui, se nos encontramos para um café ou continuamos a namorar virtualmente, vai depender um pouco de onde estão os nossos casais, mas o plano constrói-se da mesma forma, e o primeiro passo é juntarmos as imagens soltas que os noivos trazem consigo, falarmos das suas ideias e desenharmos juntos o primeiro esboço do seu dia.
Esta fase inicial é, sem dúvida, importante na criação da ligação que nos vai permitir trabalharmos em equipa com os casais que embarcam connosco nesta aventura. Mas a verdade é que continuamos a estreitar essa ligação ao longo de todo o planeamento, nos avanços e recuos normais de um processo como este. Unimo-nos nos receios que os noivos partilham connosco fora de horas e nos sucessos que vamos acompanhando e vivendo com eles, unimo-nos nas histórias da família que vamos conhecendo e nos projectos que os vemos construir. E é uma das partes de que mais gosto, naquilo que faço.
Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?
Passamos horas online, não vou mentir. E, claro, acompanhamos de perto o trabalho de tantos profissionais de excelência espalhados pelo mundo, magicamos ideias, discutimos formatos e delineamos prós e contras.
Inspiramo-nos sobretudo nos nossos noivos, nas suas histórias, no que os une e no pormenor que vai dar um pouco mais de cada um deles aos familiares e amigos com quem escolheram partilhar um dia tão especial…
Acho que podemos dizer que quase começamos pelo final: inspira-nos perceber como querem sentir-se no dia do seu casamento e o que querem que sintam as pessoas que o vão celebrar com eles.
E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?
Fazemos pausas abruptas. Podem ser umas férias totalmente offline ou um fim-de-semana – quase sempre gastronómico, com família e amigos. A pausa obriga-nos a interromper aquele ciclo de ideias e faz-nos voltar com outra energia.
Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?
Responder à melhor parte de organizar um casamento sem soar cliché não vai ser simples mas, vamos a isto: o que nos deixa realmente realizadas, não são tanto os dias sem percalços – porque vai sempre acontecer qualquer coisa, mesmo que pequena -, mas sim os dias que correm de acordo com o plano, com leveza, os momentos que fogem do plano com graça, os convidados que fazem a festa – e acreditem que fazem tanta, mas, tanta diferença, e os noivos que se deixam ir e que gozam verdadeiramente o dia que passaram tanto tempo a planear! São dias longos e chegamos ao final da noite exaustas, mas tão felizes!
Não diria difícil, mas o mais desafiante é, sem dúvida, a envolvente emocional.
Quando planeamos um casamento, fazêmo-lo com duas pessoas e com tudo o que essas duas pessoas trazem consigo. Mas fazêmo-lo, também, com as suas famílias e os seus amigos, com as expectativas e os gostos de cada um. E voltando um pouco ao que falámos antes: fazer com que noivos e convidados sintam e vivam o que anteciparam que gostariam de sentir nesse dia, é, sem dúvida, o nosso maior desafio.
Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?
Nestes nove anos acho que já gostámos de tantos, e por tantos motivos diferentes, que seria difícil eleger apenas um… Adorámos alguns pelas histórias únicas que uniram aqueles casais, outros pelas relações que criámos com amigos e família dos noivos ao longo do processo. Adorámos os casamentos pequenos e aqueles das famílias enormes, os casamentos calmos e aqueles em que a festa arranca logo no cocktail… A verdade é que gostamos mesmo muito do que fazemos!
Escolham uma imagem favorita do vosso portefolio e contem-nos porquê:
A Sara e o Mauro foram um casal muito especial, desde o primeiro dia. Havia qualquer coisa no amor dos dois que era contagiante. Lembro-me de começarem a dançar juntos numa das visitas que fizemos ao espaço, enquanto decidíamos onde faria mais sentido termos a pista de dança. E momentos desses surgiram tantas vezes e com tanta naturalidade que, já quase sem dar por isso, deixávamo-nos ficar uns passos para trás a admirar aquela ligação tão única.
Esta fotografia do final da cerimónia deles, é um reflexo dessa cumplicidade, da descontracção de ambos enquanto o vento quase desfaz um penteado que demorou horas a preparar, da felicidade que sabemos que estavam a sentir, e do quanto isso nos faz felizes no que mais gostamos de fazer.
Passem pela refrescada ficha de fornecedor da Something Borrowed, espreitem o portefólio e entrem em contacto com a Teresa Perdigão, através do formulário, que vos vai ajudar a navegar estes tempos e a pensar no mais bonito casamento de outono ou inverno!
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