Joana + Pedro, muito lá de casa!
O casamento que vos trago hoje foi publicado em 2014 e, ao contrário do que possam imaginar, o dia bonito da Joana + Pedro podia ter acontecido esta semana. Há um vestido delicadíssimo, uma festa em casa, um piquenique sobre as mantas e decoração de bailarico. Amigos próximos e família querida juntam-se à festa e assim se celebrou um belo dia!
As fotografias são da Glimpse, o cenário é a casa da família da noiva e o vestido de noiva fantástico é da dupla nacional de sucesso internacional, Marques ‘ Almeida, amigos próximos do casal.
Que dia bonito, este!
Como foi o teu pedido de casamento?
Um sábado de manhã ao acordar, com muitas ramelas. Amor que é amor, é a qualquer hora. Tinha um anelito escondido num vinil dos Chromatics. Foi fofo!
Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?
Tivemos 4 meses para organizar o casamento. Não é muito tempo, portanto não foi com muita antecedência. O que nos aconteceu foi que, ao contarmos à família e amigos, todos quiseram ajudar e rapidamente começou a haver pessoas encarregues de tarefas específicas. A minha mãe fez um Excel, onde se foram colocando datas-chave para resolver os assuntos e a quem estavam alocados esses mesmos assuntos.
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Desde que me conheço que queria fazer uma festa no jardim dos meus pais. Há uns anos vi o “Rachel Getting Married” e o filme é sobre pessoas que convergem para uma casa com jardim para preparar um casamento (descontando o drama!). O Pedro também gosta do jardim dos meus pais e há um ginkgo muito perfeito. Acabámos por andar muito à volta da árvore e do jardim no que toca à temática do casamento: os convites, os adereços, não haver mesas mas mantas e almofadas sobre a relva, as pessoas descalças, etc. Não houve muito um fio condutor, tudo o que foi sendo encontrado pelo caminho acabou por ser incorporado, uma mesa antiga que serviu de altar, o meu lenço de Viana, que fazia parte do meu traje de miúda, umas colchas dos meus avós, balões de S. João…
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
Nós, como designers gráficos, tínhamos o fetiche de fazer convites de casamento, fossem os nossos ou de amigos. É claro que iríamos fazer os nossos. Ora quando se começam a fazer coisas, nunca mais se pára!
Tiveste ajuda?
Tivemos milhões de ajudas! Os padrinhos avançaram logo com a fotógrafa, em jeito de prenda. Aliás, todas as ajudas eram prendas maravilhosas que iam ajudar a compor o dia do jeito que estávamos a idealizar. A Marta Marques e o Paulo Almeida, meus amigos de longa data, hoje dupla de designers de moda a trabalhar em Londres, desenhou, fez e ofereceu-me o vestido. Uma das minhas tias, juntamente com a namorada do meu irmão, fez o bolo de casamento. Até os bonecos dos noivos para o bolo foram desenhados em live-sketching durante a cerimónia por dois amigos que são ilustradores.
O meu irmão e a namorada acabaram por documentar tudo em vídeo, tanto no dia como nos dias anteriores e fizeram-nos o filme do casamento.
Não tivemos DJ; os nossos amigos fizeram playlists no Spotify, que pusemos a tocar em contínuo durante a tarde e a noite.
Nós mesmos, com ajuda da família mais próxima, fomos enfeitando o jardim com decorações, uns dias antes.
O que era o mais importante para ti?
Que o espírito festa no jardim passasse para todos os convidados. E foi o que aconteceu. O dia estava maravilhoso.
E o som e a luz! Sempre me agoniou a ideia de não ter colunas decentes e as pessoas andarem às escuras!
E secundário?
O bouquet. Nem o vi antes de casar. Chegou cá a casa e eu pensei: “está bem, i can deal with that”. Não que me fosse secundário, mas não lidei de todo com o processo, nem sei porquê.
Onde gastaste mais dinheiro?
No catering, apesar de ter sido em versão low-cost, com tantas ofertas e ajudas, mesmo assim acabou por ser o serviço onde se gastou mais dinheiro.
Onde gastaste menos?
Nas “borlas” todas, provavelmente o vestido seria a peça onde gastaríamos mais dinheiro. Ah, e nas alianças, oferecidas pelos pais do Pedro.
O que foi mais fácil?
Beber finos e imperiais fresquinhas nos dias anteriores ao casamento!
O que foi mais difícil?
Ler os votos durante a cerimónia, somos uns envergonhados. E a primeira dança, pés de chumbo!
O que te deu mais prazer criar?
Dois dias antes de casarmos, apercebemo-nos que tínhamos um vidro enorme no pátio onde foi servida a comida. Acabámos por usá-lo para escrever a ementa. No espaço que sobrou, preparámos o quadro das felicidades, onde os nossos convidados puderam deixar-nos mensagens, escritas com Poscas sobre o vidro. Foi bom acordar no dia seguinte de manhã, e ler todos os votos que nos tinham deixado!
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?
Foi a nossa cara. Se houve cedências, encaixaram perfeitamente no que queríamos.
Um pormenor especial?
Fizemos crachás coloridos e florais com excerptos de letras de músicas, como David Bowie, Neil Young, The Walkmen, Beach House, Rufus Wainwright, para oferecer à família e amigos. Funcionou muito bem, pois mesmo os mais aperaltados não se negaram a usar o seu pin.
Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?
Pensamos que correu tal como imaginado. Ou seja, foi uma grande festa no jardim, o dia foi perfeito e não mudávamos nada.
Algumas words of advice para as próximas noivas?
Rodeiem-se de pessoas em quem confiem e não pensem muito. Elas estarão lá para ajudar.
Os fornecedores envolvidos:
produção: Manuela Rodrigues e Maria Melo;
convites, materiais gráficos e ofertas aos convidados: Studio Waba (nós mesmos);
espaço: jardim da casa dos pais da noiva;
bolo: Ana Paula Neves e Márcia Bernardo;
fato do noivo e acessórios: marcas de pronto-a-vestir de centro comercial, mas com styling by Marques ‘ Almeida;
vestido de noiva e sapatos: Marques ‘ Almeida;
maquilhagem e cabelo: Regina Cruz Cabeleireiro, na Foz do Porto;
bouquet: Florys;
flores: Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento – Santo Tirso;
fotografia: Glimpse Fotografia;
vídeo: Pedro Rocha e Márcia Bernardo;
luzes, som e Dj: versão caseira, com playlists no Spotify.
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