Casamento intimista nas terras altas da Escócia: Lilly + Rich
Fechamos o ano com um casamento intimista em tempos de pandemia, que é absolutamente mágico.
Lilly + Rich, ingleses, tinham tudo planeado casar no Yosemite National Park, nos Estados Unidos, um sítio muito especial para o casal, mas, pelo meio da vida, entrou uma pandemia e o mundo virou-se do avesso, em vários sentidos.
Entre as angústias que já conhecemos, todo o processo de cancelamentos, devoluções e reorganização, ao qual foram acumulando as restrições governamentais que se iam sucedendo, num crescendo até à véspera e dias seguintes, conseguiram manter a cabeça fria e pôr de pé este dia etéreo e memorável.
Do Yosemite National Park passaram para as místicas terras altas da Escócia, um cenário que eu adoro, e simplificaram tudo até ao essencial. Escolheram um fotógrafo cujo trabalho admiravam – a própria Lilly é fotógrafa de casamentos e toda a experiência deste ano, estando em ambos os lados da equação, como profissional e como cliente, foi imensamente difícil -, flores maravilhosas, vestiram-se a preceito e puseram-se em marcha, com o que era possível e permitido.
Escolheram uma cerimónia intimista, com uma celebrante humanista, no total de oito pessoas, profissionais incluídos. O vestido de Lilly, que na realidade são duas peças, teve dedo da mãe de Rich.
Uma blusa Cortana (esta marca espanhola maravilhosa), e uma saia de tule, costurada à mão nos longos dias de isolamento, que acabou por ser um projecto das duas, cheio de amor e carinho. No meio do caos lá fora, focaram-se nesta tarefa muito especial, dia após dia. São memórias que ficam e tornam tudo mais especial, sobretudo quando amplificadas por este contexto tão estranho da pandemia.
Deixem-se levar por estas imagens poéticas, na sua natureza ainda selvagem e épica. A noiva parece uma fada dos bosques e no meio das nuvens cinzentas e paisagem agreste, o amor floresce e resiste ao vento.
Mágico, é o que vos digo!
Maravilhosas imagens, não são?
Terminamos por aqui os nossos casamentos de 2020.
Disse-vos, no início do ano, que mais do que nunca, o confronto com a diversidade é um bem essencial e, ao contrário dos maus hábitos trazidos pelos algoritmos que nos entraram pela vida adentro todos os dias e decidem aquilo devemos ver e de que devemos gostar, achamos que a diferença (por oposição à afinidade) nos alimenta e desafia muito mais, nos expande os horizontes, nos ajuda a descobrir coisas novas dentro de nós próprios e, por cada vez que vemos algo completamente inesperado e desalinhado dos nossos hábitos, tradições, costumes e conhecimento, e escolhemos gostar ou nem por isso, ficamos mais ricos, mais humanos e mais capazes de empatia.
Acredito que cumprimos esta premissa, mesmo sabendo que é sempre possível fazer melhor, mostrar mais diferente, ser mais inclusivo e celebrar, com gosto e entusiasmo tudo isso.
Fotografia de The Kitcheners, via Love my Dress.
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