Viajo, logo existo: lua-de-mel nas Seychelles
Façam as malas, porque hoje vamos viajar! Pelas palavras, é certo, e também pelas imagens e memórias maravilhosas que guardo desde que descobri um dos Paraísos na Terra. Faz já alguns anos (nem digo quantos…), mas é uma das mais bonitas viagens que levo desta vida: a minha lua-de-mel nas Seychelles. Um destino perfeito para casais acabadinhos de casar!
E será assim todos os meses. Bom, não a partilha da minha experiência – lua-de-mel só tive uma… – mas sim a partilha de diferentes sugestões de lua-de-mel. «Viajo, logo existo» será o nosso ponto de encontro mensal para rumarmos aos destinos mais espantosos de lua-de-mel, de forma a poderem planear, escolher e encontrar o local perfeito, que seja “a vossa cara”, para a vossa primeira viagem enquanto marido e mulher.
Seychelles: onde quero voltar
Dizem que não devemos voltar onde fomos felizes, mas abomino completamente esta ideia. Já voltei muitas vezes onde fui feliz e voltaria de novo. E aqui, às Seychelles, quero muito voltar. Até porque tivemos uma contrariedade pessoal (fica para a história, são sempre memórias a guardar) que nos impediu de passear mais, ver mais e fazer muita coisa que tínhamos planeado.
Foi, apesar disso, uma lua-de-mel nas Seychelles fantástica e uma experiência única, sobretudo para um casalinho super apaixonado, acabadinho de casar, cansado da festa (mas muito, muito feliz com ela!) e com uma paixão enorme por viajar.
Ficámos em Mahé, uma das 16 das 115 ilhas do arquipélago das Seycheles com ocupação humana e onde fica Vitória, a capital (a mais pequena capital do Mundo). Assim que chegámos, o impacto foi brutal. A beleza da paisagem é indescritível e logo desde o caminho (curto) do aeroporto ao resort ficámos maravilhados.
Ficamos alojados em Bel Ombre, no Le Meridien Fisherman’s Cove, que acabei de descobrir que já não pertence ao famoso grupo hoteleiro e chama-se agora apenas Fisherman’s Cove Resort (o Google diz que fechou permanentemente, mas não me parece, só mudou de “donos”).
Digo-vos: era fabuloso. E digo “era”, porque (como já disse) a viagem já aconteceu há alguns uns aninhos e não posso garantir que “ainda é”. Mas garanto-vos que tive uma torrente enorme de felicidade assim que lá entrei, que mal me deixou respirar.
O quarto era um Deluxe Ocean View Room, térreo, com varanda direta para a piscina e para o mar. Apaixonámo-nos logo pela vista e pela cabine de duche e a banheira de hidromassagens que ficavam a meio do quarto. Eventualmente, hoje já não teríamos a mesma reação a esta peculiaridade, mas na altura foi uma novidade. Até porque como jovens que éramos, ainda tínhamos muito para conhecer…
Uma das mais-valias do hotel é a sua piscina infinita. Linda, sem dúvida (até para as fotografias), mas nunca entendi muito bem o fascínio pelas piscinas à beira-mar….é claro que também desfrutei dela, mas confesso que me fazia uma confusão ver hóspedes o dia inteiro nas espreguiçadeiras, com uma praia paradisíaca à frente, com areia e um mar cristalino a perder de vista, quase só para nós. Escusado será dizer que eu… adoro praia!
A verdade é que nós adorámos o hotel: desde o espaço em si, até à enorme simpatia do atendimento, aos programas que nos ofereciam e a comida. Mas o que não falta em Mahé é oferta hoteleira por onde optar. Vejam aqui muitas outrras opções de alojamento em Mahé.
Visitar Mahé
Já vos disse que adoro viajar, certo? Por mim, andava sempre de malas feitas. Adoro, sobretudo, conhecer realidades diferentes, por isso na nossa lua-de-mel nas Seychelles não nos limitamos apenas a desfrutar do resort e dos programas turísticos que nos venderam, mas alugámos um jipe e fizemo-nos à estrada!
E que aventura! Antes de mais, foi (muito!) desafiante conduzir pela esquerda (eles têm uma enorme herança inglesa – e também francesa, aliás, falam mais o francês do que o inglês), sobretudo pelas subidas íngremes com estradas sem barreiras laterais (e uma visão de precipício aterradora… eu tenho vertigens!), já para não falar na “descontração” com que os habitantes conduzem (juro que quase tinha um ataque cardíaco cada vez que nos cruzávamos com um autocarro). Mas foi fantástico! Permitiu-nos conhecer toda a ilha – que, apesar de ser a maior ilha das Seychelles, não é muito grande, tem uma extensão de 152 km² –, descobrindo o “ambiente selvagem” do seu interior montanhoso.
Para quem gosta de explorar, aconselho vivamente.
O que fazer em Mahé
Quer seja no início da lua-de-mel nas Seychelles, quer no fim, conhecer a capital Vitória é fundamental. Com menos de 30 mil habitantes, é uma cidade pequena, mas com trânsito e movimento de pessoas na rua, embora envolvida num ambiente relaxado. E seguro! De tal forma, que depressa me apercebi que não valia a pena fechar a capota do jipe….
Sente-se que é uma cidade organizada e encantadora. Posso dizer, que me senti numa cidade feliz. Aliás, senti isso enquanto passeava em Mahé e pelas ilhas que visitamos: pareceu-me estar num verdadeiro paraíso, com uma população alegre, que desfruta de uma enorme riqueza natural (nunca me vou esquecer da imagem de um miúdo que nos apareceu do nada, com uma enorme quantidade enorme de peixe fresco às costas!)
A visita ao mercado central é obrigatória, onde é possível observar o bulício de vendedores e compradores (bem como uns pássaros que pareciam garças e que se passeavam descontraidamente por ali, como se estivessem em casa) e meter conversa com os locais, como eu fiz. A verdade é que o que mais adoro em viajar é conhecer as vivências, as terras, os sabores e as gentes, muito mais do que os monumentos ou museus (que também gosto de ver). E perco muito tempo com essa descoberta… Tanto que, a juntar ao tal “percalço”, ficou muito por fazer e visitar em Mahé (e não só).
Vejam tudo o que se pode fazer em Mahé.
Bom, Mahé foi a nossa “base”, mas dali fomos conhecer duas ilhas de sonho: Praslin e La Digue. A nossa experiência, já a seguir!
A viagem
Para chegar à ilha de Praslin a partir de Mahé podemos ir de avião – 20 minutos de voo com a Air Seychelles, a companhia aérea nacional -, mas nós fomos de barco, mais precisamente de catamarã. Podia dizer que a viagem (de cerca de uma hora) foi linda, mas honestamente foi um verdadeiro pesadelo! O que começou com grande entusiasmo, acabou em modo “cara pálida”… pois, é verdade, enjoei e não foi pouco… e eu não costumo enjoar, fica o aviso (os percalços normais de uma viagem, ficou registado em vídeo e ainda hoje é uma história da qual nos rimos imenso)
Praslin: onde fica o Jardim do Éden
Eis que chegámos a Praslin, a segunda maior ilha de Seychelles. E sim, há uma lenda que diz que o paraíso original de Adão e Eva era em Praslin, mais precisamente na reserva Vallee de Mai, que hoje é Património Mundial da Unesco.
Se não é o paraíso original, podia ser, pois é uma reserva pré-histórica linda e muito bem conservada, onde estão também as maiores palmeiras do mundo e os gigantes cocos-do-mar («coco de mer»), fruto típico local. Ali fomos guiados pelos trilhos de uma caminhada surreal, que não podem deixar de fazer na vossa viagem de lua-de-mel às Seychelles. Por seu turno, e com sorte (que não tivemos), é possível ver no céu a famosa “raposa voadora”, na verdade um morcego da fruta peludo chamado roussette, que não faz mal a ninguém.
Para além do Jardim do Éden, em Praslin estão algumas das praias mais fotografadas do mundo, como Anse Lazio Beach, onde muita gente pratica snorkel. Nós não o fizemos, só apanhamos sol e demos uns belos mergulhos!
Praslin é uma das ilhas mais bonitas à face da Terra, e apesar de nós não termos lá pernoitado, é consensual que merce a permanência de dois ou três dias. Vejam aqui a oferta hoteleira de Praslin para a vossa lua-de-mel nas Seychelles.
La Digue
A partir de Praslin é possível visitar inúmeras ilhas, apanhando o barco. E foi o que fizemos: de Praslin seguimos para La Digue. E esta viagem, sim, foi agradável, num veleiro, a sentir a brisa do mar! E deixem-me confessar… esta ilha é de sonho! É uma visita mais do que obrigatória em qualquer lua-de-mel nas Seychelles!
As imagens valem por si, mas as praias de La Digue são um verdadeiro postal do paraíso. Absolutamente incríveis!
Impossível não adorar uma das praias mais belas do mundo, a Anse Source d’Argent, com os seus rochedos de granito, palmeiras em areias brancas e recifes de corais. A praia é linda a todas as horas, mas ao por-do-sol é magnífica. Há também a Petite Anse, a Anse Cocos... mas confesso que a minha preferência vai para uma praia que não faço ideia de como se chama e que descobrimos quando “fugimos” do grupo e decidimos explorar. Pequena, mas absolutamente deslumbrante!
Claro que a experiência também contribuiu para este favoritismo. Subitamente começou a chover e foi indescritível o momento em que entrei dentro de água e, ali, sem ninguém à volta, esperei que terminasse (La Digue é uma zona intertropical e não muito longe do Equador, pelo que é frequente chover ao final do dia, embora as temperaturas permaneçam acima dos 30 graus). Uma bênção da natureza!
Em La Digue foi também onde vi, pela primeira vez, tartarugas gigantes. Não as vi no seu habitat natural, estavam dentro de uma cerca, mas nesta ilha vivem também em estado selvagem, tal como em Curieuse Island, essa, sim, conhecida como a ilha de tartarugas gigantes, com aproximadamente 3 km2 e onde vivem mais de 100 destes adoráveis animais (espécie única no mundo). Mas adorei!
Nós também não pernoitamos em La Digue, mas existem inúmeras ofertas hoteleiras a considerar.
Faq lua-de-mel nas Seychelles
Eu podia continuar a escrever sobre a minha experiência de lua-de-mel nas Seychelles, nomeadamente sobre a comida deliciosa que degustei, as fazendas que visitamos, os trilhos de vegetação que fizemos, as praias desertas que encontramos nos nossos passeios, os restaurantes, a discoteca, as pessoas… -, mas, a verdade, é que nunca mais terminava! E acredito que tenham muito que fazer, mais não seja pesquisar sobre este arquipélago fabuloso, para começarem a organizar a vossa viagem. Se é o caso, comecem por visitar o site oficial do turismo das Seychelles.
Entretanto, no que puder ajudar, aqui ficam as respostas a 5 Faqs úteis sobre as Seychelles:
1. Qual é a melhor altura para viajar em lua-de-mel nas Seychelles?
Nós fomos em julho. De vez em quando chovia e fazia algum vento, mas era tranquilo, pois as temperaturas não baixavam! De qualquer forma, as águas calmas e tranquilas das Seychelles convidam a banhos e mergulhos durante o ano inteiro, já que o clima é sempre quente, com temperaturas entre os 24 e os 32 graus. É, no entanto, recomendável que evitem a época das monções, que costuma ocorrer de novembro a abril, sendo que, naturalmente, os meses de abril a novembro são considerados alta temporada.
2. É uma viagem muito cara?
Sim, é um destino relativamente caro. Mas vale cada tostão.
3. Onde ficam as Seychelles?
As 115 ilhas e ilhotas do arquipélago de Seychelles estão localizadas no Oceano Índico, próximas do Continente Africano, a nordeste de Madagáscar.
4. Vale a pena para casais em lua-de-mel?
Especialmente para casais, sim. É perfeita para uma lua-de-mel. Primeiro porque o destino em si esbanja romance, correspondendo ao imaginário das ilhas paradisíacas com praias perfeitas só para dois, num lugar pitoresco, bem longe de casa. Depois pela excelente oferta hoteleira, com divinos programas românticos.
5. Quanto tempo se deve ficar nas Seychelles?
O mínimo, uma semana. Mas com tanto para ver, o ideal seriam entre 9 a 12 dias.
Espero que tenham gostado desta viagem pela minha experiência de lua-de-mel nas Seychelles. Partilhem a vossa ou os vossos sonhos, e se tiverem dúvidas, não hesitem em deixá-las nos comentários ou escreverem-nos um email.
Boa viagem!
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