Iva + Pedro, glamour vintage e amor a rodos
Mais uma semana que termina com um casamento bonito!
Há 6 anos que mantemos estas sextas-feiras de partilha, de forma contínua, sem interrupções. São quase 300, as histórias de amor que já passaram por aqui, contadas n primeira pessoa, sempre com emoção e generosidade… É um feito em termos editoriais, mas, acima de tudo, é verdadeiramente bonito.
Vamos então ao dia da Iva + Pedro, empenhados na mais bonita festa, junto dos seus: estilo não lhes faltou, é o que posso dizer sobre este assunto!
Fiquem com as palavras da Iva e as fotografias maravilhosas e únicas, como sempre, da dupla Menino conhece Menina!
Como foi o teu pedido de casamento?
O Pedro levou-me a Paris. Finalmente íamos os dois a Paris, depois de uma primeira tentativa no aniversário dos meus trinta anos, em que eu só fiquei a saber o destino da viagem já no aeroporto em Lisboa quando o Pedro emocionado me disse que o nosso voo tinha acabado de ser cancelado devido à erupção de um vulcão na Islândia. Mas a viagem chegou e com ela o pedido, num momento íntimo durante um passeio, com flores compradas num pitoresco mercado parisiense e um anel vintage acompanhado de um “Queres casar comigo, amor?”, abraçados no jardim de uma antiga praça… E em que eu disse que sim e “Amo-te muito”.
Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?
Começámos por definir quando é que queríamos casar. Gostávamos de casar em Maio e em Tomar, na cidade onde ambos crescemos e onde nos conhecemos em criança. E foi por aí que começámos, onze meses antes do dia do casamento fomos falar com o padre Mário e surgiu o dia 24.
Seguiu-se um rascunho no meu Moleskine com uma ideia base de tudo aquilo que me parecia que poderia ser importante organizar e de como gostaríamos que fosse o dia do casamento, esboço esse reforçado com umas tabelas em Excel feitas pelo Pedro. E calmamente fomos fazendo e organizando as coisas e desfrutando desses momentos até ao dia do casamento.
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Reparei agora que embora as perguntas me sejam dirigidas a mim tenho respondido com “nós”. E a razão para isso é que o dia do nosso casamento foi pensado e organizado por mim e pelo Pedro. E deste imaginar a dois surgiu a vontade de que o nosso dia fosse vivido e partilhado com as pessoas de quem gostamos, num ambiente acolhedor, íntimo e alegre, convidando-as a envolverem-se connosco numa viagem aos anos 20, retomando a música, a preocupação com a elegância e com a beleza do detalhe e também a descontração e a alegria que imaginamos desse tempo.
A celebração na igreja era simbolicamente muito importante para mim, sobretudo porque era esse o momento em que nos casávamos. E como nos haviam sugerido na preparação jesuíta, “o padre abençoa o vosso casamento mas quem se casa são vocês”. E foi assim que aconteceu, um momento que teve o nosso envolvimento em vários detalhes o que possibilitou uma celebração emocionante e bonita para nós e entre nós, o padre Mário, os músicos e os nossos convidados.
Além disso e como eu estudei em Coimbra, o fado e as capas negras teriam de estar presentes. E estiveram, em dois momentos de profunda emoção para mim, com uma Serenata à noiva do alto da varanda da casa da minha mãe e uma Serenata aos noivos, à saída da igreja, com as capas estendidas no chão e a Canção de Coimbra que nos chegava saudosa do topo da escadaria que conduz à torre sineira.
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
Nem teria sido opção não o ser, porque era o nosso dia e um dos mais importantes da nossa vida. Pensarmos e imaginarmos nós as coisas, ao nosso gosto e envolvermo-nos com dedicação a fazê-las é um aspecto que tem estado presente em vários momentos da nossa relação e no nosso dia-a-dia. Por isso, só poderia ter sido assim.
Tiveste ajuda? O que era mais importante para ti?
Sim. Familiares, amigos e até alguns desconhecidos que acabaram por se cruzar connosco nos preparativos. Sinto gratidão e fico muito feliz porque sei que essas pessoas estiveram mesmo envolvidas no ambiente que conseguimos criar e desfrutaram connosco o nosso dia. Isso foi muito bom mas mais importante ainda, e que eu desejava e acabou por acontecer, foi que no dia do casamento eu e o Pedro nos sentimos muito muito felizes.
E secundário?
Não me ocorre nada que fosse secundário. Tudo era importante. Ainda que por vezes existissem escolhas a fazer. Ainda que nem tudo tenha tido a mesma disponibilidade e dedicação, porque não era possível com o tempo que tínhamos e para o detalhe em que nos envolvemos. Ainda assim, sinto que tudo era muito importante.
Onde gastaste mais dinheiro?
A esta distância (se me estou a recordar bem) foi no conjunto de todos os momentos musicais e no meu vestido e acessórios.
Onde gastaste menos?
Penso que foi em alguns pormenores que fizemos nós, como os convites e outros detalhes gráficos (com a ajuda do meu irmão).
O que foi mais fácil?
O dia do casamento. Foi o momento em que me entreguei ao dia e o fui vivendo procurando desfrutar de cada momento.
O que foi mais difícil?
Sem dúvida a decoração das cadeiras na quinta. Não foi bem pensada. Era uma ideia bonita mas não era executável com o tempo que tínhamos e com a dedicação com que nos envolvemos os dois em todos os detalhes do dia.
O que te deu mais prazer criar?
Tudo.
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo algumas cedências pelo caminho?
Apesar de ter(mos) feito algumas cedências foi como queria e desejava e em alguns aspectos ainda melhor do que tinha imaginado… porque já era real e essa realidade trouxe também consigo o que eu não esperava e que foi muito bom.
Um pormenor especial?
Fiquei muito emocionada com a forma como os nossos convidados estiveram connosco no dia do casamento, alguns acederam mesmo ao nosso convite e apareceram vestidos, tal como nós, à anos 20. E além disso porque senti que se deixaram envolver de tal forma com a nossa felicidade que também isso proporcionou um dia bonito, divertido e muito feliz.
E esse ambiente foi acontecendo ao longo dos vários momentos do dia e da festa, como na celebração na igreja que foi um momento muito íntimo, emocionado e bonito. Também a nossa entrada na quinta enquanto percorríamos de Aero Sodomka o caminho de ciprestes com o aqueduto ao fundo e acompanhados pelos Dixie Naza Jazz Band… Recordo ainda o momento da nossa dança à noite sob o céu estrelado acompanhados por Nick Cave and the Bad Seeds com “Babe you turn me on“.
Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?
Não. E não é porque tudo tenha corrido exactamente como esperava e gostaria. Mas porque sinto que não podia ter evitado o que não correu bem. E sobretudo porque estava tão feliz que esses aspectos não tiveram importância no dia do casamento.
Algumas words of advice para as próximas noivas?
O dia do casamento é vosso (dos noivos). Por isso procurem que seja um dia como gostariam, ao vosso gosto. Algumas coisas poderão não correr exactamente como tinham imaginado mas o importante é que isso não vos retire o estarem bem um com o outro e a vossa felicidade no dia do casamento. Foi o que eu e o Pedro fizemos e resultou connosco. Procurámos envolver as pessoas que são mais importantes para nós e de quem gostamos num dia que foi como nós os dois gostaríamos que fosse e em que nos sentimos muito felizes.
Os nosso fornecedores:
local e catering: Quinta dos Pegões (Tomar)
vestido da noiva e acessórios: vestido Rosa Clará; sapatos Dysfunctional Shoes; estola, véu e tiara feitos à mão por duas costureiras em Tomar
fato do noivo e acessórios: fato Dielmar; sapatos Armando Silva;
alianças: Eternis
flores: Atelier da Flor (Tomar)
bolo: Pastelaria Tropical (Tomar)
ofertas aos convidados: chá Darjeeling da loja Pérola do Chaimite. E charutos da Casa Havaneza
fotografia: Menino Conhece Menina
video: Happy Together
carro Aero Sodomka: Abranclássicos
música e animação: Fado ao Centro (Coimbra), Coro Génesis (Porto), Dixie Naza Jazz Band (Nazaré) e DJ Ramiroquai
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