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Susana Pinto

Susana + Gonçalo, amor num bosque encantado

Hoje trazemos um casamento tão, mas tão bonito… é a festa da Susana + Gonçalo e as fotografias bonitas são da Beija-me.

E por onde começar? Pelo sítio, que parece um bosque encantado… ou pela decoração floral, esplendorosa. Ou pela “almofada” das alianças, com um delicado e perfeito bordado da Joana Caetano, que assina com o nome artístico de Jubela. Ou pelas respostas da Susana. Sabiam que é dela o projecto Beija-Flor, aqueles caderninhos bonitos?

Pois é, uma maravilha!

 

 

 

 

 

Como foi o teu pedido de casamento?

Completamente inesperado. Estávamos de férias, no pico do Verão, e nesse dia falámos de fazer uma caminhada pelas Aldeias do Xisto, pelas bonitas Fragas de São Simão. A meio do trilho, quando menos esperava, o Gonçalo parou para tirar um reforço da mochila, e aquilo que eu pensava que seriam bolachas (sim, eu achava mesmo que ele ia tirar bolachas!), acabou por ser um lindo anel. Ali, junto ao rio, disse-lhe sim, antes sequer de ele fazer o pedido, e acabámos abraçados e muito, muito emocionados.

 

 

 

 

 

Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?

Começámos pela escolha do espaço, um ano antes. Coincidência das coincidências fomos à Quinta da Costeira, no dia 5 de Setembro de 2014, exactamente um ano antes do dia em que nos casámos. Adorámos o espaço, identificámo-nos muito com toda a simplicidade e beleza natural do bosque e, muito importante, também simpatizámos muito com a equipa da Quinta. Já ajudei algumas amigas a planear casamentos (enquanto designer gráfica) e sei o quão importante é haver empatia e à vontade com as pessoas que dirigem o espaço, afinal de contas é com essas pessoas que vamos passar horas a planear o grande dia. O facto de a Quinta possuir capela também pesou na nossa escolha final. Tínhamos muitos convidados de longe e, conseguir fazer a cerimónia no mesmo espaço do copo de água acabou por ser um 2 em 1 perfeito.

Depois da escolha do espaço, tratámos da data, do fotógrafo e só depois de fazer um Excel com todas as tarefas, tendo em conta o nosso orçamento, gostos e tempo.

 

 

 

 

 

Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?

O facto de termos escolhido um espaço com o qual nos identificávamos bastante, facilitou muito a criação do ambiente da festa. Apostámos nas flores, nas madeiras e numa paleta de cores original, para decorar quer a capela, quer o espaço exterior, onde estaríamos durante toda a tarde, quer o interior da tenda, onde seria servido o jantar. Queríamos algo muito natural, que se fundisse com toda a envolvência daquele bosque mágico, confortável e romântico q.b..

 

 

 

 

 

A opção “feito por ti” surgiu porquê?

Por várias razões. Sou designer gráfica e por isso todos os suportes de comunicação foram feitos por mim. O Gonçalo ajudou sempre nas decisões finais mas a linguagem gráfica foi trabalhada por mim, aproveitei para criar uma linguagem que tivesse a nossa cara e sem constrangimentos exteriores.

O Gonçalo ficou com a parte das madeiras, fez todos os marcadores de mesa, as placas com os menus, etc., revelou-se um carpinteiro de primeira!

Sempre vimos o casamento não apenas como um dia isolado, mas sim todo como todo um processo que teve início alguns meses antes. Sabíamos que se levássemos todo este processo com alguma descontracção e motivação, este acabaria por nos dar um prazer enorme a construir o dia, e foi exactamente o que aconteceu!
Fizemos imensa coisa para o casamento e, no dia anterior, que foi caótico e super trabalhoso, acabámos o dia de lágrimas nos olhos imensamente felizes com o resultado final.

 

 

 

 

 

 

Tiveste ajuda?

Sim tivemos. Desde o início que pudemos contar com a grande ajuda de uma amiga, a Filipa Ferreira. Com ela decidi todas as flores, cores, pormenores, etc., que usaríamos no dia e em todos os suportes que fomos desenvolvendo. As flores foram a base de toda a decoração e por isso a ajuda dela foi imprescindível em todo o processo – desde o primeiro dia em que criei uma pasta no pinterest ao dia do casamento em si. Foi ela que planeou e fez toda a decoração floral dos espaços e dos nossos acessórios. Desde a decoração da Capela (que superou as nossas expectativas!), ao meu bouquet, aos boutonnières do noivo e dos padrinhos, à tiara da menina das alianças, a muitos outros pontos de decoração de todo o espaço.
Tivemos também a ajuda de alguns familiares e amigos, que nos ajudaram ao longo de todos os meses e, em especial, no dia anterior ao casamento, onde montámos todos os espaços.

 

 

 

 

 

O que era o mais importante para ti?

Que conseguíssemos aproveitar o dia ao máximo e que nunca nos esquecêssemos que o mais importante éramos nós os dois.

Quisemos fazer tudo ao nosso gosto, com imensos pormenores, mas sabíamos que o mais importante era no dia desligarmos de tudo que era acessório e focarmo-nos no essencial.

 

 

 

 

 

E secundário?

A roupa da menina das alianças, que na semana anterior trocou o vestido que lhe tinha dado por um pelo qual se apaixonou. Queria é que ela fosse feliz, e bem disposta, e assim foi! Estava sempre a dizer que parecia uma princesa!

 

 

 

 

 

Onde gastaste mais dinheiro?

No espaço e no copo de água.

 

Onde gastaste menos?

No batom, no final usei um emprestado!

 

 

 

 

 

 

O que foi mais fácil?

O Espaço! Visitámos a Quinta da Costeira e só não dissemos logo que reservávamos o espaço, no dia, porque sentimos que podíamos estar a ser precipitados. Fomos a outro sítio no dia seguinte, acho que mais por descargo de consciência, e depois da visita percebemos que já tínhamos a nossa escolha feita. Foi, claramente, amor à primeira vista e por isso porquê perder mais tempo?

 

 

 

 

 

O que foi mais difícil?

Os convites. Pode parecer estranho, uma vez que foram feitos por nós, ao nosso gosto, mas na verdade primeiro que chegássemos a um consenso, demorou o seu tempo! Eu, com a minha esquisitice de designer, o Gonçalo com as suas vontades a querer fotografia e eu a negar, uma série de posições opostas que acabámos por dissolver. No final lá conseguimos chegar a um resultado que os dois adorámos.

 

 

 

 

 

O que te deu mais prazer criar?

Todos os suportes gráficos. Teve o seu lado difícil, porque sou muito exigente com as minhas coisas, mas fiquei muito satisfeita com toda a evolução da linguagem gráfica e o resultado final.

 

O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?

É a nossa cara sim. Claro que existiram algumas cedências mas nada que tivesse realmente relevância. Voltávamos a fazer tudo da mesma forma e acho que isso diz tudo!

 

 

 

 

Um pormenor especial?
Só um? Posso contornar esta pergunta e dizer mais uns quantos? É que não me consigo decidir pelo mais importante!
O porta-alianças, que foi um bastidor bordado pela Jubela e que hoje ocupa um lugar especial cá em casa. Queria uma peça que depois tivesse alguma utilidade e acho que não poderia ter escolhido melhor!
A linda (e enorme) grinalda que estava pendurada na fachada da Capela. Foi feita pelo Gonçalo e por um amigo nosso e foi absolutamente bonito o momento em que vimos aqueles metros e metros de eucalipto pendurados na varanda!
O filme, sobre a nossa história de amor, tão bem contada pelos nossos amigos do We Blog You. Sabíamos da existência do filme mas não sabíamos, de todo, como teriam contado a história! Foi um momento delicioso e maravilhoso ver aquele filme!
A GoPro que andou a saltar por várias mãos e que no final do dia nos foi oferecida com vídeos, e fotografias, de todos os momentos do dia!

 

 

 

 

 

Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?

Tínhamos acelerado alguns momentos do dia. Estávamos tão felizes e eufóricos que não nos apercebemos que o jantar acabou por atrasar mais do que devia.

 

Algumas words of advice para as próximas noivas?

Vão planeando o dia com algum tempo, ainda por cima se querem (ou têm) de cumprir um orçamento. Cerquem-se das pessoas certas para vos ajudarem, deleguem tarefas e confiem nelas. Não só no dia mas ao longo de todo o processo. Assim ganham tempo, calma e paciência, que são muito importantes para chegarem felizes e com ânimo para O grande dia!

 

 

Os nossos fornecedores:

 

convites e materiais gráficos: pela Noiva, Susana Gomes

livro de Honra: Beija-flor

local e catering: Quinta da Costeira, Oliveira de Azeméis

bolo: Confeitaria Paivas

fato do noivo e acessórios: fato Massimo Dutti, laço Gentleman, suspensórios A. Costa Real, duas lojas do exterior do Bolhão, sapatos Seaside.

vestido de noiva e sapatos: Borsini Noivas, sapatos Nandil

maquilhagem e cabelos: Márcia Costa

flores: Filipa Ferreira

ofertas aos convidados: raspadinhas, compradas no quiosque mais perto de casa!

fotografia e vídeo: Beija-me

luzes, som e Dj: Gonçalo Araújo

 

Susana Pinto

Saberes antigos, ideias novas

Hoje é dia de partilhar mais uma descoberta preciosa, que é o trabalho da Joana Caetano, que assina como Jubela.

As peças da Jubela caracterizam-se pelo uso do bordado tradicional português (como o bordado de Guimarães) e misturam inspiração do imaginário popular, folclórico e tradicional, música, livros e filmes favoritos  contemporâneos, e ilustrações próprias.

Os materiais são maioritariamente portugueses como o linho, burel, fazendas, algodão e botões, que a Joana respiga e colecciona..

As peças variam, mantendo estes princípios, e podem ser colares, crachats, alfinetes de peito, lenços de namorados e outras preciosidades.

As primeiras peças que me conquistaram foras os vistosos colares da Joana, que adoro, mas depois de conhecer melhor o resto do trabalho e os detalhes e a história de cada peça, fiquei fã a tempo inteiro!

 

 

 

 

 

 

Há lenços variados, sejam “de amor”, que resultam na customização de um lenço vagamente tradicional, com pormenores sugeridos por quem o encomenda e bordados ao estilo da Joana,  sejam “de amor aos pedaços”, que são usados como acessórios, por ele, por ela ou por ambos, porque se completam.

Há corações de linho e burel, que são alfinetes bordados ao estilo minhoto em peças de linho caseiro, que vão sendo coleccionados, restos de linho antigo, de peças de roupa desmanchadas e outros encontrados em casas de quem ainda acompanha e segue o ciclo do linho, pedaços com uma vida anterior agora recuperados e engalanados a preceito.

 

 

 

 

 

 

 

 

Podem fazer uma visita à Joana Caetano, semanalmente, no Mercado do Porto Belo, na Praça Carlos Alberto, no Porto e, ocasionalmente, encontram peças dela na loja de tricot Ovelha Negra (onde também acontecem workshops de iniciação aos bordados, já dias 6 e 13 de Abril).

 

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