Altar civil refreshed: porque não?
Para primeira edição da S, quisemos explorar o “altar civil”, algo ainda muito pouco trabalhado por cá e com um imenso potencial visual e criativo, ao qual não consigo resistir…!
Afinal, é para esta peça/espaço que estão dirigidos todos os olhares durante a cerimónia e entre outras qualidades, um altar civil bem desenhado é uma fabulosa paisagem fotográfica, enquadrando os noivos de maneira totalmente cenográfica.
À semelhança do convite, em momentos distintos, o altar começa por contar um pouco da história de amor que une o casal e lança o mote para o ambiente que se vai experimentar a seguir… Para desenhar esta peça, que se pode resumir a um foco de atenção, não há limites criativos nem orçamentais, basta escolher um local e deixar a magia acontecer!
Esta foi uma das sugestões desenhadas por mim e pela Elisa Arnaud, da Design com Texto: uma placa de platex perfurada (comprada no Aki), pintada de branco com tinta de esmalte e bordada a ponto cruz com as iniciais dos noivos e um coração (desenhei as letras e motivos numa folha de papel quadriculado, para ter noção das dimensões que deveria escolher – 4 quadradinhos para cada ponto, e recortei, para perceber onde deveria colocar cada letra e calcular os espaços entre elas). Usámos fios sortidos, um de rolinho, acetinado, e um menos macio, prateado, para alternar cores e texturas.
Com esta peça feita, decidimos qual o sítio mais interessante para a colocar e esta porta/passagem para as salas seguintes, ladeada pela escada e corrimão trabalhado pareceu-nos perfeita. Bastou juntar a mesa alta e decorar a preceito: a jarra com a lavanda fora do vaso e cheia de lantejoulas, e a pequena manteigueira que guarda as alianças, peças fundamentais e suficientes para uma cerimónia civil e significativa.
Nesta segunda produção, com uma tábua de aglomerado comprada também no Aki, pintada com tinta acrílica em azul royal, criámos o bloco principal. As andorinhas da Otchipotchi (maravilhosas e que foram o ponto de partida para este altar) estão penduradas em 2 pequenos pregos e o remate de cor foi dado com as fitas rosa fúcsia.
Novamente, escolhemos um sítio interessante na sala, e ladeámos com duas mesinhas Lack, do Ikea, onde colocámos uns posters com palavras significativas e doces. Simples, mas eficaz e com muita emoção, e claro, cravos com fartura, uma das nossas flores favoritas!
A terceira proposta é ainda mais simples: fita cola de papel (daquela usada para proteger os interruptores e rodapés, quando se está em pinturas lá por casa!), pintada com tinta acrílica dourada: cortei vários pedaços a olho (cerca de 50cm), colei-os num plástico e pintei todos de uma vez, com uma trincha larga. Deixei secar e desenhei o coração, cortando à medida necessária para os vários segmentos.
Depois, foi só escolher fotos de família, momentos especiais e uma fotografia com mais significado, que ficasse dentro do coração.
Colámos tudo com a mesma fita cola, deixando as fotografias meio soltas, com um aspecto espontâneo e dinâmico. No fim do dia, foi só descolar com cuidado, deixando as fotografias e a parede impecáveis.
Simples, simples e tudo budget friendly: altar civil em ponto cruz, cerca de 50 euros (platex perfurado, tinta, fitas e fios, lantejoulas e lavanda), altar civil azul royal, cerca de 125 euros (placa de aglomerado, com corte e transporte, andorinhas, tinta, fitas, cravos e impressões), e altar civil com fotografias, cerca de 7 euros (fita cola e tinta dourada).
Interessante, verdade? Vão experimentar?
Aqui está uma tendência que esperamos conseguir lançar, devagarinho, e com muito amor, mostrando que é fácil, acessível e muito, muito memorável… Assim como os cravos, que por cá (e não só…!) adoramos e cumprem todos estes requisitos com muito, muito estilo!
Prometo que insistiremos com elegância e frescura, e sempre com olho nos números!
Fotografias do André Castanheira, arc | fotografia.