Created with Sketch.
Susana Pinto

Anabelle + Yves Noel, celebrar o amor em Lisboa

Fechamos mais uma semana a caminho da Primavera, com uma bela festa com sabor a Verão!

Fiquem com o casamento bonito e pouco convencional da Anabelle + Yves Noel, em Lisboa, com passeio de tuk-tuk, gelados Santini, pista de dança da Jukebox num palacete em ruínas, tudo lindamente fotografado pela Hello Twiggs!

 

 

 

 

 

Como foi o teu pedido de casamento?

O pedido de casamento foi feito na Islândia, numa praia de areia preta em Vík í Mýrdal, no dia 9 de Maio de 2012. O Yves tinha comprado um anel de noivado da Tiffany em França, e fomos 15 dias de férias até a Islândia. Íamos festejar o nosso aniversário e fomos à procura de qualquer garrafa de espumante para festejar No final, ele deu-me um presente com uma carta e pediu-me em casamento. Foi mesmo romântico naquela praia onde estávamos sozinhos. A seguir, escolhemos a data para casar e vimos que o próximo 9 de Maio calhava num sábado, e foi assim que marcámos o dia.

 

 

 

 

 

Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?

Começámos a procurar o espaço e levámos quase 2 anos para encontrar o local que era mesmo a nossa cara. Não queríamos um casamento tradicional, queríamos um espaço original e ao mesmo tempo simples onde se pudéssemos fazer uma festa descontraída, mas também um pouco chic. Como a maioria dos convidados vinha de França, queríamos que fosse no centro de Lisboa para facilitar a logística. Visitámos muitos espaços e no final decidimos casar no Carpe e Diem, Arte e Pesquisa. É um antigo palácio, restaurado, com um charme decadente: correspondia exactamente ao que procurávamos, representando Lisboa, que adoramos, e a minha cultura portuguesa.

Decidimos organizar a cerimónia civil no interior do palácio, na escadaria, e festa no jardim. Gerimos tudo à distância porque vivíamos em França.

 

 

 

 

 

Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?

Queríamos criar um ambiente de festa boémia e elegante. Para isso, fiz muita pesquisa na internet para ter inspiração, utilizei imenso o Pinterest para procurar e selecionar ideias para tudo (decoração, convites, vestido da noiva, penteado, sapatos, etc).

 

 

 

 

 

A opção “feito por ti” surgiu porquê?

A opção “feito por mim” surgiu por causa dos orçamentos dos wedding planners que tínhamos contactado. Era mesmo muito dinheiro e preferimos utilizar esse valor para oferecer surpresas aos convidados. Por exemplo, entre a cerimónia civil e a festa, demos uma volta pela cidade em tuk-tuks com os convidados. Foi mesmo uma festa e os convidados adoraram! Também contratámos um carrinho de gelados da Santini, para depois do jantar.

Escolhemos todos os detalhes, pormenores, fornecedores e contratámos tudo. A minha testemunha e melhor amiga, que tem muito jeito para fazer coisas com as mãos, fez-nos uma caixinha para as alianças.

 

 

 

 

 

Tiveste ajuda?

Não tive ajuda porque também não queríamos envolver os amigos e família. Queríamos que o casamento fosse a nossa cara, sem ter influência de outras pessoas.

 

O que era o mais importante para ti?

O mais importante para era que os convidados se divertissem e se lembrassem de um fim-de-semana muito giro em Lisboa. Para isso, decidimos fazer um jantar na praia, na véspera do dia do casamento: as pessoas puderam conhecer-se e conversar. Na segunda-feira depois do casamento, fomos passear até Sintra com as pessoas que quiseram passar mais dias em Lisboa.

 

 

 

 

 

E secundário?

O vídeo do casamento (preferimos optar só pela fotografia), e a minha maquilhagem: como eu não costumo estar muito maquilhada, pedi à minha irmã para o fazer.

 

Onde gastaste mais dinheiro?

No espaço, porque tivemos de alugar uma tenda caso chovesse. Tínhamos medo que a chuva estragasse a festa, porque estávamos no jardim cá fora.

 

 

 

 

 

Onde gastaste menos?

Na coordenação.

 

O que foi mais fácil?

A escolha do catering, porque sabíamos exactamente o que queríamos. Nós adoramos a cozinha que o Chefe Hugo Nascimento faz na Tasca da Esquina. São petiscos e pratos portugueses re-inventados. Quando perguntámos se faziam catering para casamentos e ele nos disse que sim, ficámos mesmo felizes, porque queríamos fazer com que os convidados também descobrissem a gastronomia portuguesa através deste chef.

 

 

 

 

 

 

O que foi mais difícil?

Toda a organização do dia do casamento. Tinha combinado com um fornecedor que se ocuparia de coordenar os diferentes fornecedores e ele não o fez. Felizmente, a responsável pelo espaço e a fornecedora das flores trataram de toda a decoração desse dia. Graças a elas tivemos o casamento que tínhamos imaginado, todos os detalhes estavam lá.

 

 

 

 

 

O que te deu mais prazer criar?

Toda a decoração e convites. Adorei mesmo procurar, escolher os detalhes.

 

O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?

O casamento corresponde exactamente à nossa cara. A única cedência foi ao número de convidados. Gostaríamos ter convidado mais pessoas, mas não foi possível devido ao budget que tínhamos, portanto só convidámos a família e amigos próximos.

 

 

 

 

 

 

Um pormenor especial?

Criámos uma conta de Instagram 3 meses antes do dia do casamento para servir como “tease” e mostrámos fotos dos preparativos para criar expectativa nos convidados (sem divulgar as partes essenciais). Os convidados adoraram e fez com que as pessoas se sentissem envolvidas na festa. E outro detalhe especial foi uma surpresa que ofereci ao meu marido: uma obra de um artista de street art de Lisboa, que ele adora, chamado Dalaiama. Ficou muito emocionado!

 

 

 

 

 

 

Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?

Não mudaria nada, mesmo nada (vá… talvez contratar uma pessoa para coordenar os diferentes fornecedores no dia do casamento).

 

 

 

 

 

 

Algumas words of advice para as próximas noivas?

Aconselho mesmo que façam uma festa à vossa imagema. Não se deixem influenciar pelos que vos são mais próximos. Às vezes é difícil, mas no final vale a pena!

 

Os nossos fornecedores:

 

convites : My dear paper

local : Carpe Diem Arte e Pesquisa

catering : Vitor Sobral

fato do noivo: fato The Kooples, sapatos Santoni

vestido de noiva: vestido Lambert Creations, sapatos Patricia Blanchet

maquilhagem: a minha irmã

cabelos : Tony & Guy

flores: Flow

ofertas aos convidados e materiais gráficos: Monsieur plus Madame

fotografia: Hello Twiggs

luzes, som e DJ: Jukebox

aluguer de tuk tuk: Tuk on me

aluguer do carrinho dos gelados: Santini

 

Mónica Aragão

Se eu me casasse… por Rita Cordeiro

Rita Cordeiro é Designer de Comunicação Visual e Editora de Social Media. Fotografa compulsivamente e vive com banda-sonora, o que resulta numa playlist visual que pode ser acompanhada na sua conta de Instagram. É também a autora das marcas cooler e wooler, onde cria as suas peças de joalharia têxtil e dá vida ao seu amor pela lã. Hoje revela-nos como seria se resolvesse casar…

 


 

Não fui a menina que sonhava com vestidos de princesa, nem nunca sonhei casar-me. É a mais pura das verdades e acho que isso nem sequer tem a ver com o facto de sempre ter sido meia maria-rapaz, mas sim com o barulho de luzes que os casamentos geralmente têm, que a mim, pessoa tímida e reservada q.b, sempre pareceu um exagero para uma coisa tão simples: a celebração de um amor para a vida.

 

Com o passar dos anos e com a actualização, simplificação e diversificação das cerimónias à medida de cada um e, principalmente, depois de ter começado a trabalhar neste ramo e de lidar diariamente com o amor e a felicidade de muitos casais, dei por mim a encarar o assunto de outra forma e, hoje em dia, consigo imaginar como seria o meu dia: simples, despretensioso e, principalmente, totalmente à minha medida, apenas com família e amigos muito próximos.

 


Não usaria o clássico vestido de noiva branco: ao fim de 18 anos com o noivo e com uma filha de 10, não faria sentido para mim, e também porque o branco não é definitivamente a minha cor de eleição. Daí que este vestido, que vi há umas semanas num manequim de uma loja Adolfo Dominguez e que a minha filha apontou com um “mamã, olha ali aquele vestido tão lindo!”, fosse o escolhido. É que quando olhei para ele, vi O MEU VESTIDO e consegui imaginar-me nesse dia e, ainda por cima, dentro do vestido mais lindo que a minha filha já tinha visto. Não podia ser mais perfeito!

 

Confesso que também vi nele o pretexto, também ele perfeito, para ter finalmente estes sapatos maravilhosos da Repetto os quais, apesar de sapatólica, o bom senso me impede de comprar desde que os vi, mas que o dia do meu casamento mais do que justificaria! Agrada-me também muito a ideia da possibilidade de voltar a usar ambas as peças no meu dia-a-dia, o que aconteceria com toda a certeza.


Como prezo mesmo a simplicidade, tanto o cabelo como a maquilhagem seriam também segundo essa premissa: o cabelo, que ultimamente uso mais curto, solto e apenas parcialmente entrançado e a maquilhagem, o mais natural e luminosa possível.

Na minha opinião o “look fresco e lavadinho” é o que mais se adapta à minha personalidade, pouco dada a produções na vida diária, mas nesse dia usaria alguns truques especiais.

Apesar de nunca ter investido muito em jóias, gosto mesmo muito das poucas que tenho e este colar de franjas e este anel, pela sua simplicidade, beleza e originalidade seriam, definitivamente os escolhidos para assinalar o dia.

Adoro flores e se pudesse viveria permanentemente rodeada delas. Para o meu dia escolheria um ramo de flores campestres, não propriamente um bouquet, mas um ramo de flores frescas, apanhadas e reunidas num ramo.


A cerimónia civil teria lugar na minha varanda favorita de sempre, a varanda do Castelo de Leiria. Imagino que isso implicasse grandes autorizações especiais, mas acredito que seria possível!

 

A festa teria uma banda sonora elaborada por nós, ambos melómanos inveterados, com todas as músicas que nós e os nossos amigos adoram. Uma espécie de “memory lane” que poria um sorriso na cara de cada um de nós e nos faria dançar até ao final da festa.

As fotografias do dia seriam deixadas a cargo não só dos convidados, a quem seriam distribuídas polaroids e também do meu amigo e fotógrafo maravilha, Ricardo Graça. Criaria também uma hashtag de partilha no Instagram, que no nosso caso seria: #oscorderosacasaram, numa brincadeira com os nossos 2 apelidos (Cordeiro e Rosa) e é claro que eu também não resistiria a tirar umas fotos para ir publicando na minha galeria!

 

E agora vem a parte melhor, a lua-de-mel! Por muito irresistível que fosse apenas um destino tropical, sei que ao fim de uma semana, tanto eu como o rapaz já deitaríamos praia pelos olhos… Por isso, faria uma lua-de-mel de 4 semanas, que ao fim de 18 anos de vida em comum uma pessoa merece comemorar em grande, não é?

 

A 1.ª semana seria passada num qualquer resort, daqueles em que se passa o tempo entre o mergulho e a toalha e o spa. Mas com a possibilidade de passear pela cidade, se nos apetecesse, em caso da overdose iminente de praia acontecer inesperadamente. E depois, já com a fotossíntese em dia, começaria a viagem de sonho ao Japão durante 3 semanas inteirinhas.

 

E depois éramos felizes para sempre.

(E agora que leio esta última frase, e que me dou conta de que escolhi casar-me num castelo, apercebo-me de que se calhar afinal sempre acredito mais em princesas e em príncipes encantados do que admiti ali em cima!)

 

Mónica Aragão

Inspiração, por Pinga Amor

A Primavera está a chegar, mas Ana Jordão da Pinga Amor já pensa no Verão… mais precisamente no casamento da C+J, que vão dar o nó em Agosto, num lindo châteaux. Châteaux esse que serve de ponto de partida para uma inspiração clássica, com cores veraneias, complementadas com pequenos e elegantes toques de dourado.

 

 

Um cenário fresco que nos lembra uma deliciosa taça de fruta e gelado, num dia quente de verão!

 

Board 8 – Sun, Peach, Coral, Pink & Green: Style Me Pretty

 

Mónica Aragão

Se eu me casasse… por Marlene Vinha

Sonhadora nas horas vagas (que infelizmente são poucas!), apaixonada por cor e coisas bonitas, Marlene Vinha extravasa isso enquanto maquilhadora no atelier Pretty Exquisite, onde encontra motivação em mostrar a cada um, como saber tirar partido da sua beleza, e é à mesma que dedica toda a sua atenção.

 


E porque nisto de não ser casada, nem nunca ter pensado em sê-lo, mas trabalhar no meio dos casamentos e ver tanta coisa bonita e inspiradora, faz com que damos por nós a desafiar a nossa imaginação ao sabor de um “E se eu me casasse? Como seria?”

 

Assim, e apesar de nunca ter pensado muito a sério sobre o assunto, esbarrei há uns meses num quimono tão bonito que, no momento em que lhe deitei a vista em cima pensei “se me casasse, era assim que ia”. Infelizmente, não tive a destreza de o comprar imediatamente e o exemplo que vos trago aqui é uma pálida sombra do “tal”!

No entanto, quando aceitei o convite do Simplesmente Branco para criar o meu cenário para o tal dia, tive mesmo que resgatar esta inspiração e construí um moodboard que acompanhasse a peça eleita. E começo pelos brincos, de jade obrigatório, em estilo arte deco, porque é uma pedra e uma cor que adoro, e acho que complementaria bem a inspiração oriental. A indumentária ficaria completa com os mules, lisos e em tom nude, da Amelie Pichard.

Para a maquilhagem e beleza, que ficaria a meu cargo, algo muito simples, com o qual me identifico, o eyeliner. Nos lábios e nas unhas, coral.

 

E quanto mais olho para esta inspiração, mais me animo em concretizá-la. Nem que seja apenas eu e ele!