Joana + Ivan, o amor é a soma das partes
Terminamos a semana com as palavras da Joana + Ivan, e a sua grande aventura para chegar ao bonito dia que imaginaram: o amor partilhado com a família e os amigos, uma viagem comunitária onde cada um teve o seu papel e a soma das partes resulta numa experiência incrível, doce e perene.
Com eles, estiveram a dupla Menino conhece menina, a fotografar, a dupla FullCut a filmar e a equipa Porto Festa a tomar conta da iluminação e animação, todos forneecdores seleccionados Simplesmente Branco, escolhidos a dedo e à medida deste par.
Há coisas que combinam tão bem…
Como foi o teu pedido de casamento?
O meu pedido de casamento foi simples, muito à nossa maneira. Viajámos até Paris, já me tinha apercebido que o Ivan tinha uma grande vontade de lá voltar e mais tarde percebi porquê. Paris é muito especial para nós, além de ser uma cidade lindíssima, foi o nosso primeira viagem juntos e sozinhos. Tínhamos 18 anos e percorremos aquela cidade de uma ponta à outra. O pedido foi nos Champs de Mars, nos jardins frente à Torre Eiffel. Era de noite, o ambiente estava muito agradável, havia imensa gente a petiscar e a conviver por ali. Apesar de estarmos juntos há muitos anos, quando ele me fez o pedido, fiquei extremamente nervosa e só mais tarde comecei a digerir, a ter noção da realidade e a sentir uma felicidade imensa. Quando contei aos familiares e amigos não houve surpresa nenhuma, já estavam todos à espera. A felicidade generalizou-se e a partir desse momento começou o planeamento de um dos dias mais felizes da minha vida.
Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?
Cedo concordámos que só nós podíamos casar em Agosto por motivos profissionais e devido ao facto de termos familiares e amigos fora do país. Por isso tínhamos um ano para planear. Achei sempre que era muito tempo até termos ido à primeira quinta e vermos que já tinham o calendário preenchido para aquele mês. Felizmente não era o sítio que tínhamos idealizado e continuámos a procura. Queríamos um lugar intimista, mágico e onde se respirasse natureza em toda a sua envolvência. Daí termos ficado apaixonados pelo Convento de Sandelgas. Esse foi o primeiro passo: a escolha do sítio. Depois a igreja. Um dia após voltarmos da quinta, demos um salto ao Castelo de Montemor-o-Velho e percebemos que era aquele sítio que queríamos. Fizemos de tudo para que fosse possível casarmo-nos lá. A partir daí começámos a escolher os fornecedores: o catering, os fotógrafos, a música para a igreja, o DJ, o videógrafo, etc. O tema, esse, nem foi preciso pensar: seriam viagens, que é o que mais gostamos de fazer. Posso afirmar que durante um ano inteiro o casamento foi o nosso grande projecto e ao qual dedicámos muitas horas de pesquisa. É importante confiar em quem contratamos para que não haja nervos acrescidos no próprio dia. Queríamos que fosse um dia lindo, mas acima de tudo que fosse o nosso dia, a nossa cara.
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Queríamos um ambiente intimista, romântico e familiar. Queríamos que fosse um dia entre família e amigos, numa atmosfera descontraída. Queríamos que todos sentissem que eram especiais para nós e por isso reservámos vários momentos do dia para o demonstrar. Cedo nos apercebemos que para que o casamento fosse a nossa cara, queríamos ser nós a fazer tudo e a estar muito por dentro de tudo. Fizemos os convites e toda a parte gráfica e idealizámos toda a decoração a partir daí. Para isso contámos com a ajuda preciosa e insubstituível dos nossos familiares e amigos. Hoje em dia rio-me muito e recordo com saudade o dia em que juntamente com amigos decorámos a igreja, o dia em que a minha mãe encheu a garagem com heras que tinha colhido para os arranjos, a escolha das flores, o dia horrível que estava quando fomos buscar uma porta velha para fazer o seating plan, da escolha das músicas (que tantas vezes foram mudadas porque havia sempre alguma que nos dizia mais), entre tantos outros momentos. A partir do momento em que contratamos os fornecedores, é importante que eles se interessem por aquilo que cada casal espera do dia, pois acredito que cada casamento é diferente. Desta forma tentei transmitir aquilo que esperava e ter a certeza que podia confiar nas pessoas que tinha escolhido. Isto é muito importante. Para além disso, e uma vez que dependiam de nós muitos aspectos do dia, quis ter a certeza que estava tudo pronto a tempo, com algumas semanas de antecedência. Podemos ter tido mais trabalho mas tudo se traduziu no dia que queríamos, da forma como queríamos e isso é o importante.
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
Surgiu acima de tudo porque a nossa veia de perfeccionistas não nos deixou entregar o nosso dia a mais ninguém que não a nós mesmos e às pessoas que nos conhecem e amam. Ninguém melhor que a família e os amigos para nos ajudar a criar aquilo que queremos porque percebem exatamente aquilo que pretendemos. Quando pedi orçamentos para a decoração, fiquei assustada com os valores que recebi, uma vez que queria coisas tão simples! A partir daí, ouvi várias vezes o “mas nós conseguimos fazer isso” e serviu como um incentivo para ir para a frente. Na véspera achei que era louca e que tinha cometido uma loucura quando me vi a varrer a igreja, ou quando vi os meus amigos a decorar o altar e a fazer uma passadeira de gipsófilas no chão. Mas esses momentos são lindíssimos e ficam para sempre.
Tiveste ajuda?
Sim! Tive a ajuda preciosa dos amigos e da família. A minha amiga Silvana e a sua mãe Silvina desde cedo ajudaram com tudo o que envolvia flores, desde a escolha das espécies até tornar possível realizar as ideias que tínhamos em mente. Foram incansáveis e nunca lhes vou conseguir agradecer por tudo. Na véspera, fizemos a decoração do espaço, da igreja, os centros de mesa, os bouquets e os cones de pétalas para atirar. A minha tia fez as flores de papel lindíssimas com os tons do casamento que pendurámos na árvore principal do jardim, ajudou-me com as etiquetas das lembranças assim como com os cones. A minha mãe bordou o porta-alianças e os lenços belíssimos para as lágrimas felizes, que hei-de guardar para sempre. A minha cunhada Ana Catarina maquilhou-me, o meu pai fez as caixas para os arranjos das mesas que eu tanto queria! Tirando os arranjos que tinham de ser feitos na véspera, foi tudo feito com muito tempo de antecedência para que nada falhasse. Passei o ano a inspirar-me através dos posts do Simplesmente Branco, assim como do Pinterest.
O que era o mais importante para ti?
Que tudo corresse bem e que conseguisse desfrutar. Acima de tudo que fosse um dia bonito passado em harmonia, a matar saudades dos amigos, a rever família. Na semana que antecedeu o casamento ainda conseguimos fazer praia, relaxar. Antes de ir para a igreja bebi um gin com os meus irmãos, à espera da hora para sairmos de casa e, no fundo, são estes detalhes e os momentos com as pessoas que tornam os dias especiais. Não queria que os nervos se apoderassem de mim! Sabemos que não conseguimos controlar tudo e por isso restou-me confiar e descontrair para poder aproveitar ao máximo um dia irrepetível.
E secundário?
Acho que nada foi secundário! Foi tudo pensado ao pormenor. O mais secundário terão sido, talvez, questões de etiqueta e protocolo às quais não ligámos minimamente.
Onde gastaste mais dinheiro?
Obviamente, na quinta e no catering.
Onde gastaste menos?
Na decoração. Ao longo do ano fomos comprando coisas que gostávamos para o photobooth, para a decoração do espaço, entre outros. O Ebay e o Ikea foram muito nossos amigos!
O que foi mais fácil?
Comprar os sapatos! Não ligo nada a sapatos, ando sempre de sapatilhas! Comprei-os online, vi as fotografias, gostei e comprei dois pares pelo preço que ia gastar por um par numa loja tradicional. Estava com receio de não conseguir andar de saltos o dia todo e por isso comprei umas sandálias que ainda hoje posso usar.
O que foi mais difícil?
Não houve nada especialmente difícil. É óbvio que dá trabalho, mas sem isso não teria tanto valor. Tivemos sempre ajuda para que tudo corresse bem.
O que te deu mais prazer criar?
Adorei planear o casamento todo e ver o resultado final. Senti um orgulho imenso em todos nós! Foi lindo quando as fotografias finais nos foram entregues e vi que o que tinha pensado estava ali! Isto claro, graças às mãos espetaculares da Raquel e do Daniel dos Menino Conhece Menina.
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?
Nunca fiz cedências. Queríamos coisas simples e por isso seriam fáceis de ver cumprir! Houve algumas coisas que pensámos e pedimos orçamento para elas mas quisemos sempre manter os pés no chão.
Um pormenor especial?
Aproveitámos a sessão de solteiros a que tínhamos direito e fizemos um vídeo em que prestámos homenagem à nossa família e amigos. Projectámos o vídeo antes do corte do bolo e foi um momento muito especial para todos. Ficou um trabalho lindíssimo feito pelos Fullcut e que podemos recordar para sempre.
Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?
Nada. Só queria que passasse mais devagar!
Algumas words of advice para as próximas noivas?
Aproveitem o dia! Tenham confiança no planeamento e tudo vai correr bem! É impossível controlar tudo, nem tentem! É o vosso dia, vivam-no porque passa num instante.
Os nossos fornecedores:
convites e materiais gráficos: feitos por nós;
local: Convento de Sandelgas;
catering: Encontrus;
fato do noivo e acessórios: Massimo Dutti;
vestido de noiva e sapatos: Rosa Clará e Asos;
anel de noivado, alianças e brincos: comércio tradicional Ourivesaria Vaz;
maquilhagem: Ana Catarina, cunhada da noiva;
cabelos: Eduarda Cabeleireiros;
flores: Silvina e Silvana (amigas queridas e ajuda preciosa);
ofertas aos convidados: trouxemos de Amsterdão uns vasinhos de margaridas com sementes para plantar;
fotografia: Menino Conhece Menina (sou a fã número 1 e já estavam escolhidos muito antes de pensar em casar!);
vídeo: Fullcut;
luzes, som e Dj: os simpáticos PortoFesta