Maria + Helder, something old, something new, something borrowed, something blue
“Something old, something new, something borrowed, something blue”: este foi certamente o fio condutor da sofisticada festa da Maria + Helder, que a Lounge Fotografia nos trouxe esta semana.
A Maria conta em detalhe o plano posto em marcha – e a graça que tem este formato de festa que ambos congeminaram… conforto para todos, uma dinâmica agitada mas simpática e um resultado mais do que feliz. Ficámos fãs!
Deliciem-se com as imagens (sim, porque a Lounge Fotografia tem sempre um olho atento para os detalhes e as suas reportagens são sempre ricas, variadas e bem bonitas) e com esta dose gloriosa de azul, no sempre especial Mosteiro de Landim.
Bom fim-de-semana!
Como foi o teu pedido de casamento?
Totalmente inesperado, no casamento de uma das minhas melhores amigas. O Hélder tinha combinado com ela que, no momento em que era suposto atirar o ramo, ela mo entregava a mim! Portanto, de repente e com a nossa música de fundo, ele ajoelhou-se e fez de mim a mulher mais feliz!
Como te organizaste? Por onde começaste, com que antecedência?
Definimos uma altura do ano em que gostaríamos que acontecesse e, como já tínhamos alguns fornecedores em mente, caso um dia decidíssemos casar, começámos logo por contactá-los para tentarmos conciliar calendários. Depois de algumas sugestões, estavam todos disponíveis a 30 de Julho, por isso, marcámos nesse dia. A primeira opção foi Setembro mas o tempo é mais incerto, as noites mais frias, os dias mais curtos, então recuámos até Julho. Começámos logo a tratar de reservar alguns serviços como o espaço e os fotógrafos, por isso, as coisas começaram a avançar logo após o pedido de casamento, ainda em Setembro de 2015, ou seja, quase 11 meses antes.
Que ambiente quiseste criar? Como o fizeste?
Queríamos sobretudo que fosse clássico, simples e sóbrio. Que fosse a junção perfeita entre o “algum” moderno e o “mais” antigo. Fugimos às cores habituais e concentramo-nos nas flores que queríamos usar: hidrângeas azuis. A partir daí foi tudo surgindo naturalmente. O Mosteiro tem várias paredes forradas a azulejo tipicamente português. E isso foi o mote de saída para toda a decoração. Aproveitámos o azulejo desde os convites até às toalhas de mesa, passando pelo meu véu! O ambiente do Mosteiro já transpira história, foi necessário muito pouco para o tornar ainda mais bonito.
A opção “feito por ti” surgiu porquê?
Porque somos os dois assim: muito pró-activos na organização seja do que for! Nunca pagaríamos a ninguém para organizar o nosso dia de casamento. Queríamos ter esse gosto e esse gozo! Queríamos escolher tudo, queríamos participar em tudo e não deixar nada ao acaso. Além disso, é incomparavelmente mais barato sermos nós a fazermos determinadas coisas. Quando se sabe o que se quer, é só preciso “arregaçar as mangas”.
Tiveste ajuda?
Da minha mãe, que percebeu o que pretendíamos desde o início, e de todas as pessoas com quem trabalhámos e com quem íamos trocando opiniões.
O que era o mais importante para ti?
Que as pessoas sentissem o que nós estávamos a sentir naquele dia. Que preparámos tudo com o maior cuidado, não só para nós mas para elas também. Era tão importante nós vivermos um dia único como as pessoas sentirem-se bem, confortáveis e de certa forma, acarinhadas por nós. Porque aquele dia só faz sentido com cada uma das pessoas que lá esteve!
E secundário?
As ofertas aos convidados, optámos por “presenteá-las” de outras formas, menos evidentes.
Onde gastaste mais dinheiro?
No catering, parece-me que esta é sempre a maior fatia do bolo.
Onde gastaste menos?
Em toda a parte gráfica, quer na elaboração quer na impressão. Quem desenvolveu tudo foi a Anita, uma amiga designer, que entendeu desde o primeiro momento o que tínhamos imaginado. A impressão foi toda feita na Avegráfica, em Guimarães, porque já conhecíamos e sabíamos que ia correr bem. A minha aliança era do meu avô materno, a liga foi oferecida por uma das minhas melhores amigas, não comprei sapatos novos – usei uns que já tinha – os meus brincos e a “escrava” também eram das minhas avós, o véu foi oferecido pela minha costureira, foi ela que o fez. Todas as peças utilizadas na decoração eram da nossa família, entre pratas, passepartouts e almofadas! As minhas 2 roupas foram feitas pela minha costureira de sempre, Anabela, que executou na perfeição o que desenhei. Fez também os vestidos das minhas filhas. A Dielmar, que é a marca que veste o Hélder, ofereceu as duas roupas, os sapatos e os botões de punho.
O que foi mais fácil?
Na verdade, a esta distância, não me parece que tenha havido nada difícil de decidir.
O que foi mais difícil?
Não tivemos nenhuma dificuldade a decidir seja o que for. Como disse, sabíamos o queríamos. E quando assim é, é mais fácil atalhar caminho e irmos directos aquilo que queremos, sem perdermos tempo.
O que te deu mais prazer criar?
Tudo. Desde as duas roupas que usei às surpresas que preparei. É impossível escolher apenas uma coisa! Andámos meses a pensar no casamento e a prepará-lo, em segredo, ao pormenor. Até os sapatos que as minhas filhas usaram, tinham pequenas folhas de hidrângeas cosidas à mão pela minha mãe, por isso, a dedicação foi máxima!
O casamento que planeaste, é a vossa cara, ou foste fazendo cedências pelo caminho?
Foi exatamente o que planeámos. Havia coisas que eu queria e o Hélder não. Havia coisas que ele queria e eu não. Mas conversámos sempre muito e, hoje, sabemos que fizemos as melhores escolhas.
Um pormenor especial?
Há vários. Mas um, que é o que mais distingue o nosso casamento dos casamentos aos quais estamos habituados, é o facto de termos feito uma recepção aos convidados. Passo a explicar: os convidados tinham uma hora marcada no convite. E a essa hora, eu e o Hélder, estávamos juntos, nos jardins do Mosteiro, a recebê-los à medida que iam chegando. Isto permitiu-nos ir conversando tranquilamente com as pessoas, enquanto bebiam e petiscavam. Passado algum tempo e, já depois de todos os convidados estarem presentes, retiramo-nos e vestimo-nos para a cerimónia, enquanto todas as pessoas eram encaminhadas para a igreja. Ora, isto fez com que ninguém chegasse atrasado! Além disso, sabemos que muitas das senhoras nem almoçam porque se vão arranjar e muitos dos senhores estão com sede, por isso achámos que “tirar a barriga de misérias” a toda a gente antes da cerimónia ia fazer com que suportassem muito melhor o tempo que passam na igreja. Não tínhamos dúvidas nenhumas de que este conceito ia funcionar muito bem, mas o feedback das pessoas veio reforçar a nossa opinião. As surpresas que preparámos um ao outro: eu aprendi a tocar uma das nossas músicas preferidas ao piano, o Hélder leu-me um dos textos mais bonitos que já escreveu, ao som de um violino tocado pelo Tiago, primo dele. Fizemos uma emissão especial de um Jornal da Tarde, eu e as minhas amigas, que contava, de forma resumida, a nossa história desde que estamos juntos. Eu diria mesmo que estamos os dois convencidos de que todo o casamento é um pormenor especial na nossa vida!
Agora que já aconteceu, mudavas alguma coisa?
A única coisa que mudaríamos, se fosse possível, era estender o dia por 48 horas!
Algumas words of advice para as próximas noivas?
É preciso tempo e dedicação para preparar um casamento. Se o têm, então preparem-no com calma e com todo o empenho que o dia merece. Se não o têm, entreguem a organização a quem tem experiência para o fazer. O importante é que corra tudo bem e que seja um dia memorável para todos.
Os nossos fornecedores:
convites e materiais gráficos: Ana Geraz, Communication & Graphic Designer;
local e catering: Mosteiro de Landim, com o catering do restaurante “Cantina 32” cujo Chef é o Luís Américo;
bolo: Juras de Amor;
fato do noivo e acessórios: Dielmar;
vestido de noiva e sapatos: Anabela Vasconcelos e Louboutin;
maquilhagem: Sandra Coutinho, no The Spa;
cabelos: Fátima Beja, Seara Cabeleireiro;
flores: Contraste Decorações;
ofertas para os convidados: fizemos, eu e a minha mãe com alguma ajuda de amigas, uns leques que distribuímos pelas senhoras à sua chegada e umas mantinhas para porem pelas costas assim que anoitecesse e sentissem frio.;
fotografia: Lounge Fotografia;
vídeo: Groove Motion;
luzes, som e Dj: Happy N, com DJ Ima