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Mónica Aragão

Se eu me casasse… por Guida Costa Santos

Guida Costa Santos é o rosto e as mãos talentosas por detrás dos monstros – e não, não se está a referir às suas duas criaturas selvagens – mas sim ao seu projecto de vida: uma oficina de reciclagem de mobiliário onde transforma monos em peças criativas e originais, criando ainda retratos de família únicos.

 


 

Há tempos verbais que nos assentam na perfeição e no que toca ao casamento, o condicional acerta em cheio. No próximo Verão conto 15 anos desde que me arrebataram o meu mais precioso órgão, mas nunca pensámos em casar, não nos faria mais felizes nem tão pouco mais fortes. Mas, na eventualidade de querermos festejar, e falando em festa começamos logo a esboçar um sorriso… o cenário ideal seria a floresta, nada de muito elaborado, uma mesa comprida de madeira maciça, talvez feita pelos monstros. A mesa serviria para albergar os amigos, a nossa família, aqueles que nos fazem felizes e nos acrescentam algo a cada dia.

 

Para além disso só precisávamos de música e luzes que se acenderiam pela noite dentro, criando um ambiente de floresta encantada.

E assim ficaríamos, rodeados de natureza, a dançar até de madrugada.

E não, não pensem que descurei a minha imagem, pois a noiva, independentemente da cerimónia, tem sempre de fazer brilharete. O vestido só poderia ser Laure de Sagazan, simples, mas elegante – o robe Verlain seria ideal; nos pés bailaria com estas sandálias vintage em tom champanhe, perfeitas para esta e muitas outras ocasiões.

O Ricardo estaria assim, distinto mas divertido, como só ele sabe ser. Deste dia guardaríamos as gargalhadas e muito amor perpetuados pelo olhar da ties.

Assim, até dá vontade de pensar nisso a sério…

 

Mónica Aragão

Se eu me casasse… por Margarida Vargues

A nossa convidada de hoje é a Margarida Vargues, o rosto do Pano p’ra Mangas, um blog com mais de uma década de existência, que começou por ser um veículo do mundo crafty e do que fazia nos tempos livres, tendo evoluído para algo como “a little bit of this and a little bit of that”. É uma sonhadora que gosta de cozinhar, ler, escrever, fotografar, desenhar, dançar ballet clássico e, pelos vistos, tem sempre alguma coisa nova na manga!

 


Bem, para que eu me casasse era necessário que houvesse noivo mas como não há, o futuro do conjuntivo do verbo “casar” assenta que nem uma luva. Porém, isso não é motivo para não imaginar como seria, certo? Embora nunca tenha sequer experimentado um vestido de noiva, desde miúda que me fascinam. Ao longo da minha vida já me apaixonei por centenas deles – sem exagero! – primeiro nas montras das lojas da especialidade e desde há uns anos nos blogs e no Pinterest: com rendas, sem rendas, simples, exuberantes… acho que já gostei de tudo um pouco. Hoje, de certeza que optaria por algo simples e despretensioso, mas com um certo charme que não se explica, só se sente.

 

Escolhido o vestido, teria de decidir o penteado: solto, ou semi-solto quase despenteado… Apesar da ligeireza, não dispensaria um bonito bouquet, para o qual requisitaria a arte e o dom da minha querida Sofia da dupla BrancoPrata – tenho a certeza que seria deslumbrante e feito à minha medida.

O noivo? Calças e camisa em tons de areia e azul claro seriam ideais. Tão simples quanto isto. Um clássico casual que fica sempre bem e não passa de moda.

 

Como “já passei da idade” – como se houvesse idade! – para uma festa dita de pompa e circunstância, apenas precisaria de uma praia deserta, o que em inícios de Junho não seria difícil de conseguir e a companhia da família mais chegada (tenho a certeza que a minha irmã e os meus pais não me perdoariam se não testemunhassem o enlace).

Para festejar, escolheria uma mesa de madeira, almofadões e muitas velas – o resto deixaria à imaginação também da Sofia. Copo d’água? Finger food, champanhe e o indispensável bolo, que viria directamente do atelier da Tânia.

 

Por último, e tão indispensável como a figura do noivo, escolheria um fotógrafo de excelência, que captasse mais do que imagens para recordar, que captasse as emoções, sentimentos irrepetíveis, pois, as fotografias são o que de mais “eterno” fica de um dia como este.

 

Mónica Aragão

Se eu me casasse… por Susana Almeida

Estreamos estas visitas de quarta-feira com a doce Susana Almeida, do maravilhoso projecto Feliz é quem diz, que debita amor todos os dias. Se não a conhecem ainda, estão a perder um universo de coisas bonitas, e se já acompanham o seu trabalho, fiquem a saber um pouquinho mais sobre esta menina tão especial!

 


O mote deste post é curioso para mim porque, embora tenha encontrado o amor da minha vida há quase 12 anos, nunca me casei e na verdade a coisa nunca se entranhou em nós ao ponto de darmos esse passo. Mas a ideia de um casamento de sonho já passou pela cabeça de qualquer mulher, mesmo sendo uma ideia vaga. Vá lá, confessem, de certeza que houve um vestido, uma fotografia, um filme que vos fez suspirar. A mim sim! E é sobre esse “casamento de sonho que provavelmente nunca se concretizará” que vos vou falar.

 

Começo pelo vestido, não me agrada a ideia de gastar demasiado dinheiro num vestido que vestirei apenas uma vez na vida, prefiro que esse dinheiro seja gasto numa viagem de sonho. Por isso, há muito que decidi que, se algum dia me casar, usarei o vestido da minha mãe, vintage à séria e com um significado especial. Depois faço uma visita a uma costureira querida que me ajude a torná-lo ainda mais especial com um ou outro ajuste. Umas Birkenstock coloridas nos pés e um ramo de flores silvestres, cheio de margaridas, papoilas, alfazema, espigas, folhas de oliveira e outras flores lindas, tudo atado com um fio bonito e colorido. That’s my thing! O Tó, imagino-o de calças pretas, ténis All Star vermelhos, uma camisa gira e um laço ou gravata divertida. Não sei o que ele acha, mas uma mulher pode sonhar! No conjunto imagino que seja uma coisa assim!

 

Casava na Igreja de São João de Deus, na Praça de Londres, mesmo ao lado de casa, e para onde iria a pé, de braço dado com o noivo como tantas vezes por ali andamos. Entrávamos os dois juntos na Igreja… o meu pai que me desculpe, mas não me faz sentido entrar de outra forma. Aquele é o homem que eu escolhi e com quem darei todos os passos da minha vida.

Para a festa, tenho duas ideias: apoderarmo-nos da Taberna das Almas e fazermos uma festa bem vintage e underground, num dos locais mais bonitos de Lisboa e que me é particularmente especial por ser o espaço onde todos os meses faço a Feira das Almas. Uma coisa assim ao género deste casamento aqui! Lindo, não é?

 

Em alternativa, seguir viagem até Aveiras de Cima e aproveitar o Parque Rural do Tambor, os relvados, os animais, a churrasqueira e fazer uma festa arraial/piquenique. Imagino a coisa mais ou menos assim: sem fatos, roupas complicadas e grandes penteados. As nossas pessoas ao natural, em festa e como gostamos delas todos os dias! Sem caterings complicados e etiquetas a cumprir. Espaço para dançar, correr e brincar como se fossemos crianças!

As fotos ficariam sempre entregues à mais maravilhosa das fotógrafas, a Luisa Starling e que sei que se iria divertir tanto quanto nós. O Phill Mendrix e os Chinchilas a tocar um rock dos anos 60 para pôr a malta toda a mexer e no mundo ideal, se eu fosse rica, queria uma máquina de algodão doce em vez de um bolo de noivos e uma photomaton das verdadeiras para lembrar o filme da minha vida – O Fabuloso Destino d’Amélie!

Conseguiram entrar no sonho? Espero que se tenham divertido!