Casa é onde o coração está
O post de hoje não inclui imagens, é metade agradecimento (meu), metade opinião (da Costureira).
Quando o recebi ontem, depois de ter combinado com a Marta, que ela me faria um guest post a rematar (e relatar…!) a experiência do showcase, ao lê-lo já fora de horas, senti uma onda de emoção, daquelas que nos enrolam nos filmes e nos livros verdadeiramente bons, uma lagriminha a subir pelo canto do olho, exactamente assim.
Hesitei vagamente em publicá-lo, tal e qual… com o risco de ver confundida a partilha e generosidade das palavras com vaidade, mas não há que ter medos, há sim que celebrar em grande, agradecer a quem acredita e sobretudo a quem vê, tal como eu, a estrada que se constrói todos os dias, para que o dia de alguém (noivos, amigos, fornecedores, anónimos…) seja um bocadinho mais especial, por causa de uma ideia, de uma imagem, de uma resposta pronta.
Entretenham-se com a Marta, que domina a arte de bem escrever!
“A costureira de palavras é muito novinha, ainda. Começou a ser pensada há já algum tempo mas demorou a sair cá para fora. Teve três ajudas preciosas para se fazer gente: a Célia Antunes, a Mariana Ortigão e a Susana Esteves Pinto. São três fadas-madrinhas.
No sábado passado, ainda mal sabia andar, a costureira foi debutar ao Clube dos Fenianos, no Porto, onde tantas outras meninas, ao longo de anos, já desfilaram vestidos novos e sorrisos nervosos. Não levava vestido novo mas sim a máquina de escrever, muitos lápis e esferográficas, bloquinhos de notas e cadernos, as peças do Scrabble e uma vontade enorme de conhecer pessoalmente as pessoas com quem tem trocado ideias, experiências e inspirações à distância. Também levava algum nervosismo, mas esse caiu da bagagem logo que entrou na sala.
O que viu a costureira de palavras ao chegar ao cenário do showcase You+Us=Fun? Viu trabalho, dedicação, arte, paixão, entrega, solidariedade. Viu génio. Viu amizade. Foi recebida como um membro da família e assim se sentiu (e sente). No meio da azáfama dos últimos retoques, enquanto se penduravam fitas do alto de escadotes tenebrosos, se trocavam tesouras, toalhas de mesa e dicas, foi dispondo a sua máquina de escrever, os seus lápis e esferográficas, os seus blocos e cadernos, saboreando cada minuto dos preparativos. Até que que as portas se abriram e passaram 6 horas de conversa boa com os fornecedores participantes no evento e com os visitantes que quiseram saber o que é isto afinal de ‘escrita por medida’.
Foi muito bom conhecer tantas pessoas, falar-lhes olhos nos olhos, reconhecer vários encontros de vontades e perceber que o sábado passado foi ‘o começo de muitas belas amizades’. E a costureira cresceu mais um bocadinho, alimentada por toda esta energia fazedora.
Este sítio que tu criaste, Susana, este lugar imaterial e acolhedor, que se concretiza em eventos de deslumbre e paira, diariamente, no firmamento cibernético, este www que é um selo inquestionável de qualidade, é mais do que um endereço: é casa.”