À conversa com: Edgar Félix, filmes de casamento
Hoje converso com o Edgar Félix, que faz filmes de casamento muito bonitos e singulares.
O primeiro trabalho que vi seu – já nem está online -, era delicioso: a história de amor da Susana + Bruno, uns miúdos, ela tímida, ele taciturno, contavam uma cena de engate que metia t-shirts, comiam bolas de berlim, tinham uns cadernos bonitos e recitavam Álvaro de Campos. Uma mistura improvável, desengonçada e envergonhada, mas tão doce e especial. Lembro-me de o enviar para a querida Susana Almeida, do “Feliz é quem diz”, por achar que era mesmo a cara dela.
A resposta foi imediata: “Oh pá! Que delícia, fiquei com uma lagriminha no canto do olho!!! Iluminaste o meu dia com este vídeo, tão bom!”.
Continuei a acompanhar e sem hesitar fizémos o nosso contacto e cativámos o Edgar para estar em nossa casa. Como se não bastasse ter um trabalho tão bonito, quando fizémos as novas fichas de fornecedor que incluem 4 perguntas curtas (para que os fiquem a conhecer melhor), o Edgar escreveu que “não se ama como calha“.
Está tudo dito, não é?
Gargalhadas, choro, pulos, danças ou muitos abraços são dos principais motivos que despertam a atenção no momento de gravar e de editar. Mais do que tudo, procuro o que considero ser importante recordar daqui a uns anos: as pessoas, a festa e a emoção disso em conjunto.
Conte-nos um pouco da sua viagem profissional até aqui, ao vídeo de casamento.
Entusiasmo-me desde sempre no momento de conhecer pessoas novas. Posso passar horas a conversar e, se pudesse, no fim de muitas conversas começaria um vídeo. Assim que consegui ter uma câmara não foi possível evitar a crescente paixão de poder gravar histórias. Academicamente estudei, tanto na licenciatura como no mestrado, na área da Comunicação e isso fez que me aproximasse ainda mais de pessoas e, antes de terminar estes estudos, já filmava e editava vídeo. O vídeo de casamento trouxe-me o melhor de vários mundos: pessoas com uma história que as leva a um dia de festa para celebrar tudo o que já viveram juntas. Estavam ali reunidos todos os elementos ideais que me fazem adorar gravar casamentos.
Há quanto tempo filma? E porquê casamentos?
É um privilégio gravar casamentos. Quando percebi que podia ter acesso a um dia de muitas emoções com uma história para ser gravada, tinha a receita pronta com todos os ingredientes. Nos últimos quatros anos estou dedicado ao vídeo e, desde início, com casamentos. Existe um caminho que é feito com os noivos que torna esta área do vídeo um desafio incrivelmente prazeroso – desde o improviso que o dia de casamento exige à capacidade de anteceder qualquer momento para ser gravado.
Como construíu a sua assinatura, o seu ponto de vista? Como é que o define?
Em cada ano que passa sinto que defino melhor o que quero ver representado nos meus vídeos. Registo tudo num casamento, desde as flores, às mesas e a qualquer detalhe, mas são as pessoas que fazem os meus vídeos. Os momentos e a sua genuinidade, são a melhor definição para o meu trabalho.
Num casamento, para onde olha, o que lhe prende a atenção? O que procura?
Gargalhadas, choro, pulos, danças ou muitos abraços são dos principais motivos que despertam a atenção no momento de gravar e de editar. Mais do que tudo, procuro o que considero ser importante recordar daqui a uns anos: as pessoas, a festa e a emoção disso em conjunto.
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vai buscar inspiração?
Gosto de prestar atenção a tudo o que consigo assistir pela internet, quer seja de casamento, quer de outros quaisquer conteúdos. Sei que é importante percebermos o caminho e as tendências que o nosso ofício toma. Ainda assim, a inspiração tantas vezes aparece de onde menos esperamos: de uma música que há muitos anos não ouvimos, de uma série ou filme, de uma aventura entre amigos ou até durante um duche diário. Às vezes, não devemos esquecer o nosso quotidiano, nem de tentarmos conhecer quem somos.
Quando precisa de fazer reset, para onde olha, o que faz?
Tantas vezes fazer um reset é tão importante quanto aprender. É necessário parar e distanciarmo-nos do que fazemos todos os dias. É determinante quebrar a rotina e, para isso, viajar torna-se dos melhores remédios para nos pôr em pausa. Conhecemos pessoas novas com hábitos, culturas e tradições diferentes das nossas. Comemos, bebemos e sempre que abrimos os olhos vemos outra realidade diferente da nossa. Não haverá melhor forma de reiniciar o nosso sistema operativo.
Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?
É demasiado importante reconhecer valor à proximidade que tenho com os noivos. Há muito que se procura chegar ao dia do casamento com um à vontade que permite que não sejamos uns estranhos naquele dia importante. Acabou-se o tempo de conhecer os noivos no dia do seu casamento. Há um processo que faz com que já saibamos o que importa para aquelas pessoas, o que as faz rir e o que as descontrai.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gosta de registar?
A quantidade de convidados não é determinante para ditar o sucesso de um casamento. Tanto num casamento grande ou pequeno se podem viver momentos prontos a serem gravados. Sinto sempre que o segredo está na união entre noivos e convidados – quando existe um simbiose perfeita entre todos, tudo é vivido com mais energia e isso fica óbvio no vídeo de casamento. Independentemente do formato da festa, importa que isso fique claro no registo que é feito. Grandes ou pequenos, nacionais ou internacionais, é a conexão entre as pessoas que mais gosto de registar.
Qual é a melhor parte de ser videógrafo de casamentos? E o mais desafiante e difícil?
Todos os casamentos têm uma percentagem de improviso que torna tudo mais desafiante, mas não necessariamente difícil. É essa aparente dificuldade que dá tanto frenesim sempre que começa um dia de casamento. A melhor parte e também um desafio é anteceder todos os comportamentos de todos os intervenientes de um casamento e conseguir uma melhor gravação de um dia que não é encenado, nem ensaiado.
Escolha um filme favorito do seu portfólio e conte-nos porquê:
Não é fácil escolher um vídeo favorito, mas algum que tenha como principais protagonistas os noivos e os convidados faz com que sinta que é um vídeo mais próximo do que gostaria de ter para mim. Este vídeo tornou-se muito especial por ter discursos das pessoas mais importantes para os noivos e aí surgirem reacções, lágrimas, gargalhadas que tornaram tudo mais humano e sentido. É também um vídeo que respeita e enaltece a principal vontade dos noivos: viver o casamento de acordo com tudo o que acreditam ser o principal propósito da vida na Terra – celebrar as coisas boas!
Os contactos detalhados do Edgar Félix estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de imagens bonitas, e contactem o Edgar Félix directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!
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