À conversa com: Hugo Coelho – fotografia de casamento
Hoje conversamos com o Hugo Coelho, fotógrafo de casamentos, que assina como Hugo Coelho Fotografia.
Com a chegada de Setembro, retomamos a série de conversas longas com os fornecedores seleccionados Simplesmente Branco. Posso dizer que é uma das minhas rúbricas favoritas, porque é sempre fascinante conhecer o percurso de cada pessoa, as suas escolhas, a visão que tem sobre o seu trabalho e sobre o mundo, e como mostra tudo isso, naquilo que é a sua assinatura.
E é, também, uma óptima forma de vocês os ficarem a conhecer melhor e balizarem as vossas escolhas de fornecedor – feita esta primeira apresentação, o contacto que se segue já não será tão impessoal e estarão mais sabedores daquilo que gostam no seu trabalho.
Gosto muito da forma como o Hugo Coelho conta a história de cada casal, como constrói a narrativa do dia e nos passeia por ele, como se lá tivéssemos estado. Quando vejo as imagens que escolhe captar, para as preparar para a edição de um artigo, a selecção é sempre uma tarefa difícil, que exige tempo e desapego, mas faço-o com um imenso entusiasmo e expectativa, porque o ponto de vista do Hugo Coelho é fortíssimo e todos os elementos são essenciais e têm o seu lugar, não há uma hierarquia, nem uma formatação prévia, mas sim uma magnífica soma das partes: uma narrativa. Não há festas feias nem festas bonitas. Há pessoas, uma história, intuição, trabalho e talento.
Tem sido um imenso prazer ver o Hugo Coelho a traçar o seu rumo, em nome próprio. Aguardo os resultados desta época com imensa expectativa – serão sempre bonitas histórias de amor, tenho a certeza!
Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.
Estudei fotografia durante três anos na ETIC e quando terminei o curso fui estagiar para a Global Imagens, do grupo Diário de Notícias. Na altura não era bem a minha paixão, mas acabei por me deixar levar pelo fotojornalismo que se tornou uma boa base para o que faço hoje: documentar histórias bonitas.
Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?
Sempre fotografei e gostei de fotografia de reportagem, trabalhei como fotojornalista e talvez daí tenha vindo a paixão pelos casamentos. Lembro-me de que, no jornal, era raro o serviço que fazia em que as pessoas quisessem ser fotografadas. Num casamento é diferente, todos estão lá para um propósito e os convidados gostam ser fotografados. Com esta premissa, é mais fácil trabalhar.
Este é o meu sexto ano a fotografar casamentos a tempo inteiro!
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?
Quando comecei a fotografar, via muitos blogs, participava em grupos de fotografia e consumia muita fotografia de casamento, mas acabei por me distanciar um pouco e ganhar espaço para não pensar em trabalho ou pontos de comparação (que nos fazem sempre duvidar do nosso trabalho). Penso que isso é o mais importante para mim. Gosto muito de pintura, de ver exposições e cinema (em casa e sem pipocas a estalar nos ouvidos), gosto de andar de mota e encontrar sítios perdidos para fotografar e, claro, a família e os amigos, são a melhor inspiração.
O teu trabalho tem sempre uma narrativa e um ponto de vista que eu acho muito especial. Como construíste essa tua assinatura?
Acho que não inventei nada, apenas descobri uma fórmula que resulta para mim, que me faz sentir mais realizado e que tem sentido para mim enquanto fotógrafo. Tento dar a perspectiva de um convidado muito próximo do casal, que está em todos os momentos importantes do dia. Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens que seja coerente e agradável de ver.
Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?
Boa pergunta, o pequenino cá de casa faz as delícias para uma boa pausa no trabalho. Observar uma criança a explorar e sentir coisas pela primeira vez é um bom passatempo!
De Lisboa para o mundo, ou o mundo em Lisboa: fotografar fora do país é diferente de fotografar cá dentro?
Existem tradições diferentes e isso é um dos pontos fascinantes neste assunto, mas acima de tudo penso que sejam os locais, adoro viajar e conhecer novos sítios! Por vezes estar sempre a ver a mesma coisa por mais bela que seja atrapalha a (minha) criatividade!
Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?
Tento ser o mais sincero naquilo que faço e como consequência, o tipo de clientes que vêm ter comigo são os que se revêem nas minhas fotografias. Acho que essa é a melhor maneira de criar uma primeira ligação.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?
Prefiro os casamentos mais pequenos, são mais intimistas. Tenho vindo, cada vez mais, a fotografar sozinho e acaba por ser mais difícil fotografar eventos grandes. Cerimónias emotivas são genuínas, a minha fotografia vai muito em busca disso e duma boa festa, claro!
Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?
A melhor parte, sem dúvida, é conhecer outras pessoas e estar em sítios novos. O mais difícil é perder alguns momentos com aqueles de quem gostamos. Cada vez mais tento fazer um bom equilíbrio entre estes dois planos, pessoal e profissional.
Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens.
Os contactos detalhados do Hugo Coelho Fotografia estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, com o seu trabalho mais recente e contactem directamente o Hugo Coelho através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!
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