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Susana Pinto

Adiar o casamento – dicas do João makes Photos

Hoje voltamos a falar sobre este processo de adiar o casamento, que arquivamos junto com as nossas dicas para casar.

Apesar de parecer que estamos a andar para trás neste processo de planeamento, mas na realidade apenas alargámos o prazo deste caminho e incluímos algumas decisões novas que precisam de ser navegadas e tomadas.

O João Pedro Correia, que assina como João makes Photos e é um fotógrafo de casamento de mão cheia, decidiu, e muito bem, fazer a sua reflexão sobre este cenário que atravessamos, do ponto de vista da relação entre fornecedor e noivos.

 

Revemo-nos na íntegra neste texto que é claro, transparente e aponta caminhos para navegarmos isto juntos, numa fase de confusão e dúvida.

Partilho integralmente convosco, porque é nos bons conselhos e palavras sábias que nos devemos apoiar!

 

Esta é a minha reflexão enquanto fotógrafo para todos os casais que estão a pensar adiar o casamento devido à epidemia de Covid-19. Se puder contribuir para vos tranquilizar, e lembrar algumas opções que estão à vossa disposição, faço-o agora. Todos os meus clientes até final de Junho já tomaram as suas decisões, e em todos os casos encontrámos uma solução, inclusive por caminhos diferentes do que previa o contrato.

Comuniquem desde já com os vossos fornecedores, mesmo que ainda não tenham decidido o que fazer. E façam-no em simultâneo com todos os profissionais, sejam fotógrafos, espaços, ou audiovisuais, pois será muito importante agir de forma coordenada para evitar, por exemplo, contratar nova data com a quinta e descobrir depois que, entretanto, o fotógrafo ficou reservado.

 

Se ponderam passar o vosso casamento para 2021, sejam rápidos e sejam compreensivos: as datas mais procuradas, como os sábados de Maio e de Setembro, são rapidamente reservadas e podem até já estar ocupadas. Mas estou certo de que em coordenação com o vosso fotógrafo vão encontrar um desfecho que agrade a todos.

Equacionem realizar o casamento num dia útil. Bem sei que não haverá muitos feriados até ao final deste ano, mas pensem que com as transformações que o coronavírus está a impor-nos talvez não seja descabido fazer diferente, e confiar que os vossos amigos vão conseguir justificar no trabalho a ressaca do dia seguinte.

Se a data que escolheram, aquela de que vão ter de abdicar, tem simbolismo além do calendário (afinal, foi por vos dizer tanto que a marcaram), considerem um Elopment: uma cerimónia simbólica a dois, eventualmente com um amigo ou um celebrante, e o vosso fotógrafo, algures no meio do campo, numa montanha ou numa praia deserta — por enquanto as limitações ao abrigo do estado de emergência em Portugal ainda o permitem. E a festa, com a família e os amigos, far-se-á quando pudermos todos abraçar-nos de novo.

 

Só existe uma coisa mais stressante do que organizar um casamento: é adiá-lo. Sobretudo se a decisão nos é imposta por um surto epidémico de uma doença nova, e sob um estado de emergência nunca antes decretado no nosso país. Lembrem-se: estamos nisto juntos. Estamos todos um pouco assustados, vamos todos sofrer o impacto económico da recessão e da crise que vão seguir-se, e estamos todos preocupados com a saúde dos nossos. Vamos ultrapassar esta epidemia juntos, mesmo que, por agora, tenhamos de estar separados.

 

É isto. Calma, bom senso, muita comunicação e olho no caminho comum, de mãos dadas.

Os dias de sol voltarão e estaremos cá para todos os abraços apertados.

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