Feliz ano novo!
Última semana do ano – para onde foi o tempo?
Recolhemos a casa, ainda nem era primavera e, de repente, estamos a fechar a porta, ainda que figurativamente, a um ano tão exigente e complexo, tão desapontante no que toca a sonhos e expectativas.
O meu optimismo cauteloso aponta-me para o copo meio cheio: afinal, ainda há do que beber! É um ano de reflexões, inevitavelmente. O que fizemos com o tempo que pareceu sobrar? Como olhamos para o mundo agora? E as relações com as pessoas, são as mesmas? E próprias pessoas, são as mesmas? Ficámos mais próximos na distância e soltámos as mãos de quem, afinal, tinha tão pouco a ver connosco?
Demos mais? Demos menos? O que mudou em nós?
Acho que ainda estará por descobrir, no novo ano que se apresenta.
Há 365 dias, os meus desejos foram estes:
“Que este seja um ano cheio de frescura e novidade, bom e gentil, repleto de amor e, sempre, saúde!
Que seja passado com tempo para os nossos e para os dos outros, com tempo para as palavras, para os encontros, para os abraços. Com festas na cara, com mãos nos cabelos, com dedos entrelaçados, com sonos e sonhos tranquilos, com beijos gulosos, com muito riso e muitos sorrisos.
Com paz no mundo, sim, com mais tolerância, mais empatia. Com menos extremos, com menos preto ou branco, com menos parvoíce.”
E 365 dias depois, os meus desejos continuam a ser estes mesmos.
Levantemos o copo, fechemos os olhos e respiremos fundo. Tchim tchim!