À conversa com: Ocaso – fotografia de casamento
Hoje conversamos com o Gil e a Joana, a dupla que assina com Ocaso – fotografia de casamento.
Estas conversas são sempre enriquecedoras e valiosas, porque falamos sobre métodos de trabalho, o caminho que leva cada profissional até onde está neste momento, os pontos de vista, e uma boa dose de detalhe pessoal e personalidade. Os Ocaso não foram excepção, e têm muita coisa interessante para dizer.
Façam uma pauda e conheçam-nos melhor!
Sem dúvida que o melhor sentimento, algo indescritível, do lado bom e belo de fotografar casamentos, é a satisfação única que vemos nos olhos dos casais quando estão a ver, rever e reviver os diferentes momentos presentes nas fotografias, acompanhado muitas vezes da frase “Eu nem me apercebi que isto aconteceu”.
Há quanto tempo fotografam? E porquê casamentos?
A fotografia de casamento apareceu nas nossas vidas de uma forma um pouco inesperada, através de um convite de um amigo. Inicialmente, era por nós observado como uma área cheia de clichés, de lugares comuns, tudo era demasiado igual e não raras as vezes o resultado era demasiado kitsch. Depois, começámos a observar uma nova onda de fotógrafos, vindos de áreas completamente diferentes, que claramente impulsionaram e trouxeram uma lufada de ar fresco para uma área que estava em claro declínio.
Como o Gil já era fotojornalista de desporto, o nosso amigo pediu para o ajudar num casamento e desde esse dia, mais ou menos em 2014, até agora, não conseguimos deixar de acompanhar histórias únicas de casais super apaixonados.
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?
A nossa inspiração acaba por resultar de coisas muito simples, como um passeio na praia, pela floresta, pelas ruas mais campestres ou nas mais urbanas. A contemplação dos diferentes locais e das suas gentes serve não raras as vezes como um ponto partida para construirmos histórias, e acabar por sentir o que um possível casal desse local também sente.
Claro que filmes, séries, música, trabalhos de outros fotógrafos são igualmente um ponto de inspiração, mas numa vertente mais técnico-artistica, isto porque, numa análise mais concreta, a história e vivências sempre únicas dos noivos é que acabam por ter o maior peso na balança “inspiracional”.
O vosso trabalho é a duas mãos. Como o definem e como construíram a vossa assinatura?
Acompanhar um dos dias mais importantes na vida de outros casais não é tarefa nada, nada fácil.
Para nós não faria qualquer sentido estarmos dedicados a fotografar casamentos se aquilo que fazemos, da forma como fazemos não correspondesse ao que nós, enquanto casal, realmente somos. Daí, o nosso estilo é claramente muito sincero, simples e minimal. Adoramos contar histórias. Não trabalhamos por uma ou duas imagens por casamento, mas sim para que cada clique faça sentido na globalidade daquilo que foi todo o dia, criando uma ponte de emoções que represente o que são os nossos casais.
Queremos que revivam o dia ao ver e sentir cada fotografia. Acreditamos que na espontaneidade e autenticidade está a principal chave para alcançar o que desejamos num verdadeiro trabalho de fotorreportagem.
Quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem?
Em todas as novas temporadas de casamento surge a fase do “reset”, onde tentamos, de alguma forma, limpar aquilo que sentimos que nos atrapalha a progressão, a capacidade de melhorar, de acrescentar algo diferente ao nosso trabalho.
Começamos sempre uma nova temporada com a criação de moodboards que reflitam o que consideramos que serão as tendências dos próximos 2 anos.
Neste processo acabamos por descobrir imensos estilos, linguagem, formas de expressão artística e de storytelling totalmente distintos e que nos ajudam a preparar para uma nova temporada.
Estão instalados em Vila Nova de Famalicão: o vosso trabalho é local ou claramente nacional?
Por incrível que pareça, são poucas as histórias que acompanhamos de casais de Famalicão. Não raras as vezes até estamos na nossa zona, mas a acompanhar alguém vindo de fora. Acho que se pensarmos um pouco ao fim de quase três anos de OCASO, uma mão sobra para contar o número de casais que são realmente locais.
Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?
Actualmente, uma grande parte dos nossos casais já vêm com referências bastante vincadas de quem somos, como trabalhamos e qual a nossa abordagem, o que é um excelente ponto de partida para uma bela conversa. Muitas vezes sabem claramente com maior detalhe Quem/O que é o OCASO do que nós a história do casal.
Procuramos sempre conhecer a história que os guiou até ao grande pedido, transmitir absoluta confiança aos noivos que nos vejam como uns amigos, pois se não existir essa conexão, se formos visto apenas como os “tipos que vão tirar as fotos”, o resultado estará muito longe de ir ao encontro dos seus corações.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de registar?
Adoramos estar próximos das pessoas, ter oportunidade de ouvir as suas histórias e conseguir capturar a verdadeira essência que compõe a história do casal. Por isso, temos uma clara preferência por casamentos mais intimistas, são inclusive um desafio maior à nossa capacidade de “camuflagem”. Passar despercebido num casamento com trezentas pessoas é fácil, mas certamente o resultado final não será tão apaixonante como um com cinquenta, em que ficamos quase amigos de cada convidado.
Qual é a melhor parte de fotografar e filmar casamentos? E o mais desafiante e difícil?
Sem dúvida que o melhor sentimento, algo indescritível, do lado bom e belo de fotografar casamentos, é a satisfação única que vemos nos olhos dos casais quando estão a ver, rever e reviver os diferentes momentos presentes nas fotografias, acompanhado muitas vezes da frase “Eu nem me apercebi que isto aconteceu”.
Já o grande e maior desafio acaba por estar ligado aos dias que estamos longe da família, o sacrifício e ausência em datas especiais que só são compensadas pelo agradecimento genuíno dos casais.
Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:
Uma das nossas história favoritas, da qual resultou esta imagem, mais pelo lado sentimental, foi capturada em 2017 na ilha do Pico. Pela ligação forte ao arquipélago, pelos noivos, pelo facto de esta imagem existir nas nossas cabeças muito antes sequer de sabermos que iria existir este casamento, acabamos por sentir uma conexão única inclusive pela preparação do grande dia.
A nossa noiva, uns meses antes do grande dia, veio a Braga procurar um vestido que por uma ou outra razão não aparecia, sendo que, no dia seguinte regressaria aos Açores. Como é óbvio, era notório o desalento total por não encontrar o vestido que preenchia a sua imaginação.
Por puro engano, um outro casal de noivos ligou-nos, inclusive já não falávamos pelo menos à meio ano, e nesse preciso momento lembrámo-nos de perguntar onde tinha sido escolhido o vestido, e partilhámos de imediato o contacto.
De tão desanimada que estava, a noiva que procurava o vestido só se queria irr embora, nós insistimos para que tentasse o contacto, apesar da hora já tardia.
Na loja, a pessoa responsável tinha se esquecido de algumas coisas e regressou momentaneamente ao espaço. A sua reacção a toda a história foi tal, que recebeu a noiva de imediato e o final só poderia ser feliz!
Os contactos detalhados da dupla Ocaso – True Love Stories estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem a o Gil e a Joana directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!
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