Fun, fun, fun: Joana + Bruno, um casamento em Leiria
Aproveitamos o feriado para partilhar convosco, de forma generosa, o casamento divertidíssimo da Joana + Bruno, perto de Leiria, na Quinta das Silveiras, com catering de Iguarias do Tempo.
Esta festa tem graça do princípio ao fim, e as fotografias bonitas do Pedro Sifredo, nosso fornecedor seleccionado, mostram a emoção à flor da pele.
Sem mais delongas, peguem numa caneca de chá fumegante e vamos espreitar esta magnífica festa, no querido mês de Agosto!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Não somos propriamente um casal romântico, porém sempre sonhámos com o nosso dia; não porque tínhamos pressa em «ser casados no papel», mas porque desejávamos muito festejar a nossa união, junto das pessoas que nos eram mais queridas e, claro, da nossa Malu (a nossa companheira de quatro patas). Queríamos um casamento que nos espelhasse. Teria de ser algo simples, mas diferente… e decididamente ao ar livre! Imaginávamos que o nosso dia acontecesse numa tarde de verão, ao som de boa música e com um ambiente de muita alegria e diversão, rodeados pelos nossos familiares e amigos.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Muito preparados! Desejávamos tanto esse dia que sentíamos imenso prazer em tudo o que projetávamos, mesmo nos aspetos que poderiam ser mais extenuantes. Todo essa preparação nos deixa muitas saudades, pois vivemos tudo de uma forma muito descontraída. Até ao dia antes do casamento, não existiram nervos, por mais estranho que possa parecer.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
Quando escolhemos o local para a realização de todo o casamento. Para podermos fazer aquilo que desejávamos, tínhamos de encontrar alguém que aceitasse o nosso “desafio”, exigências e, claro, nos facultasse o espaço que necessitávamos. Durante algum tempo procurámos locais – hotéis, pousadas, monumentos históricos, etc. – onde existissem espaços abertos e verdes (porque nenhum de nós tinha interesse em quintas de casamento), mas sem sucesso, pois ninguém estava disposto a pôr em práticas as nossas ideias. Foi então que encontrámos a Quinta das Silveiras. Para quem andou sempre a evitar quintas de casamento, foi precisamente uma quinta que “nos acolheu”.
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
Bastante fiel. Dentro daquilo que era possível fazer (sim, porque muitas vezes desejámos quase o impossível… mas quando se é noiva/noivo, tudo passa pelas nossas cabeças), o resultado foi muito bom! Tínhamos muitas “fontes de inspiração” que nos davam mais ou menos uma noção de como queríamos todo o ambiente do casamento. Para conseguirmos pôr em prática tudo o que desejávamos, contámos com a fantástica ajuda da Joana Conde, responsável pela Quinta das Silveiras, que encontrou a maior parte dos fornecedores que precisávamos e nos ajudou a alinhar o dia da melhor forma. Foi a nossa querida wedding planner.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
Sinceramente, tudo para nós tinha importância, até o mais ínfimo pormenor. Contudo, havia algo que era fundamental: que os nossos convidados se divertissem e desfrutassem do que tínhamos preparado, porque quando todos se sentem bem e felizes, tudo corre maravilhosamente. Queríamos que fosse um dia especial também para eles, por isso procurámos sempre mimá-los com pequenas coisas. Para além das lembranças, tentámos “enriquecer” o ambiente com apontamentos diferentes, como foi o caso do carrinho de gelados artesanais, do carrinho de gomas e da máquina de pipocas (porque temos tantos amigos doidos por gomas e pipocas!) e da fantástica «Gertrudes» – uma carrinha que na hora em que o frio apertou serviu caldo verde, preguinhos e pastéis de nata quentinhos, pela noite dentro. Enfim, pequenos detalhes que tinham o intuito de proporcionar o melhor aos nossos convidados, mostrando o quão gratos estávamos pela presença de todos.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
O mais difícil foi, sem dúvida, a escolha (ou melhor, a descoberta) do local. Seguidamente, foi o vestido, porque ambos sabíamos que a Joana ia ser muito indecisa no que toca à escolha do modelito perfeito para o dia, pois não se identificava com nenhum vestido de noiva. Podemos ainda incluir na lista do «mais difícil» a elaboração das mesas. Este é um aspeto que exige muito tempo e paciência porque queremos agradar a todos (o que é praticamente impossível). Relativamente ao mais fácil, achamos que foi a escolha do bolo (a imagem daquele bolo estava há anos guardada nos nossos telemóveis, pois já tínhamos decidido que um dia aquele seria «o bolo») e a escolha do fotógrafo e do videógrafo (o trabalho deles era o que procurávamos: captação da imagem de forma natural e elegante).
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
Apesar de ter sido um miminho de aniversário (festejámos o 27.º aniversário da Joana à meia-noite), a chegada da Pixie (a nossa mais recente cadelinha) foi a maior emoção do dia. Já tínhamos pensado em aumentar a família, mas não estávamos de todo à espera que acontecesse naquele dia, que já por si era tão especial. As fotos captaram exatamente o que sentimos com a chegada dela. Foi muito especial e emocionante.
E o pico de diversão?
Pessoalmente, achamos que a diversão foi uma constante do início ao fim do casamento. Durante o dia, sentimos que o tempo voou e à hora do jantar, depois de nos termos sentado e reparado na realidade à nossa volta, conseguimos desfrutar da alegria que se fazia sentir naquele momento. Temos amigos muito palhaços (e adoramo-los por isso mesmo!) que fizeram do jantar um momento super divertido! Rimo-nos tanto!
Um pormenor especial…
O momento em que duas das pessoas mais importantes para nós disseram algumas palavras (tão especiais!) durante a cerimónia. Foi um momento muito querido e emocionante, que vamos guardar para sempre no coração.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Se tivéssemos a oportunidade de voltar a viver o nosso dia, teríamos aproveitado para dançar mais… Alguns convidados, principalmente os mais velhos, quiseram despedir-se no momento em que a pista abriu. Como queríamos dar-lhes toda a atenção e uma palavra de agradecimento, a dança ficou para segundo plano.
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Por mais perfeccionistas que tentemos ser, existem sempre pormenores que nos escapam ou algo que não corre como havíamos previsto. Ouvimos isto inúmeras vezes, aquando da preparação do casamento, e sempre nos tentámos convencer que connosco seria diferente; iríamos tentar ter tudo bem organizado e controlado. Esqueçam, isso não irá acontecer! Há sempre algo que escapa, no meio de tanta preparação e azáfama.
Por isso, queremos aqui deixar um conselho: consciencializem-se que falhas irão existir sempre, mas serão tão mínimas que ninguém vai dar por elas, apenas vocês. O importante é que se divirtam porque é um dia que (infelizmente) não volta e tudo o que fizerem e sentirem naquele dia é o que ficará com vocês para sempre.
Os fornecedores envolvidos:
convites e materiais gráficos: Adjetivos de Papel;
local e decoração: Quinta das Silveiras;
catering: Iguarias do Tempo;
bolo: Brisa Norte;
fato do noivo e acessórios: fato, camisa e lenço Dielmar; sapatos Miguel Vieira; botões de punho – Massimo Dutti;
vestido de noiva, sapatos e acessórios: vestido de noiva feito por uma costureira cheia de imensa paciência, a amável Sónica Cerejo; sapatos Asos; Ainda a noite não tinha chegado e a Joana já tinha trocado os saltos pelas suas All Stars e o vestido de noiva por um “trapinho” curto de renda, da Asos;
maquilhagem e cabelo: Dressing Room;
bouquet, coroa de flores e coleira: Flores do Liz – Florista e Jardins;
ofertas aos convidados: saquinhos de biscoitos Ponto Rebuçado; pacotes com livro de atividades e canetas de feltro para as crianças (feitos pelos noivos); photobooth Arco-Íris Eventos;
carrinho de gelados artesanais: gelados artesanais Permarcati Creperie & Geladaria;
máquina de pipocas, som e DJ: A.Karaoke;
fotografia: Pedro Sifredo Photographer;
vídeo: Made My Day Films;
Um presente de Natal, por Kabuki Makeup by Rita Amorim
A Rita Amorim, da Kabuki Makeup, tem uma proposta muito engraçada e útil para resolverem algumas das prendas de Natal da vossa lista. Trata-se dos vales Workshop de Maquilhagem ao domicílio. É uma excelente ideia e tem uma grande vantagem – pode ser partilhada, já que os vales prevêem duas opções: um workshop a solo ou então a dois.
O rosto é uma tela, mas há que ter muita atenção à sua anatomia. Há diferentes tipos de rostos e o seu desenho depende do formato da face e da estrutura maxilo-facial. Em Portugal os tipo de rosto mais comum são o quadrado, redondo e triângulo invertido. E sobre cada tipo de rosto há que aplicar correctamente as tonalidades de base, blush, iluminador, de forma a tirar partido, da melhor forma, das suas características naturais. – Rita Amorim
E o que é que podem aprender nestes Workshops?
. a anatomia da sobrancelha e a sua importância, identificando o formato de cada rosto;
. pontos de luz e como potenciar o formato dos olhos com a maquilhagem;
. quais os tons adequados para conjugar sombras e os que favorecem a cor dos vossos olhos – a Roda da Cores;
. os passos certos para uma maquilhagem de sucesso;
. técnicas para aplicar corrector, base, batom, blush, eyeliner/lápis e sombras;
. saber realçar o melhor do vosso rosto ;
. make up natural de dia e make up de noite.
O Vale Presente Para Ti tem o valor de 40 euros e é válido para uma pessoa. Já o Vale Presente para Nós é válido para duas pessoas e tem o valor de 60 euros.
Para adquirir os Vales Presente, contactem a Rita Amorim pelo email kabuki.ritamorim@gmail.com. Deverão dizer quantos pretendem e de que modalidade (uma ou duas pessoas); indicar a morada para a qual querem que os vales sejam enviados, fazer o pagamento por transferência bancária e enviar à Kabuki o comprovativo também por email.
Os Vales Presente são enviados num envelope premium com uma nota explicativa do conteúdo e de como deve ser feita a marcação. O envelope, que por si já é o embrulho de oferta, segue via correio azul. Poderão ser utilizados até Abril de 2018, na área da Grande Lisboa.
Aproveitem para colocar todas as vossas questões à Rita, ela terá muito gosto em explicar-vos tudo e em esclarecer todas as vossas dúvidas. E aproveitem bem!
Já leram a entrevista que a Rita Amorim nos deu? Não percam a oportunidade de conhecerem-na melhor – e, claro, naveguem por todos os artigos que já publicámos com a assinatura Kabuki.
À conversa com: Matilde Alçada – fotógrafa de casamento
Hoje conversamos pausadamente, mesmo como eu gosto, com a doce Matilde Alçada, fotógrafa de casamento.
E que bela conversa esta! A Matilde conta-nos com detalhe o seu percurso até à fotografia de casamento, que é bem variado e interessante, feito de memórias puramente lisboetas. Tem sempre graça perceber que, em alguns momentos, passámos por e frequentámos os mesmos lugares.
Para além de uma simpatia doce e contagiante, traços de personalidade importantes neste assunto de casar, a Matilde é muito intuitiva e isso é um valioso talento: sabe o que escolher, o que captar, o que fica e o que não é importante.
Deixem-se ficar connosco, para a conhecer melhor: vão gostar, obviamente!
A melhor parte, aprendi com uma grande amiga advogada, é só trabalhar com momentos felizes. Não temos noção de como somos privilegiados. Fazemos parte dos melhores momentos de vida de cada cliente. Quando se comprometem, quando se prometem e quando se constroem.
Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.
Licenciei-me Design Gráfico e fiz uma pós graduação em Fotografia. Comecei a trabalhar numa multinacional à qual fui literalmente bater à porta. Admito, há um lado sociável que me ajuda bastante nesta profissão. Sou de meter conversa, de deixar as pessoas à vontade, de ultrapassar cerimónias, sempre com um sorriso na cara.
A pós-graduação em horário pós-laboral tornou-se o meu momento feliz do dia. Portanto, não me identifiquei nada com o mundo da publicidade, dos padrões pré-estabelecidos e institucionais, com os horários tardios e a mesma rotina todos os dias. Lembro-me bem que o que mais me fascinava era quando os fotógrafos iam entregar trabalho. Fazia questão de estar presente e de folhear todas as provas.
A fotografia esteve sempre presente na minha vida. Nos Verões em que já podia andar sozinha, tirava cursos de desenho e de fotografia no Ar.Co. Adorava apanhar o eléctrico 28 (a minha tese de final de curso foi sobre o percurso este eléctrico), levando comigo a minha primeira Pentax analógica. Os meus dias eram calmos e inspiradoramente preenchidos! Que saudades…
A fotografia para mim sempre foi um escape para me encontrar comigo própria. Com o meu mundo. Com o meu sossego. Com a minha visão. Com as pessoas. Mas nunca pensei em fazer disto profissão!
Nasci e vivi até aos meus 24 anos na rua de São Paulo. A actual zona da moda, dos cafés giros, das galerias, do Mercado da Ribeira, dos turistas, dos prédios bem arranjados – não, não era nada assim. Tenho (também) as melhores memórias dos prédios antigos, das senhoras à janela, da gente do bairro, das ruas sinuosas, das andorinhas a chegarem ao final do dia, das roncas dos barcos e de ninguém lá andar, a não ser os de lá. Os que falavam alto. Os que tinham os cães tão velhos quantos eles. Os que me diziam bom dia todos os dias. São as pessoas na sua essência que me inspiram.
Após um percurso pela Representação (desde pequena que vou fazendo alguns castings e anúncios também) abrandei com a minha primeira gravidez. Comecei então a absorver muitos sites de fotógrafos, imagens e blogs bonitos que começaram a fazer parte da minha leitura matinal. O simplesmente branco tornou-se numa referência e num ponto de encontro de vários fornecedores a fazerem coisas bonitas. Juntava designers, fotógrafos, espaços, arranjos, decoração, tudo aquilo que eu gostava num só portal. Assim conheci o trabalho da Catarina Zimbarra.
Fizemos uma sessão de família e ela rapidamente percebeu o meu fascínio pela fotografia. Chamou-me para começar à experiência em casamentos. O maior elogio que pude receber foi que tinha a intuição – um dado singular e inexplicável para vingarmos nesta profissão na minha opinião – a técnica viria depois! E assim foi. Depressa comecei a perceber o encanto dos detalhes, das emoções à flor da pele, do instante único, da concentração exigida, e claro, desse dom que desconhecia ter apurado – a intuição.
Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?
Em 2012 criei então o meu projecto de Fotografia de Família e Casamentos, quando comecei a ter os primeiros amigos e conhecidos a saberem que estava para aqui virada. Rapidamente fiquei com um grupo de pessoas que ainda hoje faz parte dos meus melhores clientes.
Paralelamente vou fotografando outras áreas de que também gosto bastante, fotografia de interiores (Catherine Cabral Interiores) e de comida (Grupo Olivier), mas é realmente com esta intuição de captar as reações das pessoas, que me divirto. É preciso senti-las. Somos todos diferentes. Agimos de determinadas maneiras, individualmente e enquanto casal. E, ter a máquina e o olhar prontos quando um momento singular vai acontecer, é mágico! Fotografar instantes reais é o momento em que me sinto em paz com a vida, como se o tempo e o mundo congelassem para nos mostrarem a razão pela qual aqui estamos todos – pelo amor, seja qual for a sua cor, forma, dimensão e transmissão.
Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?
Absorvo muitos sites e blogs internacionais. Não vejo televisão. Só séries de vez em quando e tendencialmente as que contenham uma fotografia singular. Por isso, tudo o que sejam revistas boas, papeis bonitos, imagens novas, cores e canetas para ir sublinhando e marcando tudo e mais alguma coisa, fazem parte da minha rotina, sempre ao som de boa (e muito variada) música.
Como construíste essa tua assinatura, como te defines?
A construção foi gradual. Trabalho essencialmente com luz natural, com a qual me identifico mais e sobretudo tento não inventar muito! As fotografias devem ser intemporais, durar entre gerações. Se nos pusermos a utilizar filtros vintage provavelmente daqui a 5 anos estas imagens perdem carisma. Enquanto que, se trabalharmos com a luz natural, as cores reais, os contrastes certos são as fotografias que ficam. Orgulho-me de já me conhecerem pelas minhas cores. Serve portanto com isto a prova de que todas as horas em edições compensam! E são muitas, para que cada imagem saia perfeita.
As minhas imagens também não são encenadas, são naturais, espontâneas, desmistificando a pose e entendendo a sintonia do casal. Se eu conseguir pôr os noivos a dançar na primeira sessão, melhor ainda. Sei que terão ataques de riso, serão eles próprios, descontraídos e com os movimentos que lhes são inerentes.
Achas que o ponto de vista feminino, os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que vês num trabalho de um profissional masculino?
Não acho especificamente que seja por ser mulher. Ou se tem, ou não se tem um olhar e uma sensibilidade própria. Sigo vários fotógrafos masculinos com uma grande capacidade de ir ao detalhe, de sentir as coisas bonitas, de ver o mundo com um olhar diferente. A nossa maior dificuldade, enquanto mulher ou homem, nesta área, são todos aqueles que chegam com uma máquina, sem essa capacidade de ver o mundo de uma forma diferente. Sem a formação, sem a intuição e sem a preocupação de educar o cliente a apreciar as coisas bonitas e estruturadas.
Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?
É difícil. Tendencialmente, cair em rotinas é rápido, quando temos uma casa cheia ainda mais. Há horários para tudo. Todos precisam de mim (e eu deles). O que acabo muitas vezes por perder é esse tempo essencial para fazer um reset. Comecei devagarinho, voltei às aulas de piano. Andar mais a pé. Voltar a apanhar o eléctrico. Ir conhecer os sítios novos desta cidade antiga. Estar mais com aqueles que me são queridos, que me fazem rir e também a mim, desconstruir.
Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?
O primeiro contacto é feito on-line, através de email. A partir daí é importante perceber se todos estamos na mesma linha. Se sim, então agendo uma reunião via skype ou presencial. A empatia e o respeito pelo nosso trabalho é fundamental para que todo o processo seja ágil, feliz e produtivo.
Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?
Ao fim de 5 anos a fazer um bocadinho de tudo, acho que já tenho créditos para começar a escolher o que quero fazer. E esse momento começa a surgir. Mas só tendo experimentado um bocadinho de todos é que posso ter essa opção.
Casamentos pequeninos – a ligação aos noivos é totalmente diferente. Pessoal, detalhada, ao encontro das necessidades deles. Pessoalmente acho triste ver os noivos a conhecerem convidados no próprio dia. Não faz sentido!
Tenho a opinião que deveriam estar presentes aqueles que fizeram parte da história da relação. Os familiares e amigos mais especiais, que façam os noivos serem eles próprios, sem cerimónias nem protocolos. Neste ponto, os estrangeiros celebram melhor.
Casamentos nacionais e estrangeiros – Essencialmente, casais que me procurem pela minha linguagem. Que se identifiquem com as minhas imagens, com a minha abordagem. Tendencialmente os estrangeiros são melhores nesse respeito por aquilo que somos, pelo que apresentamos, sem perguntarem no primeiro segundo qual o orçamento e até a que último minuto estaremos em reportagem. Confiam mais na qualidade do nosso serviço.
Festas emotivas – é comum emocionar-me também. Acabar o dia com um abraço sentido. E ficar com ligações para a vida.
Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?
A melhor parte, aprendi com uma grande amiga advogada, é só trabalhar com momentos felizes. Não temos noção de como somos privilegiados. Fazemos parte dos melhores momentos de vida de cada cliente. Quando se comprometem, quando se prometem e quando se constroem.
O mais desafiante e difícil foi o que falei anteriormente. Um mercado saturado de coisas muito boas e de coisas muito más. Educar o cliente é o desafio mais difícil.
Quando temos de gerir todas as áreas sozinhos, comunicação, contabilidade, emails, redes sociais, workflow, edição, álbuns – também é um desafio. A falta de tempo de qualidade é constante. O facto de querer ser cada vez mais selectiva com os clientes passa por aqui.
Escolhe uma imagem favorita do teu portfólio e conta-nos porquê:
Esta imagem é do último casamento desta temporada, na Quinta de Sant’Ana. As vinhas foram o cenário idílico para uma cerimónia íntima entre um casal português/ inglês, valorizando o que temos de melhor – a nossa luz!
Fez-se a festa, celebrando de forma muito emotiva o essencial de um casamento – o amor. Esta é uma grande questão, como noivos não se percam com outras questões menos relevantes, impessoais, sociais e dispersas. Este é a vossa – e só vossa celebração. Não tenham receios! Se implicar irem de sapatos de cinderela – vão. Se implicar irem descalços – força! Sejam sempre vocês próprios. O que interessa é que este compromisso contenha todo o vosso amor.
Esta imagem, emocionalmente para mim, significa também um fecho de uma época feliz e de uma passagem, ainda mais estruturada, para o próximo ano.
Os contactos detalhados Matilde Alçada estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, vejam as imagens bonitas e contactem-no directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!
O amor não é só dos livros, por A Pajarita
A Alexandra Barbosa e a equipa d’ A Pajarita foram convidadas pela fotógrafa Rita Rocha a criar o ambiente para uma sessão num espaço muito acolhedor na Póvoa de Varzim. Chama-se Theatro porque ocupa as instalações do antigo Cinematógrafo da cidade (o Salão-Teatro) mas agora o palco é dado aos livros, à arte, à boa comida e à melhor bebida. A mim soa-me a perfeição: livraria, restaurante, galeria de arte e wine bar, tudo junto.
Há pouco também soube de um novo espaço em Vila Real, chamado A Mesa Lá de Casa, que junta sabores autênticos e reconfortantes a paredes forradas com prateleiras cheias de livros. Para mim, será sempre uma combinação ganhadora. Dois lugares a visitar em futuras visitas nortenhas.
Mas voltando à Póvoa de Varzim e ao seu Theatro, aquilo que A Pajarita e os outros profissionais envolvidos nesta sessão quiseram criar foi a ideia de um elopement tremendamente literário. Ora vejam:
Para mim, que me sinto no máximo dos confortos rodeada de livros, este é um cenário muito empático. E para vocês?
Não deixem de falar com a Alexandra Barbosa sobre o tipo de cenário que imaginam para o vosso casamento: a equipa d’ A Pajarita terá muito gosto em torná-lo realidade.
Créditos:
styling, estacionário, decoração e floral: a pajarita
fotografia: Rita Rocha Photography
bolo: Bakewell
maquilhagem: Makeup By Bárbara Brandão
cabelo: Hair & Make up by Estefânia Genovese
vestido: Rembo Styling – cedido pela loja Borsini
jóias: Lia Gonçalves – Joalharia de Autor
acessório (laço): a pajarita
modelos: Clara Santos e Jorge Moreira
espaço: Theatro
Brilha, brilha, estrelinha, por Molde Design Weddings
As primeiras árvores de Natal que eu decorei, já em casa própria, tinham um interesse sobretudo decorativo. Procurava temas, ou cores, ou texturas, e era por aí que me inspirava ano após ano. Mas com o passar do tempo (e, sobretudo, com o nascimento do meu filho) comecei a interessar-me mais por ir reunindo objectos com significado, ou com história, e tem sido um ritual muito bonito ver que a cada Natal a minha árvore tem mais histórias para contar acerca da nossa família.
Este ano a Molde Design Weddings propõe-nos uma peça delicada e personalizável para as decorações natalícias, e é precisamente o tipo de objecto de que vos falava há pouco: são estrelinhas em acrílico, disponíveis numa paleta de cores à escolha, cuja versão original traz a inscrição «O meu primeiro Natal», que vocês poderão substituir por outra (dentro do mesmo número de caracteres, aproximadamente).
Ocorre-me uma opção muito bonita para os casais recém-casados: que tal uma estrelinha que assinale o vosso primeiro Natal a dois? Ou, se ainda não chegaram a essa fase, digamos que uma estrela bonita em acrílico com a pergunta «Queres casar comigo?» dará uma excelente prenda-surpresa – merecedora, claro está, de um lugar de destaque na futura árvore de Natal do casal.
A Joana, da Molde, sugere: «A ideia é pendurá-las na árvore de Natal nesta altura do ano mas, se forem personalizadas com um texto mais genérico ou com um nome, por exemplo, podem ser usadas o ano inteiro como peça decorativa. Ficam muito giras penduradas na porta de um quarto, numa parede ou até num berço ou outra peça de mobiliário.»
Todas as estrelas têm 10 cm de largura e 3 mm de espessura. O modelo apresentado nas imagens, em acrílico e com o texto standard, tem o valor de 10 euros. A versão em contraplacado Kraft, sem pintura, tem o valor de 8,50 euros. No caso de preferirem personalizar o texto inscrito (dentro do mesmo número de caracteres visíveis nas fotos) os valores são de 12,50 euros para as estrelas em acrílico e de 11 euros para as versões em Kraft.
Em qualquer destes casos, a embalagem (com etiqueta + fio + postal + purpurinas) custa 4 euros.
Façam já a vossa encomenda que o calendário não pára! A melhor forma de fazê-lo será enviando um e-mail à Joana para o endereço designmolde@gmail.com. O pagamento deverá ser feito por transferência bancária, com envio do respectivo comprovativo para o mesmo email. A entrega poderá ser feita por correio registado (nesse caso, claro, acresce ao preço final o valor dos portes, que corresponde a 4,50 euros) ou no atelier da Molde, em Benfica, perto de Alto dos Moinhos e do Colombo. Basta combinar com eles um dia e uma hora, durante a semana.
Boas compras!
Um casamento no Alentejo: Maria + Tiago
Esta semana damos um pulinho a sul, para festejar o casamento no alentejo da Maria + Tiago, celebrado à luz dourada da planície e com um vibe bem moderno.
O trabalho bonito ficou a cargo da dupla de fotógrafos D10PHOTO, o video é da Live Wedding Vídeo, e animada pista de dança, por conta da Jukebox, um belo trio de fornecedores seleccionados Simplesmente Branco.
Bem vindo, Dezembro, e bom fim-de-semana!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
Uma festa requintada e elegante, com poucas pessoas, a família e os amigos mais importantes, mas divertida.
A escolha do espaço refletiu o conceito que pretendíamos.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Eu senti-me sempre tranquila. Com excepção da escolha do vestido, também muito devido ao facto de estar sob pressão pois estava, nessa altura, a preparar-me para a minha oral de agregação.
O Tiago teve dúvidas, e andou muitas vezes tenso e saturado.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
Relativamente ao casamento em si, acho que nunca sentimos isso. Foi um caminho percorrido com alguma tensão mas naturalidade.
Relativamente à organização do evento, cremos que foi no dia em que escolhemos o espaço. E depois com o resultado final.
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
Totalmente fiel ao idealizado. TIvemos ajuda, sim. Suporte familiar, ajuda das amigas mais próximas, colaboração do próprio hotel onde celebrámos o evento. E ajuda por parte de todas as empresas com quem trabalhámos, principalmente com a Festa Aluga.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
Fundamental: que fosse um dia agradável, divertido e feliz para todos, tanto para nós como para os convidados.
Sem importância: num casamento não há qualquer detalhe que não mereça importância.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
Mais fácil: concordarmos com as ideias um do outro, e apoiarmo-nos sempre.
Mais difícil: para mim, a escolha do vestido. Gerir o estado de saturação do Tiago.
Para o Tiago, gerir as opiniões de terceiros.
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
O momento dos discursos.
E o pico de diversão?
A noite na festa, sentimos que deixámos de estar preocupados.
Um pormenor especial…
A alegria e a felicidade estampada no rosto dos nossos convidados, refletida nas fotografias e no vídeo que resultaram no final.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Não, nada.
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Escolham as coisas com antecedência, pois todos os pormenores são importantes e cada escolha leva o seu tempo.
A escolha do espaço é um momento importante pois reflete aquilo que os noivos pretendem transmitir.
Há pormenores que idealizamos mas que são impraticáveis. Às vezes a mudança pode levar a agradáveis surpresas.
Peçam ajuda e conselhos a profissionais.
Não se deixem levar pelas ideias de familiares ou amigos, porque no fundo o dia é vosso.
Os fornecedores envolvidos:
local e catering: L’AND Vineyards;
fato do noivo e acessórios: Hugo Boss;
vestido de noiva e sapatos: MOD – My Own Dress;
maquilhagem: Andreia de Almeida MUA;
cabelos: Tânia de Sousa Hairstylist;
decoração: Festa Aluga;
fotografia: D10PHOTO;
vídeo: Live Wedding Vídeo;
luzes, som e Dj: Jukebox.