Bem-vindo, 2021!
E já cá está!
O mundo não mudou muito desde quinta-feira, mas acredito que há sempre um sentimento de renovação e esperança, de frescura, da primavera que está para chegar, ao brindar na meia-noite de 31.
Fechamos a porta ao ano que passou, com convicção. Ainda que falte muito caminho na viagem que temos pela frente, há sinais positivos e razões para pensar, com alegria, no futuro que nos espera, colectivamente, e que vos espera, enquanto casal de casamento marcado e alguns nervos à mistura.
Tenho a certeza que esta contracção fortíssima dará origem a projectos, serviços e ideias maravilhosas – não é de um carvão que nasce um diamante?
Nas últimas temporadas tínhamos já entrado em velocidade de cruzeiro, sem disponibilidade genuína para criar algo novo, fresco, vibrante, singular. Os casamentos seguiam, um fim-de-semana atrás do outro, nacionais ou estrangeiros, em modo prático, rentável, funcional e bonito, mas a perder um pouco da alma e do seu propósito intrínseco: a partilha e a vivência do mais bonito dos dias, do amor, com as pessoas do coração.
Este tempo forçou-nos a parar, a repensar, a re-organizar. De um lado (os fornecedores) e do outro (os noivos e as suas famílias), travámos a fundo.
2021 abre as portas para uma mudança com imenso potencial: vamos abraçar o formato intimista, focados e presentes, e consequentemente explorar o que isso nos permite. Haverá espaço para a personalização pensada com toda a dedicação, para aquelas flores de suspirar, para aqueles momentos à mesa de partilha pura, intercalando a conversa com garfadas deliciadas e brindes espontâneos que não precisam de aviso prévio.
E por aqui vai acontecer o mesmo. 2020 termina com uma novidade fantástica, que será comunicada em breve.
Nos próximos dias, estaremos sossegados, sem publicações, a arrumar esta grande casa, a actualizar o back office e a preparar a bela temporada que aí vem – com muitas ideias, bons conselhos e milhares de imagens bonitas.
Em 2021 o Simplesmente Branco continuará a ser a vossa fada-madrinha. Estamos por aqui para vos guiar até ao mais bonito dos dias, inspirar e partilhar palavras sábias, como sempre.
Voltamos já, já!
Feliz ano novo!
Última semana do ano – para onde foi o tempo?
Recolhemos a casa, ainda nem era primavera e, de repente, estamos a fechar a porta, ainda que figurativamente, a um ano tão exigente e complexo, tão desapontante no que toca a sonhos e expectativas.
O meu optimismo cauteloso aponta-me para o copo meio cheio: afinal, ainda há do que beber! É um ano de reflexões, inevitavelmente. O que fizemos com o tempo que pareceu sobrar? Como olhamos para o mundo agora? E as relações com as pessoas, são as mesmas? E próprias pessoas, são as mesmas? Ficámos mais próximos na distância e soltámos as mãos de quem, afinal, tinha tão pouco a ver connosco?
Demos mais? Demos menos? O que mudou em nós?
Acho que ainda estará por descobrir, no novo ano que se apresenta.
Há 365 dias, os meus desejos foram estes:
“Que este seja um ano cheio de frescura e novidade, bom e gentil, repleto de amor e, sempre, saúde!
Que seja passado com tempo para os nossos e para os dos outros, com tempo para as palavras, para os encontros, para os abraços. Com festas na cara, com mãos nos cabelos, com dedos entrelaçados, com sonos e sonhos tranquilos, com beijos gulosos, com muito riso e muitos sorrisos.
Com paz no mundo, sim, com mais tolerância, mais empatia. Com menos extremos, com menos preto ou branco, com menos parvoíce.”
E 365 dias depois, os meus desejos continuam a ser estes mesmos.
Levantemos o copo, fechemos os olhos e respiremos fundo. Tchim tchim!
Boas festas!
Fechamos a porta devagarinho e recolhemos a casa, enquanto damos as boas-vindas ao inverno, a quarta estação que se segue neste ano que tanto exigiu de nós.
Este Natal seremos menos, haverá menos bulício, menos animação à mesa. Mas na distância também há formas de sermos calorosos e manifestarmos o carinho que temos pelo outro, também há formas de sermos generosos e também há muitas formas de sermos felizes, ainda que a dimensão seja outra.
Deixámos por aqui várias sugestões de Natal, mas acredito que a melhor de todas é a mais simples: uma mensagem doce e de alento, seja num postal que segue por correio, num whatsapp ou num ecrã de Zoom.
Manifestem-se, digam coisas bonitas uns aos outros, não deixem para depois. Distribuam esses abraços virtuais com entusiasmo e sem filtro porque todos nos sentimos como esponjas ressequidas prontas a absorver as gotas de chuva!
Mais do que o valor material de um presente, que é sempre apreciado, este é o ano dos gestos e da atenção, do cuidado, do “como estás?”, do “gosto de ti“, do “tenho saudades tuas“, do “pensei em ti“.
Ponham o David Fonseca a cantar as suas canções de Natal (que tem um disco inteiro, toda uma graça), terminem as vossos afazeres e recolham a casa para celebrar as festas em formato intimista, com todos os cuidados e alegria. É o meu plano, do lado de cá.
Boas festas!
Casamento intimista nas terras altas da Escócia: Lilly + Rich
Fechamos o ano com um casamento intimista em tempos de pandemia, que é absolutamente mágico.
Lilly + Rich, ingleses, tinham tudo planeado casar no Yosemite National Park, nos Estados Unidos, um sítio muito especial para o casal, mas, pelo meio da vida, entrou uma pandemia e o mundo virou-se do avesso, em vários sentidos.
Entre as angústias que já conhecemos, todo o processo de cancelamentos, devoluções e reorganização, ao qual foram acumulando as restrições governamentais que se iam sucedendo, num crescendo até à véspera e dias seguintes, conseguiram manter a cabeça fria e pôr de pé este dia etéreo e memorável.
Do Yosemite National Park passaram para as místicas terras altas da Escócia, um cenário que eu adoro, e simplificaram tudo até ao essencial. Escolheram um fotógrafo cujo trabalho admiravam – a própria Lilly é fotógrafa de casamentos e toda a experiência deste ano, estando em ambos os lados da equação, como profissional e como cliente, foi imensamente difícil -, flores maravilhosas, vestiram-se a preceito e puseram-se em marcha, com o que era possível e permitido.
Escolheram uma cerimónia intimista, com uma celebrante humanista, no total de oito pessoas, profissionais incluídos. O vestido de Lilly, que na realidade são duas peças, teve dedo da mãe de Rich.
Uma blusa Cortana (esta marca espanhola maravilhosa), e uma saia de tule, costurada à mão nos longos dias de isolamento, que acabou por ser um projecto das duas, cheio de amor e carinho. No meio do caos lá fora, focaram-se nesta tarefa muito especial, dia após dia. São memórias que ficam e tornam tudo mais especial, sobretudo quando amplificadas por este contexto tão estranho da pandemia.
Deixem-se levar por estas imagens poéticas, na sua natureza ainda selvagem e épica. A noiva parece uma fada dos bosques e no meio das nuvens cinzentas e paisagem agreste, o amor floresce e resiste ao vento.
Mágico, é o que vos digo!
Maravilhosas imagens, não são?
Terminamos por aqui os nossos casamentos de 2020.
Disse-vos, no início do ano, que mais do que nunca, o confronto com a diversidade é um bem essencial e, ao contrário dos maus hábitos trazidos pelos algoritmos que nos entraram pela vida adentro todos os dias e decidem aquilo devemos ver e de que devemos gostar, achamos que a diferença (por oposição à afinidade) nos alimenta e desafia muito mais, nos expande os horizontes, nos ajuda a descobrir coisas novas dentro de nós próprios e, por cada vez que vemos algo completamente inesperado e desalinhado dos nossos hábitos, tradições, costumes e conhecimento, e escolhemos gostar ou nem por isso, ficamos mais ricos, mais humanos e mais capazes de empatia.
Acredito que cumprimos esta premissa, mesmo sabendo que é sempre possível fazer melhor, mostrar mais diferente, ser mais inclusivo e celebrar, com gosto e entusiasmo tudo isso.
Fotografia de The Kitcheners, via Love my Dress.
Inspiração boho para casamentos intimistas
Mesmo na recta final do ano, há ainda – e sempre – espaço para inspiração bonita.
Desta vez chega-nos pela lente da dupla Mitt Fotografia, com organização e decoração By Matilda e estacionário completo de casamento – e muito lindo – da Molde Design Weddings.
Volto a afirmar: os casamentos intimistas estão aí para ficar e as razões são simples. O facto de podermos elevar qualitativamente o mais bonito dos dias, do ponto de vista gastronómico, do ponto de vista decorativo, do ponto de vista da personalização e, no seu todo, do ponto de vista da experiência, são argumentos de peso para abraçarmos esta nova tendência nos casamentos. Eu aposto tudo!
Voltando aqui às imagens bem bonitas que nos chegaram, o mote foi explorar uma proposta mais alternativa, dentro do universo boho, com a cor do momento (e não, não estamos a falar de Pantones) – o terracota.
Para esta styled shoot que juntou a Mitt Fotografia e a By Matilda, a ideia surgiu da necessidade de criar um editorial para o público alternativo que geralmente não se vê representado nos casamentos comuns e tradicionais, e que procura algo à sua imagem, mais irreverente e cheio de personalidade.
Escolhemos um casal tatuado, uma cor forte para ser o ponto principal da mesa, botas para a noiva e um espaço intimista e isolado – nada mais distinto dos clássicos casamentos cheios de glamour.
Esta sessão de inspiração para um casamento intimista e alternativo, pensada e concretizada pelas equipas Mitt Fotografia e By Matilda tem todo um charme e respira, de facto, a personalidade do casal.
Essa ideia de que ainda temos de nos vergar à opinião dos outros, pensar um dia que obedece à expectativa de terceiros e que dizer “não, obrigado”, é uma ofensa, é absolutamente falsa e equívoca. Com carinho, boa educação e firmeza, convertem-se os mais intransigíveis, garanto-vos!
Casamento clássico, casamento alternativo, casamento a dois ou casamento a 80, se é a vossa cara, está tudo certo – só precisam de um bocadinho de tacto e cuidado para pensar a mensagem.
Organização, styling e design, By Matilda; fotografia e styling, Mitt Fotografia; espaço, Cucumbi Turismo Rural; flores, Florista o Desejo, estacionário, Molde Design Weddings; makeup e cabelo, Patz Hair & Makeup; aluguer e catering, Eventtus Catering; bolo, Migalha Doce; vestido Blanco Era uma vez; fato e acessórios, Mister Man.
Casava-me assim!
Última sessão casava-me assim de 2020, este ano tão maluco e desafiante!
Abraçamos o espírito de festa, cores e cortes super femininos e o resultado é esta combinação muito cool, romântica pronta para dançar.
A premissa desta rúbrica sempre foi fazer compras smart saver, cujo resultado nada fica a dever aos preços acessíveis. Misturamos peças mais sofisticadas com outras menos nobres e é no equilíbrio entre tudo, o tal balance elusivo que a malta do Masterchef australiano tanto busca e faz de um prato a perfeição.
Coma selecção de hoje voltamos a acertar no alvo – digo eu -, e com estrondo! Haverá melhor forma de combater os dias cinzentos do que usando cores e motivos de festa? Se têm dúvidas, ponham-se a seguir a maravilhosa (e às vezes completamente doida) Trinny Woodall, que veste cores incríveis, usa lantejoulas e brilhos durante o dia e é a mestre absoluta das combinações de cores, texturas e padrões (e, para contexto, foi a apresentadora, juntamente com a Susannah Constantine, do britânico e original What not to wear).
Vamos a isto!
camisola em lã de alpaca: 79€ + saia de lantejoulas estampada: 39.99€ + bralette em renda: 29€ + mala a tiracolo: 15.99€ = 163.98€ total
A camisola fofinha e com cor de gelado (também existe em branco), com o remate ondulado na linha do decote é da sempre fixe &Other Stories e tem lã de alpaca, logo é mesmo, agradável ao toque. Custa 79 euros e a loja já envia para Portugal, o que é fantástico!
Passamos à saia cor-de-rosa estampada com lantejoulas, que foi a primeira peça deste conjunto que encontrei – acho-a maravilhosa, seja para um dia de festa em modo dress up, seja para o dia-a-dia, sim, em modo dress down, com uma t-shirt e uns Converse!
É da espanhola Sfera, que tem sempre umas surpresas agradáveis, e que também já tem loja online, e custa 39,99 euros
Não descurar o que não se vê, por isso, sugiro este bralette da & Other Stories, super delicado, com renda branca e elástico nude com textura de bolinhas (e um par de cuequinhas a condizer). Custa 29 euros.
A fechar, esta malinha em azul claro, singela e fofa, para guardar os essenciais – é simples, discreta e divertida, não nos podemos levar demasiado a sério! É da Mango e custa 15,.99 euros
Tudo somado, temos 163,98 euros. Muito razoável, não?
Acompanhem as nossas sugestões smart saver “Casava-me assim!”, sempre às quintas-feiras!
À conversa com: Rituais – animação, audiovisuais e produção de eventos
Na nossa última conversa de 2020, falamos com o Luís Alves, da Rituais – animação e produção e eventos.
Conversamos sobre como ter uma bela e animada pista de dança que dá vida à vossa festa e sobre as diferenças entre os eventos profissionais e sociais – é sempre interessante!
A Rituais foi a equipa que proporcionou os três dias de entretenimento no The W Experience, com um belíssimo palco preparado para as talks e apresentações, e uma programação de animação muito entusiasmante, com performances, concertos e solos de artista. Estão, portanto, recomendadíssimos!
Mesmo sabendo que este conceito de festa aguarda luz verde para regressar, é sempre fantástico conhecer o trabalho dos profissionais e as pessoas que lhe dão alma!
Juntem-se a nós e descubram o trabalho da Rituais – animação e produção de eventos.
Conte-nos um bocadinho do seu percurso, até às pistas de dança: como é que isso aconteceu?
O gosto pela música já vem de raízes familiares. O meu pai é saxofonista e, desde cedo, habituei-me a estar em palcos com ensaios, montagem de equipamentos de som, luz, instrumentos , convivendo com artistas e o mundo dos espectáculos.
Aos catorze anos o meu cunhado era DJ e comecei a aprender a trabalhar com ele, com os pratos technics e cassetes. Aos dezasseis, iniciei a actividade como DJ em festas de escolas, passando pelas universidades, e em bares e discotecas. Aos dezoito iniciei, paralelamente com os espaços onde trabalhava, o trabalho de DJ em casamentos.
Hoje em dia faço a gestão de vários DJ’s da Rituais para os nossos eventos e, pessoalmente, alguns trabalhos em cocktails, sunsets e festas da Rádio Remember.
Animação nocturna e casamentos – sendo a música um assunto transversal, esta é uma ligação natural e inevitável?
O tipo de trabalho nocturno em discotecas é completamente diferente dos casamentos, normalmente está associado a um tipo de música e de público especificos.
Inevitavelmente a animação nocturna é uma boa escola para os DJ’s fazerem a ponte para os casamentos, que na minha óptica são mais exigentes devido a trabalharmos com públicos completamente diferentes, quer na classe social, idade, gosto e disposição para dançar. Temos que ser mais flexíveis, ter um vasto conhecimento musical e disponibilidade física e mental para estarmos imensas horas a trabalhar.
O que ouve quando não está a trabalhar? Separa lazer e profissão?
Oiço um pouco de tudo, depende do espírito no momento, adoro música e tem que estar sempre presente, quer no escritório, carro ou em casa. Soul, funk, soulful e deep house, passando pela música tradicional cubana, reggae e também na rádio online que temos – Remember anos 70, 80 e 90’s os hits destas décadas.
Separo na medida em que quando estou a trabalhar estou concentrado no que estou a fazer, analisando a pista de dança, e em lazer apenas quero relaxar com a música que passa na rádio ou no Spotify da Rituais.
Gosta dançar ou prefere ouvir? Como se mantém actualizado?
Apesar de gostar de dançar, prefiro ouvir música.
Em diversos canais, como por exemplo rádio, charts internacionais, internet em sites de compra de música, entre outros.
Trabalha com clientes corporativos e com clientes particulares: na pista somos todos iguais ou o vibe da festa é muito diferente?
A música, quando devidamente tocada, é bem recebida por todos os públicos, no entanto o universo corporativo é mais selectivo e discreto no início, mas rapidamente o público começa a descontrair e ter a mesma vibe do cliente particular.
O que faz uma grande noite (ou pista de dança)?
Uma boa selecção musical e saber ler a pista de dança.
Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação aos vossos clientes?
Através da Rituais, que promove o meu trabalho e que faz todo o processo comercial com os clientes.
Como cria a playlist para o seu cliente? É tudo trabalho prévio ou há espaço de improviso, um pesa mais do que outro?
Há sempre um trabalho prévio preparando e adequando o estilo musical ao tipo de evento e cliente. No decorrer da festa também percebemos a vibe da pista de dança e improvisamos com alguns temas que nos vão pedindo.
Se se casasse, com que música abria a pista?
“September”, Earth, Wind & Fire
Para fechar, qual é a música a que regressa sempre?
Normalmente não repetimos músicas que já foram tocadas, só em situações especificas em que o cliente nos pede para o fazer.
Uma das músicas de eleição para repetir e apesar de oldie é “Show me love”, de Robin S.
Contactem a Rituais através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias, feita de belas imagens e vídeos, e entrem em contacto directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática do Luís Alves.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!