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Susana Pinto

À conversa com: ADORO – fotografia de casamento

Hoje sentamo-nos a conversar sobre fotografia de casamento, com a dupla da ADORO: Carla Guedes Pinto e Sofia Dias.

Para além de fotografar, desenham convites de casamento (e todo o restante estacionário) maravilhosos, ou não fossem designers de formação.
Fiquem a conhecê-las melhor e ao trabalho muito bonito que fazem!

As emoções das pessoas e dos momentos são a nossa energia. Não interferimos, apenas observamos, sentimos e reagimos, fotografando. E a relação de entendimento e confiança entre todos, é meio caminho para tudo fluir e o resultado transparecer a naturalidade que procuramos.

Do design gráfico para a fotografia não é um salto demasiado grande, mas para o universo dos casamentos já é bastante específico. Como é que foram lá parar?

Sim, de facto o salto é grande, não tanto pela passagem para a fotografia, onde se continua a trabalhar num universo visual, mas mais pela passagem para o universo dos eventos e dos casamentos.

A fotografia sempre nos acompanhou, em caminhos paralelos, mas esteve sempre presente. Uma das minhas grandes amigas de infância era filha de um grande fotojornalista, o Rui Ochôa. Adorava quando ia lá a casa e via os negativos todos espalhados, grandes formatos impressos pelo chão, uma gaveta cheia de objectivas ou as tardes passadas na redacção do Jornal Expresso. Com ele, comprei a minha primeira máquina fotográfica, uma Nikon 801, quando tinha 15 anos, e pouco a pouco comecei a fotografar.

A Sofia começou com o pai, que lhe punha a sua Canon nas mãos e lhe ensinava que o diafragma era mais do que aquele músculo na cavidade torácica. O seu primeiro ordenado, foi para comprar uma máquina fotográfica (analógica). Desde cedo fomos as fotógrafas de serviço entre os nossos amigos e família. Muitos rolos se consumiram…

O salto para os eventos de casamentos, foi apenas o ajuste necessário para tornar esta nossa actividade em algo comercial. Isto quando o suporte digital finalmente atingia uma qualidade profissional.

O design, área em que trabalhámos durante muitos anos (a Sofia em design gráfico e a Carla em design de equipamento) de certa forma preparou-nos a abordar qualquer desafio de uma forma metodológica, e isso aplica-se na perfeição quando temos um casal que quer concretizar o que sonhou para o seu dia de casamento. É um desafio criativo e projectual.

A passagem do nosso trabalho de designers para este universo “casamenteiro” deu-se num momento de crises várias. A crise do próprio negócio de design, das agências e dos orçamentos pagos a 120 dias, e também da crise criativa, um bocado cansadas de clientes cinzentos e institucionais.

Pensámos que, por nossa conta, se calhar faríamos qualquer coisa mais interessante e mais próxima das pessoas reais.

Quando começámos em 2011, o universo estético dos casamentos era ainda pouco fresco, muito clássico e percebemos que podia ser esse o caminho. Oferecer uma alternativa ao existente. Acabou por ser uma época de transição, em que surgiram fornecedores, como nós, que contribuíram para desenhar e consolidar o universo que hoje existe.

 

Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento

 

Começaram com um leque de serviços mais alargado, que agora concentraram em fotografia e organização, a solo ou com tudo incluído. É uma evolução natural ou sentiram, de facto, necessidade de estreitar o foco?

Foi um misto. Uma evolução, após sentirmos o mercado, e uma forma de convergir esforços e investimento, sobretudo de tempo.

Quando decidimos fotografar (casamentos e outras celebrações), sentimos necessidade de garantir a harmonia e fotogenia dos ambientes, incluindo o grafismo e a decoração. Para além de termos esta possibilidade de prestar um serviço completo a quem nos procurava, sabíamos também de antemão, que todo o conceito daquela celebração seria coerente.

Isso para nós era perfeito, era fotogenia garantida!

Mas ao longo dos anos sentimos necessidade de ajustar o negócio à realidade e percebemos que o investimento que justifique a contratação de alguém que pense e concretize o conceito de um evento acontece maioritariamente em casamentos, e quase nada em outras celebrações mais pequenas (festas de aniversários, baptizados etc).

Desta forma passámos a prestar serviço de decoração e grafismo apenas para casamentos.

A organização de um casamento requer dedicação e uma total disponibilidade para aquelas duas pessoas que anseiam pelo seu dia, perfeito, sem falhas. Por isso, actualmente aceitamos apenas algumas organizações e desenvolvimento criativo num reduzido número de casamentos, garantindo a nossa total disponibilidade para o sucesso do projecto.

A fotografia continua a ser a nossa actividade principal, e também a nossa paixão. Na fotografia continuamos a fazê-lo em todas as outras situações de festas e celebrações (festas de aniversário, baptizados, celebrações entre amigos e família), bem como sessões a dois ou de família.

 

Como definem a vossa assinatura, o vosso ponto de vista?

Achamos que se quisermos dizer numa palavra, será “verdadeiro”.

Na fotografia como na organização e desenvolvimento criativo, procuramos um olhar e abordagem reais, sempre em função do par. A estética e fotos do casamento têm que reflectir aquelas duas pessoas, e elas reverem-se nela.

As emoções das pessoas e dos momentos são a nossa energia. Não interferimos, apenas observamos, sentimos e reagimos, fotografando. E a relação de entendimento e confiança entre todos, é meio caminho para tudo fluir e o resultado transparecer a naturalidade que procuramos. Sentimos que nos ajuda o facto de virmos de outra área profissional, sem vícios nem preconceitos. E com o tempo percebemos que não é indiferente o facto de sermos um olhar feminino. Não sendo vantajoso nem desvantajoso, é apenas uma particularidade que transparece no nosso trabalho, sem nunca o termos previsto.

 

Onde buscam inspiração para o vosso trabalho?

Viemos as duas de uma área muito visual e esteticamente ecléctica, por isso qualquer fonte de informação é válida, e não necessariamente a ver com casamentos. A isto juntamos o que o par nos sugere das suas personalidades, vivências e preferências. Damos por nós a pesquisar universos tão díspares como Botânica ou a Culinária.

O cinema e a fotografia de rua e de moda serão as nossas maiores inspirações e agentes provocadores. O universo visual de cineastas como Wong Kar-Wai, Sophia Coppola, Wes Anderson, Jane Campion, Yasujirô Ozu, Stanley Kubrick ou pérolas como “Eu sou o Amor” (Luca Guadagnino) e “Carol” (Todd Haynes), são exemplos disso.

Na fotografia, o enorme trabalho de nomes como Saul Leiter, Tim Walker e as recentes descobertas dos espólios de Albert Khan e Vivian Maier. E por cá o Pedro Cláudio, fundamental pelo trabalho gráfico na fotografia, ou o olhar fresco e sem gavetas da Vera Marmelo.

Na secção mais “casamenteira” adoramos o trabalho do Pablo Beglez, Kristen Marie Parker, ou do Rodrigo Cardoso, dos Piteira ou do Rui Gaiola.

 

Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Como o dia-a-dia é tão assoberbado de informação, às vezes apetece apenas desligar para criar espaço mental. Mas quando ainda sobra algum espaço, há todo um mundo para descobrir. Viajar é um óptimo escape, seja cá dentro ou lá fora, e uma forma de nos inspirarmos e refrescar ideias. Por exemplo, nos últimos anos o trabalho levou-nos algumas vezes aos Açores e à Madeira, e foram óptimas descobertas para nós. Claro que aproveitamos sempre que o trabalho nos leva para fora de Lisboa, para sentir um bocadinho do local onde estamos. Isso é uma coisa que adoramos fazer, fotografar para além das pessoas, porque o território envolvente também faz parte das histórias.

É isso que adoramos… contar histórias.

Mas depois há coisas bem mais prosaicas que nos dão imenso prazer e que nos compensam, como meter um disco a tocar e dançar como se ninguém estivesse a ver, ir a um concerto mesmo bom, ou a um espectáculo de dança, ir dar uma volta de bicicleta com amigos. Ai… os amigos… com esta vida tão ao contrário das rotinas tradicionais, às vezes é difícil acertar com os programas dos amigos e família. Quando conseguimos fazer isso, é um luxo, um tempo impagável que se vive com prazer.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação com os vossos clientes?

A partir da primeira reunião, em que se dão caras aos nomes, percebemos o perfil do par e as suas espectativas. Isso é essencial para gerirmos um processo de organização de casamento e respectivo desenvolvimento criativo. A partir dessa leitura que fazemos e do próprio pedido dos noivos, iniciamos a nossa pesquisa e vamos trocando ideias com eles, sempre suportado visualmente para que ambos tenhamos a certeza do que estamos a falar. Depois do plano aprovado, começamos a produzir e a gerir cada passo até ao dia do casamento.

Na fotografia, depois da reunião (muitas vezes por Skype) fazemos sempre uma sessão fotográfica antes do casamento. Serve para nos conhecermos melhor, quebrar gelo e testarmos a relação fotógrafo/fotografado, para que no dia do casamento não seja demasiado brusco e invasivo.

Em ambos os casos tentamos sempre ler o mais possível de quem está do outro lado, dizemos que somos quase psicólogas tentado ler as entrelinhas para perceber o que é de facto importante para eles. Absorvemos o máximo e impomos o mínimo possível. E valorizamos a transparência, que é meio caminho para a confiança mútua.

Somos “parceiros no crime” do dia dos nossos noivos, e eles são o mais importante. O dia é deles e não nosso.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo?

Há o prazer em ver as ideias tomarem forma, mas evitamos o perfeccionismo nestes processos assentes num casal de noivos (geralmente estreante) e que envolvem várias valências e fornecedores. Focamo-nos em conseguir o melhor equilíbrio entre todos.

E depois sabemos que estamos a lidar com emoções, e não dá para aplicar fórmulas de Excel nelas. As decisões têm de ser tomadas com tempo, sem pressões, e sabemos que estamos a lidar com duas pessoas, muitas vezes com ideias e até algumas expectativas diferentes entre eles. É preciso saber mediar isso.

Somos o elemento de ponderação, e a voz da experiência, mas mesmo assim, no final, o casal tem de estar confortável com todas as decisões tomadas. Esta gestão requer alguma sensibilidade.

  

Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é no dia ver tudo materializado, e a felicidade estampada no rosto dos noivos, por verem expectativas superadas.

O desafiante é transpor, para soluções criativas, a vontade dos noivos e tudo o que lemos nas entrelinhas. Adoramos quando os noivos sonham com uma coisa e nós conseguimos concretizá-la. Ver essa felicidade do momento concretizado estampado na cara dos noivos é o melhor dos momentos… e claro, de preferência registá-lo numa fotografia nossa.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Difícil responder, porque o envolvimento chega a ser emocional. Não conseguimos dizer apenas um.

Profissionalmente falando, houve um casamento que organizámos à distância, os noivos viviam nos Estados Unidos, e que correu irrepreensivelmente bem do princípio ao fim. Deste a sintonia criativa, ao respeito mútuo e confiança no nosso trabalho e às imagens cheias de luz e amor que nos deram para registar.

Mas claro, não há amor como o primeiro… o primeiríssimo casamento, da Inês e do Ricardo. Esses loucos que confiaram numas miúdas que nunca tinha organizado ou sequer fotografado um casamento (profissionalmente), e nos depositaram toda a confiança. Mostrarmos-lhes uma breve apresentação das nossas intenções, que terminava com “Querem casar connosco?” e eles responderam “Sim!”

Como experiência de tipo de registo e exotismo, tivemos um casamento na Madeira que foi um fim-de-semana em festa, com registos magníficos de paisagem e uma festa cheia de amigos que souberam disfrutar verdadeiramente do momento.

Pela intensidade emocional, e beleza há também um outro pequeno casamento, num Fevereiro soalheiro, em Monserrate (Sintra), que contrariou todos os estereótipos. Simplesmente mágico!

Todas a histórias são únicas e irrepetíveis, e isso é muito especial para nós, dá-nos fôlego.

 

Se fosse o vosso casamento, fariam tudo, uma parte ou mesmo nada? Quem fotografava?

Carla: para mim o mais interessante é a partilha emocional, a cumplicidade com quem mais gostas de estar, a tua cara-metade e os teus amigos e família. Mas nunca me imaginei noiva, e ser o centro de um casamento, que acontece assim num estalar de dedos. Acho que prefiro estar deste lado, com a máquina na mão, contagiada pelas emoções de quem celebra esse dia.

Sofia: adoro o formato de um fim-de-semana com amigos e família, os dias de casamento são assustadoramente rápidos. Teria que conhecer pessoalmente os fotógrafos da minha eleição, a empatia é essencial.

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:

Que maldade… Entre muitas, e por diferentes motivos, esta foto passa bem o que nos continua a surpreender. Adoramos os entretantos, que nos brindam com imagens bonitas e irrepetíveis.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Que bela conversa, esta! Tenho a certeza que gostaram de conhecer melhor esta dupla e que o bonito trabalho que fazem ganhou uma nova amplitude.

Contactem a ADORO, através da sua ficha de fornecedor. Visitem as galerias e entrem em contacto com a Carla Guedes Pinto ou a Sofia Dias, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

E se querem ver casamentos bonitos fotografados por esta dupla, espreitem aqui!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

Susana Pinto

À conversa com: Pó de Arroz – makeup de noiva

Hoje conversamos com a Ana Branco, da Pó de Arroz – makeup de noiva.

A Ana fala-nos sobre o seu percurso até ao momento profissional em que se encontra, com as voltas e dúvidas necessárias para aqui chegar.
Fala-nos também sobre o papel da maquilhagem, no dia-a-dia e nos dias especiais, e a importância de uma boa base: uma pele bem tratada.

Juntam-se a nós?

A ligação com as clientes é sempre algo único, tudo começa pelo primeiro contacto com a noiva, que muitas vezes termina com uma amizade para a vida. Acredito que o estar ao lado delas a cada momento e dar-lhes uma disponibilidade de 24h, seja um ponto a favor.

Ana, conte-nos como chegou a este universo da beleza feminina…

Comecei desde cedo a brincar com a maquilhagem da minha mãe, adorava a caixa de pó de arroz que ela tinha, ainda hoje me lembro de como era suave e de aroma único. Adorava fazer aquelas pinturas artísticas com os batons, imaginava sempre que ao fechar a tampa ninguém ia dar conta que o batom tinha sido usado! Mas apesar de em casa conviver com a maquilhagem, o que queria mesmo, era ser médica e actriz.

Mais tarde aos 18 anos, depois de não ter conseguido entrar no curso idealizado, decidi aceitar o conselho da minha madrinha e abraçar a formação de cosmetologista. Na altura, não sentia muita ligação com a área, pois apesar de cuidar desde cedo da minha pele, não era algo que me imaginasse a fazer. O que aconteceu, foi que pouco tempo depois, tudo passou a fazer sentido, esta era a harmonia perfeita entre o cuidar do próximo e de certa forma da sua saúde também. Começaram assim os primeiros passos que me levaram ao mundo da maquilhagem.

Quando terminei o curso, percorri o país durante 9 anos, através de uma empresa na área da estética, onde tive a oportunidade de contactar com imensas mulheres, obter experiência na área e conhecer inúmeras maneiras de estar e viver em Portugal.

 

Tudo mudou quando recebi um convite de uma grande amiga, para um projeto empreendedor e bastante desafiante, ligado também ao campo feminino. Foi incrível como em pouco tempo, tanta coisa mudou. Com ela, aprendi muito, e o principal foi focar-me nos sonhos. Muitas vezes na correria da vida, todas nós perdemos a atenção e o foco, do que queremos ser em criança ou quais as nossas metas e objetivos para o futuro.

Na altura, como já tinha formação na área da maquilhagem e existindo a necessidade de em alguns eventos realizar essa função, voltei pouco a pouco ao mundo da maquilhagem.

À medida que ia sendo requisitada para mais trabalhos e apostando em mais formação nesta área, vi que tinha descoberto uma nova paixão e nasce assim um novo projeto, que sem me aperceber, ficou com o mesmo nome daquela caixinha branca, presente na minha memória de criança, Pó de Arroz.

Hoje, só me resta agradecer a todas estas mulheres que fazem parte da minha vida e que foram as chaves no meu percurso.

 

Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz

Qual é a importância da maquilhagem, num dia tão especial? E nos dias comuns?

A maquilhagem tem vindo a dar passos gigantes na sua qualidade e diversidade, aliando-se mais que nunca ao tratamento da pele. Neste momento podemos dizer que a maquilhagem ajuda a refletir a saúde da pele. Uma pele bem tratada deve ter, diariamente, como complemento, alguns produtos de maquilhagem, muitas vezes simples e minimalistas, mas essenciais à sua protecção.

No dia de casamento, torna-se ainda mais indispensável. Além da pele estar protegida e cuidada, a maquilhagem tem o poder de transmitir a personalidade e o temperamento da noiva, tornando as recordações fotográficas mais harmoniosas e fazendo com que estas captem toda a sua essência.

 

Um rosto é uma tela. Há todo um conjunto de regras firmes sobre este assunto ou depende da ocasião? 

Um rosto é sempre uma tela cheia de possibilidades criativas. Mas existe um conjunto de factores que têm de ser tidos em conta, como o estudo da sua harmonia, colorimetria, simetria, principalmente numa ocasião tão especial como o dia de casamento. Por isso, por mais avançada que seja a técnica de maquilhagem aplicada, é o equilíbrio da técnica com o temperamento da cliente, seja noiva, convidada ou até numa maquilhagem de dia, que vai valorizar toda a sua beleza natural.

 

As tendências da estação são importantes, ou não contam para a maquilhagem de noiva?

Acho que todas as tendências devem ser analisadas, pois variam com a época e têm sempre uma história e um fundamento. No entanto, para além disso, é a noiva que decide se sente bem ou não com determinada tendência. Nenhuma noiva deve ser igual a outra só porque sim. É nessa altura que entra a parte fundamental para a saber guiar, através de um estudo feito pela maquilhadora.

 

Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz

Onde busca inspiração para o seu trabalho de makeup artist

Tenho vários profissionais que admiro neste mundo da maquilhagem. É incrível como existe tanto talento espalhado por todo o mundo. É na troca de experiências com outros profissionais que continuo a aprender e que me inspiro, mas também na natureza, é incrível como as harmonias de cores mais bonitas já estão na natureza.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o espírito?

Viajar sem destino certo nem horas marcadas é das coisas que mais gosto de fazer. Decidir a cada momento que direcção tomar, sem planos, e percorrer a praia, montanha, campo ou cidade no mesmo dia, não há maior liberdade que essa.

 

Também dá formação regular, com os seus workshops de auto-maquilhagem. Sente que faz diferença no quotidiano de quem a procura?

Sim, e esse é o principal foco de cada workshop de auto-maquilhagem. Que haja algo sempre novo para quem me procura, daí cada workshop ter uma preparação específica para cada cliente. É importante sempre ter em conta que cada rosto é único e cada mulher tem necessidades e habilidades diferentes. Poder partilhar técnicas, conteúdos e ferramentas, para que todas elas tenham o resultado esperado é muito gratificante, ainda mais quando vejo a mudança na sua auto-estima e confiança.

 

Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz Makeup de noiva em Leiria: Pó de Arroz

Qual é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação com as suas clientes?

A ligação com as clientes é sempre algo único, tudo começa pelo primeiro contacto com a noiva, que muitas vezes termina com uma amizade para a vida. Acredito que o estar ao lado delas a cada momento e dar-lhes uma disponibilidade de 24h, seja um ponto a favor. Tudo o resto vou deixar entre nós, até porque são elas as melhores pessoas para responder a esta pergunta.

 

Qual é a melhor parte de ser responsável pela beleza da noiva no seu dia? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é ter a oportunidade de fazer a diferença naquele dia e não só através da maquilhagem, mas também por aqueles simples truques que fazem com que o dia seja passado de forma tranquila e que a minha noivinha aproveite cada momento.

O mais desafiante é ajudar as noivas que têm condições especiais a nível da pele, a terem os cuidados necessários e essenciais para que no dia de casamento a sua pele esteja fantástica para receber a maquilhagem. Muitas vezes o acompanhamento começa um ano antes do dia de casamento, outras, a poucos meses. É este acompanhamento que requer muita responsabilidade ainda mais quando a noiva está fora do país. No fim, receber aquele sorriso, é a melhor recompensa!

 

Quem gostarias de maquilhar? E por quem gostarias de ser maquilhada?

É difícil dizer porque tenho várias, vou dizer antes quem adorava ter tido a oportunidade de maquilhar: Grace Kelly e Marilyn Monroe, mais do que pela sua beleza, por aquilo que representam. Por quem adoraria ser maquilhada também não é fácil responder, admiro muitos artistas e cada um tem o seu registo, mas vou dizer Goar Avetisyan, é maravilhoso o trabalho dela.

 

 

Contactem a Pó de Arroz, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Ana Branco directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: As you Wish – wedding planning e organização de casamentos

Esta semana conversamos com a Joana Freixo e a Mafalda Matias, que assinam como As you Wish, wedding planning e organização de casamentos.

Falamos sobre o caminho que as trouxe até aqui, uma aprendizagem feita de observação, reflexão e acertos na rota para que o caminho seja certeiro e frutuoso. Sem dúvida que é uma fórmula ganhadora, tal como o modo como criam empatia desde o primeiro momento com os seus noivos, valorizando as forças, desejos e expectativas de ambas as partes.

Juntem-se a nós e fiquem a conhecer melhor estas meninas. Tenho a certeza de que vão gostar muito!

Há uns tempos lemos uma frase que explica bem aquilo que pensamos sobre esta questão de gerir emoções e expectativas: “You may not be everyone’s cup of tea but you can be someone’s glass of Champagne!”.

Contem-nos como começou esta aventura de wedding planning e organização:

Foi como se estivéssemos a juntar as peças de um puzzle. Tínhamos uma enorme vontade de ter um projecto pessoal, algo nosso! E juntámos esse desejo ao gosto que já tínhamos por esta área. O facto de já termos trabalhado as duas juntas e de termos a certeza que iríamos funcionar bem enquanto equipa e sócias, fez-nos avançar para esta aventura! Tem sido uma aprendizagem constante e um gosto enorme construir algo nosso e no qual acreditamos verdadeiramente.

 

Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?

Um bom equilíbrio entre os dois é o ideal! Mas gerir emoções e expectativas é, para nós, o que mais pesa! E, cada vez mais, somos da opinião que esta é uma parte fundamental para o bom desempenho do nosso trabalho e que, quando bem gerida, é a que mais influência tem na satisfação dos nossos clientes. De nada serve dar o nosso melhor a investir num determinado sentido, se as expectativas dos nossos clientes caminham noutra direção.

É essencial estarmos em linha e conseguirmos ler e interpretar o cliente que temos à nossa frente. E, para isso, é muito importante existir uma primeira conversa presencial, antes mesmo de enviarmos uma proposta. Não o fazíamos no início e rapidamente percebemos o quão importante é fazê-lo. É importante, em primeiro lugar, para nos conhecermos. E, depois, para trocarmos ideias e para conhecermos as exigências de quem nos procura. Nessa conversa, damos espaço para que nos façam todas as perguntas que queiram fazer e que esclareçam todas as dúvidas que tenham. E nós, falamos de coisas simples mas às quais damos muita importância. Falamos da nossa filosofia e forma de trabalhar. Falamos da forma como lidamos com os nossos fornecedores, falamos de valores, do que está e não está incluído nos nossos serviços. E falamos de tudo isto com a naturalidade devida porque fazemos questão que os nossos clientes avancem connosco conscientes da forma como nós trabalhamos e com a certeza que o fazem porque se identificam com essa metodologia.

Há uns tempos lemos uma frase que explica bem aquilo que pensamos sobre esta questão de gerir emoções e expectativas: “You may not be everyone’s cup of tea but you can be someone’s glass of Champagne!”.

 

Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish

Têm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Sem dúvida que é o acompanhamento de todo o processo o que nos dá mais prazer! E esforçamo-nos para que exista um bom equílibrio entre o profeccionismo e essa sensação de prazer. Mas é algo que nem sempre é fácil de gerir porque rapidamente nos deixamos levar por uma pespectiva demasiado perfeccionista. Mas é também aqui que surge a vantagem de sermos duas. E nesse aspecto, complementamo-nos muito! Eu, Mafalda, sou a mais rigorosa e atenta ao detalhe. Sou exigente! Sou aquela que disfruta depois de estar feito. A Joana, é a mais relacional, pragmática e assertiva. É a que disfruta mais durante o processo. É a que no meio do caos, vê com mais clareza. É a voz da razão e a que se apercebe quando o nosso perfeccionismo se começa a tornar contraproducente. E quando isso acontece, paramos, reflectimos e recomeçamos.

 

Têm uma assinatura visível no vosso trabalho, um estilo próprio e favorito, ou o é a voz do cliente que define a totalidade do resultado?

Ir ao encontro da identidade de quem nos procura é um dos nossos principais objetivos! E trabalhamos sempre no sentido de fazer um evento à medida dos desejos dos nossos clientes. Foi precisamente dessa ideia que surgiu o nosso nome – As You Wish. Mas, claro, metemos o nosso cunho pessoal em tudo o que fazemos e invariavelmente acabamos por ter uma assinatura própria que vai estando presente em todos os eventos. E isso é muito importante para nós! Não só porque mostra coerência no nosso trabalho, mas também porque queremos ser fiéis aos valores em que acreditamos. Quem nos procura é porque se identifica com o nosso estilo e isso é essencial para nós.

Acaba por ser um jogo de equílibrio entre ambas as partes: concretizamos as vontades de quem nos procura e fazêmo-lo à nossa imagem.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

É importante estarmos a par das tendências e do que nos rodeia. E, por isso, as tendências da estação acabam por ser um assunto de trabalho importante. Mas não são a nossa maior preocupação. O facto de ser tendência não significa que fará parte das nossas sugestões. Apenas se fizer sentido. Para nós, o mais importante num casamento é que o mesmo reflicta a essência do casal. E a essência do casal pode fugir completamente às tendências! E está tudo bem quanto a isso. Significa que muito provavelmente será um casamento diferente e fora do vulgar. E isso agrada-nos!

 

Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish

Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens ao contratar-vos?

Sem dúvida que ainda existe alguma resistência à figura do wedding planner. E, em alguns casos, essa resistência existe mesmo quando o casal tem consciência das vantagens que tem em contratar-nos.

Contratar-nos implica ter um custo adicional e há casais que simplesmente não estão predispostos para ter esse custo, apesar de todas as vantagens que possam existir. Por outro lado, há também os casais que valorizam muito o nosso trabalho e vêm até nós perfeitamente conscientes e informados das mais valias que o nosso serviço poderá proporcionar.

A maioria das pessoas associa o nosso trabalho a um trabalho de coordenação. Somos um elemento facilitador e que agiliza todo o processo. E é verdade! Mas para nós, a grande mais valia do nosso serviço vai muito mais além dessa coordenação. É algo que não é pálpavel e, acredito que por isso, exista essa resistência por parte de alguns casais. Contratar um wedding planner, entre muitas outras coisas, significa que o casal terá acesso aos fornecedores que melhor se adequam às suas necessidades. O nosso trabalho é mesmo esse: identificar, dentro dos vários contactos de fornecedores que temos, aquele que melhor se adequa às necessidades dos noivos tendo em conta a sua forma de trabalhar, os seus preços e o seu estilo. Significa também que, em algumas situações, poderão ter condições mais vantajosas porque existem fornecedores que oferecem condições especiais a wedding planners, uma vez que contratamos os serviços deles com mais frequência do que um cliente particular. Contratar-nos significa ainda que terão mais tempo para usufruir de todo o processo de organização do casamento. Há muitos casais que chegam até nós numa fase mais avançada porque já estão cansados e fartos de ter tanta coisa por resolver. O tema do casamento começa a consumir todo o tempo do casal. E um processo que se quer especial, giro e cheio de amor, começa a tornar-se desgastante e stressante.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos clientes?

Tentamos que essa ligação se crie de uma forma natural, sendo nós próprias. Quer seja nas nossas reuniões ou nas várias conversas que vamos tendo ao longo de todo o processo. Para além disso, é importante dedicar o tempo devido a cada cliente, ouvi-los com atenção e dar importância a todos os detalhes que nos passam. Numa fase inicial costumamos fazer algumas perguntas chave que nos permitem conhecer um pouco melhor o cliente. São perguntas simples mas que nos permitem detetar traços importantes no perfil de quem nos procura. E ajuda-nos a também a proporcionar uma agradável conversa onde se constroi alguma empatia.

 

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Ter uma postura atenta ao que nos rodeia é importante nesta busca pela inspiração. Devemos olhar para o que já fizemos e para o que se faz à nossa volta. Devemos ser críticas com o nosso trabalho e perceber o que tem de ser melhorado. Tudo isto nos ajuda a (re)definir o nosso caminho. Sabendo por onde queresmos seguir e com a mente liberta, o processo de observação traz-nos as novas ideias. Por vezes, vamos buscar ideias a coisas que vimos no passado e que ficaram guardadas nas gavetas da nossa memória. Sem dúvida que a inspiração é fruto de um olhar atento e curioso daquilo que se passa à nossa volta. E claro, de muita imaginação e criatividade à mistura!

 

Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish Organização e decoração de casamentos: As You Wish

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Nessas alturas é importante parar, fazer um reset e arejar as ideias. Sair da nossa rotina ajuda-nos a libertar a mente e a ver as coisas com mais clareza. Ir a locais onde nunca estivemos também ajuda neste processo.

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Gostamos muito daquela fase em que as ideias saiem do papel e começam a ganhar forma. Esse processo de produção é uma fase criativa que nos dá muito prazer. Mas, sem dúvida, que o dia do casamento é a melhor parte de todas! É para esse dia que nos dedicamos e é também o dia mais esperado pelos noivos. As emoções estão ao rubro e a energia é imensa!

Por outro lado, são precisamente essas emoções que, durante o processo de organização, se podem tornar na parte mais desafiante para nós. Há casais que chegam até nós um ano antes do casamento. É um processo longo e pelo caminho, é normal surgirem frustações, ansiedade e até alguns constrangimentos com os quais temos de saber lidar da melhor forma.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Não conseguimos nomear um casamento como sendo aquele em que mais gostámos de trabalhar. Todos eles são diferentes e especiais à sua maneira. Claro que temos as nossas preferências no que diz respeito ao estilo ou à empatia que criámos com os noivos. Mas é difícil escolher um que seja o preferido. Por isso, nomeamos aquele que nos lançou neste mundo dos casamentos: o casamento da Mafalda e do Guilherme. Foi onde tudo começou!

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portefolio e contem-nos porquê:

 

A As you Wish organiza casamentos à medida de cada par de noivos. A As you Wish organiza casamentos à medida de cada par de noivos

Escolhemos duas! A primeira fotografia não é seguramente a mais bonita que guardamos no nosso portefolio. Não a escolhemos pela qualidade fotográfica, mas sim por aquilo que nos transmite: a normalidade do disfrutar de uma simples conversa entre amigas, à volta da mesa! Gostamos do partilhar da cadeira e das mãos dadas!

Na segunda escolha, gostamos da troca apaixonada de olhares! Gostamos da envolvência, gostamos das cores, do enquadramento…

 

 

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Susana Pinto

À conversa com: Every Heart – filmes de casamento

Hoje conversamos longamente com o Dado Nunes, da Every Heart, que faz filmes de casamento, de Setúbal para todo o país.

Falamos sobre o caminho percorrido, sobre o impacto da energia das pessoas na captação das imagens e sobre a importância de preservar as imagens do mais bonito dos dias para memória futura. Juntem-se a nós, vejam alguns dos vídeos do Dado e espreitem, no fim, a galeria completa cheia de filmes bonitos e entrem em contacto!

Ter a oportunidade de captar o dia mais feliz da vida das pessoas é gratificante e ao mesmo tempo uma responsabilidade que me motiva e me tem feito crescer como profissional e como pessoa. Estamos a criar algo que será uma memória para o resto da vida, como não sentir uma satisfação enorme?

 

Conte-nos um pouco da sua viagem profissional até aqui, ao vídeo de casamento.

O vídeo sempre fez parte da minha vida. Numa fase inicial interessei-me bastante por videoclips de bandas, visto que, em casa, era hábito dos meus pais encher VHS’s com esses mesmos vídeos e era algo que me fascinava: imagem e música.

Ao entrar para a universidade ainda tentei o mundo da engenharia mas nunca me senti “em casa” e facilmente desviava o meu pensamento para o audiovisual e para a música. Foi então que decidi tirar um curso de Som e Imagem e seguir a minha paixão. Com o passar dos anos, fui ganhando experiência e filmei maioritariamente concertos e videoclips de bandas, a energia da música e a espontaneidade motivavam-me e ainda hoje assim é.

A minha entrada no vídeo de casamento foi feita um pouco “a medo,” a convite de um amigo que precisava de ajuda para filmar. Não sabia bem o que esperar porque a minha ideia de vídeo de casamento, na altura, era aquele vídeo clássico, forçado e com pouca margem criativa, mas enganei-me completamente e adorei o potencial daquele dia repleto de emoções e energia.

Nesse ano fiz alguns casamentos como assistente e comecei a ficar com uma vontade enorme de fazer os meus próprios casamentos, editar à minha maneira e mostrar a minha visão.

Nos anos seguintes, filmei bastante, associado a uma empresa de fotógrafos de Setúbal que confiaram nas minhas capacidades. Este fluxo enorme de casamentos ajudou-me a criar uma identidade e a absorver conhecimentos vitais para ser o videógrafo que sou hoje.

 

Há quanto tempo filma? E porquê casamentos?

Comecei a filmar os meus casamentos em 2014. São dias únicos e um desafio constante.

Ter a oportunidade de captar o dia mais feliz da vida das pessoas é gratificante e ao mesmo tempo uma responsabilidade que me motiva e me tem feito crescer como profissional e como pessoa. Estamos a criar algo que será uma memória para o resto da vida, como não sentir uma satisfação enorme?

 

 

Como construiu a sua assinatura, o seu ponto de vista? Como é que o define?

A assinatura é algo que vamos construindo e é talvez o mais importante na nossa área, o que nos diferencia.

Eu tenho a ideia de que estamos constantemente à procura de mais e melhor, e o nosso estilo vai-se moldando ao longo do tempo, nunca fugindo das nossas bases. Não existe um casamento igual ao outro e, logo aí, o trabalho requer adaptação e mudança. A energia que retiro do casamento e das pessoas será sempre um factor relevante para o “feeling” do vídeo.

 

Num casamento, para onde olha, o que lhe prende a atenção? O que procura?

Os noivos serão sempre o foco da minha atenção, é o dia deles, mas em primeiro lugar tento captar bem a envolvência do espaço e a energia que me rodeia de modo a conseguir contextualizar bem o vídeo.

Ter atenção a pormenores, objectos, algo tão simples como uma pulseira pode ter uma história fantástica, temos de ter a sensibilidade e atenção para captar o que nos rodeia, mas que ao mesmo tempo seja algo importante para os noivos um dia relembrarem. Prende-me a atenção a interacção das pessoas, dos familiares, os olhares e expressões. Procuro tirar o máximo de naturalidade deste dia e tentar passar o mais despercebido possível.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vai buscar inspiração?

A minha inspiração ficará sempre ligada a cinema, música e fotografia.

Os sítios novos que visito, as pessoas que conheço e as emoções que vivo tornam-se uma inspiração constante.

 

 

Quando precisa de fazer reset, para onde olha, o que faz?

A primeira opção é viajar, mas algo simples como estar com família e amigos é essencial para desligar do trabalho e falar de outros assuntos para além da nossa actividade profissional torna-se bastante libertador.

Para além disso adoro correr e é uma “terapia” espectacular para o corpo e a mente!

 

Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?

A ligação ao cliente é vital, por isso é muito importante haver uma conversa inicial, de preferência em modo presencial ou por video-chamada, para conhecer o casal e estar disponível para esclarecer quaisquer dúvidas que possam ter.

Acho essencial haver uma “química” entre o videógrafo e o casal, não só pelo estilo de vídeo, mas também pela confiança mútua que deve existir.

O casal deve entender a nossa visão e maneira de trabalhar assim como nós devemos compreender as expectativas e maneira de ser e estar do casal.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gosta de registar?

Gosto de registar todo o tipo de casamentos, a experiência que tenho tido mostra-me que é sempre bom fazermos coisas diferentes e variar. Claro que num casamento pequeno conseguimos captar a envolvência de grande parte dos convidados e torna se tudo um pouco mais fácil.

Gosto de uma boa festa de arromba pois temos uma energia espetacular no ar, mas também gosto de casamentos mais calmos. No fundo, não gostaria de entrar na rotina de fazer sempre o mesmo género de casamento.

 

 

Qual é a melhor parte de ser videógrafo de casamentos? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é fazer o que gostamos com grande prazer, e conseguir dar aos casais uma memória que lhes traz felicidade e que se vai tornar eterna.

O mais desafiante passará sempre pela satisfação do cliente e estar ao nível daquilo que esperam de nós e da nossa visão do seu casamento.

Para além disso, a constante necessidade pessoal de melhorar, evoluir e introduzir aquele ingrediente extra para o trabalho passar para outro nível. É desafiante, mas ao mesmo tempo uma injecção motivacional sem igual!

 

Escolha um filme favorito do seu portfolio e conte-nos porquê:

É difícil escolher um filme, cada um tem a sua história e importância, tanto para o casal como para mim.

Se fizer uma retrospectiva e for ver os vídeos, vou relembrar o dia que passei, as pessoas que conheci e sentir emoções que me transportam para esse momento e que tornam a experiência sempre especial.

 


Contactem a Every Heart, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com o Dado Nunes, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Quinta do Avesso – espaço para casamentos

Hoje sentamo-nos à conversa com a Rita Madanços, da Quinta do Avesso, um bonito espaço rústico para casamentos, em Labruge, junto a Vila do Conde.

Falamos sobre o percurso cheio de sucessos ligado à restauração e esta nova aventura de ter um espaço com estas características, preparado para receber e acomodar os noivos. O seu forte é, claro, espaço e comida e tudo o resto acontece com leveza, de forma ogrânica e fluída, mas com o rigor habitual no grupo.

Se procuram, um espaço rústico, mas com uma visão moderna, a Quinta do Avesso é uma bela escolha.

Venham saber tudo!

 

Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso

Contem-nos um bocadinho do vosso percurso, como vieram parar ao universo dos casamentos?

O nosso percurso iniciou-se com restaurantes. Em 2012 abrimos o primeiro restaurante em Leça da Palmeira, a Esquina do Avesso. No ano seguinte estávamos a inaugurar o primeiro restaraunte de sushi, também em Leça da Palmeira. Com o volume e a procura a aumentar, decidimos dar continuidade a um projecto que estava a correr tão bem, mas optámos por não replicar conceitos. Dois anos depois estávamos a abrir o terceiro restaurante, Terminal 4450, também em Leça da Palmeira. Neste ponto de situação já tínhamos um restaraunte de cozinha moderna que cruza produtos e tradições de várias origens, um restaurante de sushi e uma steak house. Surge então a oportunidade de um espaço vegatariano, e assim nasce o Fava Tonka.

Começámos por nos expandir de Leça da Palmeira quando abrimos o primeiro Fauna & Flaura, em Lisboa. Nunca desvirtuando o nosso foco, nem todos os nossos conceitos, a Quinta do Avesso surge-nos num formato de desafio, através dos antigos proprietários. Procuraram-nos a fim de perceber se gostaríamos de assumir um registo diferente. Foi algo que sempre gostámos e fez parte dos nossos planos. Cá estamos nós, a embarcar numa nova aventura!

 

A imagem de marca da Quinta do Avesso é, na minha opinião, um estilo rústico contemporâneo. Concordam com esta definição?

A imagem da Quinta do Avesso é, sem dúvida, rústica! Dentro desse registo acho que nos conseguimos adaptar a vários conceitos, como o contemporâneo. A nossa ideia sempre foi criar algo com uma identidade única e muito particular mas que, de igual forma, conseguíssemos ir ao encontro dos noivos. Penso que dentro do nosso conceito conseguem expandir-se várias ideias e tipos de decoração.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

É algo que escolhemos como tendência e tema, mas não só para este ano. Conforme as necessidades do público e da quinta, eventualmente poderão existir mudanças e adaptações, mas por enquanto ainda não pensamos nisso. A escolha desta decoração, com a ajuda de um arquitecto e decoradora, surgiu de querermos um espaço diferente, ligado à natureza e aproveitarmos aquilo que já existia. Queríamos renovar o telhado incrível que permanecia anteriormente, assim como a pedra. Levar as coisas ao mais natural possivel e criar um espaço quente e acolhedor.

 

Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

Não são propriamente tema. O que acontece é que, como todos sabemos, o foco nos casamentos acontece durante os meses com mais calor, portanto, essencialmente temos de nos basear e partir daí. Claro que a cada evento há uma adaptação e vamos sempre ao encontro de todas as necessidades pretendidas, sejam elas quais forem.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como querem que o vosso espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que vos interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

O trabalho que desempenhamos na Quinta do Avesso é diferente também por isso. Não gostamos de nada muito protocolado, nem de ter esse tipo de decisões do nosso lado. A ideia é estarmos lá para encaminhar, ajudar em todo o processo, e ajudar os noivos a tomarem as melhores decisões de acordo com aquilo que faz mais sentido para eles. Uma das palavras mais usadas por nós, que em nada descarta o que foi dito anteriormente, é rigor. Somos de facto rigorosos, perfeccionistas, mas com aquilo que nos compete a nós durante todo o processo. O dia do casamento é, de certa forma, entregue ao rumo que os convidados levarem… Claro que há prévias reuniões a combinar todos os momentos, a definir uma margem de tempo, para podermos ter os momentos mais ou menos planificados, mas a mensagem que lhes passamos é deixar fluir e levar o rumo que os convidados e os noivos quiserem.

É um prazer enorme discutir ideias e fazer parte de todo o processo, mas muito nessa linha, de não ter tudo demasiado controlado nem à medida da Quinta, porque nós só existimos para lhes fornecer o espaço, comida e ajudar, tudo o resto são eles – noivos e convidados.

 

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Neste momento estamos a executar a época de 2019, trabalhar na época de 2020 e já com perspecitvas em 2021, porque felizmente já temos casamentos projectados para aí.

Estamos a viver o projecto intensamente e por enquanto, porque a fase incial é a que exige mais de nós, estamos focados apenas nas nossas equipas e datas para que tudo corra bem. Assim que a época de casamentos abrandar, vamos pensar nisso com a devida atenção.

 

Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Sabemos que mais cedo ou mais tarde, isto será de facto muito desgastante, no entanto, ainda não estamos nessa fase. Criar um projecto de raiz requer um empenho aliado a entusiasmo e satisfação que não nos permite pensar muito no lado mau da profissão. Contudo, esse momento vai chegar. A ideia é nunca estagnar, perceber o mercado e pesquisar muito. Aliarmo-nos às pessoas e parceiros certos, é o segredo.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?

Tentamos criar alguma empatia e proximidade com os noivos desde a primeira reunião, afinal de contas vamos fazer parte de um dia tão especial como o casamento.

Durante todo o processo ouvimos ao máximo todos os seus pedidos, tentamos conhecê-los ao máximo para percebermos o que faz mais ou menos sentido. Além disso, nunca esquecemos que grande parte dos noivos se casa pela primeira vez, e por isso há sempre uma insegurança natural instalada. O nosso papel é dar-lhes apoio e toda a confiança.

Basicamente, mantemo-nos em contacto do primeiro ao último dia, somos bastante acessíveis.

 

Qual é a melhor parte de ser o anfitrião de um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é, sem dúvida, fazer parte de todo o processo. Naturalmente um casamento é um dia feliz, cheio de sorrisos e boa energia. É um dia giro de se trabalhar.

Quando tudo termina e percebemos que os noivos estão gratos e que correu tudo bem, é, sem dúvida, gratificante! Não podemos esconder que estamos até à ultima em modo alerta!

O mais desafiante acredito que seja a gestão de espectativas, em tudo!

O mais difícil é a carga horária que um dia de evento exige, é muito bom, mas quando paramos para pensar percebemos que temos funcionários a trabalhar durante muitas horas seguidas.

 

Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso Espaço para casamentos no Porto: Quinta do Avesso

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Nesta primeira fase do projecto vai ser sempre uma questão dificil, porque ainda são todos muito especiais, têm muito de nós em cada um deles. É impossível destacar um. Há alguns com que nos identificamos mais e outros menos, mas gostar de trabalhar é diferente… Não dá para escolher!

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:

 

Espaço rústico moderno para casamentos no Porto, esta é a Quinta do Avesso.

Esta imagem para nós representa o outro lado da Quinta do Avesso.

Grande parte das visitas são feitas durante o dia, e raramente os noivos têm oportunidade de visualizar a quinta à noite. Garanto que é uma agradavel surpresa. A calma que o lugar representa, com o efeito das luzes quentes, transforma o local noutro espaço… envolvente e muito acolhedor.

Tudo inserido num ambiente rústico, e com o mesmo género de iluminação, faz com que os momentos noturnos, como por exemplo o corte do bolo, se tornem ainda mais especiais.

 

Contactem a Quinta do Avesso, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Rita Madanços, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

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Susana Pinto

À conversa com: Wedwings – wedding planner

Hoje conversamos com a Rita Soares-Alves, wedding planner que assina como Wedwings.

Falamos sobre o seu percurso e sobre a importância e valências de um wedding planner, no grande esquema que compõe o mais bonito dos dias.

Juntem-se a nós e fiquem a conhecer o trabalho bonito da Rita Soares-Alves!

Tenho como premissa que o casamento é um acto privado entre os noivos, mas a festa de casamento é um dia de partilha, entre familiares e amigos próximos e mais queridos que, em conjunto, celebram o nascimento de uma nova família.

Conte-nos um como começou esta aventura de ser wedding planner:

Já lá vão bastantes anos… o gosto pela área começou nos meus “early 20s” – sim, faço parte de uma geração que casava logo após o final da faculdade, bastante antes dos 30 anos – com a tradicional ajuda e disponibilidade de casais amigos, na organização dos seus casamentos. Fui durante anos a amiga que os acompanhava às feiras de casamentos, às provas dos vestidos, tinha as ideias para os temas das mesas, muito em voga nessa altura, fazia noitada na véspera do casamento para apoiar nos momentos de maior ansiedade… A vocação confirmou-se quando os amigos começaram a oferecer-me revistas e livros da especialidade trazidos de viagens internacionais!

O meu percurso profissional passou, durante alguns anos, pela área de eventos, embora corporativos, mas os casamentos sempre foram o meu “crush”: desde há muito que tenho cadernos com ideias, livros sobre wedding planning, recortes de revistas e jornais, já para não falar de diversas edições de revistas nacionais e internacionais, das quais sou incapaz de me desfazer. Em 2012, comecei a organizar o casamento da minha irmã, que residia fora do país, e decidi que esse seria o meu grande teste. Estava na hora de dar vida a este projecto e de lançar o que viria a ser a Wedwings,o  que aconteceu em finais de 2014.

 

Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves

Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?

É um pouco de tudo! Trabalhamos ao lado dos noivos cerca de um ano, tornamo-nos muito próximos e acabamos por assumir os papéis que são mais convenientes a cada casal.

Considero-me uma pessoa bastante analítica, sou uma “Excel-addicted”, tenho templates e processos desenhados para quase todas as minhas atividades, mas o grande desafio é, sem dúvida, a gestão de emoções e de expectativas!

A maioria dos noivos nunca passou por este processo, é um ano muito intenso e de grande pressão; e claro que há sempre situações em que, naturalmente, somos os conselheiros, os apaziguadores, os gestores de emoções e, em muitos casos, acabamos por mediar tensões entre os casais ou com as suas famílias.

 

Tem uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Estou permanentemente a visualizar o resultado, ou seja, a visualizar o dia do casamento em si. E isso atira-me um pouco para tendência para o perfeccionismo do resultado.

Mas o que é o perfeito hoje, não tem de ser o perfeito de amanhã; e o processo é essencial para fazer essa evolução, sempre com o foco no que é o perfeito para aqueles noivos.

 

Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratá-la?

Para os noivos que optam por ter um Destination Wedding, que é a minha especialidade, a contratação de um wedding planner é, na maioria dos casos, natural e não há grandes questões sobre o valor acrescentado dessa contratação: a distância e diferença horária, o pouco conhecimento da realidade local, a complexidade de um casamento desta natureza criam uma óbvia necessidade nesses casais.

Já a realidade nacional é diferente, os casamentos são, culturalmente, organizados pelas famílias. Também, conceptualmente, os orçamentos são mais reduzidos que os de casamentos internacionais e muito absorvidos por itens dependentes pela quantidade de convidados.

Pessoalmente, considero que é uma questão de definição de prioridades e de que tipo de casamento que estamos a falar: se se tratar de um casamento pequeno, simples, em que os noivos não pretendem disponibilizar um orçamento avultado, a contratação de um wedding planner pode não fazer sentido e não passar de um custo adicional; mas estivermos a falar de um casamento detalhado, com uma dinâmica mais complexa, uma decoração mais elaborada ou com actividades diversificadas, com um orçamento generoso, claramente que fará todo o sentido em contratar um wedding planner! Eu chamo a isso uma “wise decision”, contratar alguém que gira, de forma profissional, as suas expectativas, dê vida às suas ideias e que invista adequadamente o seu orçamento!

 

Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves

Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação com os seus clientes?

Lido diariamente com emoções, sonhos (muitas vezes, de uma vida), relações familiares. Gosto muito de conhecer a história dos meus noivos – como se conheceram, como foi o pedido de casamento, o que gostam de fazer, qual o seu clube de futebol favorito -, das suas famílias – se existem tradições familiares, como se relacionam …-. Faço girar todo o processo em torno dessas histórias.

No dia, uso as toalhas bordadas pela avó ou pela tia mais querida na mesa da cerimónia, “obrigo” o pai da noiva a escrever um discurso ou um postal para oferecer à filha no dia do casamento, contrato, de surpresa, o grupo coral de cante alentejano da terra do noivo ou recebo os noivos, que são de origem irlandesa, com um Bag Pipe Player.

Tenho como premissa que o casamento é um acto privado entre os noivos, mas a festa de casamento é um dia de partilha, entre familiares e amigos próximos e mais queridos que, em conjunto, celebram o nascimento de uma nova família.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

Definitivamente, são um assunto de trabalho. São guias das nossas noivas (normalmente, é assunto mais feminino) e há uma enorme expectativa que o seu casamento reflicta a tendência do momento. Compete-nos a nós fazer uma primeira análise dessas tendências, perceber se e como se adequam àquele casamento específico, e equilibrar e incorporar da melhor forma cada tendência.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Antes de mais, na época anterior: fazer o balanço do que resultou, do que pode ser melhorado: é talvez uma das maiores inspirações para o nosso trabalho. Enquanto profissionais, crescemos com a nossa experiência e com as diferentes realidades que vivemos e esta é um enorme valor acrescentado para os casamentos seguintes. Fomento também, bastante, o networking com outros profissionais da área, quer em Portugal quer internacionalmente, o que me permite absorver novas e diferentes abordagens e conceitos.

Dedico particular atenção às tendências do momento, não só as específicas de casamentos, mas também em áreas como a moda, o design, a arquitectura, o cinema, entre outros.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Acima de tudo, a minha fadiga criativa é gerada pelo foco e concentração apenas no trabalho.

Quando chego a esse ponto, o melhor mesmo é ligar o “Out-of-the -office”, desligar o computador e dar espaço à vida pessoal. No meu caso, o meu Algarve, o cheiro a mar e a citrinos. Passear a minha querida Biki, a minha cadela Labrador. Por o cinema em dia. Aproveitar os finais de tarde num qualquer rooftop de Lisboa.

 

Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves Wedding Planner em Lisboa: Wedwings, by Rita Soares Alves

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Sabem aquele momento em que já têm o espaço e catering contrato, o DJ escolhido e o fotógrafo reservado? É a partir daqui que, para mim, começa a melhor parte! Juntar as peças do puzzle e começar a escrever a história desta festa, pensar nos detalhes e dar corpo às ideias. E, claro, o dia em si! Ver acontecer, viver o resultado e as emoções que geram.

O mais difícil, definitivamente, é gerir os constrangimentos, sejam eles financeiros ou de outra natureza. São sempre quebras no entusiasmo, geram frustrações e o processo de adaptação à realidade requer um cuidado especial.

Mas é aqui que tento fazer a diferença: seja através de soluções alternativas, dando-lhes tempo para reflectir, avaliando, em conjunto, o impacto da situação…

 

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Foi um casamento de clientes americanos que se realizou no Palácio Marquês da Fronteira.

Mais do que pela a parte cénica e criativa – sim, foi um dos casamentos mais bonitos que organizei –, pelo processo e pela relação com os clientes.

Estávamos com oito horas de diferença horária, foi tudo tratado por email ou por Facetime – foi assim que fecharam a escolha do espaço – e nem o noivo nem nenhum convidado tinham estado alguma vez em Portugal, até dois dias antes do casamento. E nada disto foi um problema.

O objectivo deste casal era ter um dia bonito, com muita inspiração portuguesa, uma festa de arromba e três dias fora de série com a família e os amigos. E foi isso que aconteceu e que foi inesquecível para todos os que vieram do outro lado do mundo!

O segredo: confiaram e mantiveram o foco no essencial- o resultado e ser feliz!

 

Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:

 

Casamento no Palácio Marquês da Fronteira

Para além de considerar que visualmente é uma grande fotografia, esta imagem reflecte muito do ADN da Wedwings: representa um destination wedding, muito autêntico, com um cunho muito português e que contou com alguns dos meus parceiros mais queridos; representa também a cumplicidade familiar e a sua força num dia tão importante com o do casamento. Estão aqui muitos dos valores da Wedwings e é uma fotografia que me acompanhará sempre.

 

 

Contactem a Wedwings, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Rita Soares-Alves, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Diana Nobre – fotografia de casamento

Hoje conversamos com a Diana Nobre, que faz fotografia de casamento a partir do Porto, para todo o país.

Sempre bem disposta, com um sorriso contagiante e uma doçura muito própria, a Diana tem esta capacidade inata de captar com a sua lente toda aquela energia fervilhante e cheia de amor que se propaga no mais bonito dos dias, o do vosso casamento. Basta espreitarem o seu portefólio para constatarem este facto!

Juntem-se a nós e fiquem a conhecê-la melhor: como chegou até aqui, o que mais gosta de fazer e o que a move e desafia nesta profissão.

Posso dizer que sou bem feliz naquilo que faço, fotografo da forma como gosto, como me faz sentir algo, e espero que quem vê sinta algo com as minhas imagens: conseguir despertar sentimentos dentro de quem olha para o meu trabalho, é fazer arte!

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Sempre quis fotografar moda e, no meu processo de procura de emprego, concorri para a Fnac. Quem recebeu a minha candidatura foi o fotógrafo João Almeida, que precisava de alguém para o acompanhar e comecei com ele. Estive em imensas empresas de fotografia de casamentos, chamava-me a mim própria a biscateira da fotografia, e se calhar foi o que me trouxe até aqui: ouvi muitas críticas, muitos raspanetes, mas também recebi muitos elogios. Cresci com essas críticas, que sempre entendi como construtivas, de modo a focar-me na correcção desses erros que me eram apontados.

Levo a minha máquina comigo para todo o lado e aprendi a ser muito exigente comigo própria, a puxar por mim ao máximo.
Durante este percurso, fiz, também, muitos álbuns de casamento para várias empresas: isso confrontou-me com muitos estilos diferentes de fotografia, muitos pontos de vista, os momentos importantes para cada fotógrafo. Absorvi tudo isso e desde sempre quis ter o meu negócio, a minha marca, fazer as coisas à minha maneira, como eu gostava. Para isso acontecer, tinha de aprender o máximo que podia com quem trabalhava, por isso devo muito a quem me ajudou, e tive muita sorte, foram muito bons nomes da fotografia de casamentos do nosso país.
Hoje em dia, tenho as minhas marcas, Diana Nobre e Little Joy, sou feliz com o trabalho que faço, com todo o meu percurso (tive quedas muito grandes, mas tive reviravoltas melhores ainda).

Continuo a falhar, a corrigir erros, a ser perfeccionista, demasiado exigente comigo própria. Tenho a sorte de ser casada com um fotógrafo e videógrafo que me ajuda a ver o que me escapa no meu trabalho (tanto para o bom como para o mau), e que me ensinou a fotografar por mim e para mim, mesmo que esteja a trabalhar para um casal – se eles vieram ter comigo, é porque gostaram do meu trabalho, e esse mesmo trabalho foi feito de dentro para fora, segundo os meus padrões de gosto, de feeling.

Posso dizer que sou bem feliz naquilo que faço, fotografo da forma como gosto, como me faz sentir algo, e espero que quem vê sinta algo com as minhas imagens: conseguir despertar sentimentos dentro de quem olha para o meu trabalho, é fazer arte!
Mesmo que tenha caído nesta profissão por acidente, adoro aquilo que faço. Adoro estar presente num dia tão feliz da vida das pessoas, gosto de ver os vários tipos de amor diferentes, as várias formas como o ser humano cuida e ama. Adoro fotografar seres humanos!

 

Sessão fotográfica de Diana Nobre | Vestido de noiva Immaclé (10) Sessão fotográfica de Diana Nobre | Vestido de noiva Immaclé (7) Sessão fotográfica de Diana Nobre | Vestido de noiva Immaclé (2)

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Faço casamentos há cerca de nove anos. Aconteceu por acaso, ao trabalhar com outro fotógrafo, fui fotografando para várias empresas em simultâneo e comecei a ter os meus próprios clientes.

Não foi uma profissão que escolhi, eu é que acabei por ser escolhida por ela!

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Sou viciada em imagens! De outros fotógrafos, do Pinterest, Instagram, revistas, filmes, em todo o lado que possa ter cultura visual eu perco horas diariamente, a navegar só porque sim, não procuro algo específico, gosto simplesmente ver muita coisa.

 

Como construíste essa tua assinatura, como te defines?

Surgiu tudo de uma forma muito natural, muito genuína, não andei muito à procura de algo, simplesmente deixei fluir e procurei sempre fazer aquilo que realmente quero, gosto, e o que me faz sentir algo cá dentro, acho que é esse o intuito de uma imagem, transmitir algo.

 

E-Session fotografada por Diana Nobre E-Session fotografada por Diana Nobre E-Session fotografada por Diana Nobre

Achas que o ponto de vista feminino, os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que vês num trabalho de um profissional masculino?

Nunca pensei muito nisso, honestamente, acho que o que tem muita influência, é o facto de eu trabalhar em moda, que faz com que seja muito perfeccionista. Quando faço editoriais, tudo é preparado uma forma estudada, com moodboards e escolha de vestidos e makeup, mas também sigo muito o instinto do que sinto no momento. Acho que isso é igual tanto para homem como para mulher, não faço distinção de género, à sua maneira, os homens também têm o seu gosto, a sua leitura, a sua forma de ver o mundo.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Tenho um pouco dificuldade em fazer reset. No quotidiano, a minha cabeça não pára de imaginar fotografias, tipos de luz, cores, etc.. Quando preciso mesmo, desligo do mundo, sem redes sociais, sem revistas, apenas com os meus livros. É a melhor forma de olhar para dentro e desligar.

 

O mundo no Porto ou Portugal de lés-a-lés: fotografar estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?

Para mim é igual, são duas pessoas a celebrar o amor, mesmo que numa língua diferente. Podem mudar os costumes, as roupas, a celebração em si, mas a essência do momento é a mesma.

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

Quando fotografo um casamento, o meu objectivo é deixar o casal feliz com o resultado, mantendo-me sempre fiel a mim naquilo que gosto de fazer, na forma como gosto de fotografar, na minha linha estética e ponto de vista.
Quando aparece um cliente que tem já muito definido aquilo que procura e, a meu ver, eu não me enquadro, digo isso mesmo. Não é arrogância, é porque o dia mais feliz da vida de alguém merece ter tudo da forma como foi idealizado. Se se o meu trabalho não se enquadra, eu prefiro dizê-lo e perder um potencial cliente, a ganhar o dinheiro e no fim ter um casal desgostoso com o resultado, isso não faz sentido nenhum para mim, por isso tento dar aos clientes que cá chegam aquilo que gostava que fizessem comigo: se me enquadro, ok, vamos lá fazer gente feliz, se não sou a combinação certa, prefiro que contratem outro colega.

 

Casamento no Palácio de São Marcos em Coimbra, com fotografia de Diana Nobre Casamento no Palácio de São Marcos em Coimbra, com fotografia de Diana Nobre Casamento no Palácio de São Marcos em Coimbra, com fotografia de Diana Nobre

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Aquelas que são mesmo difíceis de apanhar, os casamentos alternativos planeados com um mês de antecedência, em que é tudo descontraído, com churrasco e pé descalço! Adoro!

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

Sou uma pessoa muito sensível, adoro seres humanos, adoro observar a forma como se tratam, cuidam, relacionam, e num casamento vemos todo o tipo de relações: as amorosas, as familiares, as de amizade, e adoro ver como as pessoas cuidam umas as outras.

Falando por mim, acho que os casamentos me acrescentam algo como ser humano, puxando em mim o lado mais humano. No fundo, queremos todos o mesmo: amar e ser amados.

O mais desafiante é termos que nos desenrascar com as condições que temos, casas e igrejas pequenas e, escuras, locais que não têm graça ou fotogenia, tudo a acontecer muito rapidamente e não podemos pedir ao padre para repetir o momento das alianças ou o beijo dos noivos, simplesmente temos que correr e estar sempre com as antenas bem ligadas para que nada escape.

Todos estes desafios obrigam a puxar mais pela cabeça, obrigam a fazer magia. Umas vezes corre melhor do que outras, mas é isso que faz a experiência e o que vai formando essa linguagem que é tua, mais ninguém irá ver o mundo igual a ti, porque somos todos seres humanos e diferentes, todos vemos o mundo ao nosso jeito.

O mais difícil… quando sinto que não há amor entre o casal, quando me apercebo, no decorrer do dia, que há algo que não está lá, que aquele casamento está acontecer por muitos motivos menos por amor verdadeiro: isso é, para mim, muito difícil, não gosto de ver dois seres humanos a não se tratarem como os seus maiores heróis.

 

 

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