Um casamento orgânico e a transbordar de emoções: Ana + Daniel
Esta semana temos um casamento orgânico e cheio de emoções: é o dia da Ana + Daniel, captado de forma magnífica pela lente da dupla Arte Magna, no bonito mês de Setembro.
Arquitectos de profissão, e com raízes nos Açores, Ana + Daniel criaram uma belíssima festa para celebrar o seu amor e partilhá-lo com os seus. Há detalhes em todos os gestos, acções e ideias, e o resultado é uma pequena maravilha. Reparem no pratinho das alianças e a história delas, leiam as experiências com o bolo dos noivos, e sobre o bouquet da noiva, contaremos para a semana.
Venham ver!
Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?
A resposta não foi assim tão imediata, dado que o noivo decidiu deixar a noiva pendurada durante cerca de um ano de contínuo suspense e apreensão, que culminou numa resposta obviamente positiva, envolvida pela devida pompa e circunstância. Este ano de preparação mental permitiu-nos amadurecer algumas ideias para descobrir o que é que poderia fazer sentido para celebrar o nosso amor. Começámos por imaginar uma festa de jardim, na Quinta dos pais do Daniel, nos Açores, com muitas grinaldas de flores e de luzes, um banquete de saborosas iguarias e bebidas, mas sem grandes sumptuosidades, e a indispensável presença de todas as pessoas que nos enchem a alma.
Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?
Ao fim de 9 anos de namoro, o casamento significava um momento de confirmação e de partilha com todos aqueles que fazem parte das nossas vidas. As decisões nem sempre foram imediatas e os nervos estão sempre presentes durante a preparação de um dia tão emotivo, mas quando fazemos desse percurso uma oportunidade para trabalhar em conjunto e partilhar todas as decisões, tudo acaba por se tornar mais especial. Porém, nem tudo foi pêra doce. A título de exemplo, a concepção do fato do noivo por medida foi um caminho bem tortuoso de percorrer, com alfaiates desvairados, tecidos enganados ou esgotados, medidas mal tiradas, atrasos, trocas enganos mesmo até à véspera, quando a salvação finalmente surgiu pelas mãos de fada da irrepreensível dona Irene Farinha.
Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?
Não sei se houve esse momento, foi um caminho que percorremos a dois e foi isso que o tornou especial. Sempre que tomávamos uma decisão em conjunto sabíamos que “era mesmo isto”!
O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?
O ambiente geral do dia foi como idealizámos, mas as ideias foram evoluindo em conjunto, o que enriqueceu muito a cerimónia e a festa. Por sorte, foram surgindo sempre alguns momentos e acontecimentos inesperados que espelhavam os sentimentos de felicidade e alegria dos noivos e dos convidados.
No processo de preparação, contámos felizmente com a ajuda da família e dos amigos que, de forma voluntária e entusiasta, estiveram sempre presentes e interessados, pelo que temos muito que lhes agradecer. Para além disso, destacamos a profícua colaboração com a Diana Perdigão e com os fotógrafos da Arte Magna.
O que era fundamental para vocês? E sem importância?
Para nós era absolutamente essencial que se concretizassem duas ambições: reunir toda a família e amigos, e que o casamento fosse capaz de espelhar o amor sem medidas que temos entre nós e por todas as pessoas.
Deste modo, todos os pormenores contaram para fazer do casamento uma festa à nossa medida e que representasse de uma forma fiel os nossos gostos e paixões. Talvez seja um defeito de profissão, mas, como arquitectos, gostamos de trabalhar em equipa, pensar o projecto como um todo e estar atentos a todos os pormenores. O problema desta atitude é que praticamente tudo passa a ter importância e se torna objecto de reflexão e cumplicidade. Para além de toda a concepção do projecto de decoração dos espaços e do design de todos os elementos gráficos do casamento, o bolo de Chá Matcha com ganache de chocolate branco foi um dos elementos ao qual nos dedicámos muito na busca pela perfeição. Tudo foi tido em conta, desde os ingredientes, ao sabor, cor, textura e aspecto simples. Após vários testes, conseguimos, em conjunto com a pasteleira Ana Gabriel, aperfeiçoar a receita e chegar a um resultado muito interessante que surpreendeu todos os convidados.
O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?
O mais difícil foi mesmo a descoberta do local da cerimónia. Não foi fácil encontrar um espaço que nos fizesse sentir em casa e ao mesmo tempo num jardim rodeados de natureza e de mar.
O mais fácil foram as alianças, pois sabíamos que queríamos usar ouro nosso de infância. Por isso escolhemos duas pulseiras de quando eramos bebés e pedimos para as fundir e fazer as alianças com base num design feito por nós. A ideia foi tão bem acolhida que nos deixaram acompanhar o trabalho de bastidores durante todo o processo de execução das alianças.
Qual foi o pico sentimental do vosso dia?
Os votos! Foi um momento muito especial onde pudemos partilhar algumas palavras com a família e os amigos, seguido de um breve momento de celebração em que realizámos a cerimónia do Chá e partilhámos um ritual que habitualmente fazemos em casa. Os discursos dos pais e padrinhos também entram no top sentimental do dia.
E o pico de diversão?
A festa, claro, onde pudemos estar mais tempo com os amigos e disfrutar da presença de cada um após uma inesperada flashmob ao som de September dos Earth Wind & Fire, coreografado pela irmã do noivo. No entanto, houve também outra ocasião em que pudemos ver a alegria de miúdos e graúdos quando descobriram no fim da cerimónia civil que tinham uma banquinha de gelados da Nannarella à sua espera para deleite de todos.
Um pormenor especial…
Tivemos muitos elementos especiais. Foi a oportunidade de mostrar aos amigos e família o que nos unia e partilhar os nossos sonhos e paixões com todos. Os pequenos saquinhos de chá branco dos Açores que desenhámos e fizemos para oferecer a todos os convidados foram representativos disso. Apanhámos e processámos artesanalmente o chá nos Açores, a partir de uma plantação muito especial na Lagoa das Sete Cidades, a Ana fez os saquinhos de algodão e linho com a ajuda da mãe, da cunhada e amigas, e, no fim, até os pais do Daniel participaram na montagem final do presente. Durante a festa passámos um pequeno slide show que explicou todo este processo com reportagem fotográfica da Arte Magna e onde agradecemos a todos pela a ajuda constante.
Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?
Não adianta chorar sobre leite derramado. No entanto, mudaríamos sem hesitação o alfaiate do noivo e o DJ.
Algumas words of advice para as próximas noivas…
Partilhem cada momento e no dia disfrutem ao máximo! Passa tudo tão depressa, que é importante termos tempo para estarmos com todas as pessoas e podermos partilhar mais do que uma breve conversa.
Os fornecedores envolvidos:
convites e materiais gráficos: feitos pelos noivos;
local: Areias do Seixo Hotel, Noah Restaurante;
catering e bolo: Catering Império;
vestido de noiva e sapatos: vestido Aire Barcelona e sapatos Aerosoles;
maquilhagem: Rita Rodrigues Makeup;
cabelos: Salão do Bairro;
bouquet: feito pela noiva;
decoração: projecto dos noivos em colaboração com a equipa de decoração Areias dos Seixo;
ofertas aos convidados: Chá Branco dos Açores, preparados pelos noivos desde a apanha do chá até à elaboração dos saquinhos de tecido;
fotografia: Arte Magna.
Se são fãs das nossas histórias de amor das sextas-feiras, basta segui-las no arquivo Real Weddings. E para acompanhar o trabalho sempre bonito da dupla Arte Magna, é por aqui.