Inês & João: depois de um dia mágico, um “to be continued…”
Considero-me uma mulher sonhadora e uma autêntica hopeless romantic. Por isso, trabalhar na área dos casamentos é mais do que um prazer para mim, especialmente quando me deparo com histórias de amor que nos torna impossível não esboçar um sorriso ao lê-las.
A paixão de Inês e João teve precisamente este efeito em mim e são a prova de que quando is really meant to be, os corações voltam a cruzar-se. Para além de toda a elegância e requinte deste casamento, aos quais não consegui ficar indiferente, o simbolismo, os laços de família de diferentes gerações e o amor são fatores que tornam esta história ainda mais especial.
Portanto, introduções feitas, chegou o momento de conhecer toda esta bonita história de amor, que como se costuma dizer: to be continued…
“Soube logo que era o João com quem queria passar a minha vida!”
Como se conheceram?
Conhecemo-nos em Lisboa em 2016 e eu soube logo que era com o João que queria passar a minha vida. As coisas acabaram por não resultar logo e, no meio de muitos encontros e desencontros, voltámos a encontrar-nos em 2018 e não nos largámos mais.
Houve pedido de casamento? Quando e como foi?
Claro! O João tinha preparado tudo para que o pedido fosse em Paris em Maio de 2020, mas o Covid trocou-lhe as voltas e tivemos que desmarcar a viagem. Acabou por acontecer a 3 de Julho de 2020 numa viagem à Madeira.
Viajámos para a Madeira no dia em que, depois de todos os confinamentos iniciais, voltaram a existir voos e a Madeira abriu aos turistas, por isso ainda apanhámos muitos locais fechados. O João andava muito “nervoso” à procura de um restaurante, dizia que queria um jantar mais requintado e ia telefonando para vários, mas os que queria estavam fechados. Eu não percebia o porquê de ele querer um restaurante “especial” e disse que, se estavam fechados, não fazia mal e havíamos de voltar noutra altura. Ele insistia que em todas as viagens que fazíamos tínhamos pelo menos um jantar num restaurante mais especial e que na Madeira também tínhamos que ter. Inclusivamente, no dia do pedido, acordei muito cedo e o João já estava no telemóvel à procura de restaurantes. Achei estranho mas não dei grande importância, sei que ele é muito romântico e achei que fosse por isso que queria um jantar diferente. Acabou por conseguir marcar uma mesa na esplanada de um restaurante mesmo por cima do mar.
O jantar decorreu normalmente e, curiosamente, falámos de casamentos porque eu tinha visto no Instagram uma fotografia de uma rapariga que tinha sido pedida em casamento num restaurante e comentei com ele. O João respondeu logo que um restaurante não era um sítio apropriado para um pedido de casamento e que o local tinha que ser especial. Eu disse que não percebia e até comentei que ali, o sítio onde estávamos, tinha tudo para ser especial porque estávamos só os dois no restaurante e com uma vista linda sobre o mar. Ele não se desmanchou, repetiu que não achava apropriado e mudámos de assunto. Foi antes de chegar a sobremesa que fez o pedido. Fui completamente apanhada de surpresa, ainda para mais depois daquela conversa. Não estava mesmo nada à espera! Com o choque demorei um pouco a dizer que sim e chorei muito! Fiquei de tal maneira surpreendida que nem fui capaz de comer a sobremesa. Sorte a dele que comeu duas! Depois confessou-me que, com toda aquela conversa, achou que eu sabia de tudo e ficou nervosíssimo. Também teve medo que o anel apitasse no aeroporto e que eu tivesse reparado no tamanho da caixa do anel dentro do bolso naquela noite, mas eu estava completamente a leste e foi a melhor surpresa da minha vida!
Como definem o vosso amor, a vossa história?
Em muitas coisas somos o oposto um do outro e isso faz com que nos completemos na perfeição. Ele puxa-me para a realidade quando eu sonho demasiado alto e eu mostro-lhe como é bom tirar os pés do chão de vez em quando. Acima de tudo, o nosso amor é feito de muito respeito e de muita cumplicidade.
Como correu a organização do casamento?
No geral, correu bastante bem. Sabíamos que queríamos casar em Setembro e, sendo que o pedido foi em Julho e sobrava pouco tempo até Setembro, não casámos no mesmo ano, pelo que tivemos mais de um ano de noivado e muito tempo para pensar e organizar tudo com calma. Eu fiz questão de tratar de tudo, sempre sonhei organizar um casamento (o meu!), pelo que foi tudo pensado ao pormenor.
Qual a escolha mais difícil e a mais fácil? Porquê?
Talvez a escolha mais fácil tenha sido a Quinta. Eu já tinha pensado que gostava de casar naquela Quinta mas, ainda assim, visitámos mais duas. No entanto, não gostámos de nenhuma como gostámos da Quinta das Rosas, não há amor como o primeiro! E ainda bem, não podíamos ter feito melhor escolha.
O vestido foi a escolha que eu pensei que ia ser a mais difícil porque sou a pessoa mais indecisa do mundo, principalmente no que toca a roupa. Duas ou três semanas depois de ficar noiva fui logo experimentar vestidos, até porque cheguei a pensar em mandar fazer o vestido e queria ver quais os cortes que me ficavam melhor. Curiosamente, o primeiro vestido que experimentei na primeira loja a que fui, foi o escolhido! Experimentei aquele que acabou por ser o meu vestido e pensei logo que era exatamente o que queria! A minha mãe, que estava do lado de fora do provador, diz que, antes mesmo de ver o vestido, só me ouvia dizer “uaaau, é mesmo isto, é mesmo o que eu quero”. Acabei por sair da loja naquele dia, mais de um ano antes do casamento, com o vestido comprado. Tinha provas marcadas em mais duas lojas naquele dia e, mesmo com o vestido comprado, resolvi ir divertir-me a experimentar mais vestidos. Foi um dia muito engraçado. Felizmente não gostei de nenhum nas outras lojas como gostei do meu! Assim, aquela que achei que ia ser a escolha mais difícil, acabou por ser das mais fáceis. Voltava a escolher aquele vestido mil vezes!
O que acabou por ser mais difícil, ainda que não tenha sido uma escolha, foi a “gestão” do Covid. Em primeiro lugar, começámos por ter que mudar de Igreja porque a Igreja do Peral, onde eu sempre sonhei casar, que fica em frente a casa dos meus avós e para a qual eu iria a pé, é muito pequena e, com o distanciamento entre as pessoas, apenas caberiam menos de 30 pessoas. Em segundo lugar, o medo que um de nós ficasse infetado quando partíamos em lua-de-mel um dia depois. Acabámos por pedir a todos os convidados que fizessem um teste antigénio antes do casamento. Todos concordaram e disseram que até se sentiam mais seguros estando todos os convidados testados. Acabou por correr super bem e ninguém ficou infetado. Em terceiro lugar e mais difícil ainda, foi o facto de termos percebido, a poucos dias do casamento, que o Padre que nos ia casar queria que os noivos também usassem máscara na igreja. Foi um balde de água fria e não conseguíamos imaginar o facto de não conseguirmos ver a expressão um do outro no momento do casamento e apenas ficarmos com fotografias e o vídeo do nosso casamento com máscara. Dois dias antes do casamento, conseguimos convencer o Padre a deixar os noivos não usarem máscara. Foi um grande alívio! Mas foi uma situação que me tirou muitas noites de sono e me fez emagrecer dois quilos na semana antes do casamento.
Tiveram ajuda na organização do casamento?
Apenas a ajuda da nossa família e amigos. Como referi, fiz questão que fôssemos nós a tratar de tudo. Claro que a família e os amigos foram incansáveis, ajudaram a decorar a igreja, a engarrafar o azeite e o piri-piri que oferecemos aos convidados, a colocar as etiquetas nos sparklers, etc. Mas acabaram por ser momentos muito divertidos que passámos juntos. No dia do casamento as madrinhas também foram incansáveis, estiveram atentas a todos os pormenores e fizeram com que pudéssemos desfrutar do nosso dia sem nos preocuparmos que alguma coisa pudesse ser esquecida ou correr menos bem.
Onde foram buscar inspiração? Consultaram blogues, revistas…?
Passámos horas no Pinterest, em páginas de Instagram, em blogs sobre casamentos, portugueses e espanhóis, a pesquisar ideias, a ler comentários… e claro que o Simplesmente Branco foi uma grande ajuda!
Qual foi o tema do casamento?
Não sentimos necessidade de ter um tema. Acabou por ser um casamento muito ao nosso estilo, muito “a nossa cara” e foi o casamento com que sempre sonhámos!
Como foi o grande dia?
Foi mágico e maravilhoso! Para além de todo o significado que o casamento tem para nós, foi um dia super divertido e feliz. Divertimo-nos mesmo muito. Por outro lado, sentimos que passou demasiado rápido e que não conseguimos aproveitar tanto como gostávamos. Mas não é o que sentem todos os noivos?
Se pudessem, mudavam alguma coisa?
Talvez antecipássemos a hora da missa. Sempre soubemos que queríamos casar “tarde”, inicialmente até pensámos marcar para as 17h, mas como casámos no final de Setembro e já anoitecia mais cedo, decidimos antecipar para as 15:30h. No entanto, sentimos que o dia passou a voar e gostávamos de ter tido mais tempo para aproveitar. De resto não mudávamos nada. Foi o dia mágico com que sempre sonhámos!
Onde foi a lua-de-mel? Recomendam?
A lua-de-mel foi nas Maldivas. Estávamos um pouco receosos por fazer uma viagem tão grande em plena pandemia mas a Cláudia da Agência Abreu do Saldanha foi incrível, organizou tudo ao pormenor e transmitiu-nos a segurança que precisávamos. Foi uma experiência única que recomendamos muito. O azul daquele mar deixa muitas saudades e todos os dias queremos voltar!
Que fornecedores contrataram? Recomendam?
Não há nenhum que não recomendássemos, mas temos um carinho muito especial pelas duas Filipas que nos ajudaram a tornar o nosso dia ainda mais especial e aquilo que sempre sonhámos. A Filipa da Quinta das Rosas, com o seu gosto irrepreensível e a sua enorme disponibilidade para nos aconselhar e nos ajudar em todos os pormenores. Graças à Filipa a decoração e a sala estavam magníficas e muito melhor do que alguma vez imaginámos. E a Filipa da Prime Catering que foi uma querida, fez com que tudo corresse bem no nosso dia e nos ajudou muito para além do catering, ajudando-nos, até, a encontrar um DJ quando ficámos sem DJ a pouco mais de uma semana antes do casamento.
Agora digam-me: quantos sorrisos esboçaram ao longo deste artigo?
Fornecedores:
Fotografia: Francisca Noronha | Filme: Tiago Costa Audiovisuais| Quinta: Quinta das Rosas, Alenquer | Catering: Prime Catering & Events | Bem Casados: Muguet | Bolo dos Noivos: Charlotte{Carolina dos Bolos}| Vestido da Noiva:Vestidus | Sapatos da Noiva: Crème Caviar Shoes| Bouquet da Noiva e Toucado de Flores: Catarina Sampaio Soares Flores | Brincos da Noiva: Ourivesaria Estoril | Maquilhagem da Noiva: Filipa Pereira – MUA | Coro da Cerimónia: Nó Direito | Design Gráfico: Água D’Arte Noivos | DJ:Tomás Barradas | Carro dos Noivos: Carocha – Casamentos e Eventos