À conversa com: DJ Nuno Rodrigues – Dj para casamentos
Hoje conversamos longamente com o DJ Nuno Rodrigues, DJ de casamentos, mas não só.
O Nuno Rodrigues é fornecedor seleccionado Simplesmente Branco há muito tempo e é presença activa nos showcases que temos organizado.
Hoje falamos sobre o seu percurso até aqui, sobre a importância de ter uma assinatura e posturas profissionais na pista de dança, e descobrimos o que gosta de ouvir.
Fiquem também a conhecê-lo melhor!
Sentir a energia do meu local de trabalho, na cabine, sentir e ler o público, ver os sorrisos na cara das pessoas, as emoções que conseguimos criar com cada tema que sai do sistema de som, sentir que tudo isto parte de mim… é fascinante!
Conte-nos um bocadinho do seu percurso, até às pistas de dança: como é que isso aconteceu?
Sempre gostei de muito de música, em casa dos meus pais tinha muitos problemas com os vizinhos, estava sempre a ouvir música bem alto para sentir o beat, organizava festas com os meus amigos e o DJ era sempre eu, adorava trabalhar com a música e mexer nos discos e cassetes, era o que se usava na altura e a magia do DJ era mais respeitada.
Lembro-me de uma festa de Carnaval que organizámos, acho que tinha uns dezasseis ou dezassete anos… convidámos muita gente, amigos, familiares, até fizemos publicidade e o evento correu muito bem até ao meio da noite, quando a aparelhagem que o meu pai me tinha oferecido ofereceu, queimou. O entusiasmo foi tanto que forcei demasiado o sistema de som, e a partir daí fiquei com a noção que o equipamento tem sempre razão!
Quando saía à noite ou ao domingo, para as matinés, ficava sempre ao lado da cabine do DJ, sempre!!! Ficava fascinado com todo o trabalho e dedicação que é posto na pista de dança.
Festas da escola, de garagem, lá estava eu, sempre na cabine! Não digo que nasci para ser DJ, mas descobri que o queria ser, que queria sentir a adrenalina de ver as pessoas a dançar à minha frente, com a minha selecção musical.
Quando tive a minha primeira oportunidade para pôr música num bar nocturno, aproveitei ao máximo, ainda que sem o aval dos meus pais por inteiro, lá fui eu.
Ao entrar na cabine, vi tantos discos, tanta música, senti uma responsabilidade enorme!
Depois, fui aprendendo a ser mesmo um DJ e a trabalhar realmente com a música, os gira-discos, a mesa de mistura, as luzes. A sentir a energia do meu local de trabalho, na cabine, sentir e ler o público, ver os sorrisos na cara das pessoas, as emoções que conseguimos criar com cada tema que sai do sistema de som, sentir que tudo isto parte de mim… é fascinante!
Aprendi também que, para que tudo aquilo seja possível, existe um trabalho de equipa, um trabalho prévio de preparação, pesquisa e elaboração de condições para que as pessoas sintam predisposição para se divertirem.
Animação noturna e casamentos – sendo a música um assunto transversal, esta é uma ligação natural e inevitável?
O percurso da minha carreira como DJj, foi normal. Foi evoluindo, passei por vários espaços de diversão nocturna e eventos ao ar livre. Sempre gostei de ser residente e criar laços com os clientes, trabalhei numa rádio local, tinha parceria com algumas editoras de música para fazer distribuição de música promocional aqui no Norte, em bares e discotecas, recebia música nova em primeira mão.
Os casamentos vieram por mero acaso. No meu primeiro casamento, trabalhei com música em vinil, estávamos numa altura em que apareceram os CD e a transição de um formato para o outro não era fácil porque não existiam aparelhos onde conseguíssemos fazer misturas com a mesma facilidade.
Foi uma experiência diferente porque a música ao vivo era predominante naqueles tempos, e os convidados achavam estranho estar ali um tipo a passar música, não a cantar.
Inicialmente não gostava de pôr música em casamentos, nessa altura, o DJ não era bem visto neste tipo de eventos, e não era compatível com as discotecas e bares onde eu estava residente. Inevitavelmente, os convites começaram a surgir porque começou a ser diferente e a estar na moda ter um DJ num casamento, e o nosso trabalho foi valorizado por ser mais abrangente e versátil.
Comecei a ganhar gosto e a arranjar forma de conciliar casamentos com bares e discotecas. Estive ligado a duas empresas de animação durante muito tempo, mas deixei de me enquadrar no conceito e optei por entrar no mercado sozinho, criando a minha imagem, conceito e postura.
O que ouve quando não está a trabalhar? Separa lazer e profissão?
A necessidade da procura de novidades e novos estilos é uma constante, mesmo em lazer. Estou sempre atento à música, seja no rádio do carro, em bares ou em casa. Com as novas tecnologias, torna-se tudo mais fácil, mas existem aqueles dias em que é preciso desligar para fazer um refresh. Aí, desligo completamente e não ouço nada.
A música é, para mim, um vício, gosto de estar no meu estúdio, em casa, a ouvir os discos da minha colecção, os CD que guardo com carinho, às vezes dou por mim e estou horas e horas a mexer nos discos. Ainda compro vinil daqueles temas e bandas de que gosto.
Gosta dançar ou prefere ouvir? Como se mantém actualizado?
Estou sempre actualizado com os temas actuais e os intemporais, e, estando no activo nocturno, leva-me a estar mais atento ainda, por isso tenho várias formas de o fazer. O formato digital é um grande facilitador.
Não sou muito de dançar, embora me divirta em trabalho, prefiro fazer as pessoas dançar, torna-se mais divertido. Mesmo quando saio com amigos, fico atento à música, mas divirto-me na mesma forma.
Trabalha com clientes corporativos e com clientes particulares: no dance floor somos todos iguais ou a vibe da festa é muito diferente?
Actualmente trabalho em vários segmentos do mercado: eventos corporativos, sociais, particulares e públicos. Na pista de dança não importa o tipo de festa, desde que as condições sejam boas, as pessoas libertam-se e divertem-se.
Num casamento, o ambiente é mais intimista, familiar, dois factores importantes para a pista de dança e, o que me fascina neste tipo de eventos, é que conhecemos pessoas e espaços diferentes, nunca é a mesma coisa.
O que faz uma grande noite (ou pista de dança)?
Uma grande noite faz-se com bom ambiente, boas condições para que pessoas estejam predispostas para a festa. A música faz o resto.
Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação aos vossos clientes?
Cada evento é um desafio, tornando-se gratificante porque criamos ligações e emoções a fazer as pessoas felizes e é assim que chego a novos clientes. 90% dos novos clientes chegam até a mim porque gostaram daquela festa, da minha postura, do meu conceito. Isto é a melhor publicidade!
Como cria a playlist para o seu cliente? É tudo trabalho prévio ou há espaço de improviso, um pesa mais do que outro?
Cada festa é uma festa, e são todas diferentes. Não tenho uma playlist para tudo, é um processo feito em tempo real e de improviso, respeitando os gostos e objectivos dos clientes. Existe sempre, também, um trabalho prévio de preparação para cada evento, e pesa significativamente, de outra maneira não fazia sentido.
Se voltasse a casar, com que música abria a pista?
Nat King Cole, L.O.V.E. Sempre me identifiquei com este tema e estilo musical, tem tudo haver com o momento.
Para fechar, qual é a música a que regressa sempre?
É um tema a que volto sempre e tem tudo relacionado com festa, amigos, dança e o quanto a vida é bela com música: Lionel Richie, All night long.
Contactem o Nuno Rodrigues, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.
Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!