“É este o meu vestido de noiva”
O artigo que vos trago hoje, sobre o vestido de noiva, é para lá de bonito.
E é bonito porque é sobre pessoas e sobre encontros, experiências e partilhas. É assim que juntamos os pontinhos dispersos e criamos um momento muito especial.
Comecemos pelo início… quando saíu o nosso livro “Queres casar comigo? – guia prático para um dia muito feliz”, fui ao programa do Fernando Alvim, no Canal Q, para uma pequena conversa. Foi lá que conheci a Débora Água-Doce, que ia falar do seu livro “De uma mulher para mulheres que amam demais”, e toda a conversa teve muita graça.
Fomos mantendo um contacto muito singelo e, no início do ano, convidei um grupo de meninas interessantes para divagar sobre o tema “Se eu me casasse…”, numa série de guest posts regulares aqui no Simplesmente Branco. A Débora foi uma delas e as suas escolhas, uma delícia.
Mudamos de cenário. Também este ano, a Sara Silva, da Vestidus, a propósito de uma imagem que eu tinha encontrado e partilhado com ela, de uma marca romena (um hábito que temos desde sempre, quando encontramos coisas bonitas), avisa-me que tem na loja os vestidos de noiva absolutamente magníficos de que tínhamos falado. Demorei até ter tempo para a visitar, e quando os vi – e são fabulosos – pensámos logo que tínhamos que lhes dar a devida atenção, fazer alguma sessão especial, porque eram mesmo muito bonitos… Num pequeno brainstorming a ideia imediata foi fazer uma sessão intimista, de preparativos, que permitisse colocar o foco em todos os detalhes destas peças – as rendas, os tules, o corte, o acabamento, as texturas.
Ora quando vi os vestidos, pensei e disse à Sara: “sei da pessoa ideal para fazermos isto”, e falei-lhe da Débora Água-Doce. Quando regressei ao escritório, enviei-lhe os contactos e, à Débora, enviei uma mensagem a contar o que tínhamos em mente. Claro que a decisão era totalmente dela, se não se sentisse à vontade, com certeza, apenas eu achava que aqueles três vestidos eram a cara dela e que a Sara lhe iria proporcionar um momento encantatório.
Houve uma hesitação bem argumentada para aqui, umas dúvidas para ali, mas a curiosidade venceu todas as barreiras e as duas deram início a uma bela conversa.
À ideia, juntou-se a Raquel Castro, da Atmosfia, para a concretizar: registar a experiência e o processo em fotografia, do que é este momento em que se experimenta, com foco, com doçura e com intimidade, essa peça mágica que é um vestido de noiva.
A Raquel foi igualmente atenta, focada e gentil no olhar.
O sorriso da Débora seria suficiente para termos a percepção da experiência, mas gostamos de palavras e descrições emotivas.
A Débora conta-vos como foi:
“Tudo começou há uns meses, quando a muito querida Susana Esteves Pinto me desafiou paraa escrever sobre o tema “se eu me casasse”. Não totalmente satisfeita com esse desafio lançou-me outro ainda maior, onde, em colaboração com a Sara Silva, da Vestidus Atelier e a Raquel Castro, da Atmosfia, vivenciaria a experiência de escolher o “Vestido de Princesa”.
De brilho no olhar como quem ainda sonha com esse dia, entrei na Vestidus Atelier com a sensação de borboletas na barriga acentuada, nesse dia, parecia que elas estavam extasiadas!
Entrei e… a magia aconteceu!!! É um espaço encantado, tal como eu imaginava que deveria ser uma casa destas, a casa onde vestimos o Amor. Tudo à volta respira Amor, tudo é mágico e encantador. Tudo!!! E a Sara, bem… A Sara é a pessoa perfeita para estar ali a receber os nossos sonhos e a torná-los realidade. De uma sensibilidade incrível, parece que lê o que nos vai no coração e assim, num ápice, descobriu o estilo pelo qual o meu coração mais batia.
Vesti os vestidos, sim os vestidos!!! Foram três!!! Todos maravilhosos e fluídos como eu imaginava. As rendas…. Ahhhhhh lindas! Tão românticas.
Que sensação bonita! Sim, bonita, foi assim que me senti! Bonita. Senti-me como as minhas barbies quando em pequena, as vestia de princesas. É incrível como os anos passam por ti mas os sonhos permanecem com a mesma essência.
Fui sozinha, não fui comprar o meu vestido, fui “brincar às noivas”, mas percebi a vantagem de ir sozinha. Este é um momento tão mágico e tão único que deve ser vivenciado apenas pela noiva. A noiva precisa de sentir o vestido, as emoções… Quando vão acompanhas acabam por ceder às opiniões dos outros e por vezes essa experiência pode não ser tão bonita e emotiva, como deve ser.
Neste meu dia mágico, cruzei-me com uma noiva que decidiu ir lá sozinha pois já tinha experimentado imensos vestidos, sempre acompanhada por amigas e família, como não tinha conseguido ser fiel ao seu estilo e gosto pessoal, decidiu ir às escondidas experimentar mais uns. Não sei se acabou por escolher ali na “casa onde vestimos o Amor” o seu vestidinho de princesa, mas sei que, nesse dia, naturalmente teve muito mais em conta o que dizia o seu coração.
Senti-me princesa por um dia, senti que há muito mais magia e amor na Vestidus Atelier do que imaginava. Estas casas são mesmo encantadas!
Obrigada Sara, Raquel e Susana por esta experiência! Quem sabe não estarei próxima desse meu momento?”
Não estive lá neste dia, mas imagino como foi especial.
É um trio de mulheres atentas, doces, focadas, com histórias para contar, conversas para ter, talentos para partilhar. O resultado é a prova como tudo convergiu, como os pontinhos dispersos se ligaram numa linha recta e certeira.
Com isto não recomendamos nada que brinquem às noivas, visitando lojas só pela diversão – há um lado sério no trabalho que é feito, no tempo que é investido em cada marcação, na atenção que se dedica, e que deve ser respeitado por quem vai às compras.
Mas quisemos mostrar e proporcionar a experiência deste momento e como achamos que deve ser vivido: com borboletas na barriga e com foco para que se ouça a própria voz – a do coração.
Eu avisei que era um artigo para lá de bonito…
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