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Susana Pinto

À conversa com: Quinta do Hespanhol – espaço para casamentos

Hoje a conversa é com a equipa da Quinta do Hespanhol, um espaço para casamentos nos arredores de Lisboa, em Torres Vedras.

Fiquem a conhecer em detalhe este espaço mágico e muito romântico, onde uma equipa muito empenhada e atenta vos conduz até ao mais bonito dos dias.

Todos os anos conhecemos casais que nos inspiram e que nos marcam. O melhor que posso dizer é que todos eles depositam totalmente a sua confiança em nós, dando-nos liberdade criativa, desafiando-nos a criar coisas novas e, simplesmente, relaxam e aproveitam todas as partes boas deste processo!

Contem-nos um bocadinho do vosso percurso, como vieram parar ao universo dos casamentos?

Começámos a fazer eventos há mais de 30 anos, inicialmente mais corporativos do que sociais, mas com o tempo focámo-nos mais nos casamentos. É difícil atribuir uma só razão, mas ainda bem que assim foi, os casamentos são muito mais pessoais e desafiantes que qualquer outra festa, não só devido às expectativas criadas após anos a sonhar com este dia como o facto de ser um momento único na vida do casal, um dia que querem partilhar com a pessoas de quem mais gostam, sem terem de se preocupar com mais nada, a não ser desfrutar.

 

ESpaço para casamentos com cerimónia civil ao ar livre: Quinta do Hespanhol  ESpaço para casamentos com cerimónia ao ar livre: Quinta do Hespanhol Espaço para casamentos com cerimónia ao ar livre

A imagem de marca da Quinta do Hespanhol é, na minha opinião, um estilo rústico, campestre e muito romântico. Concordam com esta definição?

Descreve muito bem o estilo da Quinta. O campestre devido, claro, ao estar longe da cidade, e a toda a envolvência verde. O rústico devido à essência da Quinta, nós podemos tentar modernizar a decoração mas isso não faz sentido porque não faz parte da sua identidade. E o romântico pela sua história, aliás, por todas as histórias, as da nossa família e as de todos os casais que por cá passaram. A Quinta acaba por ser o “palco” de um dos dias mais especiais da vida dos nossos noivos, não só acredito que marque muitos deles, como também muitos marcaram a Quinta, é isso sem dúvida que influencia a essência de um espaço.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Sem dúvida que não foi escolhido, acredito que com os anos e as histórias que passaram na Quinta, ela foi ganhando carácter, isto não é algo que seja possível criar da noite para o dia, não é algo que seja possível escolher.

Se impusermos um estilo a um sítio, nunca vai haver ligação, é algo que precisa de ser trabalhado e que tem que fazer sentido.

Há uns tempos  a mãe de uma noiva disse-nos algo que nos marcou: “visitámos muitos espaços, muitos com opções dentro do mesmo estilo e até com objectos de decoração iguais, mas pareciam só “postos lá” de propósito, aqui eles pertencem…”.
A lição é esta: não vale a pena forçar estilos para vender casamentos, devemos ser fiéis a nós mesmos e à identidade e natureza do espaço.

 

espaço para casamentos com cerimónia ao ar livre: Quinta do Hespanhol Espaços para casamento: Quinta do Hespanhol Espaços para casar: Quinta do Hespanhol

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

Depende, há algumas tendências que são pesquisadas e trabalhadas de modo a convergirem com o nosso estilo, e há outras que simplesmente acontecem…! A maioria dos nossos casais interessa-se muito por decoração, e, felizmente têm muito bom gosto e vão ao encontro do nosso estilo.

Quando um casal nos apresenta ideias novas e estilos diferentes, depois das trabalharmos e pormos em prática, muitas vezes acabam no inspiration board do próximo ano!

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como querem que o vosso espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que vos interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

O controlo das decisões não é, de todo, um objectivo nosso. Cada casal é diferente, pelo que cada casamento também o deve ser. Com o volume de marcações que temos, há certos aspectos que são difíceis de alterar, mas fazemos de tudo para que noivos sintam que estão a receber os seus convidados em casa e que tudo seja um reflexo da sua personalidade e gostos pessoais!

Recebemos casais que chegam com ideias muito determinadas, com fotografias de outros casamentos para que façamos igual, mas faz parte do nosso processo conhecê-los e, com um bocadinho de liberdade criativa, tornar a festa no “seu” casamento.

Somos perfeccionistas e se houver margem, tempo e meios para melhorar, porque não?

 

Espaços para casamento: Quinta do Hespanhol

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Passamos longas e apreciadas horas no Pinterest e recolhemos ideias que depois trabalhamos até fazerem parte do nosso estilo. Outra grande fonte de inspiração são os nossos casais criativos e dispostos a arriscar.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Temos boards de inspiração para cada estilo, e quando estamos menos inspiradas, conversamos entre nós, discutir o processo é a melhor maneira de arranjar novas ideias, e tendo em conta a carga criativa dentro da nossa equipa, é uma óptima solução!

 

Espaço para casamentos com salão rústico: Quinta do Hespanhol

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?

O nosso processo não tem sido tão pessoal como gostaríamos, e para a nova estação queremos organizar as visitas de uma forma mais apelativa: uma primeira visita para conhecer o espaço e os serviços, que é mais impessoal e na companhia de outros clientes, que servirá de filtro para a segunda visita, igualmente colectiva e provavelmente acompanhada pelos pais, e que inclui prova de degustação.

A terceira visita será para a mostra da decoração e aqui a atenção é já mais dedicada, conseguimos conhecer melhor os casais e conversar demoradamente de forma a conhecê-los e perceber o seu estilo, o que os inspira e quais as expectativas que têm para o grande dia.

Recomendamos uma quarta visita cerca de três meses antes do evento e uma reunião para percebermos o progresso da organização do casamento. A quinta visita ocorre um mês antes, para fecharmos todos os pormenores da organização do dia. A sexta visita deverá ser na semana anterior, para depositar todo o estacionário e elementos soltos (seating plan, menus, sinalética, lembranças, peças especiais, etc.).

Fechamos o ciclo com a sétima visita, a melhor de todas: o grande dia!

Este é o cenário ideal, mas é claro que nem todos os casais têm esta disponibilidade, por isso, fazendo as visitas indispensáveis, e reuniões via Skype com os nossos casais que vivem fora do país, organizamos tudo!

 

Bolo dos noivos de verão - na QUinta do Hespanhol Espaço para casamentos nos arredores de Lisboa - Quinta do Hespanhol

Qual é a melhor parte de organizar e decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é, sem dúvida, quando passamos do papel para realidade, a montagem e depois o resultado final quando corre como idealizámos, é algo extremamente gratificante. O grande desafio é a falta de orçamento para decoração, por parte de alguns dos nossos casais que têm ideias com as quais nos identificamos e que queremos mesmo por em prática- é uma ginástica difícil.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Isso é tão difícil de escolher! Todos os anos conhecemos casais que nos inspiram e que nos marcam. O melhor que posso dizer é que todos eles depositam totalmente a sua confiança em nós, dando-nos liberdade criativa, desafiando-nos a criar coisas novas, e simplesmente relaxam e aproveitam todas as partes boas deste processo!

 

Escolham uma imagem favorita do seu portefólio e contem-nos porquê:

Mais uma pergunta difícil… Há certas imagens que ficam guardadas na memória, muitas vezes porque foi uma estreia (de um novo estilo, de uma nova área, etc..), porque são zonas familiares (como as do viveiro), porque é a nossa equipa, ou pelas emoções que transparecem. No dia, com a correria das montagens, apenas a Sílvia (a nossa coordenadora do dia) acompanha os noivos. Quando recebemos as reportagens fotográficas, mesmo com as belas imagens das decorações, as que nos marca mais  são as que captam o “carrocel” de emoções que os noivos atravessaram nesse dia.

 

Quinta do Hespanhol - espaco para casamentos

 

Contactem a Quinta do Hespanhol através da sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o Miguel Fernandes Thomaz directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

E não deixem de espreitar o casamento bonito da Filipa + Francisco.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com Romã Eventos – organização de casamentos

Hoje conversamos demoradamente com a Rute Carvalho, da Romã Eventos – wedding planning e organização de eventos.

 

O trabalho da Romã Eventos reflecte, sem excepção, a personalidade da sua criadora: sempre doce e luminosa. Conhecemo-nos há algum tempo, numa das minhas muitas idas ao Porto e há sempre uma alegria contagiante, muito risonha, nos nossos encontros, que são menos do que gostaríamos, tenho a certeza!
Fiquem a conhecer melhor o trabalho da Romã Eventos e, nas palavras da Rute, percebam o papel de um wedding planner, que é muito mais premente do que aparenta numa primeira impressão: a importância do processo, a capacidade de conduzir vários intérpretes numa só sinfonia e elevar o dia do casamento, de forma genuína e invisível, ao mais bonito dos dias.

A melhor parte de organizar um casamento é pensar, em conjunto com os noivos, como desejam que seja aquele dia, que energia desejam sentir, como imaginam que os convidados se irão comportar, e, a partir daí, começar a desenhar toda a experiência.

É como se tivéssemos uma varinha mágica nas nossas mãos que torna tudo possível. Com ela, desenhamos algo que, no dia, é invisível aos olhos, mas que vai guiando todos os intervenientes sem que ninguém se aperceba disso.

Conta-nos como começou esta aventura de wedding planning e organização:

A aventura de ser wedding planner e organizar eventos começou há vários anos, mas numa área bem diferente.

Durante onze anos trabalhei em áreas ligadas à educação, política e cultura e, durante esse período, colaborei na organização de vários eventos nessas diferentes áreas. A par de tudo isto, como hobby, ajudava a organizar casamentos e eventos familiares, achando sempre que essas actividades nunca deixariam de ser isso mesmo, um hobby.

Felizmente, houve um momento em que o meu coração falou mais alto e me pediu para ouvir a minha verdadeira vocação e, assim, nasceu a Romã Eventos – Pequenas Sementes Grandes Sonhos.

 

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Organizar um casamento é coordenar tarefas e um orçamento, mas também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais ou no meio está a virtude?

Quando vejo o processo de organização de um casamento, vejo um lado de project manager em acção, em que se tem de gerir um projecto para que ele seja realizado com uma elevada taxa de sucesso. Contudo, a par disso, como tenho um lado emocional muito activo, o meu nível de empatia com os noivos acaba por ser muito grande e compreendo as suas angústias, receios e ansiedades.

Acredito que o processo é tão ou mais importante do que o resultado. Por isso, empenho-me para que toda a experiência ao longo dos vários meses de trabalho em conjunto seja prazerosa, até mesmo para que, no dia, todos estejam o  mais relaxados possível e confiantes com o resultado final.

 

Tens uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Por natureza, tenho um lado perfeccionista, acho que se dissesse que não, estaria a mentir. Mas tenho consciência de que o resultado é uma sinfonia tocada com vários instrumentos em que o meu papel enquanto wedding planner é ser a melhor maestrina possível e fazer com que a música tenha a melhor melodia. Isso faz com que tenha a capacidade de ouvir várias vozes e vontades para que todas tenham o seu espaço no final.

 

Tens uma assinatura visível no teu trabalho, um estilo próprio e favorito, ou é a voz do cliente que define a totalidade do resultado?

Acredito que somos mediadores dos desejos dos noivos e de quem nos procura. Criamos o projecto em conjunto e tentamos que o resultado seja o mais fiel possível àquilo que idealizaram. Melhor ainda é quando o resultado vai além do que esperavam. Essa é a melhor sensação: sentir que nos desafiámos e superámos as expectativas.

Não sei se existe uma assinatura especificamente minha naquilo que faço, mas estou certa de que, ao dar sempre o meu melhor, isso se reflecte no resultado. Se tivesse de identificar aquilo que distingue o meu trabalho, diria que a delicadeza e o cuidado com o detalhe em todas as composições fazem, sem dúvida, parte da marca que deixo em tudo o que faço.

 

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

Acho que todas as tendências são bastante importantes, quase como um compasso. Ditam ritmos de mercado e de decisões. São óptimas para pensarmos sobre elas, trabalhar sobre algo que é “moda” e tentar reinterpretá-lo de diferentes formas para cada cliente. É bom ter essa consciência e deixarmo-nos inspirar pelo mercado, crescemos sempre um pouco mais e proporcionamos o melhor a quem nos procura.

 

Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratar-te?

O mercado está numa evolução constante, mas ainda assim, por vezes, é possível que algumas pessoas não vejam o papel de uma wedding planner como algo necessário. Não existe mal nenhum nessa visão, apenas é sinónimo de que essas pessoas em particular não necessitam do serviço.

O papel da wedding planner pode ser útil quer para noivos estruturados e organizados, que têm tudo sob controlo, que já têm ideias bastante claras acerca do que desejam, mas não têm tempo para as concretizar, ou para noivos mais espontâneos que vão tomando as decisões de uma forma mais intuitiva.

Ambos os casos são válidos, e há muitos outros. No final, o nosso desejo é que os noivos sintam que tomaram as melhores decisões e fizeram as melhores escolhas ao reunirem a melhor equipa de fornecedores possível para o dia do seu casamento, tendo em consideração as suas expectativas, desejos e o orçamento inicialmente definido.

 

Como é o teu processo de trabalho, como crias uma ligação aos teus clientes?

Gosto de sentir que tenho tempo para cada casal, como se eles fossem únicos. Acredito que é o maior luxo que podemos ter e dar, o tempo de qualidade.

Nesse sentido, estar com os noivos com regularidade é algo que faz com que exista mais cumplicidade e que, no final do processo, nos permite sentir que somos amigos desde sempre.

 

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Onde buscas inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Acho que tenho um lado curioso que faz com que tenha sempre vários “tabs” abertos na minha cabeça, desde a última música da Maria Sampaio Cabral, “Sailor Moon / Yo Soy Dona de Mi”, às fashion weeks nas várias cidades, passando pelas produções dos vários criadores que são os verdadeiros arquitectos de lifestyle.

Acho que o mundo da moda é o que mais influência o nosso trabalho, é uma forma de estar e viver, mas as minhas fontes passam também pelo teatro, cenografia, arquitectura, dança e as artes performativas. A arte, no geral, é uma grande fonte de inspiração no meu trabalho.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescas a mente e o olhar?

Nesses momentos, procuro fazer algo simples, o que nem sempre é fácil de conseguir quando a agenda está mais preenchida.

Descansar, meditar, praticar exercício físico, viajar, passar tempo de qualidade com os amigos e a família, praticar risoterapia, ler ou ver exposições são aquelas actividades que não dispenso para me manter conectada comigo e libertar a mente.

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte de organizar um casamento é pensar, em conjunto com os noivos, como desejam que seja aquele dia, que energia desejam sentir, como imaginam que os convidados se irão comportar, e, a partir daí, começar a desenhar toda a experiência.

É como se tivéssemos uma varinha mágica nas nossas mãos que torna tudo possível. Com ela, desenhamos algo que, no dia, é invisível aos olhos, mas que vai guiando todos os intervenientes sem que ninguém se aperceba disso.

O mais desafiante, ou difícil­, poderá ser gerir as diferentes expectativas da família.

 

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Qual foi o casamento em que mais gostaste de trabalhar? Porquê?

Esta pergunta não é fácil, acho que temos tido a felicidade de ter casamentos muito especiais e todos os casais trazem a sua história.

A energia do casal faz o dia, são eles que são os grandes anfitriões e isso faz com que nos sintamos sempre uns privilegiados por vermos tudo a partir da primeira fila e sentirmos que somos quase parte da família.

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portefólio e conta-nos porquê:

Desenhar o evento e criar o styling é algo que nos enche as medidas, mas quando vemos o brilhozinho nos olhos dos familiares quando olham para os noivos, ficamos totalmente desarmados e sentimos que conseguimos reunir todos os ingredientes para que estejam relaxados, confiantes e, acima de tudo, muito, muito felizes.

Por isso, agradecemos a cada casal que confia no nosso trabalho e nos dá a mão para realizarmos este caminho em conjunto com eles.

 

Romã Eventos -wedding planning e organização de casamentos

Os contactos detalhados da Romã Eventos estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem a Rute carvalho directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Descubram a maestria da Rute Carvalho no mais bonito dos dias Ana + Pedro, na Pousada de Amares, que publicámos recentemente: que doçura de dia!

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

Susana Pinto

À conversa com: Quinta da Quintã – espaço para casamentos

Hoje conversamos com a Joana Coelho, da Quinta da Quintã – espaço para casamentos.

E que bela conversa esta, como vão descobrir.

 

Conheci a Joana quando visitei uma das edições do seu Wedding Weekend, há uns anos largos. Fiquei impressionada com tudo o que vi – o investimento real, palpável, da apresentação da Quinta da Quintã aos seus potenciais clientes (flores frescas e bonitas, estacionário variado e completo, cocktail gostoso e acabado de confeccionar, bolos dos noivos para ver e para provar), o gosto nos detalhes, a qualidade e atenção do e no serviço.

 

Mantive o contacto e o namoro, e fiquei muito feliz quando decidiram juntar-se ao Simplesmente Branco e a nossa relação já vai longa. Porque prestam um serviço de excelência e têm um trabalho óptimo, e porque olhamos para muitas coisas (as fundamentais), da mesma forma.

No último ano temos conversado bastante sobre isto de trabalhar no mercado de casamentos, sobretudo nos dias de hoje, e vamos partilhando as nossas reflexões. Ler, com detalhe, sobre o caminho que percorreram, as escolhas que fazem e o que os move e entusiasma, é abrir a porta de uma casa de sonhos, a Quinta da Quintã, e uma bela lição de profissionalismo.

 

Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes.

 

Vem de uma área criativa e está à frente deste projecto ambicioso e de imensa qualidade que é a Quinta da Quintã. O que a trouxe até aqui?

A Quinta da Quintã é uma quinta que está na minha família há muitos anos. A quinta original foi totalmente restaurada e ampliada para acolher a realização de eventos, projecto encabeçado pela minha mãe durante os primeiros anos. A dada altura eu e o João, que vimos ambos de áreas criativas, fomos desafiados pelos meus pais a integrar a equipa, a trazermos eventualmente uma abordagem refrescante a um projecto grande, num mercado imenso e cada vez mais exigente. Na altura tínhamos um atelier de design e outros projectos paralelos, também relacionados com as nossas áreas de estudo – eu tenho formação em design nas Belas Artes e o João em marketing e publicidade – e admito que foi uma decisão difícil, a de darmos este mergulho numa área que nos era um pouco estranha, o mercado dos eventos, e mais propriamente dos casamentos (na verdade, apesar de estarmos juntos há muitos anos, nem sequer éramos casados na altura). Mas o convite soou-nos a desafio, a mergulharmos juntos numa aventura nova – quase sempre trabalhámos juntos, curiosamente -, numa plataforma onde poderíamos aprender coisas, aplicar conhecimentos, dar asas à criatividade e trabalhar com amor, o Amor. Aqui podemos ser tantas coisas, podemos desenhar, esculpir, ilustrar, criar, conhecer pessoas, inspirar, concretizar visões e sonhos, sempre no plano do Amor. E assim foi: viemos já há uma boa dúzia de anos e foi-nos impossível não ficar.

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

A imagem de marca da Quinta da Quintã é, na minha opinião, um estilo moderno, elegante, muito romântico e versátil. Concorda com esta definição?

É muito interessante ouvir esta definição, vinda de alguém que respeitamos muito. A questão da definição de um estilo e de uma visão que oriente o nosso percurso é uma discussão muito interessante e que sempre me preocupou, quer no meu trabalho enquanto designer, quer no meu trabalho de organização e styling de eventos. Eu e o João conversamos bastante sobre esta dualidade que sentimos na decisão de manter um estilo definido ou de ir ao encontro das pretensões do cliente neste trabalho que, além de ter uma forte componente criativa, serve o propósito de uma outra pessoa que não o próprio criativo. É um facto que trabalhamos e criamos para alguém. Mas também é facto que em primeira instância trabalhamos para nós, construímos o nosso percurso, e temos de ser fiéis ao nosso estilo, à nossa verdade. Só assim conseguimos distinguir-nos como “marca”, afirmarmos a nossa identidade num mercado tão saturado e nos oferecermos como uma alternativa para quem procura algo especial. Dito isto, creio que os conceitos de elegância, romantismo e versatilidade definem muito bem o que procuramos oferecer em todos os eventos que criamos. São conceitos base, e de natureza abrangente, sobre os quais assentamos e concretizamos a visão de quem nos procura, obtendo neste diálogo resultados muitas vezes surpreendentes.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Creio que já faz parte da natureza do espaço, que se impõe muitas vezes como a base de construção do próprio evento, mas sem esquecer que o espaço também tem, ele próprio, vindo a evoluir, resultado da nossa leitura das tendências e da nossa própria evolução. Conhecemos instrinsecamente o que temos e sabemos o que não temos ou o que não queremos ter – não temos um celeiro em Inglaterra, nem uma esplanada na praia, pelo que não temos o objectivo irreal de oferecer todas as propostas, mesmo que estas surjam como tendências. Queremos que o nosso espaço surja como uma bela tela sobre a qual o cliente consiga projectar a sua visão e que, a par do espaço, o cliente encontre em nós os parceiros ideais e a inspiração para levá-lo ainda mais além.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

As tendências são, sem dúvida, um assunto de trabalho. Cada vez mais, e ainda bem, eu diria. A área dos casamentos tem vindo a evoluir vertiginosamente ao longo dos últimos anos e muito por responsabilidade da democratização e crescente acesso à informação e às ditas tendências. Hoje estamos a um “clique” do que se faz hoje do outro lado do mundo. Estamos dentro das salas mais requintadas, assistimos aos eventos mais intimistas, aos mais glamourosos, e aos mais radicais. Isto ensina-nos coisas, faz-nos pensar nelas, abrir o nosso leque de possibilidades e, em última instância, refinar a nossa própria visão. Dá-nos muito mais trabalho, mas é um trabalho mais interessante, mais desafiante. Abre-nos mesmo a possibilidade de sermos, nós próprios, definidores das tendências. Nós e o que projectamos do nosso trabalho, fruto da relação e do diálogo com os noivos. Naqueles momentos mágicos em que se alinham perfeitamente os gostos e as vontades, a nossa verdade, a visão e a capacidade de execução, alguma liberdade e em que todos os elementos se conjugam num resultado capaz até de nos surpreender, a nós, os intervenientes desta criação, surge algo incrível e digno de ser considerado como definidor de tendência, e está ao nosso alcance ocupar esse espaço.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Ter o controle das decisões é importante? Tem uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como quer que o seu espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que lhe interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Tenho alguma dificuldade em dar uma resposta simples a esta pergunta. Se por um lado, a Quinta da Quintã sempre se posicionou no mercado como um espaço em que o convite feito aos noivos é o de personalizarem – definirem como querem que seja a relação e o percurso connosco, escolherem as equipas com que querem trabalhar, terem um voto sobre a maioria dos aspectos do nosso trabalho, desenharem connosco o seu dia à sua imagem – e que surge ele próprio como o resultado de um diálogo constante entre mim e o João, e entre nós e os outros, tenho uma tendência perfeccionista e de controlo e sinto, admito, dificuldade em assumir as cedências a que esta flexibilidade que oferecemos nos obriga por vezes. É certo que nem sempre nos identificamos com esta ou aquela escolha dos noivos, mas acredito que nos cabe a nós dirigir esta relação de forma a encontrar o equilíbrio entre os dois universos, sempre que eles se desencontram. É aqui que reside o maior desafio do nosso trabalho e é neste equilíbrio que nos conseguimos afirmar como uma alternativa distintiva, na qual a relação com o cliente é primordial.

Não posso, porém, deixar de admitir que uma das nossas vontades neste momento é dirigir o projecto Quinta da Quintã para uma posição em que alcancemos o melhor dos dois mundos: chegar cada vez mais aos clientes com que mais nos identificamos, aqueles que partilham a nossa visão, o gosto e o estilo que temos traçados para o futuro da Quinta da Quintã e com eles viver esta experiência de discutir, crescer e aprender ainda mais sobre o que queremos para este projecto. Fazer cada vez menos cedências, estreitar cada vez mais as escolhas, obter resultados cada vez mais diferenciadores e uma identidade cada vez mais coesa.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Sempre fui uma pessoa muito distraída dos detalhes do que me rodeia mas ao longo do tempo fui-me forçando a prestar-lhes mais atenção. Pode parecer uma afirmação idílica ou cliché, mas a natureza é uma grande fonte de inspiração, se soubermos como olhar. Os quadros naturais oferecem-nos imagens incríveis, ao nível da combinação de cores e da composição, por exemplo. Muito do que se faz e do que está na moda não são mais do que reinterpretações interessantes do que nos rodeia, aplicadas a diferentes contextos e em diferentes locais. Além disso devoro imagens, novas propostas, o que se faz bem, lá fora e cá dentro, – o Simplesmente Branco é um excelente exemplo disso – quer no âmbito dos casamentos, quer noutras áreas artísticas. Inspiro-me no trabalho dos meus amigos, no design, na moda, na arquitectura, na modelação de espaços. Inspiro-me nos clássicos, que correm sempre bem e que perduram no tempo. Inspiro-me nas minhas conversas com o João. E por último, e não menos importante, inspiro-me nos meus noivos, no que me trazem de novo, nas suas ideias mais pessoais. Gosto de percorrer lojas, de procurar novidades e de encontrar soluções para materializar essas ideias.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Não é fácil desligar-me do trabalho, já que quase tudo à minha volta parece estar ligado a este mundo dos casamentos. Trabalho com o meu marido, o João, com a Tânia – minha cunhada e melhor amiga -, com a minha irmã Diana. A minha outra irmã, Ana, e o meu cunhado Zé, têm um projeto de vídeo também ligado à mesma área. O espaço tem ligações inegáveis à família. A própria equipa QQ já vem, quase na íntegra, dos primeiros tempos do projecto, pelo que é quase uma segunda família. Mantenho relações de amizade com muitos dos meus clientes. Mas é muito importante para mim conseguir por vezes desligar esta ficha. Viver a minha filha. Viver o meu marido. Viver os meus amigos. Conviver, sair, conhecer sítios novos, ter experiências diferentes, envolver-me em projectos noutras áreas, com outras pessoas, continuar o trabalho como designer gráfica, desenhar. No fundo parar, fazer coisas que nada (e tudo) tenham a ver com este universo, ajuda-me a voltar mais leve, com uma ideia mais clara do que pretendo fazer aqui, e a regressar sempre a esse caminho das intenções, do qual às vezes nos desviamos por força da intensidade do trabalho. Mesmo no que respeita à Quinta enquanto espaço físico, optamos por parar todos os anos durante uns meses de forma conseguirmos um distanciamento que nos permita lançar um olhar crítico e limpo sobre o espaço e a imagem. Paramos, pensamos e agimos em conformidade com o que pretendemos obter no espaço, isto sob a forma de pequenas (ou grandes) remodelações e alterações. Este sistema permite-nos assegurar uma evolução constante e refrescar a nossa própria experiência, que é por vezes demasiado intensa.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação aos seus clientes?

Quem conhece a forma de trabalharmos, sabe que uma das componentes mais importantes e substanciais da nossa afirmação como equipa, é a relação que desenvolvemos com os noivos. Isto vale desde a primeira abordagem, feita pelo João, que recebe tão bem todos os clientes e potenciais clientes, e que acaba por ser o nosso rosto, a primeira impressão que a Quinta da Quintã deixa em quem nos procura; passa pelo acompanhamento dos noivos, organização e styling do evento, a meu cargo e da Tânia Almeida, pelos elementos que integram as nossas equipas de apoio comercial, manutenção, decoração e cozinha – tão importante -, e culmina na relação que os nossos colaboradores de sala estabelecem com noivos e convidados no dia do evento. Somos um espaço absolutamente aberto a todas as pessoas e procuramos desenvolver uma relação próxima com quem nos procura para realizar um dia tão importante na sua vida, e que acaba por acontecer de forma muito natural. Compreendo quem opte por manter a ligação com o cliente numa esfera mais profissional, mas nós não somos assim. Nós queremos sentir-nos próximos. Esta é uma área de actividade muito intensa e exigente, quer física, quer emocionalmente, em que o nível de drama é sempre muito elevado. Em boa verdade, estamos sempre a trabalhar para o dia mais importante da vida de alguém e essa carga é incontornável. Um relacionamento de proximidade atenua esta dimensão, anula eventuais barreiras e traz uma excelente energia ao trabalho. Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes. No final de contas, podemos orgulhar-nos de dizer que já fizemos muitos e bons amigos junto dos nossos noivos, e creio que esta afirmação será mútua.

 

Qual é a melhor parte de decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Para mim é o processo de pegar num fio que nos é dado pelos clientes e desenrolá-lo com mestria até onde conseguirmos, com vista a um resultado surpreendente. É juntarmos um conjunto de ideias e elementos e construirmos algo coeso, bonito, uma imagem, um ambiente, a base para uma festa de sonho. É a reacção dos noivos quando chegam e vêem o nosso trabalho. É o telefonema que recebemos no dia seguinte. É a nostalgia boa que fica. E é percebermos que o nosso trabalho toca a vida de muitas pessoas de uma forma boa, bela. Que ajudamos a criar dias únicos, irrepetíveis, marcados por muita cumplicidade e amor. O mais difícil é contornar as limitações que o mundo real impõe, conseguir o equilíbrio entre o que é instagrammable e o casamento real, com um serviço real e muito sério, com convidados reais e um mundo de detalhes e esforços que têm de fluir e funcionar.

 

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Acho que é impossível destacar um só casamento. Ao longo destes anos houve muitos e maravilhosos eventos que me marcaram pelas mais variadas razões. Ou pelos noivos que conhecemos por aqui – temo-nos cruzado com pessoas verdadeiramente surpreendentes ao longo do nosso percurso na QQ – ou pelos que já conhecíamos – tivemos o privilégio de participar no casamento de grandes amigos e de alguns familiares queridos – ou por ter sido um evento difícil, com um nível de exigência mais desgastante, e que correu tão bem, ou por ter sido um projecto desafiante, em que conseguimos fazer algo realmente diferente, genuíno, marcante na nossa história.

  Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:

A ter de escolher uma imagem, escolho esta fotografia do João Almeida, porque é bonita e homenageia de forma singela alguém muito especial, de quem nos lembramos sempre. Este foi um dia feliz.

 

Quinta da Quintã - espaço para casamentos

Os contactos detalhados da Quinta da Quintã estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o João Carvalho de Almeida directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Espreitem também o  mais bonito dos dias da Bruna + Diogo, que publicámos recentemente: que festaça nos belos jardins!

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Menino conhece Menina, fotografia de casamento

Hoje conversamos com a Raquel e o Daniel, a dupla de fotógrafos de casamento que assina como Menino conhece Menina.

Lembro-me da primeira vez que falámos: havia ali qualquer coisa a germinar, mas ainda um pouco indefinida. Adiámos o assunto. Quando voltámos a conversar, possivelmente um ano ou mais depois, era claríssimo: um ponto de vista distinto, curioso, inesperado. Havia reflexos, havia simetrias, havia enquadramentos, primeiro esquisitos, depois certeiros.

 

Estamos juntos há vários anos e ver a sua linguagem crescer, ganhar forma, ocupar o seu espaço e ter o seu próprio léxico, é, genuinamente, um prazer.

 

Os casamentos fotografados pelos Meninos nunca são feitos dos detalhes habituais: nunca são sobre os sapatos, bouquet ou decoração. E nunca são iguais, nunca têm uma fórmula aplicada que os mistura num só bolo. São o oposto disso, são específicos sobre aquele casal, as suas pessoas, a sua festa, o seu momento e, muito, o seu cenário. Os seus gestos, os seus sorrisos e lágrimas, a sua energia, o seu amor. E nunca deixam de ser doces e gentis, porque registando momentos muito singulares que só eles os viram, fica de fora tudo o que não interessa, tudo o que, acontecendo, não acrescenta nada de valioso à narrativa que constroem.

 

Mas o melhor mesmo é saber que o mundo vai continuar na sua órbita em torno do sol, que a vida não vai parar e os anos passarão sobre estas pessoas. O melhor é saber que quando as rugas se instalarem e a saudade de si próprios e dos seus os levar a olhar para trás, vão poder tirar o álbum da estante, viajar até esse outro tempo, derramar uma lágrima enquanto se lhes aquece o coração e, entretanto, esperar mais um pouco até que a próxima ruga surja para recomeçar tudo mais uma vez: tirar o álbum da estante…

 

Contem-nos um pouco da vossa viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Apresentamo-nos: somos a Raquel e o Daniel, os meninos de ‘Menino conhece Menina’. Somos um casal, companheiros na vida e na fotografia. Somos ambos arquitectos e foi a trabalhar num escritório de arquitectura que nos conhecemos, embora provavelmente nos tenhamos cruzado – ainda sem saber as voltas do futuro – durante as férias da infância, nos mergulhos no rio que corre aos pés das aldeias dos avós de ambos, pertinho uma da outra, no mesmo concelho transmontano.

A nossa chegada à fotografia de casamento foi pouco programada; aliás, foi ela que chegou a nós e não o inverso.

O Daniel começou a fotografar há muitos anos, ainda estudante. Começou pela fotografia de rua, primeira e arrebatada paixão. A passagem à fotografia de arquitectura foi um passo fácil e natural: o olhar para a espacialidade e a compreensão do pensamento arquitectónico estavam adquiridos e aliavam-se aos conhecimentos fotográficos entretanto explorados e desenvolvidos.

Foi nessa altura que uma amiga de uma amiga, que não encontrava fotógrafo para o seu casamento com o qual se identificasse, lançou o desafio: fotografar o seu casamento. Essa foi a primeira experiência, assim, quase casual. E não foi logo que a ideia vingou e se fez projecto de vida. A arquitectura ainda era protagonista, com o Daniel a fotografá-la e a Raquel a trabalhar em projecto. Pouco a pouco a Raquel foi sendo contagiada pela paixão pela fotografia que o Daniel expirava, e, quando deu por si, estava irremediavelmente corrompida.

Então, num soalheiro dia de primavera surgiu a hipótese “e se fotografássemos casamentos…?”

 

Há quanto tempo fotografam? E porquê casamentos?

O dia do “e se…” aconteceu na primavera de 2012. “Menino conhece Menina” nasceu no dia 1 de Maio desse ano, com o lançamento do nosso primeiro site, totalmente homemade, muito naif e, acreditamos nós, simultaneamente muito doce. Reunia a fotografia de rua do Daniel e aquele único casamento que tínhamos para mostrar.

A partir daí, esta hipótese transformou-se em sonho e o sonho transformou-se em projecto. Pouco a pouco o projecto foi-se sedimentando e tornando cada vez mais concreto.

Não existe um porquê muito explícito, até porque, mesmo fotografando casamentos, continuamos a fotografar para nós no nosso dia-a-dia, de uma forma amadora, pode dizer-se. Contudo sentimos que o que nos atraiu nos casamentos, foi termos encontrado o espaço para fazer a nossa “fotografia de rua”, a fotografia documental de que tanto gostamos e, simultâneamente, poder viver disso.

 

O vosso trabalho é a duas mãos e tem um estilo muito singular, muito próprio. Como o definem e como construíram essa vossa assinatura?

A nossa entrada inesperada e algo leiga no mundo dos casamentos acabou por ser fundamental na definição da nossa personalidade enquanto fotógrafos nesta área. O nosso conhecimento do meio era reduzido mas, por isso mesmo, estava livre de preconceitos e estereótipos. Não procurámos conhecer a tendência e a vanguarda do momento, apenas acreditámos que haveria espaço para esta abordagem documental e espontânea que tanto prazer nos dava. E havia!

Foi um processo absolutamente intuitivo e agora, em retrospectiva, agrada-nos muito o caminho percorrido. Essa assinatura não foi algo ponderado ou construído. É natural e resulta desta forma sincera de observar e registar os acontecimentos do dia. Um casamento é um momento tão rico e preenchido, repleto de situações emotivas, divertidas, inusitadas… Está tudo lá. Basta deixar que flua.

Há uma outra característica muito marcada no nosso trabalho e que nos é muitas vezes sublinhada por quem o observa: a espacialidade. Acreditamos que é algo que trazemos da nossa formação em arquitectura e que nos é inata. O pensamento espacial e o enquadramento arquitectónico envolvem as nossas fotografias sem que nos seja necessário nenhum esforço ou atenção particular. Não o fazemos conscientemente… aliás nem saberíamos fazê-lo de outra forma.

 

Fotógrafo de casamento no Porto: Menino conhece Menina Fotógrafo de casamento no Porto: Menino conhece Menina Fotógrafo de casamento no Porto: Menino conhece Menina

Têm um nome muito poético e as vossas galerias têm títulos igualmente bonitos. Palavra e imagem são dois assuntos favoritos?

O porquê do nosso nome deve ser a pergunta que mais vezes nos foi feita desde que nascemos… Nasceu connosco, tão espontâneo e intuitivo quanto tudo o resto. Surgiu logo ali no momento do “e se…” e vinha do genérico de um filme que viramos uns dias antes e que começava com a frase “This is a story of boy meets girl”. Truncámos o final do filme do nosso imaginário porque nessa história o amor se perdia durante o percurso e adaptámos à nossa: era uma história de Menino conhece Menina e era uma história de amor!

E o nome vingou, provavelmente por haver nele tanto de autobiográfico. Descobrimos entretanto que é motivo de empatia com muitos casais; afinal tem também algo de universal… não é assim que começam as histórias de amor?

Em relação à palavra, sim, é uma outra paixão. À pergunta “o que queres ser?”, a Raquel costumava gostar de responder “leitora profissional”. Quem dera!…

Mas é uma paixão agridoce. O drama da página em branco é coisa real por aqui e, até as primeiras palavras começarem a cristalizar e a criar amarras entre o papel e a ideia voadora e fugidia que está na cabeça, o processo chega a ser doloroso. Vencida a inércia e cravadas as primeiras linhas, a escrita é um prazer.

Na fotografia, apesar de tudo, o arranque é mais fácil. É claro que há também um aquecimento inicial mas a vida está a acontecer à nossa frente pelo que não há espaço para muitas hesitações. O olho, o coração e o dedo estão em batimento simultâneo logo desde o início.

 

Achas que o ponto de vista feminino, os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que o Daniel faz, do seu ponto de vista masculino? Como convergem?

Claramente.  O nosso trabalho é um canto a duas vozes e, embora em sintonia quanto a princípios e objectivos, trilhamos muitas vezes caminhos distintos. A dualidade masculino/femino é óbvia, mas não é única. A Raquel é mais tímida e mais sensível ao detalhe, o Daniel é mais ousado e destemido. Temos, por exemplo, predilecções distintas no que toca a lentes: a Raquel sente-se em casa com a 50mm nas mãos, o Daniel não vive sem a 24mm. E consequência disso mas não só, acabamos por ter enfoques diferentes: a Raquel é mais atenta ao pormenor e ao retrato, o Daniel adora a cena ampla e complexa. As diferenças vêm até de questões de estatura! Há 30cm de altura de diferença entre os dois que possibilitam ao Daniel pontos de vista de outra forma impossíveis; mas ver o mundo à altura das crianças é muito mais fácil para a Raquel.

São pontos de vista distintos, mas complementares. Sentimos que a reportagem resulta mais interessante e enriquecida por esta dualidade. Aliás, acontece muitas vezes virmos a descobrir, já em casa no momento da selecção, fotos simultâneas, captadas por casualidade em dois ângulos distintos e que transparecem esse diferente perspectivar da cena.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?

Interpretando “inspiração” num sentido literal, de quem vai tomar ar algures para depois expirar no seu trabalho, gostamos de pensar que o melhor é trabalhar “desinspirado”. Como diziamos acima, há tanto ar a ser-nos oferecido no dia do casamento que é essa a melhor inspiração possível.

Neste momento, naturalmente, já não ignoramos o meio e as tendências da vanguarda. Conhecemo-las mas tentamos que influenciem pouco a nossa atitude. O nosso olhar é menos ingénuo agora do que quando começámos, mas é fundamental que continue a ser genuíno. Queremos aquelas duas pessoas nas nossas fotografias, queremo-las a elas, às suas famílias e aos momentos que viveram, e queremo-los com o mínimo de filtros possível. Não queremos figurantes a reproduzir imagens vistas algures, por muito que resultassem espectaculares e impactantes.  Para isto precisamos de partir para cada reportagem fazendo uma espécie de tábua rasa, esquecendo todas as fotografias extraordinárias que populam a internet e que admiramos mas das quais sentimos ser saudável alguma distância.

É claro que depois há uma cultura visual que vamos construindo e que vai influenciando o nosso olhar. Mas essa vem das áreas mais diversas, do cinema à ilustração, à arquitectura ou até mesmo ao mundo imaginário da literatura.

 

Quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem?

Há aquela frase célebre “encontra um trabalho de que gostes e nunca mais terás de trabalhar!” Parece-nos que encontrámos!

Não sentimos muitas vezes necessidade de reset porque este trabalho é, na verdade, um prazer. Aliás, é na época baixa, quando as reportagens param e o ritmo abranda, quando temos mais tempo e calma, que o Daniel sofre. Falta-lhe o ar!

De qualquer modo, o reset é fácil: temos dois mini-meninos e uma gargalhada deles é suficiente para que se pressione o botão e realinhem todas as agulhas eventualmente desafinadas.

Fotógrafo de casamento no Porto: Menino conhece Menina

Estão instalados no Porto: o vosso trabalho é local ou claramente nacional?

Nenhum de nós é do Porto mas já nos sentimos adoptados por esta cidade incrível.

O nosso trabalho está a fazer o percurso inverso. Nasceu no Porto mas vive neste momento por todo o lado. As nossas reportagens acontecem agora de norte a sul do país, com passagens pelas ilhas e pelo estrangeiro.

Não pretendemos deixar o Porto – que isto é amor para a vida toda! – mas esta itinerância agrada-nos muito. A emoção ligada à viagem, à partida e ao destino, ao desconhecido e à aventura, é um aliciante extra neste trabalho.

 

Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?

Todas as imagens são captadas pelos dois e podemos dizer com orgulho que, em todos os casamentos que fotografámos, Menino e Menina estiveram sempre em conjunto – dois dedos no gatilho, um só coração.

Depois disso, passam por um processo composto de vários passos – selecção, edição, revisão, impressão – que vão sendo intercalados entre Menino e Menina.

No entanto cada trabalho começa muito antes disso, no momento em que o casal nos procura. Passados os contactos iniciais, procuramos que tenha lugar um encontro, pessoalmente ou por skype, no qual a empatia connosco e com o portefólio é aferida. Esse é um momento fundamental em que começa a construir-se a ligação aos noivos, em que começamos a conhecê-los um pouco e em que se abrem portas para que no dia, quando a câmara se erguer ao nosso olho, eles nos acolham confortáveis.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de registar?

Casamentos pequenos, de vinte pessoas numa mesa corrida, onde chegamos ao fim da noite a conhecer pelo nome todos os convidados, e casamentos grandes onde podemos ser invisíveis e, misturados na multidão, apanhar aquele momento; cerimónias emotivas, de lágrima solta e abraço apertado, e festas de arromba com dança enlouquecida e noivos lançados ao espaço. Cada um tem especificidades incríveis, pelo que não conseguiríamos escolher um tipo. Muito pelo contrário, esperamos que o nosso caminho não afunile apenas num desses sentidos, é a diversidade que torna este trabalho aliciante e promove um olhar fresco e renovado a cada reportagem.

 

Qual é a melhor parte de fotografar casamentos? E o mais desafiante e difícil?

Há muitas coisas boas em fotografar casamentos. O dia do sim é, por norma, um dia feliz que os noivos escolhem partilhar com os seus mais próximos e connosco. Se fotografar já era para nós um prazer, fotografar pessoas felizes, de coração e sorriso aberto é prazer ainda maior.

Para além disso, uma das coisas mais saborosas é, depois do dia passado, quando os noivos começam já a ter de ir procurá-lo às suas memórias, poder sentir a sua emoção ao ver as imagens, transportados novamente lá atrás, àquele abraço, ao primeiro toque da aliança fria no dedo ou ao rodopio da primeira dança. É uma delícia ser os seus olhos extra e fazê-los mais tarde descobrir momentos que não haviam visto e que os vão fazer soltar gargalhadas ou arrepios.

Mas o melhor mesmo é saber que o mundo vai continuar na sua órbita em torno do sol, que a vida não vai parar e os anos passarão sobre estas pessoas. O melhor é saber que quando as rugas se instalarem e a saudade de si próprios e dos seus os levar a olhar para trás, vão poder tirar o álbum da estante, viajar até esse outro tempo, derramar uma lágrima enquanto se lhes aquece o coração e, entretanto, esperar mais um pouco até que a próxima ruga surja para recomeçar tudo mais uma vez: tirar o álbum da estante…

Nós temos nas mãos a máquina do tempo! E o melhor é saber que são as nossas fotos a ignição que vai soltar essa lágrima saborosa de quem pensa “Tão bom que foi!

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portefólio e contem-nos porquê:

Raquel:

Escolher uma só imagem em tantos milhares é tarefa difícil, quase cruel, mas vamos lá… Escolho uma imagem já antiga, da literal subida da noiva ao altar pelo braço do seu pai. É uma imagem do Daniel que, como dizia acima, ousado e destemido, se afastou do centro da acção no momento-chave e foi para o outro lado da praça, única forma de poder ter esta visão planificada da escada. Escolho-a porque o admiro e à sua coragem e porque vejo nela a tal genuína espontaneidade da fotografia de rua que está tão na nossa génese, com a passeante curiosa a espreitar a noiva e o carro a encerrar o enquadramento.

Escolher esta fotografia é entrar na tal máquina do tempo! Escolho-a, mais que tudo, porque eu também já tenho rugas, o mundo também rodou para nós, e sabe tão bem largar a lágrima e pensar “Tão bom que continua a ser!”

 

Menino conhece Menina - fotografia de casamento

Daniel:

Pedir a um fotógrafo que escolha a sua fotografia favorita é algo muito semelhante a pedir a uma mãe de sete filhos que escolha aquele de quem gosta mais, é difícil, senão impossível fazê-lo de uma forma real ou convincente. De qualquer modo, se tivesse que escolher uma só, uma imagem que, embora não seja exactamente a minha favorita é uma das que mais me marcou ao longo da minha breve história de fotógrafo, seria a da entrada da Ana na Igreja ao som de “Nothing Else Matters”, dos Metallica , em 2012! Era o nosso terceiro casamento e nessa altura as nossas pernas tremiam definitivamente mais que as dos noivos, quando a entrada da noiva na igreja se aproximava! Assim que entrei na igreja vi diante da porta um corta vento formado por vidros espelhados em tramos rectos que, vistos de determinado ângulo forneciam múltiplas imagens da porta de entrada. Depois de ver aquilo foi óbvio para mim que essa seria a fotografia a tomar quando a noiva entrasse pela porta da igreja.

Aquilo de que tanto gosto nessa fotografia não é tanto o resultado em si, uma vez que, embora seja boa, considero-a somente uma entre outras fotografias de portefólio, mas sim a coragem que agora percebo ter sido necessária para nesse momento virar costas ao que seria expectável e, literalmente, à noiva e seu pai no momento que se preparavam para dar o seu primeiro passo através do arco da porta da igreja, momento que muitos consideram o auge de um casamento. Hoje sinto que essa coragem só me foi possível pela ingenuidade de quem nada sabe sobre o que está a fazer e que está, portanto, aberto a todo o tipo de possibilidade e desfecho. Sei que só me foi possível olhar daquela forma para este momento porque a minha cabeça se encontrava livre da poluição dos modelos e das modas a que esta área (tal como muitos outras áreas de mercado) se expõe.

Hoje olho para essa imagem e vejo-a tirada pelos olhos de uma “criança” que procuro alimentar diariamente com abundantes doses de sonho e valentia, na esperança levar essa frescura para cada reportagem que abraçamos.

 

Menino conhece Menina - fotografia de casamento

Nota: até aqui as respostas foram dadas em conjunto; esta última foi escrita em separado e sem saber o que ia pela cabeça do outro. Descobrimos depois de ler que as motivações da escolha são parecidas e parece-nos que isso acaba por dizer bastante da sintonia que procuramos.

 

Se quiserem ver os casamentos bonitos fotografados por esta dupla, em que mostramos a narrativa completa do dia e a singularidade que os caracteriza, passem os olhos demoradamente por aqui. Que bonito que tudo isto é!

 

Os contactos detalhados da dupla Menino conhece Menina, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de imagens bonitas e singulares, e contactem o Daniel e a Raquel directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Pixel, filmes de casamento

Hoje falamos sobre filmes de casamento com os Pixel.

Lembro-me perfeitamente da primeira vez que vi um trabalho deles, num formato que por si só, já era diferenciador à época: 11 minutos de duração. Passaram 7 anos.

Rita + Roberto, absolutos desconhecidos e uma festa onde eu queria muito estar. Foi esta narrativa pulsante e irresistível que me cativou no trabalho dos Pixel, e que me fez segui-los, conversar com eles e insistir que esta era a casa perfeita para o seu trabalho ser visto. Tê-los na nossa lista seleccionada é um privilégio e um prazer. O trabalho que fazem reúne tudo aquilo em que acreditamos: um ponto de vista singular e uma qualidade impecável.

Fiquem com as palavras dos Pixel e conheçam com mais detalhe o que os move e de que se alimentam para fazer um trabalho tão especial.

Existem tantas formas de contar, de criar, de emocionar e de chegar àquele cantinho no coração que nos faz estremecer, e é aí que queremos estar!

Contem-nos um pouco da vossa viagem profissional até aqui, ao video de casamento.

A nossa viagem até aos vídeos de casamento começou, curiosamente, numa viagem. Há uns anos, andámos a viajar pelo Sudoeste Asiático e na altura fizemos um vídeo com as imagens que fomos captando. Estávamos longe (muito longe) de imaginar que esse vídeo mudaria para sempre as nossas vidas. Na altura, um fotógrafo (hoje amigo do coração) viu esse filme por intermédio de uns amigos que tínhamos em comum e convidou-nos a fazer um vídeo de casamento à experiência e… cá estamos!

 

Há quanto tempo filmam? E porquê casamentos?

O primeiro ano foi 2012, mas nesse ano ainda todos tínhamos os nossos respectivos empregos. A partir de 2013 é que nos dedicámos em exclusivo à Pixel. Não existe um porquê em relação aos casamentos… simplesmente aconteceu e adorámos a experiência! Ainda assim temos que confessar que cada mais temos trabalhos fora da área dos casamentos.

 

O vosso trabalho junta os pontos de vista de cada um de vocês. Como convergem? 

Ah, é difícil, muito difícil falar de nós próprios e do nosso trabalho. Ainda assim temos a certeza que o nosso trabalho é definido por tudo aquilo que somos, é muito mais uma forma de expressão do que propriamente um produto pensado ou criado a partir de uma estratégia bem definida.

 

 

Num casamento, para onde olham, o que vos prende a atenção? O que procuram?

Antes de mais, o que mais procuramos são casais que confiem e se entreguem ao nosso processo de criação… a partir daí tudo se resume a “feeling” e acreditar que não temos que nos render a fórmulas standard! Existem tantas formas de contar, de criar, de emocionar e de chegar àquele cantinho no coração que nos faz estremecer, e é aí que queremos estar!

 

Como construíram a vossa assinatura? Como é que a definem?

Não construímos, nem tão pouco a conseguimos definir… Como já referimos, nada na Pixel foi ou é exaustivamente pensado, não temos estratégia para o próximo vídeo. Ainda assim, estamos convictos de que as formas de expressão não se criam nem tão pouco se definem… Tudo se resume à nossa forma de ver o mundo ou de recriar um novo mundo através daquilo que escolhemos registar.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?

Inspiração no sentido literal vem sobretudo do cinema, filmes indie e música.

Somos consumidores ávidos do Vimeo (aliás, um de nós consegue passar todo o dia no Vimeo!).

Outro factor que se mistura umbilicalmente com inspiração são as nossa vivências enquanto pessoas. No limite, o que criamos é um reflexo daquilo que somos!

 

 

Quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem?

Este é um foco de divergência entre nós. Enquanto uns precisam nitidamente de “desligar a ficha” e ir para a praia, outros acabam por não sentir essa necessidade. Mas no fundo, achamos que quem vive nesta área de corpo e alma não se consegue desligar completamente. Em boa verdade, as nossas vidas pessoal e profissional unem-se de uma forma tão harmoniosa que já nem pensamos no que é trabalho ou no que pessoal… é apenas um lifestyle. Ainda assim, trabalhamos muito, trabalhamos imenso, não pensem que dormimos toda a manhã e vamos para a praia de tarde, não, de todo, não!

 

De Portugal para o mundo, ou o mundo em Portugal: filmar fora do país é diferente de filmar cá dentro?

De Portugal para o mundo claramente. O casamento em si pode até nem ser tão diferente do que por cá se faz, mas o simples facto de viajar (e nós adoramos viajar), altera completamente os nossos sentidos, aguça-os, sobredimensiona-os e tendencialmente estamos muito mais “ligados” do que quando estamos na nossa zona de conforto a 5, 50 ou 500km de casa. Este é, na nossa opinião, o grande factor diferenciador. Ainda assim, pela experiência que temos dentro e fora do País, achamos que em Portugal os casamentos duram demasiado tempo, só porque sim… 

 

Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?

Ao receber um contacto, verificamos sempre primeiro a disponibilidade, pedindo a data e local. Depois gostamos de reunir para falamos sobre nós, sobre a forma de trabalhar e sobre o dia em si, ficando a aguardar o feedback do casal.

 

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de registar?

Todas, desde que sejam festas de pessoas simples, simpáticas e despreconceituosas, estamos de coração quente e com sorriso nos lábios. Depois, cada “tipo” de casamento tem o seu mood especial e nós sentimo-nos confortáveis para criar com qualquer tipo de mood, desde o underground, electro, love, até um casamento em qualquer castelo ou palácio.

 

Qual é a melhor parte de ser videógrafo de casamentos? E o mais desafiante e difícil?

Ser videógrafo (não só de casamentos) permite-nos ter uma qualidade de vida que não imaginávamos há uns anos atrás… Estamos rodeados de pessoas felizes, fazemos o nosso próprio horário em termos de pós-produção, fazemos o que gostamos.

Não temos um trabalho, temos uma vida!

Cremos que a gestão de expectativas é – secretamente – o que mais nos apoquenta. O resultado final do nosso trabalho não depende unicamente de nós, longe disso. Tentamos sempre explicar aos noivos que o resultado final depende de imensas variáveis, desde o local, a luz, o tempo que temos disponível nas várias fases do dia, etc., e ainda existe o factor subjectivo de o dia ser retratado sempre através dos nossos olhos.

 

Escolham um filme favorito do vosso portfolio e contem-nos porquê:

Este é um pedido bastante difícil. Cada filme é criado do zero e fazêmo-lo com o mood que consideramos adaptar-se àquele casal e festa específicos. Neste sentido, queremos pensar que todos os vídeos são especiais, e quando os terminamos, achamo-los perfeitos, cada um à sua maneira. Ainda assim, todos os trabalhos que já estão feitos, estão no passado, e não queremos estar “reféns” de nenhum registo ou estilo, pelo que o trabalho anterior não deve ser um prenúncio do próximo.

Mas respondendo mais objectivamente, o filme que melhor nos espelha neste momento é o “NEON BALLROOM”, apenas porque é o mood e o registo visual em que nos revemos nesta fase.

 

 

 

Os contactos detalhados da Pixel, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de videos incríveis e contactem a Luísa Coelho directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Kckliko, decoração floral para casamentos

Hoje conversamos com a Kckliko (que se lê coquelicot e quer dizer papoila em francês), que se dedica à decoração floral para casamentos. Fazem os mais incríveis bouquets orgânicos, misturando de forma tão delicada e singular flores domesticadas e flora selvagem, espécies frescas e espécies desidratadas, a tendência de que vamos falar por aqui em breve..

Conheço o trabalho da Albane Chotard há vários anos e é um orgulho tê-la, e ao Luís Moreno, em nossa casa, prontos a criarem a mais bonita decoração floral para o vosso casamento.

Atentem no portfolio e no processo de trabalho: slow flower design, ao compasso das estações e do que a natureza nos dá, tão ao avesso dos dias que correm, e por isso mesmo, ainda mais especial e precioso. Neste registo, até o outono e o inverno têm a sua beleza e contributos surpreendentes para o seu desenho floral.

Optamos por não utilizar plantas importadas e todas as espécies que seleccionamos são forçosamente de estação.

Sentimos que estes tempos globais impõem um peso tremendo em toda a natureza e procuramos, nas soluções locais, uma convivência mais harmoniosa e delicada com o que nos rodeia.

Como começou a Kckliko?

A KCKliKO nasce do nosso amor incondicional pelas flores e da vontade de vivermos rodeados por elas.

Foi um sonho que acarinhámos e alimentámos durante algum tempo, enquanto tínhamos ainda outros compromissos profissionais. Aos poucos, ganhou raízes no nosso coração, deu-nos a coragem necessária para mudar de vida e o tornar realidade.

Hoje, a alegria e a força transmitidas pelas flores permanecem intactas e sentimos que fizemos a escolha certa!

 

Como definem a vossa assinatura?

O que caracteriza o nosso trabalho é a diversidade de elementos e a forma solta e indomada como os utilizamos.

Gostamos de misturar espécies cultivadas e espontâneas, e tão facilmente nos apaixonamos por uma flor notável, como nos cativa uma pequenina planta de aspecto mais peculiar. Procuramos dar a cada uma o merecido destaque.

Deixamos as plantas mais sinuosas exprimir a sua graciosidade e procuramos transmitir esta fluidez nos nossos arranjos.

 

Esse estilo faz parte do ADN da marca ou é um conceito que escolhem para explorar e trabalhar este ano? Porquê?

É algo intrínseco e natural na KCKliKO.

Fascina-nos a natureza no seu estado mais selvagem e é este carácter não domesticado que gostamos de espelhar no nosso trabalho.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

Não é algo que influencie em demasia o nosso trabalho, mas não deixamos de as acompanhar.

 

E as estações do ano, o ritmo e produção de cada época, são influências, contingências ou indiferenças nestes tempos globais?

São a essência da KCKliKO e pautam todo o nosso trabalho.

Optamos por não utilizar plantas importadas e todas as espécies que selecionamos são forçosamente de estação.

Sentimos que estes tempos globais impõem um peso tremendo em toda a natureza e procuramos, nas soluções locais, uma convivência mais harmoniosa e delicada com o que nos rodeia.

 

Decoração floral para casamentos em Lisboa: Kckliko. Decoracao floral para casamentos em lisboa - KCKLIKO-7 Decoracao floral para casamentos em lisboa - KCKLIKO-7

Têm espécies favoritas ou a beleza e potencial são características transversais a todas as flores e plantas?

Gostamos das particularidades de cada espécie e são raras as que não encontram espaço no nosso trabalho. Claro que temos algumas favoritas mas não se trata de uma lista finita. A cada estação e a cada passeio, a natureza surpreende-nos com novas espécies, pelas quais muito rapidamente nos apaixonamos.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como querem que o vosso trabalho seja mostrado e vivido, ou é o prazer de discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que vos interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Somos perfeccionistas, claro, e é com método que preparamos cada trabalho, não deixando muito espaço ao acaso. Gostamos de sugerir ideias mas as soluções de cada projecto resultam de um caminho percorrido em conjunto. Agrada-nos sempre manter alguma surpresa em relação ao resultado final, mas é com enorme satisfação que vemos as pessoas reconhecerem-se nele.

 

Existem fórmulas vencedoras que aplicam, ou cada projecto de decoração floral é pensado totalmente de raiz?

Encaramos sempre cada novo projecto como uma oportunidade para criarmos algo único.

Existe uma continuidade no nosso trabalho e naturalmente trazemos connosco a aprendizagem adquirida, mas é o desafio, renovado a cada situação, que estimula a nossa criatividade.

 

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

A natureza que se reinventa a cada estação, é, sem dúvida, a nossa principal fonte de inspiração. O nosso olhar é cativado pelas cores, formas e texturas que nos envolvem e que virão dar corpo ao nosso trabalho.

No entanto, é também com enorme fascínio que acompanhamos o trabalho de outros floristas que admiramos e cuja linguagem e originalidade nos emociona, surpreende e sem duvida influencia.

 

Decoração floral para casamentos em lisboa - KCKLIKO-7 Decoracao floral para casamentos em lisboa - KCKLIKO-7 Decoração floral para casamentos em lisboa - KCKLIKO-7

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Somos os três, a nossa filha Violetta incluída, apaixonados por escalada. É na sua exigência de concentração e no despojar de preocupações, que reencontramos o nosso centro.

É frequente regressarmos de uma saída com algumas espécies em mão e de ânimo revigorado para novos projectos.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação com os seus clientes?

Nós abraçamos com paixão cada projecto e acreditamos que tal só faz sentido quando se estabelecem laços de proximidade e empatia entre as pessoas.

Gostamos de as conhecer pessoalmente, de perceber as suas expectativas e sonhos, e de as implicar no nosso trabalho para que cada projecto contenha a alma de todos os envolvidos.

 

Qual é a melhor parte de trabalhar com flores e plantas, em decoração? E o mais desafiante e difícil?

O melhor é o contacto quase diário que temos com a natureza e, claro, termos a nossa vida permanentemente florida!

O mais difícil é seguramente o carácter efémero das flores, que nos exige concentrar todo o trabalho em breves instantes para garantir a sua frescura. É algo que gerimos com uma planificação muito detalhada e precisa, mas que permanece um desafio.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Não somos capazes de preferir um ou outro casamento. podemos afirmar que todos foram emotivos, animados, bonitos, divertidos e apaixonados, e de todos guardamos memórias únicas.

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portefólio e contem-nos porquê:

Temos o hábito de registar a maior parte dos nossos trabalhos e somos fotógrafo e modelo. Esta fotografia foi tirada em Janeiro, num dia que amanheceu muito frio e com um denso nevoeiro. A Albane tinha este belo vestido de Verão, prenda do último natal, e estava mortinha por o experimentar. E foi assim, com a cor do vestido a combinar na perfeição com as folhas das árvores, descalça e enregelada, mas muito divertidos, que fotografámos este ramo de noiva pronto a entregar, num parque perto de casa.

 

Kckliko-bouquet de noiva e flores para casamento

 

Os contactos detalhados da Kckliko, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de imagens bonitas e contactem a Albane Chotard e o Luís Moreno directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: Monte do Ramalho – espaço para casamentos no Alentejo

Escolher o espaço para casamento deverá estar, nesta altura, no topo da vossa lista de tarefas, por isso, nada mais apropriado do que nos sentarmos à conversa com a Manuela Estevinha, do Monte do Ramalho, um espaço para casamentos no coração dourado e manso do Alentejo.

Há qualquer coisa de muito mágico nesta paisagem sossegada, no calor que sobe do chão e no céu estrelado que não tem fim. O Monte do Ramalho mantém essa pureza natural, sem deixar de estar totalmente preparado para receber uma bela festa – a vossa!

Deixem-se encantar!

Ter o controle das decisões não é importante, isto é, deixamos praticamente tudo na mão de quem nos procura, sejam noivos, wedding planners, empresas de decoração, cedemos o espaço aos nossos noivos e apresentamo-lo como sendo a sua casa. Aqui podem idealizar o dia da forma que sonharam, não impomos formatos nem fornecedores. O que mais nos interessa é acompanhar o processo, orientando, discutindo ideias e criando juntamente com quem nos procura.

 

Contem-nos um bocadinho do vosso percurso, como vieram parar ao universo dos casamentos?

Éramos apenas uma quinta de turismo rural, quando em 2013 fomos descobertos por um casal, ela de Lisboa e ele de Itália. Adoraram o espaço e principalmente o facto de nunca termos tido nenhum casamento, foram os nossos primeiros noivos. O evento aconteceu em Junho de 2014, totalmente ao ar livre, com a nossa iluminação de arraial e mesas corridas, tudo no exterior. Não tínhamos espaço para plano B e felizmente o bom tempo ajudou. Ainda no mesmo ano, recebemos outro casamento no início de Setembro, e para que se pudesse realizar, fizemos obras numa das nossas salas, porque a existência de um plano B era condição para que o nosso espaço fosse escolhido. Foi também nesta data que o colocámos em prática, choveu torrencialmente no dia do casamento. Em 2015 voltámos a fazer obras no espaço para podermos receber os casamentos com melhores condições, e desde aí até agora, temos vimos em crescendo.

 

Casamento no Alentejo, no Monte do Ramalho, com fotografia de Madalena Tavares Casamento no Alentejo, no Monte do Ramalho, com fotografia de Madalena Tavares

A imagem de marca do Monte do Ramalho é, na minha opinião, um estilo rústico, descontraído e romântico. Concordam com esta definição?

Totalmente. E pudemos ainda acrescentar: puro e genuíno.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Faz parte do ADN do espaço, não fizemos nenhuma alteração ao que já existia. É a simplicidade que o torna diferente dos demais. A nossa praia é um olival a perder de vista, devemos ser dos poucos que nos podemos orgulhar disso!

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

São apenas fait-divers, acompanhamos as tendências mas deixamos este assunto nas mãos dos demais.

 

Casamento no Alentejo, no Monte do Ramalho, com fotografia de Madalena Tavares

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como querem que o vosso espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que vos interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Ter o controle das decisões não é importante, isto é, deixamos praticamente tudo na mão de quem nos procura, sejam noivos, wedding planners, empresas de decoração, cedemos o espaço aos nossos noivos e apresentamo-lo como sendo a sua casa. Aqui podem idealizar o dia da forma que sonharam, não impomos formatos nem fornecedores. O que mais nos interessa é acompanhar o processo, orientando, discutindo ideias e criando juntamente com quem nos procura.

 

Onde buscam inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Não buscamos. Procuramos manter o espaço tal e qual como é. As tendências vêm com os nossos noivos e fornecedores por eles escolhidos.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Não temos fadiga criativa, temos apenas fadiga mental! Refrescamos a mente e o olhar em cada novo casamento que acolhemos no nosso espaço.

 

Casamento no Alentejo, no Monte do Ramalho, com fotografia de Madalena Tavares

Casamento no Alentejo, no Monte do Ramalho, com fotografia de Madalena Tavares

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação aos vossos clientes?

Para além da importância que tem o nosso espaço e da preocupação que temos em mante-lo o mais natural possível, acompanhamos e ajudamos os nossos noivos a concretizarem o seu dia especial, deixando-os sonhar.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Todos são diferentes, relembramos um em que o plano B foi accionado duas horas antes do início da cerimónia. Também, de certa forma, os casamentos religiosos, porque são realizados ao ar livre e têm todo um ambiente especial.

 

Escolham uma imagem favorita do seu portfolio e contem-nos porquê:

A escolha foi difícil, no entanto escolhemos uma imagem das mesas colocadas para o jantar no exterior debaixo das nossas amoreiras. A imagem lembra as maravilhosas noites de verão que temos no Alentejo, sob um céu estrelado.

 

 

Este sítio deixa-me sempre a suspirar…! Espreitem os casamentos bonitos que aconteceram no Monte do Ramalho, e se ficarem a suspirar como eu, não deixem de fazer uma visita!

 

Os contactos detalhados do Monte do Ramalho estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de imagens maravilhosas, e contactem a Manuela Estevinha directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!