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Marta Ramos

Wise words: 5 pequenos passos para um casamento sustentável

A organização do casamento vai levantar muitas questões e obrigar-vos a fazer muitas escolhas. Nas nossas wise words de hoje, dedicamo-nos a ajudar-vos a fazer escolhas sustentáveis, para que o vosso dia feliz seja também leve, em termos ambientais. E não pensem que vos queremos complicar a vida, nada disso. Aliás, a palavra de ordem aqui é mesmo ‘simplificar’.

Vamos a isso? Escolhemos umas belas fotos dos nossos fornecedores seleccionados de flores KCKliCO para vos ajudar a entrar no espírito!

 

. Tudo o que sobe, desce

Há dois momentos em que, provavelmente, vão querer que os vossos convidados lancem coisas ao ar: no fim da cerimónia, quando costumamos assistir a uma chuva de arroz e pétalas sobre os noivos, e no momento do corte do bolo, que muitos de vocês gostariam de ver acompanhado de uma largada de balões ou de lanternas chinesas.

O que há de errado nestes cenários? No primeiro caso, o uso de arroz já vem sendo há muito desaconselhado. Sim, é um material orgânico, mas não desaparece com facilidade, e entretanto cria sujidade, torna o chão perigosamente escorregadio e é prejudicial à saúde dos pássaros que se sentirem atraídos pelos grãos. Em nome dos pássaros, há quem prefira usar sementes próprias para a sua alimentação, porque cumprem o efeito visual do arroz e é garantido que desaparecerão num abrir e fechar de olhos. Estou a partir do pressuposto de que já ninguém usa confetti de papel – mas se a ideia vos passou pela cabeça, estejam descansados que há já muitas versões amigas do ambiente: espreitem estes bonitos Throw and Grow: pequenos corações ou flores carregadinhos de sementes de flores silvestres, para deixarem o sítio onde festejaram ainda mais bonito.

No segundo caso, o do lançamento de balões ou lanternas luminosas pelos céus – e todos nós sabemos que o efeito visual é forte – é possível que venha mesmo a ser proibido em Portugal em breve. Pelo menos, no caso dos balões. Vários são os estudos que comprovam que mesmo os balões em latex, ou seja, biodegradáveis, demoram seis meses a desaparecer e entretanto deixam o rasto impressionante de estragos, sobretudo quando chegam ao mar. Há várias alternativas para um efeito visual cinematográfico, como os pompons, as bandeirinhas, as fitas e os catavento em papel, com a vantagem que podem (e devem) ser guardados como recordação. Mas a minha preferida são as bolhas de sabão: basta ter o cuidado de preparar o líquido com um detergente biodegradável (mais água e um pouco de açúcar) e farão as delícias de todos os convidados, sem excepção.

 

. Contra as emissões, a favor das emoções

Todas as deslocações de carro que possam ser evitadas, é um ‘mais’ na caderneta. Não só cortam nas emissões de CO2 para a atmosfera, como trazem conforto acrescido aos vossos convidados. A solução ideal para este simpático compromisso é celebrar a cerimónia e a festa no mesmo local. No caso de casamento civil, isso é fácil. Se falamos de casamento pela Igreja, pode não ser tão fácil, mas não é, de todo, impossível – há vários espaços para casamento com capela própria ou muito próximos de igrejas. Falem com o vosso pároco atempadamente e verão que tudo se compõe.

Mas quando a deslocação é inevitável, há sempre a hipótese de proporcionar transporte colectivo aos convidados.

 

 

 

 

. Pensar global, agir local

Manifestem aos vossos fornecedores a vossa preocupação com a origem dos produtos a usar – como as flores e os alimentos. Reforcem a ideia de comprar a produtores locais e respeitem a sazonalidade de cada coisa. Esta pode ser, aliás, uma estratégia muito eficaz para vos ajudar nas vossas escolhas. Há naquela altura do ano, e ali perto? Óptimo. Não há? Passemos à hipótese seguinte.

 

. Palhinhas? Sim, mas não

Sabiam que a Bacardi já baniu as palhinhas de plástico dos seus eventos em 2016? Muitas outras marcas de bebidas já lhe seguiram o exemplo – e no Reino Unido a guerra às palhinhas como nós as conhecemos (e ao plástico descartável em geral) está a ser levada muito a sério. É fácil perceber porquê: as palhinhas (e os copos e pratos de plástico) não são reciclados, porque a qualidade do plástico com que são fabricados é demasiado baixa para compensar o custo da operação. Assim, usam-se uma vez, e ficam para sempre. Não faz sentido, pois não?

Então e o sim, perguntam vocês? O sim é para as palhinhas de bambu, que duram anos – e até dão um ar mais sofisticados aos cocktails. Falem neste assunto ao vosso fornecedor de catering.

 

. Lembranças solidárias (as mais ecológicas do mundo!)

Já conhecem os PARCEIROS SIMPLESMENTE BRANCO, certo? Foi uma das nossas novidades deste ano e é um prazer ver esta iniciativa crescer. Trata-se de uma porta aberta a instituições cujo trabalho admiramos e que vos recomendamos para que transformem as lembranças para os convidados do vosso casamento em contribuições para o bem-estar das pessoas que os nossos parceiros apoiam. Nas palavras da Susana: «É uma ideia genial, acreditem! Acabam com a pegada ecológica, facilitam alguma logística, ajudam quem precisa, à medida da vossa generosidade, sensibilizam os vossos convidados e amigos e podem, com isso, gerar toda uma cadeia de partilha de conhecimento e valor para com a instituição que escolheram, de forma pública, informada e, com uma dose de optimismo, viral (e que bonito que isso pode ser…!). AS QUE SUGERIMOS NA NOSSA LISTA partem de escolhas pessoais, minhas e da Marta: porque conhecemos pessoas envolvidas de ambos os lados (quem lá trabalha e quem foi ajudado), e por contactos profissionais que vamos tendo – todos estes projectos são valiosos e muito importantes nas comunidades que servem, e revemo-nos neles. Já o dissemos – é a nossa parte favorita do novo Simplesmente Branco.»

Um por cento do vosso orçamento é quanto basta para causar verdadeiro impacto na vida de algumas pessoas, com zero impacto ambiental. Juntem ao pacote um pequeno discurso que explique aos vossos convidados a vossa opção, um brinde, e pronto!

 

Agora já sabem: em caso de dúvida, escolham a opção mais sustentável. Fácil, não é? Para a próxima, aprofundaremos este assunto em torno da mesa: o que servir, como, quanto, e o que fazer no fim da festa para evitar desperdícios.

Stay tuned!

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