À Conversa com… BrancoPrata
Desde 2003 que a BrancoPrata concede beleza e elegância a cada projeto que abraça, quer na área da fotografia como no design floral & styling, criando “o extraordinário, o requintado e o autêntico”, sem se deixar condicionar por modas passageiras.
No Simplesmente Branco somos fãs do trabalho da dupla Sofia Ferreira & André Teixeira. Escolhemo-los, por isso, para mais uma boa conversa, que partilhamos hoje convosco para darmos as boas vindas a este promissor mês de abril. Porque tudo na BrancoPrata é luz, beleza, felicidade e otimismo! Aliás, foi precisamente este “lado bom” dos casamentos que os fez dedicar-se a esta área. “O casamento é um momento de alegria, de compromisso, de celebração do amor. É algo intimamente ligado a positividade e felicidade e, tendo em conta as nossas personalidades, e ao facto de vermos a vida sempre de uma forma tão otimista, fez e faz todo o sentido trabalhar nesta área!”
E, para nós, fez todo o sentido trazê-los hoje, aqui, revelando as suas motivações, experiências, desafios, paixões e interesses. Porque se as imagens falam por si, as palavras enriquecem-nas. Fiquem, por isso, a conhecer melhor a BrancoPrata. Na primeira pessoa.
About Brancoprata
A palavra chave aqui é mesmo essa: “pessoas”. É a nossa equipa que melhor caracteriza o ADN da nossa marca (…) Por acreditarmos tanto em cada um dos elementos da Brancoprata, sabemos que o caminho só pode ser “em frente” (…) Acreditamos no poder do indivíduo e em tudo aquilo que pode fazer em grupo.
BrancoPrata é uma referência na fotografia nacional e internacional. Mas BrancoPrata não é apenas um estúdio fotográfico, é um estúdio criativo e multidisciplinar. Como descreveriam a vossa marca, o vosso ADN?
A fotografia é apenas uma parte da Brancoprata, nem mais nem menos importante que todas as outras. Acaba muitas vezes por ser uma luta diária, explicar às pessoas que não somos apenas uma empresa dedicada à fotografia!
De uma forma mais prática, a Brancoprata dedica-se essencialmente a duas áreas distintas: eventos sociais e trabalho corporativo. A nossa equipa é, por isso mesmo, composta por pessoas que estão preparadas para dar resposta aos nossos clientes na área do design floral & styling, e obviamente na parte da fotografia.
E sentimos que a palavra chave aqui é mesmo essa: “pessoas”. É a nossa equipa que melhor caracteriza o ADN da nossa marca. Sem a sua dedicação e valor pessoal, não conseguiríamos nunca estar há tanto tempo em atividade. Por acreditarmos tanto em cada um dos elementos da Brancoprata, sabemos que o caminho só pode ser “em frente”. A resiliência, a capacidade de encarar qualquer desafio que apareça e a constante necessidade de querer evoluir e fazer mais e melhor, é algo que definitivamente faz parte do nosso ADN. Para nós, o impossível não é uma opção, é mais um desafio a ser superado!!
É esse ADN que vos distingue da “multidão”?
Confessamos que nunca nos preocupamos muito em perceber o que nos distingue da multidão, até porque sentimos que cada pessoa que faz parte dessa “multidão” tem algo distinto e único que a torna diferente de todas as outras.
Acreditamos no poder do indivíduo e em tudo aquilo que pode fazer em grupo, talvez seja essa também uma das características do nosso ADN!
E assim nasce “um amor”
O casamento é um momento de alegria, de compromisso, de celebração do amor.
Qual é a vossa história? Como chegaram ao mundo dos casamentos? E porquê os casamentos?
A nossa história começa em 2002, se bem que o projeto Brancoprata só arranca a sério em 2003, no dia 17 de Junho. Nasce (como tantas outras histórias) da vontade de querer fazer algo criativo e que fosse um reflexo das nossas personalidades, da nossa forma de ser, da maneira como encaramos as coisas, do potencial que sentíamos ter para criar coisas bonitas
Aquela necessidade de expressão, de encontrar um propósito de vida, ou simplesmente de querer fazer parte de um projeto que nos fizesse acordar de manhã sempre motivado, feliz e com vontade de tomar conta do mundo.
O casamento é um momento de alegria, de compromisso, de celebração do amor. É algo intimamente ligado a positividade e felicidade, tendo em conta as nossas personalidades, e ao facto de vermos a vida sempre de uma forma tão otimista, fez e faz todo o sentido trabalhar nesta área!
O Porto. As pessoas, sempre.
O regresso a casa, ao nosso Porto, é sem dúvida a nossa maior fonte de inspiração. (…) E já dizia Agustina Bessa-Luís: “O Porto não é uma cidade, é um sentimento!”
É o Porto, ponto.
O que vos inspira a fazer o vosso trabalho, a criar as imagens que criam?
As imagens são o resultado final do tal trabalho de equipa que falamos antes, começam muitas vezes por nascer de um conceito, uma ideia, uma parte da direção criativa que fazemos.
São o produto de tudo o que vivemos, das pessoas que conhecemos, das histórias das quais fizemos parte. As imagens são também parte do nosso ADN e não resultado dele.
E quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem? Como é que mantêm a vossa perspetiva fresca e inspirada?
Apesar do nosso trabalho nos “obrigar” a viajar muito, a conhecer novos locais, culturas e, acima de tudo, pessoas que nos acabam por inspirar e perceber o quão diverso o mundo é… o regresso a casa, ao nosso Porto, é sem dúvida a nossa maior fonte de inspiração. Estas ruas, estas pessoas, esta luz que ninguém fala, esta alma, esta forma tão acérrima de sentir a nossa “casa”, é e será sempre a nossa maior fonte de inspiração. Sem o Porto, a Brancoprata seria uma marca completamente diferente, pois esta cidade tem um impacto brutal em todo o que criamos e fazemos, em todos os projetos que almejamos fazer e acima de tudo, na alegria que, passados 18 anos, sentimos por aquilo que escolhemos fazer!
E já dizia Agustina Bessa-Luís: “O Porto não é uma cidade, é um sentimento!”
É o Porto, ponto.
São as pessoas que nos inspiram a fotografar. (…) Não faz sentido para nós criar um conceito de casamento que não seja um reflexo das pessoas.
Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento?
As pessoas. Provavelmente e correndo o risco de nos tornarmos repetitivos, são as pessoas que nos inspiram a fotografar. As suas histórias, os seus percursos na vida, as suas personalidades, as expectativas que têm, os sentimentos que nutrem por aqueles que mais amam. O facto de existirem e serem indivíduos (únicos e distintos de todos os outros) é uma fonte de inspiração inesgotável.
Qual é a melhor parte de criar o conceito do casamento, quer ao nível da decoração e styling?
Esta resposta poderia perfeitamente ser uma cópia da anterior. Não faz sentido para nós criar um conceito de casamento que não seja um reflexo das pessoas. Não pode ser nunca uma questão de tendências ou do que gostaríamos de criar para o nosso portfólio, mas sim do que é verdadeiramente importante para os nossos clientes, neste caso concreto, os nossos noivos. O ponto de partida terá sempre que ser esse…
Química. Tão simples assim
O nosso objetivo será sempre atrair pessoas que gostam daquilo que fazemos, que se sentem atraídos pelo tipo de trabalho que partilhamos, pelos valores que defendemos, pela forma como comunicamos
Como definiram o vosso target? O vosso site, por exemplo, é apenas em inglês, porque tomaram essa opção?
Essa decisão foi feita já há mais de 10 anos. A verdade é que aconteceu naturalmente e sem um plano especifico para que assim fosse. Numa altura em que as redes sociais davam os primeiros passos, facilmente percebemos que era possível percorrer o mundo com um tweet apenas e rapidamente estávamos conectados com pessoas que falavam diversas línguas. O Inglês acabou por ser a escolha mais clara, uma vez que é muitas vezes considerada a língua universal.
O nosso objetivo será sempre atrair pessoas que gostam daquilo que fazemos, que se sentem atraídos pelo tipo de trabalho que partilhamos, pelos valores que defendemos, pela forma como comunicamos e que entendem que, de facto, na Brancoprata acreditamos no poder da personalização, que ouvimos verdadeiramente os nossos clientes e que podem sempre esperar de nós toda a dedicação e atenção a cada projeto.
Pedem-nos muitas vezes para definir o nosso tipo de cliente, mas hoje em dia não é assim que queremos fazer as coisas… não queremos dizer que o nosso cliente “tipo” gosta de determinadas coisas ou ouve determinado tipo de música ou janta em restaurantes específicos… o nosso “cliente tipo” (seja ele qual for), vê o nosso trabalho e sente-se atraído por ele, identifica-se com ele, depois conhece-nos e existe logo uma química entre nós e sabem que somos a escolha certa e, por outro lado, nós sentimo-nos entusiasmados em fazer parte deste casamento. Tudo resto passa sempre para um plano mais secundário.
Um dia à escala do (vosso) sonho
Fotografar e construir todo o styling de um casamento é diferente de cada vez que trabalhamos com casais diferentes. (…) estaremos lá de alma e coração a dar o nosso melhor, para que, no final, eles e nós sintamos que o resultado não poderia ter sido melhor.
Fotografar e construir todo o styling de um casamento estrangeiro é diferente de o fazer para casamentos nacionais?
Não vemos as coisas desse modo! Fotografar e construir todo o styling de um casamento é diferente de cada vez que trabalhamos com casais diferentes. Obviamente que o sítio de onde são provenientes tem implicação na criação, mas apenas porque é algo que faz parte das pessoas, da sua cultura, dos seus valores, e isso é sempre levado em conta quando estamos a trabalhar. Podem ser Portugueses, Espanhóis, Ingleses, Americanos… enfim, isso é parte da sua história e é sempre tido em conta.
Agora não podemos avaliar as coisas como “os nossos e os outros”, simplesmente não faz sentido para nós.
Qual o tipo de festa que mais gostam de registar? Casamentos íntimos ou miniweddings, festas de arromba ou elopements, casamentos boho, clássicos ou modernos…?
O que os noivos decidirem ser o seu tipo de festa. O mais importante é que as escolhas que façam estejam alinhadas com o que pretendem, pois delas irá depender a forma como encaram o dia. Por isso, se estiverem felizes com uma festa de 10 pessoas ou 200 convidados, isso é o mais importante.
Para além disso, não é segredo que sentimos sempre muita resistência em rotular os casamentos dessa forma… as pessoas não são, apenas e só boho, ou clássicas ou modernas… são muito mais do que uma categoria.
E se existir da parte deles uma conexão com a Brancoprata, se todos sentirmos que, de facto, somos a melhor opção para fazer parte do casamento deles… o resto não interessa, estaremos lá de alma e coração a dar o nosso melhor, para que, no final, eles e nós sintamos que o resultado não poderia ter sido melhor.
O verdadeiro desafio é encontrar beleza em tudo aquilo que nos rodeia, mesmo que não seja fácil à primeira vista. (…) Estar preparados para qualquer eventualidade
Que locais são os mais bonitos para celebrar e fotografar um casamento?
Todos. O verdadeiro desafio é encontrar beleza em tudo aquilo que nos rodeia, mesmo que não seja fácil à primeira vista. A maior parte das vezes, os noivos escolhem um espaço, porque de certa forma criaram uma conexão com o local, sentiram que aquele era o sítio certo.
Há que honrar essa escolha e fazer o nosso melhor para criar e fotografar a melhor experiência possível.
O que é que consideram mais desafiante num dia do casamento e como enfrentam esse desafio?
O tempo ou, muitas vezes, a falta dele. As horas passam demasiado depressa (e não é apenas para os noivos e convidados, é para toda a equipa de fornecedores ligada à festa), e é fácil sentir que “gostaríamos de ter um pouco mais de tempo”.
Para lidar com isso, sentimos que o segredo é organização e implementação de sistemas que nos dão paz de espirito e que permitem que a nossa criatividade tenha espaço para crescer. Estar preparado para qualquer eventualidade no dia de um casamento foi uma lição que aprendemos ao longo dos anos (muitas vezes da pior maneira possível), e que hoje em dia, sabemos que é imprescindível na Brancoprata. Pode existir um plano A e um plano B… mas pelo sim pelo não, vamos pensar também num plano C e num plano D.
E se…
A nossa maior prioridade serão as “nossas pessoas” e nós os dois, o resto acontecerá naturalmente.
Se casassem agora, que tipo de escolhas fariam?
Se calhar o melhor é começar por dizer que nós ainda não somos casados.
Dito isto, o que podemos dizer em relação às nossas escolhas para o nosso casamento:
Seremos totalmente fiéis às nossas personalidades, não faremos qualquer escolha baseada em tendências ou rótulos pré definidos. Seguiremos sempre o nosso instinto e vontade. Faremos sempre uma reflexão muito nossa, muito própria, acerca do que é importante para nós no que diz respeito ao ato de casar. Pensaremos nas coisas que mais valorizamos, o que não abdicamos e, acima de tudo, o que é de facto imprescindível para nós.
Iremos definir um orçamento baseado nas nossas capacidades e sonhar dentro desse orçamento. Iremos tomar as decisões o mais sustentáveis possíveis para o nosso casamento, pois esta é e será sempre uma das nossas maiores preocupações.
Não iremos sentir a pressão de querer fazer algo diferente, só porque trabalhamos na área dos eventos! Ou de escolher um determinado fornecedor, porque é amigo ou conhecido!!
A nossa maior prioridade serão as “nossas pessoas” e nós os dois, o resto acontecerá naturalmente.
Impossível não é uma opção
Encarar as coisas numa perspetiva de evolução e não de sobrevivência, de continuidade, de permanência e, acima de tudo, de crescimento.
Como foi 2020 e está a ser 2021 para vocês?
Estão a ser anos de crescimento, de validação. Perceber que acreditamos, de facto, nas coisas que defendemos… e de repetir todos os dias: “impossível não é uma opção”!
Em 2020 apenas fizemos 1 casamento em janeiro, ainda antes da pandemia. Todos os outros foram adiados. Em 2021, grande parte dos nossos eventos foram novamente adiados. O último casamento que fizemos foi há 1 ano e 2 meses, “coisa” nunca vista em 18 anos de atividade.
Seria mais fácil, sem dúvida, estar aqui a culpar a pandemia, escrever queixas da má sorte, mas a verdade é que não conseguimos fazer isso. Estamos bem, com saúde, a nossa família e amigos também, e estamos a trabalhar, a equipa a crescer, ao contrário de tantos fornecedores que, infelizmente, prestam serviços em áreas que estão completamente paradas e que não têm autorização para trabalhar. Perante essas situações, como poderíamos dizer que estão a ser tempos impossíveis para nós??
Se é um desafio? Claro que é! Mas cá estamos cheios de vontade e força para dar resposta e ver a possibilidade de crescer e não apenas resistir!
Encarar as coisas numa perspetiva de evolução e não de sobrevivência, de continuidade, de permanência e, acima de tudo, de crescimento.
Do ponto de vista pessoal, não tem sido fácil estar longe da família e dos amigos próximos (no último ano contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que estivemos juntos), mas encaramos isso como algo necessário e imprescindível.
O que nos dizem a…
A vossa relação com o Simplesmente Branco remonta aos “inícios”. Como estão a ver esta mudança?
Encaramos sempre a mudança como algo positivo, algo que nos faz crescer e evoluir. O mesmo se passa em relação ao Simplesmente Branco. É um novo capitulo, com um respeito enorme em relação aos anteriores, uma oportunidade para crescer e superar novos desafios.
Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê.
Seria tão injusto fazer essa escolha… como escolher uma imagem de entre milhares? Como dar mais importância a um casal do que todos os outros? Como fazer essa avaliação? Obviamente que existiram histórias que nos tocaram de uma forma especial, presenciamos momentos que nos deixaram um imenso nó na garganta, gargalhadas que demos, daquelas que ficamos com o estômago a doer de tanto rir… mas escolher apenas um?… Seria impossível!
O que gostavam de dizer aos nossos leitores/noivos e que ainda não tenham dito nas vossas respostas a estas perguntas?
Na vida apenas e só uma coisa não tem solução… e todos sabemos qual é essa “coisa”. O resto, terá sempre uma forma misteriosa de funcionar, seja de que maneira for.
Ser fiel às nossas crenças, aos nossos valores e à nossa identidade, e, acima de tudo, seguir o nosso instinto é o maior presente que qualquer um de nós pode deixar. Se todos dermos o nosso melhor em tudo o que fazemos, seremos sempre muito mais felizes, e essa será sempre a maior recompensa em todas as escolhas que fazemos.
3 conselhos para os noivos…
Respirar, confiar e desfrutar
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