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Susana Pinto

À conversa com: ADORO – fotografia de casamento

Hoje sentamo-nos a conversar sobre fotografia de casamento, com a dupla da ADORO: Carla Guedes Pinto e Sofia Dias.

Para além de fotografar, desenham convites de casamento (e todo o restante estacionário) maravilhosos, ou não fossem designers de formação.
Fiquem a conhecê-las melhor e ao trabalho muito bonito que fazem!

As emoções das pessoas e dos momentos são a nossa energia. Não interferimos, apenas observamos, sentimos e reagimos, fotografando. E a relação de entendimento e confiança entre todos, é meio caminho para tudo fluir e o resultado transparecer a naturalidade que procuramos.

Do design gráfico para a fotografia não é um salto demasiado grande, mas para o universo dos casamentos já é bastante específico. Como é que foram lá parar?

Sim, de facto o salto é grande, não tanto pela passagem para a fotografia, onde se continua a trabalhar num universo visual, mas mais pela passagem para o universo dos eventos e dos casamentos.

A fotografia sempre nos acompanhou, em caminhos paralelos, mas esteve sempre presente. Uma das minhas grandes amigas de infância era filha de um grande fotojornalista, o Rui Ochôa. Adorava quando ia lá a casa e via os negativos todos espalhados, grandes formatos impressos pelo chão, uma gaveta cheia de objectivas ou as tardes passadas na redacção do Jornal Expresso. Com ele, comprei a minha primeira máquina fotográfica, uma Nikon 801, quando tinha 15 anos, e pouco a pouco comecei a fotografar.

A Sofia começou com o pai, que lhe punha a sua Canon nas mãos e lhe ensinava que o diafragma era mais do que aquele músculo na cavidade torácica. O seu primeiro ordenado, foi para comprar uma máquina fotográfica (analógica). Desde cedo fomos as fotógrafas de serviço entre os nossos amigos e família. Muitos rolos se consumiram…

O salto para os eventos de casamentos, foi apenas o ajuste necessário para tornar esta nossa actividade em algo comercial. Isto quando o suporte digital finalmente atingia uma qualidade profissional.

O design, área em que trabalhámos durante muitos anos (a Sofia em design gráfico e a Carla em design de equipamento) de certa forma preparou-nos a abordar qualquer desafio de uma forma metodológica, e isso aplica-se na perfeição quando temos um casal que quer concretizar o que sonhou para o seu dia de casamento. É um desafio criativo e projectual.

A passagem do nosso trabalho de designers para este universo “casamenteiro” deu-se num momento de crises várias. A crise do próprio negócio de design, das agências e dos orçamentos pagos a 120 dias, e também da crise criativa, um bocado cansadas de clientes cinzentos e institucionais.

Pensámos que, por nossa conta, se calhar faríamos qualquer coisa mais interessante e mais próxima das pessoas reais.

Quando começámos em 2011, o universo estético dos casamentos era ainda pouco fresco, muito clássico e percebemos que podia ser esse o caminho. Oferecer uma alternativa ao existente. Acabou por ser uma época de transição, em que surgiram fornecedores, como nós, que contribuíram para desenhar e consolidar o universo que hoje existe.

 

Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento

 

Começaram com um leque de serviços mais alargado, que agora concentraram em fotografia e organização, a solo ou com tudo incluído. É uma evolução natural ou sentiram, de facto, necessidade de estreitar o foco?

Foi um misto. Uma evolução, após sentirmos o mercado, e uma forma de convergir esforços e investimento, sobretudo de tempo.

Quando decidimos fotografar (casamentos e outras celebrações), sentimos necessidade de garantir a harmonia e fotogenia dos ambientes, incluindo o grafismo e a decoração. Para além de termos esta possibilidade de prestar um serviço completo a quem nos procurava, sabíamos também de antemão, que todo o conceito daquela celebração seria coerente.

Isso para nós era perfeito, era fotogenia garantida!

Mas ao longo dos anos sentimos necessidade de ajustar o negócio à realidade e percebemos que o investimento que justifique a contratação de alguém que pense e concretize o conceito de um evento acontece maioritariamente em casamentos, e quase nada em outras celebrações mais pequenas (festas de aniversários, baptizados etc).

Desta forma passámos a prestar serviço de decoração e grafismo apenas para casamentos.

A organização de um casamento requer dedicação e uma total disponibilidade para aquelas duas pessoas que anseiam pelo seu dia, perfeito, sem falhas. Por isso, actualmente aceitamos apenas algumas organizações e desenvolvimento criativo num reduzido número de casamentos, garantindo a nossa total disponibilidade para o sucesso do projecto.

A fotografia continua a ser a nossa actividade principal, e também a nossa paixão. Na fotografia continuamos a fazê-lo em todas as outras situações de festas e celebrações (festas de aniversário, baptizados, celebrações entre amigos e família), bem como sessões a dois ou de família.

 

Como definem a vossa assinatura, o vosso ponto de vista?

Achamos que se quisermos dizer numa palavra, será “verdadeiro”.

Na fotografia como na organização e desenvolvimento criativo, procuramos um olhar e abordagem reais, sempre em função do par. A estética e fotos do casamento têm que reflectir aquelas duas pessoas, e elas reverem-se nela.

As emoções das pessoas e dos momentos são a nossa energia. Não interferimos, apenas observamos, sentimos e reagimos, fotografando. E a relação de entendimento e confiança entre todos, é meio caminho para tudo fluir e o resultado transparecer a naturalidade que procuramos. Sentimos que nos ajuda o facto de virmos de outra área profissional, sem vícios nem preconceitos. E com o tempo percebemos que não é indiferente o facto de sermos um olhar feminino. Não sendo vantajoso nem desvantajoso, é apenas uma particularidade que transparece no nosso trabalho, sem nunca o termos previsto.

 

Onde buscam inspiração para o vosso trabalho?

Viemos as duas de uma área muito visual e esteticamente ecléctica, por isso qualquer fonte de informação é válida, e não necessariamente a ver com casamentos. A isto juntamos o que o par nos sugere das suas personalidades, vivências e preferências. Damos por nós a pesquisar universos tão díspares como Botânica ou a Culinária.

O cinema e a fotografia de rua e de moda serão as nossas maiores inspirações e agentes provocadores. O universo visual de cineastas como Wong Kar-Wai, Sophia Coppola, Wes Anderson, Jane Campion, Yasujirô Ozu, Stanley Kubrick ou pérolas como “Eu sou o Amor” (Luca Guadagnino) e “Carol” (Todd Haynes), são exemplos disso.

Na fotografia, o enorme trabalho de nomes como Saul Leiter, Tim Walker e as recentes descobertas dos espólios de Albert Khan e Vivian Maier. E por cá o Pedro Cláudio, fundamental pelo trabalho gráfico na fotografia, ou o olhar fresco e sem gavetas da Vera Marmelo.

Na secção mais “casamenteira” adoramos o trabalho do Pablo Beglez, Kristen Marie Parker, ou do Rodrigo Cardoso, dos Piteira ou do Rui Gaiola.

 

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E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Como o dia-a-dia é tão assoberbado de informação, às vezes apetece apenas desligar para criar espaço mental. Mas quando ainda sobra algum espaço, há todo um mundo para descobrir. Viajar é um óptimo escape, seja cá dentro ou lá fora, e uma forma de nos inspirarmos e refrescar ideias. Por exemplo, nos últimos anos o trabalho levou-nos algumas vezes aos Açores e à Madeira, e foram óptimas descobertas para nós. Claro que aproveitamos sempre que o trabalho nos leva para fora de Lisboa, para sentir um bocadinho do local onde estamos. Isso é uma coisa que adoramos fazer, fotografar para além das pessoas, porque o território envolvente também faz parte das histórias.

É isso que adoramos… contar histórias.

Mas depois há coisas bem mais prosaicas que nos dão imenso prazer e que nos compensam, como meter um disco a tocar e dançar como se ninguém estivesse a ver, ir a um concerto mesmo bom, ou a um espectáculo de dança, ir dar uma volta de bicicleta com amigos. Ai… os amigos… com esta vida tão ao contrário das rotinas tradicionais, às vezes é difícil acertar com os programas dos amigos e família. Quando conseguimos fazer isso, é um luxo, um tempo impagável que se vive com prazer.

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação com os vossos clientes?

A partir da primeira reunião, em que se dão caras aos nomes, percebemos o perfil do par e as suas espectativas. Isso é essencial para gerirmos um processo de organização de casamento e respectivo desenvolvimento criativo. A partir dessa leitura que fazemos e do próprio pedido dos noivos, iniciamos a nossa pesquisa e vamos trocando ideias com eles, sempre suportado visualmente para que ambos tenhamos a certeza do que estamos a falar. Depois do plano aprovado, começamos a produzir e a gerir cada passo até ao dia do casamento.

Na fotografia, depois da reunião (muitas vezes por Skype) fazemos sempre uma sessão fotográfica antes do casamento. Serve para nos conhecermos melhor, quebrar gelo e testarmos a relação fotógrafo/fotografado, para que no dia do casamento não seja demasiado brusco e invasivo.

Em ambos os casos tentamos sempre ler o mais possível de quem está do outro lado, dizemos que somos quase psicólogas tentado ler as entrelinhas para perceber o que é de facto importante para eles. Absorvemos o máximo e impomos o mínimo possível. E valorizamos a transparência, que é meio caminho para a confiança mútua.

Somos “parceiros no crime” do dia dos nossos noivos, e eles são o mais importante. O dia é deles e não nosso.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo?

Há o prazer em ver as ideias tomarem forma, mas evitamos o perfeccionismo nestes processos assentes num casal de noivos (geralmente estreante) e que envolvem várias valências e fornecedores. Focamo-nos em conseguir o melhor equilíbrio entre todos.

E depois sabemos que estamos a lidar com emoções, e não dá para aplicar fórmulas de Excel nelas. As decisões têm de ser tomadas com tempo, sem pressões, e sabemos que estamos a lidar com duas pessoas, muitas vezes com ideias e até algumas expectativas diferentes entre eles. É preciso saber mediar isso.

Somos o elemento de ponderação, e a voz da experiência, mas mesmo assim, no final, o casal tem de estar confortável com todas as decisões tomadas. Esta gestão requer alguma sensibilidade.

  

Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento Adoro - fotografia de casamento

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é no dia ver tudo materializado, e a felicidade estampada no rosto dos noivos, por verem expectativas superadas.

O desafiante é transpor, para soluções criativas, a vontade dos noivos e tudo o que lemos nas entrelinhas. Adoramos quando os noivos sonham com uma coisa e nós conseguimos concretizá-la. Ver essa felicidade do momento concretizado estampado na cara dos noivos é o melhor dos momentos… e claro, de preferência registá-lo numa fotografia nossa.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Difícil responder, porque o envolvimento chega a ser emocional. Não conseguimos dizer apenas um.

Profissionalmente falando, houve um casamento que organizámos à distância, os noivos viviam nos Estados Unidos, e que correu irrepreensivelmente bem do princípio ao fim. Deste a sintonia criativa, ao respeito mútuo e confiança no nosso trabalho e às imagens cheias de luz e amor que nos deram para registar.

Mas claro, não há amor como o primeiro… o primeiríssimo casamento, da Inês e do Ricardo. Esses loucos que confiaram numas miúdas que nunca tinha organizado ou sequer fotografado um casamento (profissionalmente), e nos depositaram toda a confiança. Mostrarmos-lhes uma breve apresentação das nossas intenções, que terminava com “Querem casar connosco?” e eles responderam “Sim!”

Como experiência de tipo de registo e exotismo, tivemos um casamento na Madeira que foi um fim-de-semana em festa, com registos magníficos de paisagem e uma festa cheia de amigos que souberam disfrutar verdadeiramente do momento.

Pela intensidade emocional, e beleza há também um outro pequeno casamento, num Fevereiro soalheiro, em Monserrate (Sintra), que contrariou todos os estereótipos. Simplesmente mágico!

Todas a histórias são únicas e irrepetíveis, e isso é muito especial para nós, dá-nos fôlego.

 

Se fosse o vosso casamento, fariam tudo, uma parte ou mesmo nada? Quem fotografava?

Carla: para mim o mais interessante é a partilha emocional, a cumplicidade com quem mais gostas de estar, a tua cara-metade e os teus amigos e família. Mas nunca me imaginei noiva, e ser o centro de um casamento, que acontece assim num estalar de dedos. Acho que prefiro estar deste lado, com a máquina na mão, contagiada pelas emoções de quem celebra esse dia.

Sofia: adoro o formato de um fim-de-semana com amigos e família, os dias de casamento são assustadoramente rápidos. Teria que conhecer pessoalmente os fotógrafos da minha eleição, a empatia é essencial.

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:

Que maldade… Entre muitas, e por diferentes motivos, esta foto passa bem o que nos continua a surpreender. Adoramos os entretantos, que nos brindam com imagens bonitas e irrepetíveis.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Que bela conversa, esta! Tenho a certeza que gostaram de conhecer melhor esta dupla e que o bonito trabalho que fazem ganhou uma nova amplitude.

Contactem a ADORO, através da sua ficha de fornecedor. Visitem as galerias e entrem em contacto com a Carla Guedes Pinto ou a Sofia Dias, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

E se querem ver casamentos bonitos fotografados por esta dupla, espreitem aqui!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

Marta Ramos

Um amor e o mar, por ADORO

A Cátia e o Tiago casaram no mês de Outubro de 2018, aquele mês que, nos últimos anos, se começou a juntar à categoria do verão. Este dia não foi excepção, felizmente, mesmo sendo já quase fim do mês: esteve um tempo fantástico e uma luz mágica, que as fotógrafas da ADORO bem souberam captar.
O espaço escolhido foi o NOAH Surf House, o “irmão mais novo” do Areias do Seixo, o que se traduz num ambiente requintado e pautado pelo bom gosto, com os pés descontraidamente assentes no areal.

O dia começou tranquilamente, em família, com mergulhos na piscina. O noivo aproveitou para apanhar umas ondas naquele sempre generoso mar de Santa Cruz, e tudo fluiu com calma e graciosidade.

Este casamento reuniu condições que raramente vemos no mesmo dia: descontracção dos noivos e convidados, espaço(s) fotogénico(s) e o clima estupendo. O espaço aberto e a ligação à praia fez com que os convidados descontraíssem e desfrutassem verdadeiramente do dia.

Aproveitemos então a boleia das imagens da ADORO para darmos uma escapadinha até à praia:

 

O espaço, a decoração e o catering têm assinatura NOAH Surf House (Praia da Física, Santa Cruz); a noiva vestia um vestido Pronovias e calçava sapatos Bobbies; o noivo trajava Hugo Boss e calçava Olsken.

Vejam mais trabalhos da ADORO e leiam atentamente a entrevista que a Carla e a Sofia deram à Susana. Para falarem directamente com as fotógrafas, usem e abusem do formulário de contacto que se encontra na respectiva ficha de fornecedor. Elas estão à vossa espera.

Susana Pinto

Casamento em Lamego: o dia bonito de Rita + Igor

Mais uma semana de outono com sabor a verão tardio que termina, e chegamos a sexta-feira com o mais bonito dos dias da Rita + Igor, que casaram com vista para o Douro, em Lamego, numa casa com muitas memórias de família.

Felizes, muito descontraídos e tirando partido de uma curiosa mistura de detalhes clássicos e modernos, pensaram – e executaram! – um dia belíssimo, que a dupla de fotógrafas da Adoro registou, e a Rita nos relatou.

Vamos ver as vistas? São magníficas.
Bom feriado!

 

 

 

 

 

 

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

Para começar, não houve uma pergunta e uma resposta, mas uma decisão conjunta e espontânea! Estávamos em Vernazza, Itália, no Verão de 2017, e decidimos casar no ano seguinte. Já em Portugal, o nosso dia foi imaginado como uma festa de família na região do Douro Vinhateiro, mais concretamente em Lamego, onde nasceu o noivo. Os detalhes foram surgindo pouco a pouco, num estilo natural e boho.

 

 

 

 

 

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Preparadíssimos. Foi um processo natural e muito divertido, com um bom entendimento e organização de ambas as partes.

Eu adorei estar noiva!!!

 

 

 

 

 

 

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Quando criámos um grupo no Facebook com os nossos convidados, no qual o vídeo do save the date foi o pontapé de partida. Ao longo de seis meses, foram acompanhando algumas partes do processo e o seu entusiasmo foi o alento necessário para sentir que era “mesmo isto”!

 

 

 

 

 

 

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

Para o noivo, foi 99% fiel, porque idealizou outro tipo de luzes!

Tivemos várias reuniões com a quinta, partilhámos imagens que nos inspiraram e, juntos, definimos os pormenores em todos os espaços. Foram incríveis na personalização do casamento!

Fizemos praticamente tudo sozinhos a partir de Lisboa e, em cada ida a Lamego, as tarefas estavam definidas. A ajuda veio já na recta final, quando nomeámos uma prima para wedding planner.

 

 

 

 

 

 

 

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

Fundamental: reunir a família chegada e os amigos que já são família.

Sem importância: o convite físico. Estamos na era digital, logo fizemos o save the date em vídeo. Foi gravado na quinta, para que todos os convidados ficassem a conhecer o espaço previamente. As lembranças também não eram importantes de todo; estivemos até à última hora para decidir se dávamos algo ou não, e então acabámos por criar o momento “Sorte ao Amor”. Distribuímos raspadinhas por todos e houve vários premiados! Inesperadamente, ofereçam-nos os prémios!

 

 

 

 

 

 

 

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

Quase tudo foi fácil, desde a escolha do local, a nossa roupa, as alianças, a fotografia! A Adoro tinha o registo que procurávamos e foi responsável pela cobertura fotográfica do nosso casamento; fez ainda um trabalho sensacional na sessão de solteiros, sunset de noivos e preparativos na piscina.

O mais difícil foi definir os lugares dos convidados nas mesas e, no dia, após perceber que nos atrasámos imenso no jantar, ter que alterar o alinhamento no momento. Mas acabou tudo bem!

 

 

 

 

 

 

 

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

A entrada da noiva na cerimónia, ao som de uma prima nossa a cantar ao vivo. Mas a adrenalina durou o dia todo!

 

E o pico de diversão?

A nossa coreografia surpresa!

 

 

 

 

 

 

 

 

Um pormenor especial…

Todo o espaço, que era naturalmente lindíssimo e com boa energia, desde a cerimónia realizada debaixo duma árvore, até ao copo de água no jardim de inverno com vista para as vinhas, e o concerto.

Nós optámos por ter uma banda e todos elogiaram! Para além do seu reportório, tocaram ao vivo algumas músicas a nosso pedido e, na parte de DJ, a maioria das músicas que passarram tinham sido previamente sugeridas pelos nossos convidados, para que se sentissem ainda mais parte da festa.

 

 

 

 

 

 

 

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

São pequenos detalhes, mas teríamos incentivado os convidados a deixar as suas mensagens no livro e a usar o photoboot, pois passaram despercebidos.

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

Disfrutem dos preparativos e reservam um tempo para estarem só os dois, antes do dia.

Pesquisem muito (os casamentos reais do Simplesmente Branco são uma verdadeira inspiração, por isso partilhamos o nosso para que de alguma forma também possa inspirar!) e façam escolhas para que este dia seja a vossa cara.

É um dia único que vão recordar toda a vida. Já vimos algumas fotos e ainda nos custa a acreditar que éramos nós! Só gostávamos de ter tido mais um bocadinho, ou dia, para nos deliciarmos. Estamos in love!

 

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: save the date produzido por Labfoto & FotoLamego;

local, catering, bolo dos noivos, decoração e bouquet de noiva: Hotel Rural Casa dos Viscondes da Várzea – Lamego;

fato do noivo e acessórios: Massimo Dutti e El Corte Inglés;

vestido de noiva e sapatos: A Bela Noiva e Isabel Marant;

maquilhagem e cabelos: Rute Lima Cabeleireiros;

ofertas aos convidados: Raspadinha do Amor dos Jogos Santa Casa;

fotografia: Adoro

vídeo: Labfoto & FotoLamego

luzes, som e Dj: Margarida Simões (soprano) e Bruce Brothers (banda e DJ)

 

Marta Ramos

My way, por ADORO

A Filipa e o Manuel casaram em Maio do ano passado e sabiam muito bem o que não queriam para o seu casamento, o que é um excelente ponto de partida. Ela não queria bouquet, por isso optou por encomendar uma bonita coroa de flores à Em Nome da Rosa; ele não queria usar gravata e escolheu um elegante papillon. A ADORO fotografou o grande dia e partilha hoje convosco alguns apontamentos: «Teve graça a roupa escolhida ser fiel à personalidade de cada um. Apesar do contraste entre os dois resultou numa perfeita harmonia no conjunto.» Um casamento mesmo à medida da Carla e da Sofia:

Na fotografia como na organização e desenvolvimento criativo, procuramos um olhar e abordagem reais, sempre em função do par. A estética e fotos do casamento têm que reflectir aquelas duas pessoas, e elas reverem-se nela.

A Filipa aplicou o mesmo rigor na escolha do vestido de noiva, e acabou por encontrar a sua segunda pele com ajuda da Sara, da Vestidus, experiente conselheira nestas questões: «Temos muitas noivas que nos agradecem por sugerirmos vestidos que à partida não fariam parte da sua escolha, mas que acabam por ser os eleitos.» Nesta delicada questão da escolha do vestido de noiva, é importante que tenham em conta aquilo que mais vos favorece, claro, e um bom especialista poderá aconselhar-vos mesmo antes de experimentarem seja o que for; o vosso conforto (afinal, vai ser um dia longo e muito activo); e aquilo que não vos transforme em algo que não são. Procurem ver no espelho um reflexo aprimorado de vocês mesmas – quando o encontrarem, estarão no caminho certo!

Perguntámos à Sara que vestido é este e ficámos a saber que é o modelo Ardourf, da Rembo Styling; e ainda está disponível para prova na Vestidus, por isso, se estas imagens fizerem clique, não hesitem e agendem um atendimento o quanto antes.

 

 

 

 

 

 

 

Vejam mais trabalhos da dupla ADORO e leiam atentamente a entrevista que a Carla e a Sofia deram à Susana. Também aconselhamos vivamente que se mantenham a par das novidades da Vestidus, e que escutem as wise words que vos trouxemos há dias sobre a escolha do vestido de noiva perfeito (com assessoria da Sara Silva, pois então). É um prazer ajudar-vos!

Marta Ramos

Um triângulo super amoroso, por ADORO, parte II

Lembram-se do passeio à beira-mar da Joana, do Hugo e do Apolo? Na altura, as fotógrafas da ADORO comentaram que «depressa se percebeu que afinal foram feitos para isto!»

Pois hoje é dia da prova dos nove. Vamos ver se noivos e ‘menino das alianças’ se portaram tão bem no casamento como na e-session. A fotografia continua a ter assinatura ADORO; o local escolhido para o grande dia foi a Quinta dos Machados; e há ainda uma singela e deliciosa participação de outro fornecedor seleccionado Simplesmente Branco nesta bonita festa: a medalha que o Apolo usa na coleira (onde ele muito eficientemente transportou as alianças dos donos) é obra das meninas da Molde Design Weddings.

Quando nos contaram os planos para o dia, meses antes, bastou-nos ouvir ‘no meio do bosque’ para sabermos que era promissor. – ADORO

O casamento da Joana e do Hugo teve lugar num abafado dia de Outono. Nenhuma outra estação se prestaria tão bem ao cenário que o casal escolheu para a troca das alianças. No imponente bosque da Quinta dos Machados, adornado apenas com alguns pormenores bem escolhidos – umas fitas aqui, umas lanternas ali – e devidamente apetrechado com cadeiras de realizador para os convidados, o casal concretizou o seu sonho e deu início a mais um capítulo da sua vida, sem dúvida sob o signo da natureza, da espontaneidade e dos laços afectivos.

Sabemos que as fotógrafas Carla e Sofia adoram trabalhar com luz natural, por isso estavam verdadeiramente no seu elemento neste dia. Já pudemos testemunhar o à-vontade da ADORO a fotografar ao ar livro em numerosas ocasiões, fosse com o mar da Madeira em fundo, nas encostas cobertas de vinhas das margens do rio Douro ou numa praia em Janeiro.

Hoje deixamos-vos com esta amostra de delicadeza e de bom gosto: um casamento rústico com um ‘cão das alianças’, uma renda belíssima no vestido da noiva e um noivo bem giro de calções e blazer de linho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Joana e o Hugo não cederam um milímetro e tiveram o casamento que queriam, que era a cara deles, e que recordarão para sempre com emoção e com orgulho através das fotografias da ADORO. Vêem? How hard can it be?

Marta Ramos

Um triângulo super amoroso, por ADORO

Com este calor, não há nada que soe melhor do que um passeio à beira-mar. Acompanhamos a Joana e o Hugo, inseparáveis do Apolo e discretamente fotografados pela ADORO, numa deambulação amorosa a servir de treino para o grande dia. Contam-nos as fotógrafas que «depressa se percebeu que afinal foram feitos para isto!»

Ainda ontem vos falámos sobre isto, sobre a importância das sessões anteriores ao casamento, tanto com os fotógrafos como com os videógrafos. Os formatos são vários: as e-sessions, como esta da ADORO, mas também, por exemplo, os vídeos save the date, uma forma muito engraçada e personalizada de anunciar ao mundo que vêm aí boas notícias.

Escolham aquele que tiver mais a ver convosco, vistam-se da forma que se sentem mais à vontade e definam um cenário que faça parte da vossa história, ou onde se sintam particularmente bem. Para além de ganharem mais um conjunto de memórias bonitas, ganham ainda descontracção e naturalidade perante as câmaras, que serão essenciais no dia do casamento. E ficam a conhecer-se melhor uns aos outros: vocês, aos profissionais que estarão mais presentes no vosso casamento; e eles, a vocês, aos vossos gestos, aos vossos sorrisos, ganhando um traquejo especial que fará com que não deixem escapar nem a mais discreta das manifestações no grande dia.

Agora, vamos até à praia?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Simpático e muito cool! Vejam também outros trabalhos da ADORO e contactem a Carla e a Sofia para falarem com elas sobre aquilo que vocês gostariam de ver registado para sempre. E caso não tenham ainda lido a entrevista que as duas fotógrafas nos deram na semana passada, agora é uma excelente altura para o fazerem!

Susana Pinto

À conversa com: ADORO – fotografia de casamento

Hoje sentámo-nos a conversar sobre fotografia de casamento, com a dupla da ADORO: Carla Guedes Pinto e Sofia Dias. Na realidade, conhecemo-nos dos nossos dias de faculdade, quando estudávamos design nas Belas-Artes e no IADE e tínhamos uma amiga em comum. Voltámos a reencontrar-nos mais tarde, já neste universo casamenteiro em que todas escolhemos trabalhar. Lembro-me perfeitamente desse dia – uma simpática visita à segunda edição do You+Us=Fun!, na Casa do Alentejo.

É sempre um prazer conhecer as pessoas quando já admiramos o trabalho, e é essa experiência que partilhamos convosco hoje.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Do design gráfico para a fotografia não é um salto demasiado grande,    mas para o universo dos casamentos já é bastante específico. Como é que foram lá parar?

Sim, de facto o salto é grande, não tanto pela passagem para a fotografia, onde se continua a trabalhar num universo visual, mas mais pela passagem para o universo dos eventos e dos casamentos.

A fotografia sempre nos acompanhou, em caminhos paralelos, mas esteve sempre presente. Uma das minhas grandes amigas de infância era filha de um grande fotojornalista, o Rui Ochôa. Adorava quando ia lá a casa e via os negativos todos espalhados, grandes formatos impressos pelo chão, uma gaveta cheia de objectivas ou as tardes passadas na redacção do Jornal Expresso. Com ele, comprei a minha primeira máquina fotográfica, uma Nikon 801, quando tinha 15 anos, e pouco a pouco comecei a fotografar.

A Sofia começou com o pai, que lhe punha a sua Canon nas mãos e lhe ensinava que o diafragma era mais do que aquele músculo na cavidade torácica. O seu primeiro ordenado, foi para comprar uma máquina fotográfica (analógica). Desde cedo fomos as fotógrafas de serviço entre os nossos amigos e família. Muitos rolos se consumiram…

O salto para os eventos de casamentos, foi apenas o ajuste necessário para tornar esta nossa actividade em algo comercial. Isto quando o suporte digital finalmente atingia uma qualidade profissional.

O design, área em que trabalhámos durante muitos anos (a Sofia em design gráfico e a Carla em design de equipamento) de certa forma preparou-nos a abordar qualquer desafio de uma forma metodológica, e isso aplica-se na perfeição quando temos um casal que quer concretizar o que sonhou para o seu dia de casamento. É um desafio criativo e projectual.

A passagem do nosso trabalho de designers para este universo “casamenteiro” deu-se num momento de crises várias. A crise do próprio negócio de design, das agências e dos orçamentos pagos a 120 dias, e também da crise criativa, um bocado cansadas de clientes cinzentos e institucionais.

Pensámos que, por nossa conta, se calhar faríamos qualquer coisa mais interessante e mais próxima das pessoas reais.

Quando começámos em 2011, o universo estético dos casamentos era ainda pouco fresco, muito clássico e percebemos que podia ser esse o caminho. Oferecer uma alternativa ao existente. Acabou por ser uma época de transição, em que surgiram fornecedores, como nós, que contribuíram para desenhar e consolidar o universo que hoje existe.

 

Começaram com um leque de serviços mais alargado, que agora concentraram em fotografia e organização, a solo ou com tudo incluído. É uma evolução natural ou sentiram, de facto, necessidade de estreitar o foco?

Foi um misto. Uma evolução, após sentirmos o mercado, e uma forma de convergir esforços e investimento, sobretudo de tempo.

Quando decidimos fotografar (casamentos e outras celebrações), sentimos necessidade de garantir a harmonia e fotogenia dos ambientes, incluindo o grafismo e a decoração. Para além de termos esta possibilidade de prestar um serviço completo a quem nos procurava, sabíamos também de antemão, que todo o conceito daquela celebração seria coerente.

Isso para nós era perfeito, era fotogenia garantida!

Mas ao longo dos anos sentimos necessidade de ajustar o negócio à realidade e percebemos que o investimento que justifique a contratação de alguém que pense e concretize o conceito de um evento acontece maioritariamente em casamentos, e quase nada em outras celebrações mais pequenas (festas de aniversários, baptizados etc).

Desta forma passámos a prestar serviço de decoração e grafismo apenas para casamentos.

A organização de um casamento requer dedicação e uma total disponibilidade para aquelas duas pessoas que anseiam pelo seu dia, perfeito, sem falhas. Por isso, actualmente aceitamos apenas algumas organizações e desenvolvimento criativo num reduzido número de casamentos, garantindo a nossa total disponibilidade para o sucesso do projecto.

A fotografia continua a ser a nossa actividade principal, e também a nossa paixão. Na fotografia continuamos a fazê-lo em todas as outras situações de festas e celebrações (festas de aniversário, baptizados, celebrações entre amigos e família), bem como sessões a dois ou de família.

 

Como definem a vossa assinatura, o vosso ponto de vista?

Achamos que se quisermos dizer numa palavra, será “verdadeiro”.

Na fotografia como na organização e desenvolvimento criativo, procuramos um olhar e abordagem reais, sempre em função do par. A estética e fotos do casamento têm que reflectir aquelas duas pessoas, e elas reverem-se nela.

As emoções das pessoas e dos momentos são a nossa energia. Não interferimos, apenas observamos, sentimos e reagimos, fotografando. E a relação de entendimento e confiança entre todos, é meio caminho para tudo fluir e o resultado transparecer a naturalidade que procuramos. Sentimos que nos ajuda o facto de virmos de outra área profissional, sem vícios nem preconceitos. E com o tempo percebemos que não é indiferente o facto de sermos um olhar feminino. Não sendo vantajoso nem desvantajoso, é apenas uma particularidade que transparece no nosso trabalho, sem nunca o termos previsto.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Onde buscam inspiração para o vosso trabalho?

Viemos as duas de uma área muito visual e esteticamente ecléctica, por isso qualquer fonte de informação é válida, e não necessariamente a ver com casamentos. A isto juntamos o que o par nos sugere das suas personalidades, vivências e preferências. Damos por nós a pesquisar universos tão díspares como Botânica ou a Culinária.

O cinema e a fotografia de rua e de moda serão as nossas maiores inspirações e agentes provocadores. O universo visual de cineastas como Wong Kar-Wai, Sophia Coppola, Wes Anderson, Jane Campion, Yasujirô Ozu, Stanley Kubrick ou pérolas como “Eu sou o Amor” (Luca Guadagnino) e “Carol” (Todd Haynes), são exemplos disso.

Na fotografia, o enorme trabalho de nomes como Saul Leiter, Tim Walker e as recentes descobertas dos espólios de Albert Khan e Vivian Maier. E por cá o Pedro Cláudio, fundamental pelo trabalho gráfico na fotografia, ou o olhar fresco e sem gavetas da Vera Marmelo.

Na secção mais “casamenteira” adoramos o trabalho do Pablo Beglez, Kristen Marie Parker, ou do Rodrigo Cardoso, dos Piteira ou do Rui Gaiola.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescam a mente e o olhar?

Como o dia-a-dia é tão assoberbado de informação, às vezes apetece apenas desligar para criar espaço mental. Mas quando ainda sobra algum espaço, há todo um mundo para descobrir. Viajar é um óptimo escape, seja cá dentro ou lá fora, e uma forma de nos inspirarmos e refrescar ideias. Por exemplo, nos últimos anos o trabalho levou-nos algumas vezes aos Açores e à Madeira, e foram óptimas descobertas para nós. Claro que aproveitamos sempre que o trabalho nos leva para fora de Lisboa, para sentir um bocadinho do local onde estamos. Isso é uma coisa que adoramos fazer, fotografar para além das pessoas, porque o território envolvente também faz parte das histórias.

É isso que adoramos… contar histórias.

Mas depois há coisas bem mais prosaicas que nos dão imenso prazer e que nos compensam, como meter um disco a tocar e dançar como se ninguém estivesse a ver, ir a um concerto mesmo bom, ou a um espectáculo de dança, ir dar uma volta de bicicleta com amigos. Ai… os amigos… com esta vida tão ao contrário das rotinas tradicionais, às vezes é difícil acertar com os programas dos amigos e família. Quando conseguimos fazer isso, é um luxo, um tempo impagável que se vive com prazer.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Como é o vosso processo de trabalho, como criam uma ligação com os vossos clientes?

A partir da primeira reunião, em que se dão caras aos nomes, percebemos o perfil do par e as suas espectativas. Isso é essencial para gerirmos um processo de organização de casamento e respectivo desenvolvimento criativo. A partir dessa leitura que fazemos e do próprio pedido dos noivos, iniciamos a nossa pesquisa e vamos trocando ideias com eles, sempre suportado visualmente para que ambos tenhamos a certeza do que estamos a falar. Depois do plano aprovado, começamos a produzir e a gerir cada passo até ao dia do casamento.

Na fotografia, depois da reunião (muitas vezes por Skype) fazemos sempre uma sessão fotográfica antes do casamento. Serve para nos conhecermos melhor, quebrar gelo e testarmos a relação fotógrafo/fotografado, para que no dia do casamento não seja demasiado brusco e invasivo.

Em ambos os casos tentamos sempre ler o mais possível de quem está do outro lado, dizemos que somos quase psicólogas tentado ler as entrelinhas para perceber o que é de facto importante para eles. Absorvemos o máximo e impomos o mínimo possível. E valorizamos a transparência, que é meio caminho para a confiança mútua.

Somos “parceiros no crime” do dia dos nossos noivos, e eles são o mais importante. O dia é deles e não nosso.

 

Ter o controle das decisões é importante? Têm uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo?

Há o prazer em ver as ideias tomarem forma, mas evitamos o perfeccionismo nestes processos assentes num casal de noivos (geralmente estreante) e que envolvem várias valências e fornecedores. Focamo-nos em conseguir o melhor equilíbrio entre todos.

E depois sabemos que estamos a lidar com emoções, e não dá para aplicar fórmulas de Excel nelas. As decisões têm de ser tomadas com tempo, sem pressões, e sabemos que estamos a lidar com duas pessoas, muitas vezes com ideias e até algumas expectativas diferentes entre eles. É preciso saber mediar isso.

Somos o elemento de ponderação, e a voz da experiência, mas mesmo assim, no final, o casal tem de estar confortável com todas as decisões tomadas. Esta gestão requer alguma sensibilidade.

  

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é no dia ver tudo materializado, e a felicidade estampada no rosto dos noivos, por verem expectativas superadas.

O desafiante é transpor, para soluções criativas, a vontade dos noivos e tudo o que lemos nas entrelinhas. Adoramos quando os noivos sonham com uma coisa e nós conseguimos concretizá-la. Ver essa felicidade do momento concretizado estampado na cara dos noivos é o melhor dos momentos… e claro, de preferência registá-lo numa fotografia nossa.

 

Qual foi o casamento em que mais gostaram de trabalhar? Porquê?

Difícil responder, porque o envolvimento chega a ser emocional. Não conseguimos dizer apenas um.

Profissionalmente falando, houve um casamento que organizámos à distância, os noivos viviam nos Estados Unidos, e que correu irrepreensivelmente bem do princípio ao fim. Deste a sintonia criativa, ao respeito mútuo e confiança no nosso trabalho e às imagens cheias de luz e amor que nos deram para registar.

Mas claro, não há amor como o primeiro… o primeiríssimo casamento, da Inês e do Ricardo. Esses loucos que confiaram numas miúdas que nunca tinha organizado ou sequer fotografado um casamento (profissionalmente), e nos depositaram toda a confiança. Mostrarmos-lhes uma breve apresentação das nossas intenções, que terminava com “Querem casar connosco?” e eles responderam “Sim!”

Como experiência de tipo de registo e exotismo, tivemos um casamento na Madeira que foi um fim-de-semana em festa, com registos magníficos de paisagem e uma festa cheia de amigos que souberam disfrutar verdadeiramente do momento.

Pela intensidade emocional, e beleza há também um outro pequeno casamento, num Fevereiro soalheiro, em Monserrate (Sintra), que contrariou todos os estereótipos. Simplesmente mágico!

Todas a histórias são únicas e irrepetíveis, e isso é muito especial para nós, dá-nos fôlego.

 

Se fosse o vosso casamento, fariam tudo, uma parte ou mesmo nada? Quem fotografava?

Carla: para mim o mais interessante é a partilha emocional, a cumplicidade com quem mais gostas de estar, a tua cara-metade e os teus amigos e família. Mas nunca me imaginei noiva, e ser o centro de um casamento, que acontece assim num estalar de dedos. Acho que prefiro estar deste lado, com a máquina na mão, contagiada pelas emoções de quem celebra esse dia.

Sofia: adoro o formato de um fim-de-semana com amigos e família, os dias de casamento são assustadoramente rápidos. Teria que conhecer pessoalmente os fotógrafos da minha eleição, a empatia é essencial.

 

Escolham uma imagem favorita do vosso portfolio e contem-nos porquê:

Que maldade… Entre muitas, e por diferentes motivos, esta foto passa bem o que nos continua a surpreender. Adoramos os entretantos, que nos brindam com imagens bonitas e irrepetíveis.

 

ADORO - fotografia de casamento

 

Que bela conversa, esta! Tenho a certeza que gostaram de conhecer melhor esta dupla e que o bonito trabalho que fazem ganhou uma nova amplitude. Aproveitem para dar uma vista de olhos na sua novíssima ficha de fornecedor seleccionado, devidamente actualizada e recheada com muitas imagens bonitas.