Created with Sketch.
Marta Ramos

Wise words: casar sem desperdiçar, com a ajuda da ReFood

Este ano os casamentos eco-friendly entraram decididamente para o top das tendências. Nós já o tínhamos verificado por experiência, e temos vindo a publicar alguns artigos para vos ajudar a tornar o vosso dia feliz sustentável sem que deixe de ser uma grande festa: no ano passado trouxemos-vos cinco ideias fáceis de colocar em prática e ainda a visão de um dos nossos fornecedores seleccionados, Silva Carvalho Catering, sobre como gerir a cozinha e o serviço em festas de modo a evitar o desperdício. Já em 2019, compusemos um artigo de fundo dedicado a perceber como é que, na prática, estes princípio se aplicam às várias áreas envolvidas na organização do casamento.

Hoje o foco incide no fim da festa: o que fazer se, apesar de todos os cuidados, sobrar comida? Perguntámos à ReFood Coimbra, um dos núcleos desta organização que se dedica a fazer chegar os excedentes alimentares de várias proveniências onde fazem falta. Já conhecem o trabalho da ReFood?

A ReFood é um movimento comunitário independente, 100% voluntário, conduzido por cidadãos e integrado numa IPSS, cujo fim consiste na recuperação de comida em boas condições para alimentar pessoas necessitadas. Totalmente voltada para a comunidade, opera a partir da própria comunidade, sem salários, com custos baixos e alta produtividade, não detendo bens ou investimentos que não sirvam a sua missão.

«O núcleo da ReFood de Coimbra tem poucos anos de existência (pouco mais de três anos), no entanto, já conta com pelo menos uma recolha num casamento, que decorreu com sucesso», contou-nos a equipa de coordenação. «Três voluntárias foram fazer esta recolha no dia seguinte a um casamento, na sequência de um pedido por chamada telefónica, à Quinta da Sobreira Quinhentista (em Ançã), onde foram recolhidos 50 pães pequenos, 2 caixas grandes com sopa, 25 caixas de alumínio de comida e 1 tabuleiro grande de alface preparada para temperar. O contacto foi feito pela noiva, que previamente comprou as embalagens para acondicionamento da comida e solicitou à Quinta que nos recebesse, na manhã seguinte, para efectuarmos a recolha dos excedentes. Desta forma, o nosso trabalho foi a recolha, transporte e contagem dos excedentes, já a parte do material (caixas) e do embalamento foi feita pela noiva e pela equipa de catering da Quinta.»

Em 2019 têm, para já, uma recolha agendada para um casamento a decorrer em julho numa quinta nos arredores de Coimbra: «Este agendamento foi feito através de uma chamada telefónica para perceber como funcionamos e posteriormente oficializado com um pedido por email.»

A antecedência é um factor decisivo aqui. Deverão contactar o núcleo da ReFood mais próximo do local do vosso casamento o quanto antes, para recolherem todas as informações necessárias e, em conjunto, elaborarem o melhor plano para o dia. Só dessa forma será possível garantir que tudo estará a postos e que haverá mão-de-obra disponível. Mas como saber se haverá, de facto, alimentos excedentários? Não se preocupem com isso: se não sobrar nada, estão de parabéns, fizeram um excelente trabalho, cumprimentem a vossa equipa de catering pelo feito e comuniquem isso mesmo à ReFood.

 

 

Quinta da Quintã - espaço para casamentos

 

Quinta da Quintã - espaço para casamentos

 

No caso do núcleo de Coimbra, com quem falámos, o ideal será contactarem-nos preferencialmente através do mail coimbra.refood@gmail.com, expondo a situação e indicando o dia e o local do evento. Serão contactados de volta e a estratégia será, a partir daí, delineada. Há um aspecto muito importante neste processo, que é o acondicionamento dos alimentos para transporte: «O ideal será que a empresa de catering consiga acondicionar os excedentes em embalagens, para que nós possamos chegar e, sem incomodar muito a logística do evento, possamos proceder à recolha, quer no próprio dia ou no dia seguinte (atendendo à hora), e posteriormente procedermos ao transporte e entrega junto de um beneficiário.»

E de que embalagens estamos a falar? «Se a empresa de catering tiver disponibilidade para aceitar as nossas caixas, e o puder fazer face às regras da ASAE, podemos eventualmente agendar a entrega dos nossos recipientes com antecedência – ou combinar com os noivos um dia e uma hora para que venha alguém às nossas instalações recolhê-las, uma situação que é sempre preferível para nós.» O recurso às embalagens fornecidas pela ReFood não é, no entanto, obrigatório. Se conseguirem organizar o acondicionamento dos alimentos em condições impecáveis em embalagens da empresa de catering ou outras, está o assunto tratado. Depois é só uma questão de combinarem com a ReFood a recolha posterior desses recipientes, caso isso seja necessário.

«Nós de momento vamos entregar os alimentos a instituições que são nossas beneficiárias, e são elas que servem as refeições aos seus utentes. No entanto, vamos neste mês de Fevereiro iniciar a remodelação de um espaço que será aquilo a que designamos Centro de Operações, onde acondicionaremos e dividiremos a comida que nos chega, para depois entregar directamente às pessoas/famílias. Estimamos que o volume de alimentos recolhidos e entregues suba muito após a abertura do Centro de Operações, pelo que que todos os apoios serão bem-vindos!»

Missão cumprida! Incluam mais este passo no esquema da organização do vosso casamento e garantam que tudo aquilo que escolheram com carinho e com cuidado para receber os vossos convidados no vosso grande dia terá um final feliz!

 

As fotos que ilustram este artigo são do nosso fornecedor seleccionado Quinta da Quintã.
Sobram dúvidas? Falem connosco, têm a caixa dos comentários inteiramente à vossa disposição. E não deixem de acompanhar todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.

Marta Ramos

Wise words: protocolo no dia do casamento

A palavra protocolo vem sempre carregada de peso e formalidade, mas apenas significa um conjunto de regras que regulam uma situação formal e pouco habitual. Podem ser mais rígidas e complexas, ou ligeiras e mais leves; no fundo, a forma como encararem todo processo é que definirá a fluidez dos procedimentos.

No caso do dia do casamento, quase podemos trocar o termo por simples boa educação e maneiras: saber a quem dar o braço, sentar quem e onde, quem vai com quem, são questões que chamamos de protocolares, mas facilmente resolvíveis com uma boa dose de bom senso.

As nossas wise words de hoje são dedicadas a ajudar-vos a navegar pelo grande dia com cortesia.

No fundo, a regra é apenas esta: atravessarem o dia vestindo a pele de genuínos anfitriões: atentos, com boas maneiras, acessíveis e gentis. Juntem uma generosa pitada de bom senso, fará de vocês o par mais bonito e simpático do mundo! – Queres casar comigo?

Antes de mais, aconselhamos a leitura atenta do nosso artigo sobre a gestão das redes sociais no dia do casamento: são cinco regras apenas, que evitarão mal-entendidos e desconfortos desnecessários.
Imaginemos, agora, que estamos todos à porta da igreja.

Postas as regras em prática, o noivo entra com a mãe; na sua ausência, pode fazer-se acompanhar da madrinha de baptismo, da irmã, ou de uma amiga de família muito especial.

A noiva entra pelo braço do pai e só depois do noivo, da família e dos convidados. Um atraso de 10 a 20 minutos é aceitável, mais do que isso já é pouco simpático e pode ser considerado má educação.

As famílias de ambos ocupam os primeiros bancos dos dois lados, atrás sentam-se os convidados.

Finda a cerimónia, os noivos e padrinhos tratam das assinaturas, os convidados saem e aguardam-nos para a chuva de pétalas e arroz (atirados para cima, não aos noivos!).

No cocktail de recepção, os pais recebem os convidados, e os noivos, os últimos a chegar, devem tentar cumprimentar e agradecer a vinda dos familiares e convidados. Todas estas pessoas vão querer dar-vos um abraço e partilhar o amor, é o momento certo para vibrar e retribuir toda esta energia e felicidade palpáveis!

Terminado o cocktail, segue-se a refeição sentada: entram primeiro os pais, que dão indicação aos convidados, e em último os noivos, em entrada festiva e com banda sonora a preceito (ou de modo mais singelo e natural, o que for a vossa cara e feitio será a decisão certa!).

Na mesa, os padrinhos sentam-se lado a lado dos noivos, seguidos dos pais.

Já na sala, distribuam os convidados, mantendo a regra menino+menina: junto da mesa principal deverão ficar as mesas dos familiares, com os membros das famílias bem distribuídos. Não criar separações, os meus e os teus, é de bom tom e ajuda a estreitar laços, terão pela frente muitos Natais, aniversários e almoços de domingo; quando todos se conhecem melhor, o ambiente é muito mais simpático e descontraído!

Podem equilibrar as mesas em termos de idades, é perfeitamente aceitável e até mais confortável para todos, para que as conversas entrem rapidamente em sintonia de assuntos e tom.

Se há pais separados e situações delicadas, tudo se resolve com diplomacia e doçura: na mesa dos noivos ficam os ditos e os padrinhos, e prepara-se uma mesa de pais, com sinalética especial, onde se sentam também os familiares mais queridos e os convidados de honra: se o pai da noiva está sem acompanhante, sentem-no junte aos pais do noivo, todos pertinho de vocês.

Não isolem os solteiros, distribuam-nos pelas mesas e misturem-nos com os casais: ao contrário do que imaginam, todos se sentem menos constrangidos!

Se há muitas crianças que já comem sozinhas, preparem uma mesa especial para elas e não dispensem ajuda profissional para as acompanhar – toda as partes agradecem, miudagem incluída.

Os menos jovens também merecem e precisam de atenção especial: mesas de fácil acesso, longe do barulho, em boa companhia e se possível, também com um mimo especial.

 

 

 

 

Terminamos o protocolo com o plano com a distribuição, literal, dos lugares. Se possível, marquem cada lugar de modo individual, com o nome do conviva (e podem manter o seating plan na mesma, agiliza o processo). Um cartãozinho com o nome de cada um é muito simpático e ultrapassa qualquer constrangimento que surja (“mas como é que esta miúda gira se chama…?”, “este casal simpático, quem serão?”), é um modo muito mais elegante de criar boas relações à mesa.

Acima dos 200 convidados, ponderem um livrinho de distribuição de lugares: é o mesmo que o tradicional quadro com a lista de mesas e respectivos ocupantes, mas em forma de livrinho pequeno, colocado em local bem visível, com uma legenda explicativa. Um exemplar para cada dois convidados será mais do que suficiente e torna viável e agiliza a circulação e distribuição de tanta gente, de forma autónoma.

Não se pode exigir ao convidado que não dispa o casaco à mesa para comer (protocolo dixit!), mas podemos proporcionar-lhe a oportunidade de conhecer alguém interessante!

Terminado o jantar, cortado o bolo e com a festa a rolar em modo rijo e farto, algumas pessoas começarão a partir. Fiquem atentos às despedidas e deleguem nos vossos pais a cortesia de acompanhá-las até à saída.

E pronto. Fechado que está o protocolo do dia, só vos resta gozar a festa até ao último instante e depois partir para a lua-de-mel dos vossos sonhos (de preferência depois de um dia de descanso!) Atenção que ainda vos falta completar o círculo com os agradecimentos – mas não se preocupem, explicamos tudo aqui.

 

As imagens bonitas deste artigo são da Lounge Fotografia.
Sobram dúvidas? Falem connosco, têm a caixa dos comentários inteiramente à vossa disposição. E não deixem de acompanhar todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.

Marta Ramos

Wise words: casamentos eco-friendly, uma tendência que veio para ficar

No ano passado, já vos trouxemos algumas sugestões para tornarem o vosso casamento mais sustentável e amigo do ambiente: cinco ideias fáceis de colocar em prática e ainda a visão de um dos nossos fornecedores seleccionados, Silva Carvalho Catering, sobre como gerir a cozinha e o serviço em festas de modo a evitar o desperdício. Soubemos, há pouco, que o International Wedding Trend Report para 2019 aponta a abordagem eco-friendly como uma das grandes tendências para os casamentos daqui em diante – e isso deixa-nos muito felizes. Nas nossas wise words de hoje, mostramos-vos como a postura consciente já é transversal às várias áreas que compõe a organização do casamento.

A preocupação com o meio ambiente tem vindo a aumentar e começa também a chegar aos casamentos, pelo que cada vez mais temos pedidos de noivos que estão genuinamente interessados em diminuir o desperdício. – Marta Lourenço, TALES

Começámos por pedir à TALES uma visão geral de como se pode abordar a organização do casamento tendo em vista a sustentabilidade do evento: «Para noivos que procuram uma decoração mais eco-friendly, a primeira sugestão que fazemos é sempre a das flores, sendo que o ideal seria substituir os elementos florais por decoração adicional. No entanto, para os casais que gostam de florar, é possível reduzir na quantidade ou contratar fornecedores que possam reutilizar os arranjos que foram feitos. Caso não queiram reutilizar, podem oferecer os arranjos a alguma associação solidária, porque dar não custa nada! Outra ajuda passa por alugar plantas em vasos, para que as mesmas possam ser depois devolvidas ao fornecedor quando o casamento tiver terminado. Se preferirem comprar, é sempre uma boa ideia trazerem para casa (um vaso de plantas fica bem em qualquer cantinho!)»

 

 

 

Falando de flores, chamámos à conversa Ema Mota Ramos, do Jardin d’Époque: «Pensar em questões de sustentabilidade e no conceito eco-friendly no mercado de casamentos não é fácil. Lidamos com expectativas muito elevadas, concentradas no resultado de um único dia em que nada pode falhar e que, por isso, nada menos do que a perfeição é esperado.
No que toca às flores, a pegada ecológica é enorme. Na generalidade dos casos, enquanto fornecedores, não nos é possível utilizar apenas espécies autóctones e locais. Ou porque a dimensão do projecto requer grandes quantidades que a produção nacional não consegue garantir, ou porque as espécies que os noivos ambicionam nem sequer são produzidas no nosso país. Compramos nos grandes leilões da Holanda e esperamos que os camiões cheguem até nós depois de fazerem milhares de quilómetros. Para não falar do cultivo intensivo e na manipulação das espécies.
O desafio está em encontrar estratégias para contrabalançar este impacto. O conselho imediato a dar aos noivos é que escolham sempre espécies da época e que estejam disponíveis e abertos às sugestões dos fornecedores que seleccionam.

Muitas vezes pergunto aos meus clientes se têm alguma memória de infância do jardim dos avós, dos pais, de uma tia… E se esse jardim ainda existe! Porque não usar uma selecção espécies provenientes desses espaços? Porque não aproveitar os desperdícios da poda de um jardim ou de um quintal?

Substituir flores de corte por plantas que depois possam ser replantadas é uma outra opção. Curiosamente em 2019 teremos um casamento em que a noiva se recusa a ter ‘flores mortas’ no seu casamento! O desafio é gigante mas o gozo que nos está a dar pensar todo um projecto de design floral com ‘flores vivas’ é incrível.
Mas a sugestão que acredito que possa ser aplicada mais facilmente é que percebam, verdadeiramente, o método e o processo de trabalho dos vossos fornecedores. E nós fornecedores, estarmos disponíveis para trabalhar na redução da pegada ecológica do nosso negócio. Cá pelo estúdio começamos por fazer a separação das embalagens em que as flores vêm envolvidas. Quando processamos as espécies, recolhemos todas as folhas, caules, pétalas, pés partidos, etc.; e posteriormente encaminhamos estes desperdícios para a compostagem. Reutilizamos a água dos baldes e jarras para regar o jardim. Evitamos usar esponjas florais. E sempre que nos é pedido para recolher as flores no final de um evento, tentamos perceber se existem lares, centros de dia, hospitais ou outras instituições para os quais possamos encaminhar os arranjos e provocar ainda mais sorrisos.Há coisas que não conseguimos mesmo controlar, mas aquelas que dependem apenas de nós… É apenas uma questão de disciplina e de gestão do tempo.»

Ainda no que diz respeito à decoração, uma das soluções mais importantes apontada pela TALES é a procura de fornecedores locais e a utilização de materiais orgânicos e amigos do ambiente: «Nestes fornecedores locais existem muitas vezes opções mais características, e que dão a vertente autêntica de que podemos estar à procura. Para além disto, há itens que podem ser transformados em 2 em 1 – por exemplo, um seating plan que se transforme em lembranças para os convidados. Já na iluminação, o ideal será sempre procurarmos um espaço com luz natural. No entanto, é importante certificarmo-nos que os fornecedores com quem trabalhamos utilizam iluminação LED. Bem, na realidade, é importante que todo o equipamento esteja actualizado, por causa da eficiência energética.»

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

E o que fazer em relação a todo o material produzido em papel, como convites, ementas, etc? A TALES sugere optar por versões digitais em vez de impressões em certos formatos, ou eliminar algumas peças (como os programas) que acabam por se traduzir em desperdício). E para os ‘obrigatórios’, o papel reciclado será sempre uma boa ideia.

Falar em papel é falar n’A Pajarita – não podíamos deixar de contar com o contributo de Alexandra Barbosa para este capítulo:

Eu tenho alguns problemas com o desperdício, evito-o tanto a nível pessoal como profissional, por isso, tenho sempre especial atenção à gestão dos materiais e à qualidade dos mesmos. No estacionário, só usamos papeis livres de ácidos e gerimos a produção de modo a minimizar ao máximo o desperdício de papel, aconselhando sempre medidas que optimizam a área de impressão.

«A quantidade de papel necessária também pode ser optimizada se os noivos solicitarem um orçamento de todos os elementos do estacionário que vão pretender. Desta forma, o que pode ser desperdício, bem gerido, transformam-se em dois ou três menus. Os noivos até podem não considerar algo relevante mas o ambiente agradece.

Mas há mais para além do papel. Sempre que fazemos a decoração floral de um evento, para evitar o desperdício, gostamos de dar uma segunda vida às bonitas flores que tanto alegraram aquele dia. Fazer raminhos no final da festa e oferecer aos convidados é um bom continuar da festa e levar aquela alegria vivida para outros ambientes. Já nos outros detalhes também podemos ter este pensamento em conta: porque não um porta-alianças que se transforme em elemento decorativo?»
Porque não, de facto? E temos uma sugestão perfeita para isto mesmo, da Molde Design Weddings – ora espreitem o link!

No que toca à animação dos pequenotes, e porque quando pensamos nisso nos vêm logo à ideia balões e confettis, perguntámos à Andreia Fernandes, da FUNtoche, como fazem para que o cantinho dos miúdos também contribua para o equilíbrio ambiental dos casamentos: «Recomendamos logo retirar os balões de modelar que, apesar de serem biodegradáveis, são de látex. Depois há actividades que realizamos com as crianças que são em torno da responsabilização perante a atitude de reciclar e reutilizar: o jogo da reciclagem e o ateliê de  reutilização de vários materiais de desperdício. Só não poupamos na diversão!»

À mesa é, normalmente, onde mais se registam desperdícios em grandes celebrações, como nos casamentos. Sobre o catering, já sabem: leiam as nossas wise words escritas com a Silva Carvalho Catering. E sobre o bolo? Perguntámos à Susana Pinto e à Maria Silva, da Edelweiss Wedding Cakes: «No topo da preocupação de cada vez mais casais, a ecologia… Mas fazer escolhas eco-friendly não significa de modo algum comprometer a beleza, ou sabor, de um bolo de casamento. Afinal de contas, o bolo de casamento continua a ser um dos principais elementos desta festa. Vários são os aspectos a ter em consideração. Um dos principais, na nossa opinião, prende-se com o sabor. A melhor decisão: optar por produtores locais, de preferência com produção orgânica. Beneficiarão de produtos muito mais frescos, mais duráveis e com muito mais sabor! Estarão a contribuir para um movimento crescente em direccão a uma alimentação mais consciente, mais preocupada com a saúde e o com o meio ambiente. Paralelamente, estarão a reduzir o impacto dos combustíveis no ambiente, uma vez que comprando localmente os produtos não necessitam de ser transportados por longas distâncias. E reduzem ainda as embalagens… produtos locais são transportados em maravilhosas cestas! Para os produtos sem produção local (o chocolate e café serão dois bons exemplos) a escolha deverá sempre recair sobre produtos de comércio justo.»

 

 

 

«Uma escolha consciente é ainda a opção por um bolo vegan. Todos sabemos dos malefícios do consumo de produtos de origem animal quer a nível de saúde, quer a nível de impacto ambiental. Em qualquer uma destas escolhas estamos, sem sombra de dúvida, a impulsionar a economia local, a nacional por acréscimo, e a global! Já pensaram nisto?
Importante será não abdicarem do design, nunca. Com cobertura em creme de manteiga, optem por uma decoração com plantas herbáceas como a oliveira, hortelã, alecrim, alfazema. As frutas da época, ou mesmo flores naturais comestíveis de produção biológica, são outras opções. Deixem fluir a criatividade.
Se pretendem algo mais elaborado, não desanimem. A pasta de açúcar, bem como a pasta de flores, pode ser sempre produzida no próprio local. Minimiza o efeito do embalamento, neste caso não necessário, bem como assim do transporte deste tipo de bens. Na decoração do bolo, optem por flores não aramadas, nem feitas com recurso a esferovite. Existem tantas alternativas na decoração de um bolo, que provavelmente nem imaginam…
Os cake toppers também podem ser um elemento elegante e divertido. Opte por cake toppers de madeira reciclada, por exemplo.

Em Portugal, existe ainda muito esta tendência para servir de forma abastada, gerando sempre desperdício. O bolo de casamento não foge à regra, e é na maioria das vezes desajustado. Questões como o momento do corte do bolo e o número de crianças presentes na festa podem ajudar na determinação da quantidade de bolo ideal, não gerando sobras.

Na grande maioria das vezes temos bolos em altura, sendo a sua estrutura interior em plástico. Os bolos podem sempre ser estruturados com madeira reciclada, devidamente protegida, ou em material de longa duração, reutilizável e que no final de vida seja aptos a ser reciclado e gerar novo valor na economia. O mesmo acontece com o transporte dos bolos. Optem por caixas reutilizáveis e recicláveis, em detrimento das tradicionais caixas de cartão, ou mesmo das de plástico.»

E que tal planear o momento do corte do bolo ao ar livre e durante o dia? Estarão a poupar energia!

Já têm muito material para trabalhar. Ainda assim, acrescentamos duas pequenas sugestões que ajudarão a resolver dois problemas frequentes. Perguntámos à Uniplanet o que poderemos usar para substituir os tão adorados confettis, e a resposta não poderia ser mais adorável: fazê-los com folhas caídas de árvores. Podem usar um furador tradicional de papel ou então escolher um com formas bonitas, à venda em qualquer boa papelaria. E como garantir que os convidados fumadores não irão ‘perder’ beatas pelo chão? Ah, muito simples: distribuindo eco-cinzeiros de bolso! Para mais boas ideias, leiam a última edição da revista digital Raízes, publicada pela Uniplanet e pela Âncora Verde.
Sobram dúvidas? Falem connosco, têm a caixa dos comentários inteiramente à vossa disposição. E não deixem de acompanhar todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.

 

Fotos: 1 e 2, Jardin d’Époque; 3 e 4, A Pajarita; 5 e 6, Edelweiss Wedding Cakes.

Marta Ramos

Wise words: convites e agradecimentos

As nossas wise words de hoje falam de pequenas regras de cortesia que fazem uma grande diferença na forma como as coisas correm. Chamamos-lhes protocolo, mas a verdade é que podíamos chamar-lhes simplesmente boas maneiras.

Comecemos, então, pelo princípio. O pedido foi feito, o sim foi dado, e agora é preciso dar as boas notícias às famílias e dar início à viagem que aí vem: o ideal é um delicioso almoço ou jantar com os pais de ambos.
Passados os brindes, abraços e congratulações, é um bom momento para apresentar à família o plano que têm em mente, o tipo de festa que querem, o orçamento disponível – e também para aferir da disponibilidade familiar para vos dar suporte financeiro (e não só). Será sempre um assunto com as suas tensões e exigências, mas, se abordado com carinho e gentileza, poderá abrir caminho para uma jornada mais tranquila e serena até ao grande dia.
A seguir, os padrinhos: outro belo almoço ou jantar, já com datas alinhavadas, para alinhar agendas. A partir daqui, já podem contar a novidade a toda a gente!

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

Vejamos agora os convites, que é o passo protocolar que se segue. Dizem as regras que deverão ser feitos e enviados com uma antecedência de 6 a 3 meses, mas outros intervalos serão ainda bastante aceitáveis. O importante é que tenham em conta a logística (o espaço e o catering), e os números finais, em tempo útil: quanto mais convidados tiverem, maior deverá ser o prazo que separa a confirmação da resposta em relação à data do evento, para que tudo se organize da melhor forma.
Aqui repetimos a nossa fórmula, consultem a oferta, escolham 5 fornecedores e contactem 3. Poderão escolher convites pertencentes a uma colecção, prontos a serem entregues, ou encomendar um estacionário feito à vossa medida, sendo que esta opção será sempre mais cara que a anterior. Aproveitem para orçamentar todo o material de que irão precisar (e incluímos aqui as ementas, marcadores de mesa, missais, cartões de agradecimento, legendas e sinaléticas variadas, etiquetas e packaging, cartões ou livrinhos de distribuição de lugares, etc.) e decidam, juntamente com o vosso designer, as melhores soluções e serviços – uma festa pequena permite um tipo de trabalho e de peças, uma festa com muita gente precisa de muita eficácia na comunicação. No que toca a quantidades, a encomenda de convites deverá ser de, aproximadamente, metade do número de convidados que têm na vossa lista (façam as contas a um convite por família, por casal sem filhos e por cada solteiro, com direito a acompanhante). Juntem mais uma boa dezena para imprevistos e não se esqueçam de guardar o vosso próprio exemplar!
O texto deve incluir, de forma clara, data, hora e local, a sequência dos eventos e indicações para lá chegar. Nos dias de hoje, os mapas têm vindo a ser substituídos por coordenadas GPS (mas podem prever os dois, para chegarem a toda a gente). A data e contactos para confirmação da presença do convidado também devem vir bem legíveis. Posto isto, preparem-se para uma tarefa cansativa (e que talvez seja simpático delegar), que é a de obter uma resposta definitiva ao vosso convite, para que possam fechar a vossa lista de convidados.

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

A Pajarita - convites de casamento e decoração de casamentos e bouquet de noiva

 

E depois da festa? É tempo de relembrar a todos, convidados e fornecedores, o quanto foi importante para vocês a sua presença e serviço. O modo mais bonito de o fazer é por escrito.
Ao preparem os vossos matérias gráficos, contemplem a execução de simpáticos cartões de agradecimento, escolham uma bonita foto do vosso lote e preparem umas palavras singelas – não precisa de ser nada de complicado, o facto de ser pessoal e atencioso será doce o suficiente.
Enviem um cartão por cada casal ou família e um a cada solteiro (como fizeram com os convites) aos vossos convidados; os vossos pais deverão fazer o mesmo aos seus convidados; e todos os cartões deverão ser assinados pelo casal. Este envio deve ser feito num prazo de 30 dias, máximo, após a festa.
Para os padrinhos e madrinhas, caprichem numa edição mais especial. E para os pais que vibraram, se empenharam e até contribuíram em espécie, um agradecimento especialíssimo e bem doce.
Não deixem de fora a vossa equipa. Podem fazê-lo por email, é claro, mas os vossos fornecedores empenhados merecem também 5 minutos de atenção e palavras justas e calorosas. Foram parte activa e substancial na vossa festa memorável e, com este pequeno gesto terão, certamente, amigos para a vida.

Lembram-se da nossa sugestão de enviarem alguns postais de agradecimento do vosso destino de lua-de-mel? Afinal, toda a gente gosta de receber um postal na caixa do correio, com selos de um destino longínquo e imagens de uma paisagem inspiradora – e ainda mais com as palavras felizes de quem o enviou. Esta é uma simpática maneira de tratarem de alguns dos agradecimentos – por exemplo, aos vossos amigos mais chegados, a alguns dos vossos fornecedores, àquelas pessoas com quem têm uma relação mais informal e que imaginam com um sorriso no rosto ao receber notícias vossas via postal.

Estão assim, cumpridas as formalidades. Não é nada de extremamente complicado, toda a gente fica satisfeita e sobra-vos mais tempo e atenção para o cerne da questão: celebrar a vossa felicidade!

 

As imagens bonitas deste artigo são trabalhos recentes d’ A Pajarita.
Sobram dúvidas? Falem connosco, têm a caixa dos comentários inteiramente à vossa disposição. E não deixem de acompanhar todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.

Marta Ramos

Wise words: vou casar com Simplesmente Branco

Se a tradição cumpriu a sua função, o Natal ou a passagem de ano trouxeram-vos um anel muito especial e as palavras mais doces que sonhavam ouvir da parte da vossa cara-metade. Ou talvez já tenham chegado à quadra festiva de anel no dedo. Muito bem: temos ano novo, vida nova, no verdadeiro sentido da expressão, certo?

Então, vamos meter mãos à obra. Para o primeiro artigo de wise words de Janeiro, decidimos criar um calendário de bons conselhos que cubra o mês inteiro. Assim, não haverá dias em branco e estarão sempre em cima do acontecimento. O objectivo é substituir o habitual «vou casar, e agora?» por um tranquilo «vou casar com Simplesmente Branco», logo, está tudo sob controlo. À medida que forem carimbando os dias e incorporando as nossas wise words na organização do vosso casamento, contem-nos como estão a correr as coisas na nossa página do Facebook e no Instagram, com a hashtag #voucasarcomSimplesmenteBranco

Vamos a isto?

 

7 de Janeiro: Se ainda não têm o livro Queres Casar Comigo – guia prático para um dia muito feliz, hoje é um bom dia para comprá-lo. As autoras Susana Esteves Pinto e Maria João Soares quiseram «dar-vos uma visão de 360º, bem disposta, serena, aberta e profissional, sobre os vários assuntos de que é feita esta viagem, e facilitar a vossa aventura, partilhando conhecimento valioso e ferramentas práticas para dominar o processo.» Será um valioso companheiro – tenham-no sempre à mão.

8 de Janeiro: Vamos começar a eliminar dúvidas? Reunimos 15 perguntas frequentes sobre a organização do casamento, acompanhadas de respostas pertinentes. Espero que vos sirvam de ponto de partida para começarem a sentir-se menos ‘perdidos’. Em muitas das respostas encontrarão links para poderem aprofundar melhor cada assunto.

9 de Janeiro: Por onde é que se começa a fazer contas? Já decidiram casar, já contaram às pessoas que vos são mais chegadas, já confirmaram de quanto dinheiro é que dispõe para esta aventura e já sabem que contribuições poderão encaixar dos familiares, se for esse o (sempre simpático) caso. Está na hora de pôr tudo preto no branco e começar a desenhar o orçamento do casamento.

10 de Janeiro: Ser um smart saver implica que se compreenda as diferenças entre poupança, que diz respeito a um custo (baixar um orçamento, por exemplo) e ganho, que diz respeito a valor (ter mais qualidade ou serviço, pelo mesmo preço).

11 de Janeiro: Está na altura de vos lembrar que o casamento obedece a algumas regras e procedimentos para fique tudo dentro da legalidade. Saibam quais e tratem de tudo atempadamente.

12 de Janeiro: Chegámos à parte divertida do processo: procurar os fornecedores ideais para o vosso casamento. Do lado de lá, também se aprecia e procura bons clientes. Quanto melhor e mais saudável for esta relação, mais perfeito será o dia, para todos.

13 de Janeiro: A partir do momento em que têm uma data em mente e um número de convidados definido, é chegada a hora de escolher o espaço para a vossa festa.

14 de Janeiro: Convites e agradecimentos – vejamos as regras e a margem de manobra para que os momentos protocolares pré e pós-casamento deslizem com ligeireza.

15 de Janeiro: Um dos assuntos que mais espaço mental vos ocupa desde o dia do pedido – ou, muito possivelmente, desde antes disso: o vestido perfeito – eis aquilo com que todas as mulheres sonham para o dia do seu casamento. Mas como encontrá-lo? (As meninas plus size encontrarão também aqui dicas muito valiosas.)

16 de Janeiro: Para que os rapazes não se sintam excluídos, hoje falamos com eles sobre fatos, sapatos e cuidados com a pele, o cabelo e a barba.

 

 

 

 

 

 

17 de Janeiro: O que é mais a vossa cara? Uma mesa gloriosamente tradicional ou algo simples e leve, com toques de modernidade? Este será um dos prováveis duelos que terão de arbitrar até chegarem a uma conclusão final. As opções de comida e bebida são de facto, variadas, e o fio condutor deverá ser uma combinação equilibrada entre o local, o tipo de festa que delinearam e a variedade de convidados que esperam.

18 de Janeiro: 2019 será, seguramente, o ano em que mais pessoas despertarão para a necessidade de evitarmos os desperdícios. Também os nossos fornecedores estão sensibilizados para a necessidade de mudar comportamentos. Ontem falámos de comida, hoje falamos de catering consciente.

19 de Janeiro: Continuamos a ajudar-vos a fazer escolhas sustentáveis, para que o vosso dia feliz seja também leve, em termos ambientais. E não pensem que vos queremos complicar a vida, nada disso. Aliás, a palavra de ordem aqui é mesmo ‘simplificar’.

20 de Janeiro: A fotografia e o vídeo serão das primeiras alíneas que quererão ver resolvidas na checklist de organização do vosso casamento. Percebe-se porquê: as imagens que daí resultarem serão as memórias palpáveis que vos ficarão para reviver o dia ano após ano, para partilhar com gerações futuras, para construir a história palpável da vossa família e poder contá-la a quem não tenha assistido a todos os episódios.

21 de Janeiro: Vamos reservar mais um dia para a importância das memórias que guardarão do dia do vosso casamento, sob a forma de imagens. Porque um álbum de fotografias de casamento é muito mais do que isso. É um tesouro.

22 de Janeiro: Para tornar o espaço do vosso casamento verdadeiramente ‘vosso’, há todo um trabalho de criação e de execução que é necessário planear com tempo. Esse é o trabalho do decorador. Ou o vosso, caso optem por assumir a decoração do grande dia.

23 de Janeiro: A música é um dos principais ingredientes de qualquer festa que se preze, quanto mais de uma festa de casamento – até porque, neste caso, estamos a falar de uma banda sonora, com todo o compromisso que isso implica. 

24 de Janeiro: Falar de festa é falar de bolo, claro está.

25 de Janeiro: Garantir que todos os convidados se divertem é uma das vossas principais preocupações. Daí a importância da animação especial para as crianças. Ganham os miúdos e os graúdos.

26 de Janeiro: Se houve ano que nos pôs a duvidar da estabilidade das estações, foi 2018! O que levanta uma questão preocupante em relação ao vosso casamento: e se o tempo mudar de repente?

27 de Janeiro: Pegando nesta ideia da instabilidade meteorológica, porque não virar o calendário de pernas para o ar e casar fora de época?

28 de Janeiro: Já têm a lista de convidados fechada, e no entanto há ainda uma questão por resolver que vos preocupa: o que fazer em relação aos vossos melhores amigos de quatro patas?

29 de Janeiro: No dia do casamento, saber a quem dar o braço, sentar quem e onde, quem vai com quem, são questões que chamamos de protocolares, mas facilmente resolvíveis com uma boa dose de bom senso.

30 de Janeiro: Para evitar situações desagradáveis e manter o espírito bom da vossa festa por muito tempo, o melhor é definirem as regras da gestão das redes sociais no vosso casamento de antemão – e partilharem-nas com todos os envolvidos, de forma clara e simpática.

31 de Janeiro: Está na altura de ter a primeira conversa sobre a lua-de-mel. Pensem em destinos, façam uma lista, equacionem prós e contras e, se for preciso, atirem uma moeda ao ar: quando lá estiverem, já casados e imensamente felizes, vão lembrar com carinho estes momentos e perceber que, de facto, o que importa é estarem juntos.

 

Sentem-se motivados? Uma leitura por dia, apenas, não custa nada e ajudará a balizar todas as grandes questões e a perceber o quadro geral. Lembrem-se de nos ir contando como está a correr o vosso Janeiro e não deixem de nos colocar as vossas questões: #voucasarcomSimplesmenteBranco
Acompanhem todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.

Marta Ramos

Wise words: como escolher a lingerie para o casamento

Um dos melhores amigos do vosso vestido de noiva é a lingerie que escolherem para usar com ele. Já aqui vos falámos em detalhe sobre a escolha do vestido de noiva. Pois bem, o vestido é o centro em torno do qual tudo o resto se vai articular. O que se vê e o que não se vê. Nesse artigo, referimos a importância de levarem um soutien liso e sem alças, de preferência de cor neutra, para as provas de vestidos. Depois de escolhido o vestido dos vossos sonhos, é então altura de escolher a roupa interior mais adequada ao modelo mas também ao vosso corpo. O conforto é uma prioridade, num dia tão longo e intenso.

Hoje as nossas wise words são dedicadas à escolha da lingerie para o casamento, e contamos com a ajuda preciosa da Ana Morais, da Dama de Copas. Nada como ouvirmos os insights de especialistas em lingerie e bra fitting para vos podermos aconselhar melhor.

Bra fitting é o nome dado pela Dama de Copas ao seu serviço gratuito de aconselhamento. No caso das noivas, o assunto será a escolha do soutien certo para o vestido de noiva e restante lingerie para o casamento, mas também para a noite de núpcias e a lua-de-mel (e ainda dicas sobre como cuidar da zona do decote para uma pele deslumbrante no grande dia). Este atendimento não requer marcação prévia, mas existe outro formato, os Bridal Showers, pensados para a despedida de solteira, que implicam a compra prévia de um vale nas lojas e a respectiva marcação.

Seja em que formato for, não se esqueçam de levar convosco bastantes imagens do vestido de noiva, para que a consultora possa orientar as vossas escolhas dispondo do máximo de informação possível. Se ainda não tiverem escolhido o vestido, serão igualmente bem-vindas! Aliás, uma coisa que poderá surpreender-vos é a seguinte recomendação das especialistas:

Para que cada noiva saiba quais as melhores opções para si e para o seu peito, a Dama de Copas aconselha a que experimentem a lingerie antes de escolherem o vestido e, assim saberão as opções que mais se adequam a si e que mais enaltecem a sua silhueta, mantendo o conforto.

 

Lingerie para o casamento

 

Lingerie para o casamento

 

Lingerie para o casamento

 

Vestidos diferentes requerem soutiens diferentes. Um vestido cai-cai com decote em coração exigirá um soutien cai-cai mais decotado. Se for um vestido cai-cai direito, no entanto, o decote já não é necessário e poderão optar por um soutien também ele direito. Se o vestido tiver alças o soutien também poderá ter, desde que se harmonizem umas com as outras, claro – e aqui terão a vantagem acrescida de ficarem com uma peça de lingerie que usarão mais frequentemente.

E se o vestido não tiver costas? Não se preocupem, que também há soutiens sem costas (e sem alças). Claro que isto interfere com o trabalho que o soutien faz, uma vez que as costas representam cerca de 80% do suporte. Dependendo da profundidade do decote nas costas, no entanto, pode ser possível adaptar um acessório ao soutien normal, tornando-o imperceptível mas completamente eficaz no suporte.

Perguntámos também à Dama de Copas se o vestido de noiva e a noite de núpcias eram um mesmo assunto ou se implicavam escolhas e argumentos distintos: «A noite de núpcias é única. É o culminar de toda a festa, preparativos e cansaço do casamento! É, também, a primeira noite de uma nova fase para o casal e, por isso, deve receber uma atenção especial. Existem certos detalhes de romantismo e delicadeza que somente peças como um body ou uma camisa de noite podem ter! O ideal é escolher-se uma lingerie específica para o vestido e dia do casamento e outra para a noite de núpcias. Na Dama de Copas existe uma alargada gama de peças desenhadas especialmente para a noite de núpcias e para a lua-de-mel, para que todos os momentos sejam únicos e tenham memórias específicas.

A lingerie para a noite de núpcias deve, acima de tudo, ser confortável e fazer com que a noiva se sinta sexy, bonita e confiante. Existem peças para todos os gostos: dos tecidos acetinados aos transparentes, dos modelos lisos aos repletos de renda, das camisas longas ou curtas aos conjuntos de top e calção – sem esquecer o clássico body! Assim, poderão escolher a opção que melhor se adapta a vocês e à vossa personalidade.

 

Lingerie para o casamento

 

Lingerie para o casamento

 

Lingerie para o casamento

 

E depois de escolhidas todas as peças a usar no grande dia e nos momentos mais importantes que o acompanham, outra questão se levanta: como cuidar e acondicionar a lingerie para que possa ser guardada e transportada na maior segurança, e estar impecável quando for usada?

«A lingerie para o casamento deverá receber o mesmo tipo de cuidados que a restante lingerie: deve ser lavada à mão, com um detergente suave (não agressivo para os materiais e que não contenha amaciador) e secada à sombra. Quando guardada, o ideal é que esteja numa gaveta ou armário com pérolas de silica aromatizadas, que não só ajudam a controlar o nível de humidade, como também oferecem um aroma agradável às peças. Na Dama de Copas existe o Kit de Beleza, composto pelo Lingerie Wash e o Lingerie Fragrance, que permitem oferecer estes cuidados. Para além disto, as peças devem ser armazenadas com cuidado. Os soutiens que tenham enchimento devem ser guardados abertos, sem que se dobrem as copas. Os restantes soutiens, quer sejam de copa mole ou moldada, podem ser guardados abertos ou com uma copa dobrada por dentro da outra, garantindo que as mesmas se encontram perfeitamente lisas e encaixadas. Todas as peças de noiva vendidas na Dama de Copas, como por exemplo camisas e robes, vêm com uma caixa própria para armazenamento, onde devem ser mantidas quando não utilizadas. Deve ser prestado um especial cuidado às peças brancas: estão sujeitas à alteração de cor por influência tanto de luz natural como artificial e, por isso, devem ser guardadas nas respectivas caixas, sem excepção! Desta forma permanecerão bonitas e com a cor original ao longo do tempo.»

 

Muito obrigada à Ana Morais e à Dama de Copas por estes esclarecimentos. Se tiverem alguma dúvida, contactem a loja mais próxima de vocês, serão atendidas com simpatia e competência. E não se esqueçam da ideia que referimos no início do artigo: experimentar a lingerie antes mesmo de escolher o vestido pode vir a revelar-se na melhor aposta para garantirem que terão o máximo conforto no dia do casamento.

Não deixem de consultar as nossas wise words relativas a tantos outros momentos importantes na organização do casamento. E boas escolhas!

Marta Ramos

Wise words: escolher o bouquet

A partir do momento em que tiverem escolhido o vestido de noiva, podem passar a outra escolha muito importante: o bouquet – o tema das wise words de hoje. A ligação entre estas duas peças é inequívoca – o protocolo diz que o bouquet deve seguir a linha do vestido, com volume adequado à figura, primeiro, e ao estilo, a seguir.
Para um vestido clássico, de princesa, com saia imponente, poderá ser de leve caída ou redondo. As flores serão mais clássicas, de uma variedade (rosas, peónias, hortênsias, por exemplo), e de cores suaves e delicadas, harmonizando o conjunto.
Um vestido de linhas direitas e rico em detalhes, em meninas altas, pede um bouquet mais elaborado, com atenção às cores: harmonia e elegância são o mote, mais verduras e menos cores tornarão o conjunto mais refinado. Valem várias espécies, mas de uma cor ou em ton sur ton.
O estilo mais boémio e descontraído pede bouquets mais orgânicos e naturais. As formas são menos estruturadas e as misturas mais criativas. São os mais complicados de executar e seguramente os mais dispendiosos, já que dependem dum conjunto bonito das várias espécies. Fitas coloridas, tecidos bonitos ou fio rústico finalizarão na perfeição estes belos arranjos.
Para as meninas mais baixinhas, recomendamos uma versão muito mignonne. Um bouquet pequeno e harmonioso é o indicado, feito de flores pequeninas e delicadas.

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

 

O bouquet é indissociável do vestido, certo; mas também dá a mão a outros intervenientes do vosso dia, sendo necessário ter uma visão alargada da big picture para que o todo resulte harmonioso. Começamos por chamar a atenção para o trio perfeito de que a Susana vos fala todos os domingos: bolo+sapatos+bouquet. Pensem numa cor dominante, no estilo, nos pormenores que poderão estabelecer a ligação entre todos estes elementos e depois deleitem-se com as fotografias fabulosas que daí resultarão.

Mas há mais, claro. As flores serão, muito provavelmente, um dos elementos decorativos mais presentes na vossa festa – uma grande parte dos nossos fornecedores seleccionados de flores trata, precisamente, de todos esses assuntos (do bouquet à decoração floral) e tudo se conjuga na perfeição. No caso de escolherem profissionais distintos para esses dois assuntos, então passem informação de uns para os outros para que possam sintonizar-se.

As flores também dão acessórios muito bonitos para o cabelo da noiva e para a lapela do noivo. Tenham isso em mente quando escolherem as vossas flores, e aconselhem-se com o vosso fornecedor – algumas espécies podem não resultar tão bem em boutonnières, por exemplo.

Então, com base nestas linhas de orientação, como podem passar à escolha de facto? Digamos que há dois factores decisivos – nesta e em todas as outras decisões que terão que tomar durante a organização do vosso casamento – a ter em conta: a inspiração e a audição! Naveguem abundantemente pelos vossos sites de referência, vejam atentamente os casamentos que vamos publicando, analisem ao pormenor as fichas dos nossos fornecedores (que têm muitas imagens para vos deliciar) e criem álbuns no pinterest. O que for preciso para reunirem um lote de imagens que vos agrade. Depois disso, contactem os vossos três profissionais preferidos e escolham aquele com quem irão trabalhar.

Aqui, entra a audição – escutem os especialistas na matéria, façam valer a vossa vontade, claro, mas saibam também onde terão que ceder para acautelar sobressaltos. Por exemplo, sempre que possível, escolham flores da época e de produção nacional. Para além da evidente diminuição da pegada ecológica, não querem ter que passar pela angústia de ver a data aproximar-se e não ver a encomenda chegar.

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

 

Outra cautela importante: peçam sempre uma segunda opção ao vosso fornecedor de flores. O mercado floral é cheio de imprevistos (pragas, intempéries, greves de transportadores, aumentos nos combustíveis…), que se reflectem na disponibilidade e preço final do produto. O orçamento é pedido com meses de antecedência, mas encomenda é feita uma ou duas semanas antes, as surpresas não são tão improváveis quanto isso.
Considerem o peso do arranjo e falem sobre isso, é relevante. Vão passar uma boa parte do tempo com o bouquet na mão, quanto mais leve e resistente ao manuseamento, mais confortável e fotogénico será. Não se esqueçam dele a um canto durante as fotografias, se investiram tempo e dinheiro nesta peça tão especial e pessoal, merece retrato próprio e dedicado.
Quanto a valores, não há paralelismo entre os preços da florista do bairro a um bouquet finalizado: para garantir meia dúzia de peónias em perfeito estado de maturação no grande dia, encomendam-se 30 pés (estragam-se, não vêm em condições, abrem demais ou abrem de menos, só se encomendam em lotes, etc) e a taxa de desperdício é muito grande. O valor final do bouquet somará o custo das flores (e verduras), a sua variedade, a qualidade das fitas e acabamentos, e o talento criativo e de execução do profissional: não pode ser pouco, mas será a justa retribuição por uma peça que vos fará quase tanta companhia como o noivo, pelo menos na primeira parte do grande dia, e que ficará imortalizada nas imagens registadas. Sim, estas flores são mesmo para sempre!

 

As fotografias deste artigo são da autoria de Luís Ala e registam um bonito trabalho de design floral da Bouquet de Liz.
Sobram dúvidas? Falem connosco, têm a caixa dos comentários inteiramente à vossa disposição. E não deixem de acompanhar todos os artigos de wise words que vamos publicando, sempre à segunda-feira.