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Susana Pinto

À conversa com: João makes photos, fotografia de casamento

Hoje a conversa boa é com o João Pedro Correia, que assina como João makes photos – fotografia de casamento.

Conhecemo-nos por acaso, como tantas vezes acontece neste universo digital: uma referência num site que linka para outro site e tropeço no site do João makes photos. E mais do que as imagens, prenderam-me as palavras com que se apresentava. Iniciámos a nossa conversa e após longo namoro por escrito – porque estas coisas têm o seu momento certo -, demos as boas-vindas ao João Pedro aqui no Simplesmente Branco.

Gosto de conversar com o João, mesmo que falemos pouco. Gosto de o ouvir, tem voz de rádio (foi profissional da Renascença) , gosto de o ler e gosto muito do seu trabalho, que é, da mesma forma, claro, conciso, articulado, nítido. Tal como uma boa história deve ser contada.

 

Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Fui jornalista durante 10 anos, nos quais a fotografia foi uma segunda profissão. Mas, na verdade, o que sempre fui foi fotógrafo: fiz-me jornalista porque queria ser fotojornalista. Só que algures nesse percurso também gostei de contar histórias pelas palavras, e a imprensa e a rádio meteram-se no meu caminho.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Há 10 anos, com especial enfoque nos casamentos há 5 anos. Os casamentos chegaram como acho que acontece a muitos de nós: um amigo pediu-nos para fotografar o seu dia. E aí percebi que podia aliar à fotografia o meu interesse por contar histórias e envolver-me com pessoas, que é o que mais gosto nesta área da profissão: o contacto com os casais, e a abordagem à fotografia do seu casamento como uma experiência que lhes proporciono ao longo do tempo, desde a sessão de namorados, à reportagem do dia do casamento, ao trabalho final.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Uso um conjunto de fontes para me inspirar. Primeiro, ver o que me rodeia com um novo olhar todos os dias — a vida é muito curta, e acredito que se nos sentirmos agradecidos pelo privilégio que é viver em paz, com condições de subsistência, e ainda por cima num país com muita luz e um oceano a duas horas de distância, essa abordagem transforma o mais horrível dos cenários num mundo de novas perspectivas.

De seguida, através de um consumo disciplinado. Explico: adoro ver o trabalho de todos os meus colegas fotógrafos, e a Internet é essencial para os acompanhar. Mas as verdadeiras fontes de inspiração, para mim, estão na “fotografia de velocidade lenta”, isto é, nos livros. Consumo livros com fotografias e sobre fotografias e fotógrafos. Faço o mesmo com pintura, design e arquitectura. Dir-me-ás: mas de que formas usas essas referências quando fotografas um casamento? Poderei não as usar, mas educo-me para ter referências mais diversas, que estimulam a capacidade de abstracção.

Por fim, procuro inspirar-me no que é diferente do que vejo todos os dias, e para isso viajo. Não preciso de ir ao Índico ou ao Pacífico, posso muito bem ir a Trás os Montes ou ao Alentejo, caminhar e falar com pessoas. O que quero dizer é que é preciso — e gosto muito de — sair regularmente do local onde passamos a maioria do tempo, e mudar de ares. Acho que ninguém discorda disto.

 

Como construíste essa tua assinatura, como a defines?

O JOÃOMAKESPHOTOS, o João que faz fotografias e conta histórias, é a junção destes dois indivíduos: o curioso que se fez jornalista, o documentarista que anseia registar momentos e ajudar a criar uma herança visual. Porque, especificamente nos casamentos, uma boa parte do que fazemos é isso: oferecer aos casais uma herança visual.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Como disse anteriormente: olho para fora da minha bolha. E neste momento olho para Lisboa. É que após mais de uma década a viver no centro da cidade mudei-me para a outra margem do rio, e do local onde estou agora vejo o Tejo e as sete colinas por inteiro a todas as horas do dia. Estar fora do bulício onde vivi durante mais de uma década está a ser revigorante.

 

Casamento na Quinta do Hespanhol, com fotografia de João makes photos

De Lisboa para o mundo, ou Portugal de lés a lés: fotografar estrangeiros é diferente de fotografar casamentos nacionais?

É diferente porque há menos tempo para me relacionar com os casais, que é um aspecto essencial na minha abordagem à fotografia de casamento. Eu procuro não ser um mero prestador de serviço, eu quero estar envolvido na história do dia e para isso preciso de tempo para entrar nesse círculo. Com casais estrangeiros há menos tempo para conseguir fazê-lo. No restante, é absolutamente igual: fotografamos pessoas apaixonadas que juntaram num dia os amigos e a família mais próximos, com tudo o que isso traz de boas energias.

 

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

A maioria dos meus casais encontram-me de duas formas: através da recomendação de clientes anteriores, ou através da Internet: sobretudo o Simplesmente Branco e as redes sociais.

Para todos os que ficam, de facto, interessados em ter-me como o seu fotógrafo eu procuro de imediato que nos conheçamos e nos sentemos a conversar. Uma boa ligação entre o fotógrafo e o casal é essencial, e eu procuro conhecer e dar-me a conhecer.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Eu gosto de todos os tipos de festa. A minha perspectiva é simples: os casamentos são as pessoas, e se todos se permitirem expressar os seus sentimentos — dos noivos aos convidados, da família aos celebrantes — o dia será repleto de boas energias e de boas recordações. Nós, fotógrafos, só temos de conseguir envolver-nos e tornar-nos parte, e estar atentos para captar isso.

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

É o privilégio de ser escolhido para registar momentos de intimidade, e para criar uma herança visual.

O mais desafiante é sempre o que está relacionado com as condições para fotografar: é um dia que passa a correr, com espaços e iluminações imprevisíveis, com a meteorologia que pode não colaborar, etc., e para tudo isso nós, fotógrafos, temos de encontrar soluções e conseguir, ainda, usar da nossa criatividade para, nos momentos que são mais do que documentais, criar imagens únicas para os nossos clientes.

 

Escolhe uma imagem favorita do teu portfolio e conta-nos porquê:

Uma das minhas imagens favoritas é uma fotografia que imediatamente após tê-la registado pensei “isto parece um momento Steve McCurry”. Explico: é uma fotografia vertical do conjunto de madrinhas a abraçar a noiva, escondendo-a no meio do turbilhão; os sapatos coloridos desarrumados na relva; estão todas de costas para mim; e uma brisa que soprou naquele momento. Essa fotografia assemelha-se a uma das minhas preferidas do Steve McCurry: a de um conjunto de meninas com vestes coloridas que, no meio de uma tempestade de areia, penso que na Índia, se abrigam juntado-se e abraçando-se. Foi pura coincidência, mas é uma imagem de que gosto muito, mais ainda pela comicidade que essa mesma comparação João / Steve McCurry suscita.

 

 

Os contactos detalhados do João makes photos, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, cheia de imagens bonitas e contactem-no directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

As imagens que escolhi para acompanhar esta conversa com o João Pedro Correia, são do belo casamento da Joana + Hendrik, na Quinta do Hespanhol. Vão lá espreitar o resto!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: FullCut, filmes de casamento

Hoje sentamo-nos com a dupla FullCut, que faz filmes de casamento e tem um tabalho muito bonito, como vão ver.

Conheci o Hugo Teregeira e o João Ramos, pessoalmente, Há vários anos, quando lhes pedi que fizessem um pequeno vídeo do evento de lançamento do nosso livro “Queres casar comigo? – guia prático para um dia muito feliz”. Dei-lhes um briefing muito singelo, que apenas registassem o momento, da forma que entendessem. Era, para mim e para a Maria João Soares, uma ocasião de festa e de partilha, junto das nossas pessoas que nos acompanharam nesta aventura, mas também um momento profissional, que queríamos celebrar e mostrar a toda a gente. Chegaram com quase uma hora de avanço, apresentámo-nos, falámos um breve minuto sobre o que era preciso e o que se queria, e foram à sua vida, fazer a repérage do local. Não dei mais por eles, absorvida pelo momento e pela quantidade de amor na sala, engolida pelos abraços apertados dos amigos, da família, dos clientes. Uns dias depois, quando me chegou o pequeno vídeo, estava, tão só, perfeito. O Hugo e o João tinham captado a essência do momento, o que era valioso e especial, a energia da sala, os sorrisos contagiantes. Sem nos conhecermos, sem conhecerem o sítio, sem conhecerem a dinâmica da ocasião, sem conhecerem as pessoas. Esta foi a minha experiência com eles e foi óptima. E são simpáticos e tranquilos.

Estas são qualidades essenciais do e para o serviço que prestam. Fiquem agora a conhecê-los pelas suas próprias palavras (e imagens). Merecem, muito, o vosso tempo.

 

A melhor parte sobre ser um videógrafo de casamento é ser capaz de criar imagens que se tornarão heranças familiares para os outros, através da nossa visão. Sentimo-nos  realmente afortunados por fazer parte de um dos dias mais importantes para as pessoas e testemunhar tanta felicidade.

 

Contem-nos um pouco da vossa viagem profissional até aqui, ao video de casamento.

O Hugo tem o curso de edição de vídeo e composição de imagem da Etic e motion design da Restart, o João tirou pós-produção de vídeo na Restart e desenvolvimento de produtos multimédia no Iade, tal como música e novas tecnologias igualmente na Etic.

O engraçado disto tudo, é que não tivemos qualquer formação de como captar imagem, somos completamente autodidatas neste campo.

Trabalhámos em diversas empresas de ramos completamente distintos desde que acabámos os nossos cursos, sempre ligados ao audiovisual, até que finalmente os nossos caminhos acabaram por se cruzar, num dos sítios que ainda hoje guardamos com muito carinho por diversas razões, e foi lá que começámos a filmar, com muito  medo e nervosismo.

Nunca pensámos em filmar casamentos, até que um dia o Hugo recebeu uma proposta de trabalho de um estúdio de fotografia, para edição de fotos. Nessa altura, começámos a perceber que esta  área tinha muito potencial e que havia espaço para criar, desenvolver e, principalmente, explorar a nossa criatividade. Começámos assim a dar os primeiros passos e, naturalmente, nasce a Fullcut.

 

Há quanto tempo filmam? E porquê casamentos?

Filmamos há cerca de 6 anos. Achamos que  a vida ganha mais cor com desafios. E realmente começou por ser isso mesmo, um desafio que acabou por se transformar em algo muito maior.

Hoje em dia é algo muito mais profundo e como muito mais significado, podemos dizer que o prazer e oportunidade de estarmos presentes neste dia e, principalmente, fazer parte da magia do dia, significa tudo para nós.

 

 

O vosso trabalho junta os pontos de vista de cada um de vocês. Como convergem?

Trabalhar como dupla é sempre muito interessante, tal como conciliar formas diferentes de olhar as pessoas e o amor. Convergimos duma forma muito natural, gostamos muito de ir experimentando novos métodos e explorando diferentes formas de fazer as coisas, trazendo o máximo de ideias possível a bordo.

“Crescendo errando”- Somos apologistas de que devemos experimentar o máximo de coisas, mesmo que no final o resultado não funcione da forma que esperávamos.

 

Como construíram a vossa assinatura? Como é que a definem?

A assinatura é algo em que pensamos muito, é a razão de ser de todo o projecto. A nossa assinatura remete-nos para um cenário figurativo, se as nossas lentes fossem um convidado todo o seu movimento e a sua observação seriam orgânicos e reais, é desse estado que nos tentamos aproximar. Para que este lado orgânico transpareça,  exploramos  o conceito de simplicidade no que toca a recursos materiais,  usando o mínimo de equipamentos no dia.

Uma outra analogia que revela a nossa assinatura, é a forma como recordamos as memórias de momentos. Normalmente lembramo-nos de momentos de uma forma aleatória e não sequencial, e dessa forma tentamos também explorar esse conceito no vídeo.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vão buscar inspiração?

Ambos vemos muito cinema e documentários, para além disso,  o Vimeo é também uma óptima plataforma, onde  podemos encontrar  projectos muito  interessantes de variados campos. Não podemos esquecer a fotografia, que sempre foi uma grande inspiração para nós. Gostávamos também de salientar que  as melhores ideias vêm sempre de momentos inesperados, uma conversa, algo que acontece no caminho para o escritório, uma música, ou um momento de diversão.

 

 

Quando precisam de fazer reset, para onde olham, o que fazem?

Somos ambos muito ligados às nossas famílias e ao convívio, e gostamos de passar o máximo tempo possível junto de quem mais gostamos. Fora isso, o João passa algum tempo, sempre que pode, a tocar guitarra ou a cozinhar, e o Hugo a pedalar ou a fazer yoga.  O facto de termos um escritório e de termos um horário, ajuda bastante na altura de desligar do trabalho.

 

De Lisboa para o mundo, ou o mundo em Lisboa: filmar fora do país é diferente de filmar cá dentro?

Não vamos negar que conhecer sítios novos é totalmente inspirador e revitalizante. Aliar isso ao nosso trabalho é fantástico, diferente e, sem dúvida, uma enriquecedora experiência, no entanto   gostamos muito  de voltar para o nosso abrigo, junto de quem gostamos.

Hoje em dia com tantos “ destination weddings “ em Portugal não sentimos assim tanta necessidade de filmar fora do país.

 

Qual é o vosso processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?

As ligações aos clientes são muito importantes, por isso achamos necessário que exista uma conversa inicial, para que possamos conhecer o casal e ajudá-lo no que precisa.

 

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostam de registar?

Gostamos de todos os tipos de casamentos, mas preferimos, realmente, os mais pequenos porque sentimos que conseguimos ter uma maior conexão com um maior número de pessoas, o que facilita bastante o nosso trabalho.

 

Qual é a melhor parte de ser videógrafo de casamentos? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte sobre ser um videógrafo de casamento é ser capaz de criar imagens que se tornarão heranças familiares para os outros, através da nossa visão. Sentimo-nos  realmente afortunados por fazer parte de um dos dias mais importantes para as pessoas e testemunhar tanta felicidade.

O mais desafiante é, sem dúvida, corresponder às expectativas do cliente na mesa de edição, e o mais difícil são as dores de pernas e costas ao final do dia!

 

 

Os contactos detalhados da FullCut Wedding & Lifestyle Films, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, maravilhem-se com os seus filmes de casamento e contactem-nos directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

À conversa com: A Pajarita, convites de casamento

Hoje sentamo-nos a conversar com a Alexandra Barbosa, que assina como A Pajarita, convites de casamento.

E que bonito e incrivelmente delicado é o trabalho da Alexandra! Já o vi ao vivo várias vezes e já visitei a Alexandra no seu belíssimo estúdio na Póvoa do Varzim: conversamos sempre sobre o seu trabalho de gravura e o nosso fascínio pelos papéis artesanais.

É sempre um prazer perceber as técnicas, processos e acabamentos destas peças tão singulares e femininas, de uma beleza discreta e intrigante.

Venham conhecer A Pajarita!

Acredito que cada casal é uma fórmula. Se pensarmos nas pessoas, não há duas iguais. Quando conheço um casal, conheço duas pessoas diferentes e é a soma deles que eu tenho de calcular para lhes puder apresentar uma fórmula que respeite quem são juntos. É nessa comunhão que nasce a fórmula que retrata o casal. Se não há duas pessoas iguais, não há duas somas iguais, logo não há duas fórmulas iguais.

Conte-nos um pouco da sua viagem profissional, das artes plásticas para o universo dos casamentos. Foi um caminho natural ou uma situação específica que o apontou?

Sou artista plástica e especializei-me (mestrado) em obra gráfica (gravura) e produção artística.

Terminada a licenciatura, parti para Espanha onde estudei e trabalhei, e acabei por ficar por lá cinco anos. A minha vida profissional era partilhada pela docência e pelo desenvolvimento da minha investigação e trabalho artístico (e por consequência concursos, bienais e exposições).

Regresso a Portugal e começo a dar aulas e a criar peças personalizados num atelier: foi aí que conheci uma noiva, que acabei por ajudar, ao criar detalhes que ela idealizava e não tinha conseguido encontrar.

Esta experiência despertou algo em mim. A alegria dela foi contagiante, e desafio tinha sido estimulante. Como gosto de desafios e de fazer coisas sempre diferentes (a monotonia desconcerta-me!), a ideia foi amadurecendo e ganhando forma e, assim, “nasceu” A PAJARITA.

 

Há quanto tempo trabalha nesta área? E porquê este universo dos casamentos?

Desde Dezembro de 2014.

O universo dos casamentos, tal como eu o encaro, é estimulante, cheio de desafio e aventuras. Não é estático nem monótono. É algo contagiante e que me faz levantar de manhã cheia de energia e de vontade de trabalhar.

 

Estacionário de casamento criado por A Pajarita (9) Estacionário de casamento criado por A Pajarita (5) Estacionário de casamento criado por A Pajarita (3)

Como define o seu trabalho e como construiu essa assinatura?

É um trabalho feito de raiz, a medida de cada casal e tem como base a partilha. Tudo é pensado e desenhado com base no que os noivos partilham comigo: os seus gostos, expectativas, histórias, interesses, viagens…

 

Esse estilo faz parte do ADN da marca ou é um conceito que escolheu para explorar e trabalhar este ano? Porquê?

É, sem dúvida, o ADN. O fascinante é começar do zero. O caminho estimulante do processo ao produto final. Se deixar de existir, A PAJARITA não tem fundamento, não tem razão para existir.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

É sempre importante conhecer e debater as tendências, mas não serão um caminho a seguir se não se enquadram com a personalidade dos noivos dessa estação.

 

Boas-vindas ao Outono, por A Pajarita (26) Boas-vindas ao Outono, por A Pajarita (17) Boas-vindas ao Outono, por A Pajarita (22)

Ter o controle das decisões é importante? Tem uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como quer que o seu trabalho seja consumido ou é o prazer de discutir ideias, de criar, que lhe interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Tenho de controlar a qualidade da execução, sou perfecionista, cada detalhe conta. Os materias são fundamentais e gosto de ter o controlo dos materiais usados e a sua qualidade. O processo criativo em si é muito orgânico, e parte sempre das conversas que tenho com cada casal. É delas que vou extrair os pormenores, as subtilezas em que me vou basear para criar os protótipos que lhes irei apresentar posteriormente.

 

Existem fórmulas vencedoras que aplica, ou cada convite, produto ou serviço é pensado totalmente de raiz?

Fórmulas vencedoras? Eu acredito que cada casal é uma fórmula. Se pensarmos nas pessoas, não há duas iguais. Quando conheço um casal, conheço duas pessoas diferentes e é a soma deles que eu tenho de calcular para lhes puder apresentar uma fórmula que respeite quem são juntos. É nessa comunhão que nasce a fórmula que retrata o casal. Se não há duas pessoas iguais, não há duas somas iguais, logo não há duas fórmulas iguais.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Para além de me inspirar na singularidade e personalidade de cada casal, busco-a nas exposições, nos filmes, na moda…

 

Convites de casamento artesanais, feitos por A Pajarita

Quando precisa de fazer reset, para onde olha, o que faz?

Faço coisas simples, mergulhos nos livros, foco-me na minha família, perco-me nas risadas do Vasquinho e na tranquilidade do bebé Gustavo (os meus sobrinhos e afilhados), vou ouvir o mar, desenho casas (que é uma forma simplista de descrever o meu trabalho artístico).

 

Qual é a importância do convite de casamento (e respectivo conjunto de estacionário), na grande lista de itens e tarefas?

Normalmente é encarada como uma tarefa secundária, e, a meu ver, erradamente. É a primeira impressão do dia que estamos a preparar. O convite é a imagem do nosso dia, logo, a nossa. Daí trabalhamos para que o feedback do convidado seja sempre: “o convite é mesmo a tua/vossa cara”.

 

Qual é o seu processo de trabalho, como acontece a ligação ao cliente?

Primeiro é necessário perceber se sou o fornecedor ideal. Se for, preciso de conversar com eles, perceber quem são, o que perspetivam. Seja pessoalmente, por videoconferência ou por email, quanto mais informações me derem, mais matéria prima tenho. Mostro exemplos, acabamentos, papéis para ir percebendo as preferências. As conversas costumam ser amenas e muito interessantes. Posteriormente, apresento-lhes um protótipo. Ele sofre o processo necessário de forma a responder às expectativas, e só depois passa para a produção.

 

Convite de casamento personalizado A Pajarita Convite para madrinha, por A Pajarita Bouquet de noiva rústico, por A Pajarita

Qual é a melhor parte de criar convites de casamento, ser o primeiro capítulo visível da história que leva ao grande dia? E o mais desafiante e difícil?

O melhor é não termos limites nem condicionantes estabelecidos pelo trabalho já desenvolvido e conhecermos pessoas novas. O que se torna desafiante, é o facto de se começar do zero, encontrar a imagem do casal sem usar recursos evidentes. O difícil, que é diferente de desafiante, a meu ver, é não ficar empolgado com os projetos e dizer aos noivos que a A PAJARITA não é o seu fornecedor ideal (acontece quando procuram convites padronizados).

 

Escolha o convite de que mais gosta no vosso portefólio, e conte-nos porquê:

É difícil escolher, mas os que mais me empolgam são os convites com intervenção manual, sem dúvida! O facto de cada um ser inevitavelmente diferente do outro, esse cunho pessoal e irrepetível desperta aquele brilhinho no meu olhar.

 

Os contactos detalhados de A Pajarita, estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de imagens bonitas, e contactem a Alexandra directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

O trabalho da Alexandra Barbosa não se fica pelos convites: das suas mãos sai tudo o que é papel e também belas flores: bouquet de noiva, flor de lapela, pulseira para as madrinhas e outras delicadas maravilhas. Sigam tudo aqui!

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

Susana Pinto

À conversa com: Jardin d’ Époque – flores para casamento

Hoje  converso com a Ema Ramos, da Jardin D’ Époque – flores para casamento.

 

A primeira vez que vi o seu trabalho, fiquei curiosa: é desarrumado, esquisito, tem qualquer coisa de bicho – e foi mesmo isso que lhe disse. Ao segundo olhar, percebe-se a intenção, o caminho, a conversa, e isso é muito especial. Porque é novo, porque é inesperado, porque é original e porque é bonito. Exige de nós uma atenção redobrada, uma pausa e foco para entrarmos nesse belíssimo diálogo em que somos recompensados.

Com esta conversa, descobri que temos muito em comum: o rigor, a curiosidade variada e um certo desassombramento em relação ao nosso trabalho. Gostei muito, mesmo!

 

Fiquem com o trabalho da Jardin D’ Époque e, sobretudo, com as suas palavras. Façam uma pausa e deixem-se cativar!

A melhor parte de trabalhar com flores e plantas é a energia que elas me dão. Claro que há momentos de tal forma intensos que a última coisa que quero fazer é levar flores para casa! Não sinto aquele cliché do “gosto tanto do que faço que não sinto que seja trabalho”. Eu gosto mesmo muito do que faço mas o sentido de responsabilidade que tenho para comigo e para com os meus clientes não me permite sentir este projecto como uma ocupação de Domingo à tarde. E é isso que torna o Jardin d’ Époque um desafio permanente.

Flores Jardin d'Époque - Fotos Oceanica Photography Flores Jardin d'Époque - Fotos Oceanica Photography

Flores Jardin d'Époque - Fotos Oceanica Photography

 

Como é que nasce a Jardin d’ Époque?

A Jardin d’ Époque nasce no momento em que tomo a decisão de regressar a Portugal. Depois de ter vivido alguns anos em França, comecei a sentir a necessidade de me dedicar a um projecto totalmente meu, onde o infinito fosse o limite e onde a criatividade fosse a matéria prima primordial.

 

Como defines a assinatura da Jardin d’ Époque?
Gosto de definir o Jardin d’ Époque como um projecto descomprometido com as regras sedimentadas no mundo da arte floral e extremamente focado nas particularidades daqueles que me procuram e que confiam no meu trabalho. Há uma frase dos fundadores do FLO Atelier Botânico (Antonio Jotta e Carol Nóbrega), uma das minhas referência no mundo das flores, que trago sempre presente e que me ajuda a manter o rumo: “É essencial não se limitar a regras, nem levar tão a sério o que já foi escrito sobre como montar um arranjo. É importante trabalhar com ingredientes frescos, de boa qualidade, mas também com itens menos convencionais. Depois, use sua bagagem estética e privilegie o que combina com você, com seu estilo de vida.”

 

Esse estilo faz parte do ADN da marca ou é um conceito que escolheste para explorar e trabalhar este ano? Porquê?
Mais do que o ADN da marca, creio que este estilo é o meu próprio ADN. Desconstruir linguagens e processos de trabalho sempre foi transversal a todas as áreas profissionais em que estive envolvida. Do ballet clássico à produção cultural, do design à arquitectura… Conhecer a história, o que já existe, o que é produzido… E permitires-te experimentar e dessa forma evoluíres e definires o teu percurso e a tua identidade.

 

Casamento na Pousada de Amares Casamento na Pousada de Amares Casamento na Pousada de Amares

 

As tendências da estação… São um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

Inevitavelmente as tendências estão quase sempre presentes. O Pinterest e o Instagram estão à distância de um clique para toda a gente e é muito comum receber e-mails com pedidos de orçamento acompanhados de “imagens tendência”. O grande desafio é desenvolveres um projecto a partir das premissas que são as expectativas daqueles que te procuram, em função do teu método de trabalho e das tuas convicções.

 

E as estações do ano, o ritmo de produção de cada época, são influências, contingências ou indiferenças nestes tempos globais?
O nome Jardin d’ Époque não foi escolhido de ânimo leve. Quis que o nome da marca fosse uma alusão directa à forma como gosto de trabalhar. E por isso, o ritmo e as características de cada estação do ano são, sem dúvida, a principal influência no meu trabalho.

 

Ter o controlo das decisões é importante? Tens uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como queres que o teu trabalho seja mostrado e vivido ou é o prazer de discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que te interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Sou extremamente perfeccionista e picuinhas. E é por isso mesmo que discutir ideias e desenvolver um processo de trabalho é de extrema importância para mim. Nos tempos de faculdade, quando estudava arquitectura, na disciplina de Projecto tínhamos assiduamente as chamadas “críticas comparadas” onde discutíamos os exercícios que estávamos a desenvolver. Eram momentos de exposição e discussão que nos faziam repensar o que estávamos a produzir e assimilar novas possibilidades que surgiam na partilha e na crítica. Tento trazer esta dinâmica, hoje, para o Jardin d’ Époque, esteja com um cliente ou com um outro profissional. A partilha permite-nos chegar muito mais longe.

 

Jardin d'Epoque - flores para casamento Jardin d'Epoque - flores para casamento Jardin d'Epoque - flores para casamento

 

Existem fórmulas vencedoras que aplicas ou cada projecto de decoração floral é pensado totalmente de raiz?

Não creio que aplique uma fórmula aos projectos. Desenvolvo-os, sim, de acordo com o meu método de trabalho e esse método evolui de acordo com as especificidades de cada desafio, criando propostas totalmente individualizadas e únicas.

 

Onde buscas inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Ai… É muito difícil responder a esta pergunta! Sempre tive imensa dificuldade em focar-me apenas numa área porque tenho imensa curiosidade por uma série de temas, muitos deles, completamente díspares. E a inspiração tanto pode vir de uma peça gráfica ou arquitectónica da Bauhaus, como de um incrível espaço interior contemporâneo branquinho, com apontamentos de mármore de Estremoz e madeira clara de pinho… No fundo, ela pode espreitar de um qualquer pormenor que se cruze comigo nas tarefas diárias!

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescas a mente e o olhar?

Esta é mais fácil! Pego na Margarida e na Bolota e vamos até à Praia da Luz… Eu tomo um café e elas fazem buracos na areia! É incrível o privilégio que temos na nossa localização geográfica. A proximidade com o mar é um bálsamo para os momentos mais intensos e o facto de ter vivido durante algum tempo longe dele, faz-me dar-lhe ainda mais valor.

 

 

Como é o teu processo de trabalho, como crias uma ligação com os teus clientes?

Gosto muito de conversar e, mesmo numa fase inicial, tento estar presencialmente com as pessoas que me contactam. Nem sempre são possíveis as visitas ao estúdio e por isso, muitas vezes, os contactos são feitos através de e-mail ou skype. Mesmo com as “imagens tendência” que referimos há pouco, é muito importante para mim perceber as expectativas, as estórias e os sonhos de cada um. E a partir daí, desenhar um plano. Começo pela definição de uma paleta de cores, selecção de espécies e construção das estruturas das peças florais no chamado mood board. E numa fase posterior, desenvolvo todo o processo através do desenho, fotografias e maquetas. Quando trabalhamos com elementos vegetais há coisas muito difíceis de definir… Não conseguimos adivinhar a dimensão exacta de determinada espécie… Nada nos garante que não existirá uma praga que colocará em causa a maturação “daquela” flor… Mas acredito que desenvolver um projecto de design floral à semelhança de um projecto de design de produto ou de arquitectura permite-me deixar portas abertas para soluções de eventuais problemas. E, acima de tudo, permite que os meus clientes percebam toda a minha dedicação e entrega.

 

Qual é a melhor parte de trabalhar com flores e plantas, em decoração? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte de trabalhar com flores e plantas é a energia que elas me dão. Claro que há momentos de tal forma intensos que a última coisa que quero fazer é levar flores para casa! Não sinto aquele cliché do “gosto tanto do que faço que não sinto que seja trabalho”. Eu gosto mesmo muito do que faço mas o sentido de responsabilidade que tenho para comigo e para com os meus clientes não me permite sentir este projecto como uma ocupação de Domingo à tarde. E é isso que torna o Jardin d’ Époque um desafio permanente.
Difícil, difícil… É ter de limpar o estúdio depois de dias intensos de trabalho em que todas as tesouras desapareceram e, afinal, estavam camufladas no meio dos desperdícios de folhas e pétalas!

 

Qual foi o casamento em que mais gostaste de trabalhar? Porquê?

O casamento que mais gostei de fazer foi precisamente o primeiro em que a primeira frase do e-mail de contacto dizia: “descobrimos o teu trabalho através do Simplesmente Branco”. Tinha terminado de empacotar as minhas coisas em França, a transportadora viria no dia seguinte e restava apenas o computador em cima de um pequeno aparador. O e-mail era escrito em francês!  E de repente, comecei o projecto de um casamento na deliciosa Comporta!
Todo o processo foi maravilhoso, pelos lugares e pelas espécies que a Justine e o Paulo elegeram. E o mais incrível foi o privilégio de desenvolver o projecto de design floral para um espaço como o Sublime Comporta, onde a articulação com a arquitectura e com as peças de mobiliário contemporâneos me deixaram como peixe num oceano!
O facto do casamento ter sido bem longe do Porto também me permitiu perceber que a ambição que tenho de executar projectos em todo o país e mesmo fora dele é possível e exequível, se meticulosamente planeado e com os maravilhosos e incansáveis fornecedores de flores de corte com quem trabalho.

 

Jardin d'Époque - decoração floral para casamentos Jardin d'Époque - decoração floral para casamentos Jardin d'Époque - decoração floral para casamentos

Escolhe uma imagem favorita do teu portefolio e conta-nos porquê. 

Esta imagem é uma das minhas favoritas por várias razões. Foi o bouquet que construí para o primeiro editorial para o qual me convidaram a participar. A primeira vez que senti e vivi o trabalho de equipa entre vários fornecedores de serviços do mundo dos casamentos e a incrível confiança e liberdade que depositaram no meu trabalho. Liberdade que me permitiu construir uma peça “descabelada”, mesmo como eu gosto, utilizando flores de compra e amoras silvestres que colhi numa tarde de Agosto e às quais retirei todos os espinhos, bagas de campos abandonados, dálias oriundas de bolbos que já estiveram no jardim da minha avó e que a minha mãe replantou, hortênsias do jardim de casa dos meus pais… É uma imagem que me traz memórias e estórias.

 

Jardin d'Epoque - flores para casamento

Os contactos detalhados da Jardin D’ Époque estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, vejam as imagens bonitas e contactem directamente a Ema Ramos através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Vejam aqui as últimas publicações da Jardin D’Époque!

 

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Susana Pinto

À conversa com: Kabuki Makeup by Rita Amorim, maquilhagem para noivas

Hoje falamos com a Rita Amorim, que assina como Kabuki Makeup by Rita Amorim, sobre sobre maquilhagem de noiva.

A Rita é nossa fornecedora seleccionada há alguns anos, eu já tive a oportunidade de ser maquilhada por ela e, desde o primeiro momento, tem sido um genuíno prazer trabalharmos juntas.
Nesta conversa falamos do seu percurso até aqui, sobre ideais de beleza e a importância da maquilhagem no mais bonito dos dias, mas também no quotidiano. Há por aqui dicas importantes e, caso estejam já à procura da vossa maquilhadora para o mais bonito dos dias, sejm noivas, madrinhas ou amigas, falem com a Rita Amorim, ela vai gostar de vos conhecer e terá óptimos conselhos e ideias para vos deixar ainda mais bonitas.

 

Fiquem a conhecê-la – e ao seu trabalho bonito – em detalhe!

 

Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim

Como chegaste a este universo da beleza feminina?

O universo da cosmética esteve presente na minha vida, desde muito cedo, sendo um universo muito familiar lá em casa. A minha mãe sempre trabalhou nesta área e o contacto permanente com produtos, amostras, ofertas, formação, dossiers sobre pele, todos os cuidados a ter, como mantê-la saudável e bem tratada, sempre foi um mundo muito aliciante. A curiosidade engraçada no meio disto tudo, é que a minha mãe, mesmo lidando com cosmética durante mais de 30 anos, a maquilhagem nunca foi a sua praia. E até aos dias de hoje me pergunta: “Como é que ficaste tão fascinada com o mundo da maquilhagem?”

Mais tarde, trabalhei directamente com duas marcas de cosmética, Helena Rubinstein e Biotherm, ambas distribuídas pelo grupo L’Óreal e desde aí o fascínio foi crescendo até aos dias de hoje.

 

Qual é a importância da maquilhagem, num dia tão especial? E nos dias comuns?

A maquilhagem está na moda. E é notório o aumento de interesse, ao longo dos últimos anos. Não me lembro de ser dada tanta importância a este assunto como agora. Basta estarmos atentas e vermos a explosão de marcas, 100% dedicadas a maquilhagem que abrem lojas em Portugal, como nunca antes visto. É sinal que há mercado, há procura, há interesse e há maior preocupação com a imagem. Agora é comum vermos jovens e jovens adultas, maquilhadas. E maquilharem-se passou a fazer parte da sua rotina diária, quer seja apenas para uma ida à escola ou para trabalhar. Usar maquilhagem só para ir a festas é coisa do passado. Agora o acto de maquilhar é tão rotineiro, como o de vestir ou calçar.

Por isto tudo e como imaginam, quando falamos de dias tão importantes, como a cerimónia de um casamento, tanto noiva, como as convidadas prestam uma atenção redobrada e primordial à sua pele e maquilhagem. Contudo, para não correrem qualquer tipo de risco, é essencial que recorram a profissionais na área. Não só porque é um factor de confiança no serviço e na qualidade dos produtos utilizados, como também haverá maior garantia da sua correcta aplicação, e isso irá favorecê-las tornando-as ainda mais bonitas.

Acima de tudo, a minha primeira preocupação é perceber em que estado se encontra a pele da noiva e caso possamos melhorá-la até há data da cerimónia, iniciamos um tratamento aconselhado e dedicado caso a caso.

 

Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim. Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim. Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim.

Um rosto é uma tela ou há todo um conjunto de regras firmes sobre este assunto? Depende da ocasião?

Sim, o rosto é uma tela, mas há que ter muita atenção à sua anatomia. Há diferentes tipos de rostos e o seu desenho depende do formato da face e da estrutura maxilo-facial. Em Portugal os tipo de rosto mais comum são o quadrado, redondo e triângulo invertido. E sobre cada tipo de rosto há que aplicar correctamente as tonalidades de base, blush, iluminador, de forma a tirar partido, da melhor forma, das suas características naturais.

 

As tendências da estação são importantes, ou não contam para a maquilhagem de noiva?

Sim, as tendências são importantes, mas não são de todo mandatórias. Estou e devo estar atenta às tendências (é imprescindível estar actualizada no mundo da maquilhagem, porque está em constante evolução), mas os factores decisores são o tom dos olhos, do cabelo e da pele, pois o equilíbrio e harmonia dos tons irão beneficiar o resultado final.

Há que ter bom senso, não faz sentido sujeitar  uma noiva à tendência do momento, se isso não a favorece. As ideias servem como ponto de partida para uma boa conversa, cujo objectivo é elevar a beleza natural.

É essencial que haja esta conversa, de forma sensata, saudável e frutuosa.

 

Onde buscas inspiração para o teu trabalho de makeup artist?

Em muitos locais: em revistas da especialidade, com outras makeup artists, em sites das marcas ou blogs, nas lojas de maquilhagem, em conversas inspiradoras, em espaços, em passeios ao ar livre, em acessórios, em decoração, em desenhos… tudo o que sirva para alimentar a minha imaginação e deixar a inspiração mais rica.

 

Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim. Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim. Maquilhagem para noivas, por Kabuki Makeup by Rita Amorim.

E nos momentos de fadiga criativa, como refrescas a mente e o espírito?

Saio de casa, junto-me com amigos, apanho ar puro e passeio pela praia, nada como oxigenar o corpo e a mente para tudo fluir com muito mais nitidez e clareza de espirito. A minha pratica de yoga também me ajuda a equilibrar o meu bem-estar.

 

Também dás formação regular, com os teus workshops de auto-maquilhagem. Sentes que fazes diferença no quotidiano de quem te procura?

Sim, sem dúvida, os workshops fazem toda a diferença. As principais conclusões a que chego, com cada participante que já tive ao longo destes anos, assentam em três pontos:

 

  • o workshop ajuda muito a desmistificar que a maquilhagem não é um bicho de sete-cabeças. Em poucos gestos podem aprender quais os pontos essenciais do rosto que são beneficiados com a maquilhagem;
  • com o workshop, cada participante perde o receio de se maquilhar de forma errada, sabendo que o seu maior objectivo é aprender os passos certos;
  • depois da participação, o entusiasmo pelo resultado final faz com que as rotinas mudem e a maquilhagem passe a fazer parte do quotidiano. Makeup só em ocasiões especiais, já era!

 

Qual é o teu processo de trabalho, como crias uma ligação com as tuas clientes?

Esse é um ponto que faz parte do meu segredo profissional! Mas adianto que sou muito atenta às preocupações e receios naturais que as noivas ou outras clientes demonstram. Estar por perto é essencial, e tento criar uma relação de proximidade, para criar laços que permitam gerar confiança mútua.

 

Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim Makeup de noiva: Kabuki Makeup by Rita Amorim

Qual é a melhor parte de ser responsável pela beleza da noiva no seu dia? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte, é poder superar as expectativas. Quando as noivas se olham ao espelho, abrem aquele sorriso satisfeito e trocam um olhar cúmplice a revelar o seu agrado, é muito especial. Só este gesto vale mais que mil palavras.

O aspecto mais desafiante, mas nem por isso difícil, é quando alguma noiva, logo no primeiro contacto, tem uma pele complicada a precisar de alguns cuidados. A solução é iniciarmos um tratamento ao longo dos meses que antecedem a data e aguardar o seu feedback e a satisfação ao ver que a pele responde de forma mais equilibrada e com um aspecto mais saudável. Cuidar da pele é garantia para o sucesso de uma maquilhagem magnífica no dia do casamento.

 

Quem gostarias de maquilhar? E por quem gostarias de ser maquilhada?

Gostava de maquilhar a Kelly Bailey e a Cara Delevingne. E gostava de ser maquilhada pela Joana Moreira e pela Path McGrath.

Quando as noivas se olham ao espelho, abrem aquele sorriso satisfeito e trocam um olhar cúmplice a revelar o seu agrado, é muito especial. Só este gesto vale mais que mil palavras.

 

Os contactos detalhados Kabuki Makeup by Rita Amorim estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, com o seu trabalho mais recente e contactem directamente a Rita Amorim através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

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Susana Pinto

À conversa com: Hugo Coelho – fotografia de casamento

Hoje conversamos com o Hugo Coelho, fotógrafo de casamentos, que assina como Hugo Coelho Fotografia.

 

Com a chegada de Setembro, retomamos a série de conversas longas com os fornecedores seleccionados Simplesmente Branco. Posso dizer que é uma das minhas rúbricas favoritas, porque é sempre fascinante conhecer o percurso de cada pessoa, as suas escolhas, a visão que tem sobre o seu trabalho e sobre o mundo, e como mostra tudo isso, naquilo que é a sua assinatura.

E é, também, uma óptima forma de vocês os ficarem a conhecer melhor e balizarem as vossas escolhas de fornecedor – feita esta primeira apresentação, o contacto que se segue já não será tão impessoal e estarão mais sabedores daquilo que gostam no seu trabalho.

 

Gosto muito da forma como o Hugo Coelho conta a história de cada casal, como constrói a narrativa do dia e nos passeia por ele, como se lá tivéssemos estado. Quando vejo as imagens que escolhe captar, para as preparar para a edição de um artigo, a selecção é sempre uma tarefa difícil, que exige tempo e desapego, mas faço-o com um imenso entusiasmo e expectativa, porque o ponto de vista do Hugo Coelho é fortíssimo e todos os elementos são essenciais e têm o seu lugar, não há uma hierarquia, nem uma formatação prévia, mas sim uma magnífica soma das partes: uma narrativa. Não há festas feias nem festas bonitas. Há pessoas, uma história, intuição, trabalho e talento.

 

Tem sido um imenso prazer ver o Hugo Coelho a traçar o seu rumo, em nome próprio. Aguardo os resultados desta época com imensa expectativa – serão sempre bonitas histórias de amor, tenho a certeza!

 

Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho FotografiaFotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

Estudei fotografia durante três anos na ETIC e quando terminei o curso fui estagiar para a Global Imagens, do grupo Diário de Notícias. Na altura não era bem a minha paixão, mas acabei por me deixar levar pelo fotojornalismo que se tornou uma boa base para o que faço hoje: documentar histórias bonitas.

 

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

Sempre fotografei e gostei de fotografia de reportagem, trabalhei como fotojornalista e talvez daí tenha vindo a paixão pelos casamentos. Lembro-me de que, no jornal, era raro o serviço que fazia em que as pessoas quisessem ser fotografadas. Num casamento é diferente, todos estão lá para um propósito e os convidados gostam ser fotografados. Com esta premissa, é mais fácil trabalhar.

Este é o meu sexto ano a fotografar casamentos a tempo inteiro!

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

Quando comecei a fotografar, via muitos blogs, participava em grupos de fotografia e consumia muita fotografia de casamento, mas acabei por me distanciar um pouco e ganhar espaço para não pensar em trabalho ou pontos de comparação (que nos fazem sempre duvidar do nosso trabalho). Penso que isso é o mais importante para mim. Gosto muito de pintura, de ver exposições e cinema (em casa e sem pipocas a estalar nos ouvidos), gosto de andar de mota e encontrar sítios perdidos para fotografar e, claro, a família e os amigos, são a melhor inspiração.

 

Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia

O teu trabalho tem sempre uma narrativa e um ponto de vista que eu acho muito especial. Como construíste essa tua assinatura?

Acho que não inventei nada, apenas descobri uma fórmula que resulta para mim, que me faz sentir mais realizado e que tem sentido para mim enquanto fotógrafo. Tento dar a perspectiva de um convidado muito próximo do casal, que está em todos os momentos importantes do dia. Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens que seja coerente e agradável de ver.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Boa pergunta, o pequenino cá de casa faz as delícias para uma boa pausa no trabalho. Observar uma criança a explorar e sentir coisas pela primeira vez é um bom passatempo!

 

De Lisboa para o mundo, ou o mundo em Lisboa: fotografar fora do país é diferente de fotografar cá dentro?

Existem tradições diferentes e isso é um dos pontos fascinantes neste assunto, mas acima de tudo penso que sejam os locais, adoro viajar e conhecer novos sítios! Por vezes estar sempre a ver a mesma coisa por mais bela que seja atrapalha a (minha) criatividade!

 

Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia

Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia Fotógrafo de casamento em Lisboa: Hugo Coelho Fotografia

Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

Tento ser o mais sincero naquilo que faço e como consequência,  o tipo de clientes que vêm ter comigo são os que se revêem nas minhas fotografias. Acho que essa é a melhor maneira de criar uma primeira ligação.

 

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Prefiro os casamentos mais pequenos, são mais intimistas. Tenho vindo, cada vez mais, a fotografar sozinho e acaba por ser mais difícil fotografar eventos grandes. Cerimónias emotivas são genuínas, a minha fotografia vai muito em busca disso e duma boa festa, claro!

 

Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte, sem dúvida, é conhecer outras pessoas e estar em sítios novos. O mais difícil é perder alguns momentos com aqueles de quem gostamos. Cada vez mais tento fazer um bom equilíbrio entre estes dois planos, pessoal e profissional.

 

Não procuro uma fotografia “sem palavras”, procuro uma história contada em imagens.

 

Os contactos detalhados do Hugo Coelho Fotografia estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, com o seu trabalho mais recente e contactem directamente o Hugo Coelho através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

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Susana Pinto

À conversa com: Design Events Wedding – wedding planning

Hoje conversamos com a sábia e bem-humorada Maria João Soares, wedding planner de mão-cheia, que assina como Design Events Wedding.

Conheço a Maria João há mais de uma década, ainda muito antes de mergulhar nestes assuntos de casar. Sempre afinámos na conversa, no humor e nas ideias, mais ou menos amalucadas ou ambiciosas – depende apenas do ponto de vista -, com que nos desafiamos mutuamente e, juntas, escrevemos o bonito “Queres casar comigo? – guia prático para um dia muito feliz”, um livro cheio de bons conselhos e boas práticas, como se fôssemos as fadas madrinhas do vosso casamento.

Achámos que fazia falta informação arrumada, desmistificada e doce, que vos ajudasse a chegar ao mais bonito dos dias sem solavancos de maior, sabedores e, genuínamente, prontos para casar, na posse de todas as ferramentas e boas práticas que possamos partilhar convosco. Foi uma aventura emocionante editá-lo, e ainda hoje é um livro útil, gentil, honesto e valioso.

Hoje vamos perceber em detalhe qual é o papel de uma wedding planner no vosso casamento.

 

O sucesso de uma boa festa é gente que nos ama, boa comida, boa bebida e óptima música. É isso que nos deixa boas memórias para sempre e é nisto que penso para refrescar a mente. Visualizo sempre esta festa, em função das pessoas que tenho à minha frente… O modelo estético? Esse aparece naturalmente depois.

 

Como começou esta aventura de ser wedding planner?

O nosso começo foi muito lá atrás. A nossa formação em gestão de recursos humanos levou-nos à organização de eventos na área corporativa e, mais tarde, saltar para a organização de casamentos foi quase natural: trata-se, de igual forma, de gerir pessoas, vontades e criar consensos.

 

Organizar um casamento é coordenar tarefas mas também também gerir emoções e expectativas. Um destes lados pesa mais, ou no meio está a virtude?

No meio está sempre a virtude! Um casamento vive de uma boa organização de tarefas, meios e de uma apertada disciplina. Mas como não há casamentos iguais, muitas vezes gerir emoções é a tarefa mais dura de um wedding planner. Bom senso, análise e cabeça fria são essenciais!

 

 

Tem uma perspectiva perfeccionista sobre o resultado ou é o prazer de acompanhar o processo que é o factor dominante?

Infelizmente somos ainda dependentes da ideia da perfeição, do resultado espectacular, mas a verdade é que fazer “nascer” um casamento é bastante desafiante. É uma combinação de muitas emoções, criatividade e análise fria sobre o que há para trabalhar. Por vezes é também gerir cenários de crise.

O factor dominante para os noivos é a incógnita sobre tudo o que vai acontecer. O que é claro para nós, fruto da experiência, não é facilmente lido por eles. Para nós, profissionais, a chave reside na clareza da transformação das suas ideias em algo tangível. Apaziguar o stress, adequar as ideias e desenhar um dia com que se identifiquem verdadeiramente, criar confiança no outro lado, são factores dominantes, sendo este último o mais difícil de conseguir.

É por isso que aconselhamos sempre os noivos a disfrutarem verdadeiramente deste processo: de cabeça aberta e sem preconceitos. Idealizar um dia tão especial para eles pode e deve ser um motivo de partilha e de grande motivação.

 

Ainda há alguma resistência à figura do wedding planner, que é vista mais como um custo adicional do que um genuíno valor acrescentado. Quais são as claras vantagens em contratá-la?

Não sou super optimista quanto a isto, ainda há muito caminho para andar. O pensamento do “podemos fazer tudo sozinhos” ainda é muito forte. Se é certo que alguns noivos conseguem, sem esforço, organizar-se, para a maior parte não é bem assim, e acabam por fazer este caminho com dificuldades desnecessárias. Não saber valorizar e reconhecer o papel de um profissional ou expert do meio, não é uma atitude que favoreça a chegada a um bom resultado. Por outro lado, sendo uma actividade ainda muito incipiente e pouco transparente, os noivos não a vêem como uma mais-valia a considerar. Creio, no entanto, que o cenário vai mudando, acabando o factor económico por perder importância.

Existem vantagens enormes, mas sublinho as mais importantes : uma óptima gestão de tempos, o quanto e onde gastar de forma inteligente, a certeza de contratar óptimos fornecedores e ideias. Chegado o dia D, o acompanhamento no terreno e o encontrar a melhor solução para problemas inesperados é o que podem esperar de nós.

 

A magia do Alentejo, por Design Events Wedding (26) A magia do Alentejo, por Design Events Wedding (23) A magia do Alentejo, por Design Events Wedding (17)

 

Tem uma assinatura visível no seu trabalho, um estilo próprio e favorito, ou o é a voz do cliente que define a totalidade do resultado?

Para mim é a voz do cliente que define o modelo base, entendo que a nossa assinatura vem depois, nos detalhes, na interpretação geral da imagem do casamento. Claro que todos temos um estilo onde nos sentimos mais à vontade e que é a nossa cara, mas o foco é seguir e executar a vontade do cliente. É o ADN do cliente que deve ditar o caminho, mas é também verdade que o nosso know how pode e deve ajudar a criar o tal conjunto harmonioso.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait divers?

Francamente achamos que são fait divers mas podemos usá-los a nosso favor. Se o mundo (ou a Pantone) nos diz que a cor do futuro vai ser o vermelho tomate, podemos sempre pensar nele… mas se os noivos gostam mesmo é de amarelo, pois é o amarelo a tendência do nosso trabalho.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Ao fim de tantos anos de trabalho e de avalanches de imagens, cada vez mais olho para o lado. Tento não me influenciar por outros trabalhos e manter uma imagem limpa, fresca e sem obedecer à “moda do momento”. Gosto de interpretar as primeiras palavras dos noivos – o que gostam, o que não gostam, as suas cores e em que ambiente se sentem bem. Para mim essa é a mãe de todas as inspirações!

 

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Pensar fora da caixa! Acho que cada vez mais a festa do casamento vive de muitas outras situações. O ambiente em geral a prevalecer sobre aquela flor que tem de se ter ou uma pista de dança a piscar. O respeito pelo enquadramento da natureza, não querer um palácio de Versalhes no meio do campo, ou querer recrear o campo no meio da cidade. Menos é mais! Não consigo compreender o “circo”, a festa na pista de karting, os noivos a descerem de paraquedas… Este dia é uma experiência emocional muito forte, é um dia irrepetível… O sucesso de uma boa festa é gente que nos ama, boa comida, boa bebida e óptima música. É isso que nos deixa boas memórias para sempre e é nisto que penso para refrescar a mente. Visualizo sempre esta festa, em função das pessoas que tenho à minha frente… O modelo estético? Esse aparece, naturalmente, depois.

 

Qual é a melhor parte de organizar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

“Ler” os noivos, criar o elo de confiança, fazê-los descobrir as possibilidades. No fundo, “pensar” no seu casamento como um guião escrito a três e viver aquele tempo em que ainda tudo é uma novidade.

O mais desafiante é manter as ideias, torná-las realidade e ajudá-los a vencer os medos.

 

Design Events - wedding planner, decoração de casamentos e aluguer Design Events - wedding planner, decoração de casamentos e aluguer Design Events Wedding, um fornecedor seleccionado SImplesmente Branco (2)

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Não conto troféus, sei que já fiz muitos casamentos, alguns foram fantásticos e outros mais difíceis, mas não consigo eleger um em especial. Mas gosto, especialmente e em particular, dos casamentos em que vi os noivos relaxados, felizes e cheios de vontade de se divertirem, a esses reservo-me o direito de pensar que contribui, fazendo um trabalho bem feito.

 

Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:

Esta noiva foi levada ao altar pela mão da mãe e vieram de muito longe (da longínqua América Latina), para elas o importante foi a cerimónia, e sentirem-se cómodas e seguras num dia tão emotivo. Foi um casamento muito íntimo e pessoal, tal como gostamos.

 

Design Events Wedding - wedding planner e organização de casamentos

 

Os contactos detalhados da Design Events Wedding estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, com o seu trabalho mais recente e contactem directamente a Maria João Soares através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!