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Susana Pinto

À conversa com: Quinta da Quintã – espaço para casamentos

Hoje conversamos com a Joana Coelho, da Quinta da Quintã – espaço para casamentos.

E que bela conversa esta, como vão descobrir.

 

Conheci a Joana quando visitei uma das edições do seu Wedding Weekend, há uns anos largos. Fiquei impressionada com tudo o que vi – o investimento real, palpável, da apresentação da Quinta da Quintã aos seus potenciais clientes (flores frescas e bonitas, estacionário variado e completo, cocktail gostoso e acabado de confeccionar, bolos dos noivos para ver e para provar), o gosto nos detalhes, a qualidade e atenção do e no serviço.

 

Mantive o contacto e o namoro, e fiquei muito feliz quando decidiram juntar-se ao Simplesmente Branco e a nossa relação já vai longa. Porque prestam um serviço de excelência e têm um trabalho óptimo, e porque olhamos para muitas coisas (as fundamentais), da mesma forma.

No último ano temos conversado bastante sobre isto de trabalhar no mercado de casamentos, sobretudo nos dias de hoje, e vamos partilhando as nossas reflexões. Ler, com detalhe, sobre o caminho que percorreram, as escolhas que fazem e o que os move e entusiasma, é abrir a porta de uma casa de sonhos, a Quinta da Quintã, e uma bela lição de profissionalismo.

 

Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes.

 

Vem de uma área criativa e está à frente deste projecto ambicioso e de imensa qualidade que é a Quinta da Quintã. O que a trouxe até aqui?

A Quinta da Quintã é uma quinta que está na minha família há muitos anos. A quinta original foi totalmente restaurada e ampliada para acolher a realização de eventos, projecto encabeçado pela minha mãe durante os primeiros anos. A dada altura eu e o João, que vimos ambos de áreas criativas, fomos desafiados pelos meus pais a integrar a equipa, a trazermos eventualmente uma abordagem refrescante a um projecto grande, num mercado imenso e cada vez mais exigente. Na altura tínhamos um atelier de design e outros projectos paralelos, também relacionados com as nossas áreas de estudo – eu tenho formação em design nas Belas Artes e o João em marketing e publicidade – e admito que foi uma decisão difícil, a de darmos este mergulho numa área que nos era um pouco estranha, o mercado dos eventos, e mais propriamente dos casamentos (na verdade, apesar de estarmos juntos há muitos anos, nem sequer éramos casados na altura). Mas o convite soou-nos a desafio, a mergulharmos juntos numa aventura nova – quase sempre trabalhámos juntos, curiosamente -, numa plataforma onde poderíamos aprender coisas, aplicar conhecimentos, dar asas à criatividade e trabalhar com amor, o Amor. Aqui podemos ser tantas coisas, podemos desenhar, esculpir, ilustrar, criar, conhecer pessoas, inspirar, concretizar visões e sonhos, sempre no plano do Amor. E assim foi: viemos já há uma boa dúzia de anos e foi-nos impossível não ficar.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

A imagem de marca da Quinta da Quintã é, na minha opinião, um estilo moderno, elegante, muito romântico e versátil. Concorda com esta definição?

É muito interessante ouvir esta definição, vinda de alguém que respeitamos muito. A questão da definição de um estilo e de uma visão que oriente o nosso percurso é uma discussão muito interessante e que sempre me preocupou, quer no meu trabalho enquanto designer, quer no meu trabalho de organização e styling de eventos. Eu e o João conversamos bastante sobre esta dualidade que sentimos na decisão de manter um estilo definido ou de ir ao encontro das pretensões do cliente neste trabalho que, além de ter uma forte componente criativa, serve o propósito de uma outra pessoa que não o próprio criativo. É um facto que trabalhamos e criamos para alguém. Mas também é facto que em primeira instância trabalhamos para nós, construímos o nosso percurso, e temos de ser fiéis ao nosso estilo, à nossa verdade.

 

Só assim conseguimos distinguir-nos como “marca”, afirmarmos a nossa identidade num mercado tão saturado e nos oferecermos como uma alternativa para quem procura algo especial.

Dito isto, creio que os conceitos de elegância, romantismo e versatilidade definem muito bem o que procuramos oferecer em todos os eventos que criamos. São conceitos base, e de natureza abrangente, sobre os quais assentamos e concretizamos a visão de quem nos procura, obtendo neste diálogo resultados muitas vezes surpreendentes.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Creio que já faz parte da natureza do espaço, que se impõe muitas vezes como a base de construção do próprio evento, mas sem esquecer que o espaço também tem, ele próprio, vindo a evoluir, resultado da nossa leitura das tendências e da nossa própria evolução. Conhecemos intrinsecamente o que temos e sabemos o que não temos ou o que não queremos ter – não temos um celeiro em Inglaterra, nem uma esplanada na praia, pelo que não temos o objectivo irreal de oferecer todas as propostas, mesmo que estas surjam como tendências. Queremos que o nosso espaço surja como uma bela tela sobre a qual o cliente consiga projectar a sua visão e que, a par do espaço, o cliente encontre em nós os parceiros ideais e a inspiração para levá-lo ainda mais além.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

As tendências são, sem dúvida, um assunto de trabalho. Cada vez mais, e ainda bem, eu diria. A área dos casamentos tem vindo a evoluir vertiginosamente ao longo dos últimos anos e muito por responsabilidade da democratização e crescente acesso à informação e às ditas tendências. Hoje estamos a um “clique” do que se faz hoje do outro lado do mundo. Estamos dentro das salas mais requintadas, assistimos aos eventos mais intimistas, aos mais glamourosos, e aos mais radicais. Isto ensina-nos coisas, faz-nos pensar nelas, abrir o nosso leque de possibilidades e, em última instância, refinar a nossa própria visão. Dá-nos muito mais trabalho, mas é um trabalho mais interessante, mais desafiante. Abre-nos mesmo a possibilidade de sermos, nós próprios, definidores das tendências. Nós e o que projectamos do nosso trabalho, fruto da relação e do diálogo com os noivos. Naqueles momentos mágicos em que se alinham perfeitamente os gostos e as vontades, a nossa verdade, a visão e a capacidade de execução, alguma liberdade e em que todos os elementos se conjugam num resultado capaz até de nos surpreender, a nós, os intervenientes desta criação, surge algo incrível e digno de ser considerado como definidor de tendência, e está ao nosso alcance ocupar esse espaço.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Ter o controle das decisões é importante? Tem uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como quer que o seu espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que lhe interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Tenho alguma dificuldade em dar uma resposta simples a esta pergunta. Se por um lado, a Quinta da Quintã sempre se posicionou no mercado como um espaço em que o convite feito aos noivos é o de personalizarem – definirem como querem que seja a relação e o percurso connosco, escolherem as equipas com que querem trabalhar, terem um voto sobre a maioria dos aspectos do nosso trabalho, desenharem connosco o seu dia à sua imagem – e que surge ele próprio como o resultado de um diálogo constante entre mim e o João, e entre nós e os outros, tenho uma tendência perfeccionista e de controlo e sinto, admito, dificuldade em assumir as cedências a que esta flexibilidade que oferecemos nos obriga por vezes. É certo que nem sempre nos identificamos com esta ou aquela escolha dos noivos, mas acredito que nos cabe a nós dirigir esta relação de forma a encontrar o equilíbrio entre os dois universos, sempre que eles se desencontram. É aqui que reside o maior desafio do nosso trabalho e é neste equilíbrio que nos conseguimos afirmar como uma alternativa distintiva, na qual a relação com o cliente é primordial.

 

Não posso, porém, deixar de admitir que uma das nossas vontades neste momento é dirigir o projecto Quinta da Quintã para uma posição em que alcancemos o melhor dos dois mundos: chegar cada vez mais aos clientes com que mais nos identificamos, aqueles que partilham a nossa visão, o gosto e o estilo que temos traçados para o futuro da Quinta da Quintã e com eles viver esta experiência de discutir, crescer e aprender ainda mais sobre o que queremos para este projecto. Fazer cada vez menos cedências, estreitar cada vez mais as escolhas, obter resultados cada vez mais diferenciadores e uma identidade cada vez mais coesa.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Sempre fui uma pessoa muito distraída dos detalhes do que me rodeia mas ao longo do tempo fui-me forçando a prestar-lhes mais atenção. Pode parecer uma afirmação idílica ou cliché, mas a natureza é uma grande fonte de inspiração, se soubermos como olhar. Os quadros naturais oferecem-nos imagens incríveis, ao nível da combinação de cores e da composição, por exemplo. Muito do que se faz e do que está na moda não são mais do que reinterpretações interessantes do que nos rodeia, aplicadas a diferentes contextos e em diferentes locais. Além disso devoro imagens, novas propostas, o que se faz bem, lá fora e cá dentro, – o Simplesmente Branco é um excelente exemplo disso – quer no âmbito dos casamentos, quer noutras áreas artísticas. Inspiro-me no trabalho dos meus amigos, no design, na moda, na arquitectura, na modelação de espaços. Inspiro-me nos clássicos, que correm sempre bem e que perduram no tempo. Inspiro-me nas minhas conversas com o João. E por último, e não menos importante, inspiro-me nos meus noivos, no que me trazem de novo, nas suas ideias mais pessoais. Gosto de percorrer lojas, de procurar novidades e de encontrar soluções para materializar essas ideias.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Não é fácil desligar-me do trabalho, já que quase tudo à minha volta parece estar ligado a este mundo dos casamentos. Trabalho com o meu marido, o João, com a Tânia – minha cunhada e melhor amiga -, com a minha irmã Diana. A minha outra irmã, Ana, e o meu cunhado Zé, têm um projeto de vídeo também ligado à mesma área. O espaço tem ligações inegáveis à família. A própria equipa QQ já vem, quase na íntegra, dos primeiros tempos do projecto, pelo que é quase uma segunda família. Mantenho relações de amizade com muitos dos meus clientes. Mas é muito importante para mim conseguir por vezes desligar esta ficha. Viver a minha filha. Viver o meu marido. Viver os meus amigos. Conviver, sair, conhecer sítios novos, ter experiências diferentes, envolver-me em projectos noutras áreas, com outras pessoas, continuar o trabalho como designer gráfica, desenhar.

 

No fundo parar, fazer coisas que nada (e tudo) tenham a ver com este universo, ajuda-me a voltar mais leve, com uma ideia mais clara do que pretendo fazer aqui, e a regressar sempre a esse caminho das intenções, do qual às vezes nos desviamos por força da intensidade do trabalho. Mesmo no que respeita à Quinta enquanto espaço físico, optamos por parar todos os anos durante uns meses de forma conseguirmos um distanciamento que nos permita lançar um olhar crítico e limpo sobre o espaço e a imagem. Paramos, pensamos e agimos em conformidade com o que pretendemos obter no espaço, isto sob a forma de pequenas (ou grandes) remodelações e alterações. Este sistema permite-nos assegurar uma evolução constante e refrescar a nossa própria experiência, que é por vezes demasiado intensa.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação aos seus clientes?

Quem conhece a forma de trabalharmos, sabe que uma das componentes mais importantes e substanciais da nossa afirmação como equipa, é a relação que desenvolvemos com os noivos. Isto vale desde a primeira abordagem, feita pelo João, que recebe tão bem todos os clientes e potenciais clientes, e que acaba por ser o nosso rosto, a primeira impressão que a Quinta da Quintã deixa em quem nos procura; passa pelo acompanhamento dos noivos, organização e styling do evento, a meu cargo e da Tânia Almeida, pelos elementos que integram as nossas equipas de apoio comercial, manutenção, decoração e cozinha – tão importante -, e culmina na relação que os nossos colaboradores de sala estabelecem com noivos e convidados no dia do evento. Somos um espaço absolutamente aberto a todas as pessoas e procuramos desenvolver uma relação próxima com quem nos procura para realizar um dia tão importante na sua vida, e que acaba por acontecer de forma muito natural. Compreendo quem opte por manter a ligação com o cliente numa esfera mais profissional, mas nós não somos assim. Nós queremos sentir-nos próximos. Esta é uma área de actividade muito intensa e exigente, quer física, quer emocionalmente, em que o nível de drama é sempre muito elevado.

 

Em boa verdade, estamos sempre a trabalhar para o dia mais importante da vida de alguém e essa carga é incontornável. Um relacionamento de proximidade atenua esta dimensão, anula eventuais barreiras e traz uma excelente energia ao trabalho. Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes. No final de contas, podemos orgulhar-nos de dizer que já fizemos muitos e bons amigos junto dos nossos noivos, e creio que esta afirmação será mútua.

 

Qual é a melhor parte de decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Para mim é o processo de pegar num fio que nos é dado pelos clientes e desenrolá-lo com mestria até onde conseguirmos, com vista a um resultado surpreendente. É juntarmos um conjunto de ideias e elementos e construirmos algo coeso, bonito, uma imagem, um ambiente, a base para uma festa de sonho. É a reacção dos noivos quando chegam e vêem o nosso trabalho. É o telefonema que recebemos no dia seguinte. É a nostalgia boa que fica. E é percebermos que o nosso trabalho toca a vida de muitas pessoas de uma forma boa, bela. Que ajudamos a criar dias únicos, irrepetíveis, marcados por muita cumplicidade e amor. O mais difícil é contornar as limitações que o mundo real impõe, conseguir o equilíbrio entre o que é instagrammable e o casamento real, com um serviço real e muito sério, com convidados reais e um mundo de detalhes e esforços que têm de fluir e funcionar.

 

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Acho que é impossível destacar um só casamento. Ao longo destes anos houve muitos e maravilhosos eventos que me marcaram pelas mais variadas razões. Ou pelos noivos que conhecemos por aqui – temo-nos cruzado com pessoas verdadeiramente surpreendentes ao longo do nosso percurso na QQ – ou pelos que já conhecíamos – tivemos o privilégio de participar no casamento de grandes amigos e de alguns familiares queridos – ou por ter sido um evento difícil, com um nível de exigência mais desgastante, e que correu tão bem, ou por ter sido um projecto desafiante, em que conseguimos fazer algo realmente diferente, genuíno, marcante na nossa história.

  Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:

A ter de escolher uma imagem, escolho esta fotografia do João Almeida, porque é bonita e homenageia de forma singela alguém muito especial, de quem nos lembramos sempre. Este foi um dia feliz.

 

Quinta da Quintã - espaço para casamentos

Os contactos detalhados da Quinta da Quintã estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o João Carvalho de Almeida directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Espreitem também o  mais bonito dos dias da Bruna + Diogo, que publicámos recentemente: que festaça nos belos jardins!

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

Casamento rústico e emotivo em Braga: Tânia + Nuno

Fecho esta selecção de casamentos que escolhi para partilhar convosco durante este mês com imensa nostalgia e um sorriso doce: quantos dias bonitos passaram por aqui, quantas palavras de estima, quantas histórias de amor, quantas ideias frescas e flores maravilhosas, quantas celebrações diferentes, de todas as formas e feitios!

 

Em todos estes casamentos, há um denominador comum: a concretização do mais bonito dos dias à medida de cada casal, da sua personalidade, da sua história, do seu coração! Validarmos esta intenção, sedimentá-la com raízes robustas para que floresça com alegria, é o nosso grande trabalho, a melhor marca que deixamos destes dez anos aqui!

 

Brindo a isso e deixo-vos com o dia bonito da Tânia + Nuno, em 2018!

Amanhã regressamos à nossa agenda do costume!

 

O casamento rústico e muito romântico da Tânia + Nuno chegou-me à caixa de correio no fim do ano. Vinha envolto nestas palavras tão bonitas:

 

“Boa noite,

Resolvi enviar este email no dia em que faz seis meses que estou casada. Tudo para vos agradecer…

Começo por explicar que namorei mais de dez anos com o meu marido e nunca tive o sonho de casar porque nunca me imaginei a entrar numa igreja e a ter um casamento tradicional… 

As coisas começaram a mudar quando duas amigas minhas tiveram casamentos lindos e completamente diferentes do habitual. Nessa fase, falaram-me do vosso site que comecei a espreitar de vez em quando…

 

Até que um dia o meu marido, decide pedir-me em casamento em frente à nossa família de quarenta pessoas. A partir desse dia, tudo mudou… Tornei-me leitora assídua do vosso site e tirava inspirações dos real weddings que publicavam. Sabia que queria um casamento fora do tradicional, algo simples e bonito, mas não sabia o que fazer. Foi aí que o Simplesmente Branco teve um papel fundamental…

Percebi com os vossos posts que era possível aquilo que eu sonhava ter e que era possível fazer um casamento lindo, muito handmade e personalizado… Perdi a conta ao número de vezes que reli os vossos posts… As inspirações que retirei dos vossos conteúdos eram tantas que tive que fazer selecções das selecções e, no final de tudo, consegui fazer o casamento mais bonito, simples e sentimental que já vi (não sou a única a dizer isso, claro que sou suspeita)…

 

Por esse motivo quero-vos agradecer do fundo do coração… Obrigada por me terem ajudado a ter o dia mais bonito e perfeito da minha vida! Tenho perfeita noção que não teria conseguido sem vocês, porque me mostraram que era possível… 

Obrigada também pelos fornecedores seleccionados que têm. Contratei o serviço de DJ dos LSS que, apesar de não conhecer o trabalho, confiava a 100% porque eram vossos fornecedores e só podiam ser muito bons. E tinha razão!

Por tudo isto, obrigada!”

 

Tânia e Nuno, um brinde ao mais bonito dos dias! Tchim, tchim!

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Quando a resposta foi “sim!”, como é que imaginaram o vosso dia?

A verdade é que sempre dissemos que nunca iríamos casar porque não nos identificávamos com o tipo de casamento tradicional, mas já tínhamos falado que um dia poderíamos fazer algo simples e descontraído. Assim, depois do pedido (que foi uma verdadeira surpresa), decidimos logo que seria por aí o caminho. Não tínhamos uma ideia clara do que queríamos nem onde poderíamos fazer o casamento, mas começámos a enviar emails para vários locais menos “tradicionais” para ver o que surgia.

 

Sabíamos que queríamos uma festa bastante descontraída e natural, uma espécie de cocktail com boa música, boa comida e as pessoas importantes da nossa vida. Isso era o fundamental. Não queríamos cerimónia pela igreja nem os protocolos que a maior parte dos casamentos tem. Não queríamos um local muito moderno nem muito grande. Queríamos apenas uma festa onde que as pessoas se sentissem parte da nossa história.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Sentiam-se preparados ou foi um caminho com muitos nervos?

Não nos sentíamos muito preparados porque nunca ligámos à questão do casamento e não sabíamos como começar a organizar um. No entanto, tivemos apoio de amigos que já tinham casado e que nos ajudaram com check-lists para percebermos o que tínhamos de tratar.

O casamento foi organizado em nove meses e tivemos tempo suficiente de tratar de tudo, até porque houve muita decoração feita por nós, à mão. Mais perto da data, sentimos um pouco mais de nervos, porque há sempre aquele receio de alguma coisa falhar e de nos esquecermos de algo importante…

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Em que momento da organização do casamento é que sentiram, «é mesmo isto»?

Na escolha da quinta. A quinta era perfeita para o dia que estávamos a idealizar. Uma quinta muito rústica e bonita, com um espaço exterior perfeito para a festa que queríamos ter. A partir daí as ideias não pararam de surgir.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

O resultado é fiel às ideias iniciais ou muito diferente? Contaram com alguma ajuda?

Acho que o resultado ainda foi melhor do que ideias iniciais. Mocho Eventos prontificou-se desde logo a seguir todas as nossas ideias e sugestões, e o resultado foi mais que perfeito. Em todo o processo acreditávamos que iam conseguir, mas nunca pensámos que ficasse um espaço e uma decoração tão bonita… Além da Mocho Eventos tivemos uma grande ajuda da nossa família: na decoração, lembranças, almofada das alianças, etc. Tudo foi pensado ao pormenor e feito à mão com muito carinho.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

O que era fundamental para vocês? E sem importância?

O fundamental era termos um dia bonito e com muito amor em todos os pormenores. O nosso objectivo era fazermos uma festa bonita com as pessoas de quem mais gostamos. Foi um casamento diferente do habitual e, por isso, tão sentimental e relaxado. Queríamos que tudo fluísse de forma natural, sem pressas e sem horários.

O que não tinha importância era seguir o protocolo típico dos casamentos.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

O que foi mais fácil? E o que foi mais difícil?

O mais fácil foi decidir o tipo de festa e decoração. Queríamos um casamento “handmade”, ou seja, uma decoração muito simples, rústica, com pormenores pensados por nós e feitos à mão por nós e pela nossa família.

O mais difícil: para o noivo foi a gestão do stress nos dias que antecederam o casamento. Para a noiva foi a gestão de tantas ideias e o querer fazer tanta coisa “handmade”. Algumas ideias mais secundárias tiveram que ficar pelo caminho porque não dava mesmo para fazer tudo.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Qual foi o pico sentimental do vosso dia?

Tivemos vários picos sentimentais durante a cerimónia civil: os textos que os irmãos dos noivos leram e que faziam uma bonita homenagem a amigos e família que tinham falecido recentemente, as músicas que a tuna da noiva tocou e que deixaram as lágrimas no canto do olho, os votos dos noivos que tanto fizeram rir como chorar e que deixaram toda a gente emocionada…

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

E o pico de diversão?

Durante a tarde, o cocktail com música ao vivo da banda do irmão da noiva, os “Maria Ninguém”, que pôs toda a gente a cantar e a dançar, e a festa no final da noite com o dj LSS, que conseguiu que todas as gerações fossem para a pista. Também foi muito divertido um vídeo feito pela família, que pôs toda a gente às gargalhadas.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Um pormenor especial…

Tivemos vários pormenores especiais porque queríamos que o casamento fosse muito personalizado e especial: para a cerimónia fizemos tsurus em origami para decoração do espaço, cones de papel kraft e um leque com as músicas para oferecer aos convidados; fizemos à mão vários textos e desenhos que colocámos nas ardósias e espalhámos por toda a quinta; fizemos bandeirolas de serapilheira com várias frases para decoração dos vários espaços; tínhamos um local no jardim para tirar fotos polaroid onde os convidados colavam as fotos num álbum feito por nós e deixavam dedicatórias; na sala de jantar tínhamos uma moldura de madeira com fotos de todos os convidados e com aqueles que, infelizmente, nos tinham deixado recentemente.

 

Nas mesas da família e amigos colocamos uma moldura com um texto muito bonito a relembrar essas pessoas; fizemos um livro com várias actividades para os mais pequenos se divertirem; os marcadores das mesas eram fotos nossas dos vários locais do mundo que tínhamos visitado; no ramo da noiva, foi colocado um pormenor de feltro feito à mão para relembrar uma grande amiga; as lembranças foram frascos de doce de framboesa caseiro feito pela família; os bonecos no topo do bolo eram o “Manel e a Maria” vianenses, uma vez que parte da família da noiva é de lá. A família e a tuna também fizeram algumas surpresas durante o jantar, que nos deixaram bastante emocionados.

 

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Casamento rústico em Braga

Agora que já aconteceu, mudavam alguma coisa?

No geral não mudávamos nada porque o dia foi perfeito, mas, apesar de termos dito desde logo que não queríamos fotos formais com os convidados, se fosse hoje, teríamos aproveitado a entrega das lembranças pelas mesas, para termos fotos com todos, sem excepção. Também alterávamos a dança para o exterior, caso o tempo pemitisse.

 

Algumas words of advice para as próximas noivas…

O maior conselho é que aproveitem tudo, desde a preparação, ao dia… São meses a sonhar e a idealizar toda a festa e é uma emoção tão grande que o dia passa mesmo a correr! Façam o casamento dos vossos sonhos, não ligando ao que as pessoas estão à espera. É o vosso dia e tem que ser à vossa imagem. A melhor coisa que vos podem dizer é que o casamento foi a vossa cara. No nosso caso, toda a gente o disse e é motivo de muito orgulho. Casávamos já outra vez!

 

 

Os fornecedores envolvidos:

 

convites e materiais gráficos: os convites e algum material gráfico foram desenhados por duas amigas designers, Filipa Fortunato e Raquel Carvalho, e o restante foi desenhado pela noiva;

local e catering: Quinta de Vilaça com o catering Mocho Eventos;

bolo: Pastelaria Glicínia;

fato do noivo e acessórios: fato Miguel Vieira e sapatos Arcar;

vestido de noiva e sapatos: vestido Rembo Styling e sapatos H&M;

maquilhagem: Francisca Roboredo Professional Makeup;

cabelos: Luzia de Sá Cabeleireiro;

bouquet: Fábia Fernandes;

decoração: Mocho Eventos, noivos e família;

ofertas aos convidados: família dos noivos;

fotografia: José Crispim Photography;

vídeo: Os Tais do Video;

luzes, som e Dj: LSS como dj, Gatuna e Maria Ninguém com actuações durante o cocktail e jantar.

 

Susana Pinto

Celebrar o casamento quando não se pode, com A Pajarita.

Hoje mostramos uma sessão um bocadinho diferente, fotografada neste contexto esquisito que navegamos, mas ainda assim, doce, celebratória e tão memorável.

A Catarina e o João estavam de casamento marcado para Maio e, claro, tudo está neste momento adiado para outras datas.

 

A Alexandra Barbosa (A Pajarita) é quem lhes desenhou os convites e tem acompanhado todo este processo, e juntos, não quiseram deixar de celebrar a data, que tinha sido escolhida com tanto cuidado e emoção. A proposta foi um guloso piquenique num parque ao ar livre, acompanhados de um fotógrafo para registar o momento. Neste dia, leram os votos que prepararam para cada um e fizeram-no de forma intimista e discreta, tal como eles próprios são.

 

Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do PortoCelebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto

Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto

Conta-nos a Alexandra:

“A Catarina e o João são um discreto e sorridente casal. Com tudo isto que está acontecer, não queriam deixar passar em branco o dia que tanto ansiavam.

16 de Maio era e foi o seu dia, mais íntimo do que o planeado e, sem os olhares atentos dos convidados, trocaram os votos, promessas de amor eterno sobre um sol radiante, rodeados de verde e frescura. Para tempos mais seguros foi adiada a cerimónia religiosa e a grande festa que já se faz ansiar pelos abraços prometidos.

Por agora, envoltos na natureza que tanto apreciam e de forma descontraída, mesmo à sua imagem, degustaram um piquenique com frutas e doces, brindando a eles e ao amor que vivem até ao pôr do sol. “

 

Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto

Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto Celebração de votos com piquenique, organizado por A pajarita, num jardim do Porto

Esta singela celebração foi organizada pela Alexandra Barbosa.

Não estava nada pensado nesta forma, até porque ninguém antecipou este cenário. A Alexandra Barbosa tinha lançado a ideia do piquenique para a sessão de namoro, mas na altura optaram por um passeio pela cidade.

Ao serem confrontados com esta súbita mudança de planos, decidiram  marcar o dia de alguma forma e entraram em contacto com a Alexandra, que lhes vai fazer o estacionário, o ramo, a flor de lapela, a decoração da igreja e mais alguns pormenores.

A Alexandra preparou a troca de votos, por sinal bem bonita e romântica, e o piquenique, com os doces de que a Catarina tanto gosta, frutos vermelhos e espumante, com uma piscadela de olho à paleta de cores que vão usar no seu dia de casamento. Para não repetir o ramo, a Alexandra criou uma bonita coroa de flores, também no tom e o livrinho dos votos antecipa o design do restante estacionário do casamento.

 

A Catarina e o João são um casal discreto e reservado, muito simpáticos e com bom astral. Sem os olhares dos convidados, acharam mais fácil fazer a troca dos votos – não o iam fazer na cerimónia religiosa – e esta versão intimista e muito pessoal é totalmente a sua forma de estar. A combinação perfeita!

 

Fotografia de Bruno Ribeiro Photographer, planeamento, piquenique, coroa e votos de A Pajarita, bolo, profiteroles e suspiros de A Tricana.

 

Susana Pinto

Como fazer um missal, com A Pajarita

Continuamos a partilhar o série “Preparar o caminho descomplicando-o“, criada pela Alexandra Barbosa, de A Pajarita, e publicada no seu site todas as semanas.

 

Hoje a Alexandra Barbosa fala-nos sobre o missal, o que é, para que serve e como o fazemos?

 

Nas cerimónias de casamento religiosas, é comum encontrarmos uns livrinhos pousados em cima dos bancos: uns são mais fininhos, com 3 ou 4 páginas, outros são mais generosos e detalhados, e contém o alinhamento da cerimónia e as Leituras, permitindo que todos acompanhemos, passo a passo e de forma colectiva, o desenrolar da cerimónia.

Diz-me a experiência que o missal, ou guia da celebração do matrimónio, é a peça do estacionário de casamento que mais questões e dúvidas vos coloca: que texto deve conter, de que forma deve ser colocado, que estrutura deve seguir, que leituras se podem escolher e até que ponto o podem personalizar?

 

Para criar o vosso missal, que querem à vossa imagem e alinhado com a visão global que têm para o vosso dia, vamos perceber primeiro os cenários e opções que existem, para, a seguir e dentro desse enquadramento, fazer as escolhas certas.

 

A Cerimónia

O primeiro factor que define o missal é o tipo de cerimónia que vão escolher.

Ao contrário do que se possa pensar, não existem missas curtas ou longas.

A celebração de um casamento religioso é composta pelo Sacramento do Matrimónio simples ou pelo Sacramento do Matrimónio com missa. Embora muitos casais receiem que a cerimónia fique demasiado longa com a inclusão da missa, o que separa estas duas opções é um acréscimo de dez ou quinze minutos, o que é pouco relevante para ser o factor de decisão sobre um ou outro formato.

 

Vamos aos detalhes: o Sacramento do Matrimónio é um ritual com uma estrutura fixa, ao qual acrescentamos, se quisermos, a celebração da missa. As Leituras, no momento da Liturgia da Palavra, serão a sua base, e o formato será algo assim, acrescido, então, da missa:

– Primeira Leitura do Antigo Testamento + Salmo (cantado ou não) + Segunda Leitura do Novo Testamento + Evangelho;

– Primeira Leitura do Antigo ou do Novo Testamento + Salmo (cantado ou não) + Evangelho.

 

As Leituras

O conjunto das Leituras apropriadas está também pré-definido, mas contempla alguma margem de escolha. Este arquivo é disponibilizado pela Igreja, em formato digital, e recomendamos que o consultem com vagar e escolham os textos com que mais se identificam.

 

Como fazer um missal, com A Pajarita Como fazer um missal, com A Pajarita

A personalização da cerimónia

Tendo em conta que o Sacramento do Matrimónio tem uma estrutura fixa e as Leituras são escolhidas num leque limitado de opções, surge agora a grande questão: então, como podem personalizar a vossa cerimónia?

Numa primeira impressão, tudo isto parece estanque e excessivamente rígido e impessoal, mas a verdade é que existe esse espaço para a personalização.

 

Na estrutura do missal, podemos incluir um texto leigo (não religioso). Esse texto pode ser um poema, citação, excerto ou, até, um texto vosso.

Esta adição pessoal pode ser introduzida em três momentos da cerimónia: no início da celebração, na Acção de Graças ou personalizar a Oração dos Fiéis.

Faço esta recomendação importante: seja na personalização ou na escolha das leituras, podem e devem conversar com o Padre que vai oficiar a vossa cerimonia. O conteúdo do missal deve resultar do diálogo entre as partes.

 

Duração da cerimónia

É importante que reservem 1h30 para a celebração, não queremos pressas nem tensões desnecessárias ou desconfortáveis, é importante que tudo flua com naturalidade, na sua cadência e devido tempo.

Se a tradição sugere que a noiva chegue depois de todos, 10 minutos é o tempo aceitável para todos estarem acomodados no interior, o noivo ter respirado fundo, a noiva ter saído do carro, ajeitado o véu, segurado no bouquet, dado o braço ao seu querido pai, os dois terem sossegado os nervos e acertado o passo.

 

Mais do que estes dez minutos da praxe vão deixar os convidados irrequietos (sobretudo os mais pequenos), e vão apressar a vossa cerimónia (para evitar atrasar a missa ou cerimónia seguintes). Se dedicaram tanto cuidado a planear os conteúdos do vosso missal, imaginando cada passo, cada Leitura, cada canção, devem viver o momento de igual forma, sem pressa ou pressões adicionais.

 

O design

As escolhas estão feitas e acordadas com o Padre que celebrará o vosso casamento, todos os conteúdos escritos estão definidos (Leituras, textos pessoais, canções).

Vamos passar agora à criação do objecto, vamos dar forma física ao vosso missal.

Usamos esta estrutura como base para a paginação do texto, e mantemos a linha gráfica do vosso estacionário, que começou no convite de casamento ou save the date.

E também aqui há muita margem criativa: podem escolher vários tipos de capa (gramagens, texturas de papel diferentes, cores, materiais), vários tipos de ilustração (personalizada, da igreja, o vosso monograma, o motivo usado no convite),  vários tipos de encadernação (agrafado, com fita, colado) e até vários formatos, mais ou menos criativos.

 

Podem escolher uma versão mais curta, com menos páginas (só com a indicação dos momentos, Leituras e Salmos, como se fossem os tópicos da cerimónia) ou mais longa (incluindo os textos e letras de canções em detalhe). Em termos de quantidades, é razoável considerar um missal por cada dois convidados, sem esquecer um exemplar para vocês e outro para o Padre.

Se decidirem fazer o vosso missal de forma totalmente autónoma, sem recorrer a ajuda profissional, deixo aqui um conselho de especialista: tenham atenção ao tipo e tamanho de letra escolhido: os mais velhos já terão alguma falta de vista, por isso tenham uma entrelinha de 1,5, corpo de texto entre os 12 e 13 pontos e uma fonte com boa leitura.

 

Onde e como distribuir os missais

Chegou o dia tão aguardado e as vossas manhãs são reservadas para os vossos preparativos pessoais.

Estas tarefas logísticas devem ser sempre entregues a terceiros, para que nada fique esquecido no turbilhão de emoções e solicitações. Combinem previamente com o vosso fornecedor, wedding planner, coordenador do dia, padrinhos ou amigos, a responsabilidade desta tarefa. Dêem as vossas instruções: quantos missais são, onde devem ser colocados (em que pontos de passagem dos convidados), e, se for o caso, quantos devem ser colocados em cada banco da igreja e onde devem ser colocados o exemplar dos noivos e o exemplar do Padre.

Tudo estará pronto para uma cerimónia muito emotiva e memorável, todos juntos, unidos pelas palavras, pela música e por vós.

 

Termino apresentando-vos a Sofia Neves, que me pôs em contacto com o Padre Paulo Duarte.

A Sofia está frente da Treze – artigos religiosos. Pratica a sua fé de forma viva e leve, e expandiu o negócio da família para esta linha moderna e feliz, cheia de cor e alegria. Se a fé católica é algo que vos é caro, façam-lhe uma visita.

 

Despeço-me agradecendo ao Padre Paulo Duarte a gentil ajuda no esclarecimento destas dúvidas e pela indicação da estrutura e leituras disponíveis, deixando-vos, a vós, noivos que viram o vosso sonho ser adiado devido ao momento atípico em que vivemos, palavras de conforto:

 

Estes tempos novos vieram alterar os planos. Se, por um lado, surgem sensações de tristeza e incómodo, por outro, podem ser vistos como uma oportunidade para aprofundar, de forma ainda mais sentida, o dia que marca a vida em casal. Os abraços, o sim, a entrega, a festa serão ainda mais cheios de agradecimento. E o amor, ah, o amor que tanto nos deve envolver, será vivido com a luz que foi capaz de atravessar tempos sombrios, tornando-se um farol ainda mais forte no caminho a dois.

 

Este post foi originalmente publicado em A Pajarita.

Susana Pinto

#ÉTempoDeSonhar, diz-nos a Bouquet de Liz, e muito bem.

Continuamos, de forma tranquila, o nosso trabalho nestes tempos diferentes.

Vou acompanhando a família, os amigos reais e os virtuais, e os meus clientes, sempre com as palavras de alento possíveis e genuínas, um breve “como estás?” ou um animado “bom dia!”

Falamos sobre trabalho, sobre a vida, sobre algum futuro e pomos em prática uma gestão que se resume ao presente, agora, a este momento, o que nos parece o caminho mais saudável.

 

Ao espreitar a conta da Bouquet de Liz, que faz flores tão bonitas e também organiza casamentos a partir de Coimbra, não quis deixar de partilhar a mensagem bonita e valiosa que a Rosário Pinho preparou para os noivos. É um conjunto de dicas para adiar o casamento, feitas de palavras sábias e uma visão clara: a combinação certa nestes momentos incertos.

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

Conta-nos a Rosário:

“No meio de toda esta situação gravíssima, nem tudo é negativo. As pessoas com que me tenho cruzado são excepcionais e sei que tenho muita sorte por isso. Não tem sido propriamente um drama para a maioria das minhas noivas remarcarem o casamento. Ficam profundamente tristes e com muitas dúvidas, é certo, mas isso é mais do que compreensível. Mas estão também calmas e conscientes de que é uma decisão que se tiver que ser tomada o será, de forma serena e responsável.

Para combater esse desalento, decidi lançar um conjunto de dicas para projectos e tarefas que se estendem no tempo e não estejam ligados às necessidades mais imediatas. Vamos manter activo o processo de organização, agora que o horizonte é mais espaçoso e cada detalhe pode ocupar o espaço mental que merece. Este é o tempo de sonhar!”

 

Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz Casamento simples e elegante em Coimbra, com decoração Bouquet de Liz

Vamos a isto? Estas são as dicas principais da Bouquet de Liz. O processo não se esgota aqui, mas estes pontos vão guiar-vos nestes momentos e manter-vos a cabeça ocupada com planos bonitos. Se, ao passarem os olhos por toda esta lista, se sentirem assoberbados, falem com a Rosário, ela é uma excelente profissional – como se vê -, e terá todo o gosto em ajudar-vos a pôr de pé o mais bonito dos dias!

 

// organizar o orçamento:

este assunto é fundamental para quem não tem ajuda profissional. E mesmo para quem tem wedding planner, é sempre importante manter actualizadas as alterações ao longo de todo o processo de organização, sobretudo

. prazos de pagamentos, que é possível ajustar falando nominalmente com cada fornecedor;

. custos-extra que o adiamento do casamento e este novo cenário podem implicar;

 

// organizar o que já foi adjudicado e o que ainda falta contratar:

tenham atenção ao facto de que alguns fornecedores vão ficar com as datas mais limitas, à conta deste reajuste colectivo (o vosso e o dos outros noivos);

 

// contactar os fornecedores envolvidos:

no caso da vossa decisão ser adiar a data do casamento, entrem em contacto com todos, começando pelos que têm menos disponibilidade de calendário, para comunicar a vossa decisão, encontrar nova data e perceber o impacto que esta acção terá no vosso orçamento;

 

// organizar as listas de convidados de forma cuidada e completa:

listar os nomes correctos e completos com apelidos, idades das crianças, grupos de amigos e familiares, números de telefone e e-mails, numa base de dados quase profissional! O Excel será um excelente companheiro nesta tarefa e, ao organizarem também a distribuição de mesas e layout da sala, poderão colocar aqui também as presenças e alterações. Tudo junto num só sítio, pronto a passar a lista ao vosso designer, com tempo e calma, será uma ajuda fantástica. Sabemos que esta é sempre uma tarefa que vos custa domar e as alterações de última hora que chocam com os timings de produção dos planos de sala são sempre tensas.Com o tempo que têm em mãos, podem ser uns ases neste assunto!

 

// organizar as inspirações e o moodboard:

o Pinterest é um grande parceiro nesta tarefa e, caso estejam a mudar de estação, pode ser um belo momento para reajustar e redesenhar a inspiração inicial. Por aqui dizemos muitas vezes que os casamentos de outono e até de inverno têm um charme por descobrir, pode ser este o momento em que vão partilhar o nosso entusiasmo;

 

// organizar uma lista de inspirações e tópicos que gostariam de ter registados e partilhar com o fotógrafo:

provavelmente nunca pensaram nisto e um bom fotógrafo sabe de antemão o principal, mas há sempre excepções: se querem um conjunto de imagens não habitual, como o detalhe do convite, do bouquet e outras peças, falem com o vosso fotógrafo e preparem as condições para que tal aconteça, em conjunto. Se há pessoas muito especiais cujo retrato a solo ou na vossa companhia querem registar, falem sobre isso, indiquem as pessoas e contem a vossa história. Toda esta informação preciosa soma para que o resultado final cumpra as vossas expectativas;

 

// preparar a possível mudança de estação:

se estão a adiar o vosso casamento, é bem possível que a data caia na estação seguinte. Falem com quem vos está a acompanhar na questão do vestido (designer de vestidos de noiva ou loja) e avaliem se é necessário complementar a vossa escolha com algum acessório mais confortável ou fazer alguma alteração pontual.

E se mudamos de estação, o impacto também acontece na decoração floral e de ambiente, não só pelas próprias espécies florais disponíveis, mas também pelo novo moodboard.  Mudando uma flor aqui e ali, trocando umas cores ou tecidos nas almofadas dos sofás pode ser suficiente, sem saltos no orçamento. E o resultado pode ser uma bela surpresa;

 

// procurar ajuda profissional ou não:

se não contrataram um wedding planner ou assessoria, talvez neste momento e contexto, essa ajuda seja ainda mais valiosa. Há muita logística, alguma incerteza e mais nervos que o habitual e é nestas alturas que um timoneiro experiente, capaz de nos levar a bom porto através do nevoeiro, é o melhor dos companheiros.

Façam uma pesquisa (naveguem na nossa lista seleccionada e pela internet), consultem valores e avaliem a vossa disponibilidade financeira e o valor acrescentado que esta ajuda traz para o vosso dia e para o caminho até lá.

 

Dicas para adiar o casamento, com a Bouquet de Liz

Bela lista de dicas, não é? A Rosário Pinho quis deixar-vos mais tranquilos e animados enquanto atravessamos este cenário incerto. Eu acho que fez um óptimo trabalho!

 

Estas imagens são do mais bonito dos dias da Sofia + Paulo, que já publicámos aqui, com flores e decoração da Bouquet de Liz.

 

Espreitem aqui o trabalho bonito da Bouquet de Liz, e não deixem de contactar a Rosário, através do formulário, para desenhar convosco o dia mais bonito. A emoção será o dobro e os abraços, cheios de saudades, muito mais sentidos!

Susana Pinto

À conversa com: Quinta da Quintã – espaço para casamentos

Hoje conversamos com a Joana Coelho, da Quinta da Quintã – espaço para casamentos.

E que bela conversa esta, como vão descobrir.

 

Conheci a Joana quando visitei uma das edições do seu Wedding Weekend, há uns anos largos. Fiquei impressionada com tudo o que vi – o investimento real, palpável, da apresentação da Quinta da Quintã aos seus potenciais clientes (flores frescas e bonitas, estacionário variado e completo, cocktail gostoso e acabado de confeccionar, bolos dos noivos para ver e para provar), o gosto nos detalhes, a qualidade e atenção do e no serviço.

 

Mantive o contacto e o namoro, e fiquei muito feliz quando decidiram juntar-se ao Simplesmente Branco e a nossa relação já vai longa. Porque prestam um serviço de excelência e têm um trabalho óptimo, e porque olhamos para muitas coisas (as fundamentais), da mesma forma.

No último ano temos conversado bastante sobre isto de trabalhar no mercado de casamentos, sobretudo nos dias de hoje, e vamos partilhando as nossas reflexões. Ler, com detalhe, sobre o caminho que percorreram, as escolhas que fazem e o que os move e entusiasma, é abrir a porta de uma casa de sonhos, a Quinta da Quintã, e uma bela lição de profissionalismo.

 

Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes.

 

Vem de uma área criativa e está à frente deste projecto ambicioso e de imensa qualidade que é a Quinta da Quintã. O que a trouxe até aqui?

A Quinta da Quintã é uma quinta que está na minha família há muitos anos. A quinta original foi totalmente restaurada e ampliada para acolher a realização de eventos, projecto encabeçado pela minha mãe durante os primeiros anos. A dada altura eu e o João, que vimos ambos de áreas criativas, fomos desafiados pelos meus pais a integrar a equipa, a trazermos eventualmente uma abordagem refrescante a um projecto grande, num mercado imenso e cada vez mais exigente. Na altura tínhamos um atelier de design e outros projectos paralelos, também relacionados com as nossas áreas de estudo – eu tenho formação em design nas Belas Artes e o João em marketing e publicidade – e admito que foi uma decisão difícil, a de darmos este mergulho numa área que nos era um pouco estranha, o mercado dos eventos, e mais propriamente dos casamentos (na verdade, apesar de estarmos juntos há muitos anos, nem sequer éramos casados na altura). Mas o convite soou-nos a desafio, a mergulharmos juntos numa aventura nova – quase sempre trabalhámos juntos, curiosamente -, numa plataforma onde poderíamos aprender coisas, aplicar conhecimentos, dar asas à criatividade e trabalhar com amor, o Amor. Aqui podemos ser tantas coisas, podemos desenhar, esculpir, ilustrar, criar, conhecer pessoas, inspirar, concretizar visões e sonhos, sempre no plano do Amor. E assim foi: viemos já há uma boa dúzia de anos e foi-nos impossível não ficar.

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

A imagem de marca da Quinta da Quintã é, na minha opinião, um estilo moderno, elegante, muito romântico e versátil. Concorda com esta definição?

É muito interessante ouvir esta definição, vinda de alguém que respeitamos muito. A questão da definição de um estilo e de uma visão que oriente o nosso percurso é uma discussão muito interessante e que sempre me preocupou, quer no meu trabalho enquanto designer, quer no meu trabalho de organização e styling de eventos. Eu e o João conversamos bastante sobre esta dualidade que sentimos na decisão de manter um estilo definido ou de ir ao encontro das pretensões do cliente neste trabalho que, além de ter uma forte componente criativa, serve o propósito de uma outra pessoa que não o próprio criativo. É um facto que trabalhamos e criamos para alguém. Mas também é facto que em primeira instância trabalhamos para nós, construímos o nosso percurso, e temos de ser fiéis ao nosso estilo, à nossa verdade. Só assim conseguimos distinguir-nos como “marca”, afirmarmos a nossa identidade num mercado tão saturado e nos oferecermos como uma alternativa para quem procura algo especial. Dito isto, creio que os conceitos de elegância, romantismo e versatilidade definem muito bem o que procuramos oferecer em todos os eventos que criamos. São conceitos base, e de natureza abrangente, sobre os quais assentamos e concretizamos a visão de quem nos procura, obtendo neste diálogo resultados muitas vezes surpreendentes.

 

Esta assinatura faz parte do ADN do espaço, ou é algo que escolheram como tendência e tema para este ano? Porquê?

Creio que já faz parte da natureza do espaço, que se impõe muitas vezes como a base de construção do próprio evento, mas sem esquecer que o espaço também tem, ele próprio, vindo a evoluir, resultado da nossa leitura das tendências e da nossa própria evolução. Conhecemos instrinsecamente o que temos e sabemos o que não temos ou o que não queremos ter – não temos um celeiro em Inglaterra, nem uma esplanada na praia, pelo que não temos o objectivo irreal de oferecer todas as propostas, mesmo que estas surjam como tendências. Queremos que o nosso espaço surja como uma bela tela sobre a qual o cliente consiga projectar a sua visão e que, a par do espaço, o cliente encontre em nós os parceiros ideais e a inspiração para levá-lo ainda mais além.

 

As tendências da estação… são um assunto de trabalho ou apenas fait-divers?

As tendências são, sem dúvida, um assunto de trabalho. Cada vez mais, e ainda bem, eu diria. A área dos casamentos tem vindo a evoluir vertiginosamente ao longo dos últimos anos e muito por responsabilidade da democratização e crescente acesso à informação e às ditas tendências. Hoje estamos a um “clique” do que se faz hoje do outro lado do mundo. Estamos dentro das salas mais requintadas, assistimos aos eventos mais intimistas, aos mais glamourosos, e aos mais radicais. Isto ensina-nos coisas, faz-nos pensar nelas, abrir o nosso leque de possibilidades e, em última instância, refinar a nossa própria visão. Dá-nos muito mais trabalho, mas é um trabalho mais interessante, mais desafiante. Abre-nos mesmo a possibilidade de sermos, nós próprios, definidores das tendências. Nós e o que projectamos do nosso trabalho, fruto da relação e do diálogo com os noivos. Naqueles momentos mágicos em que se alinham perfeitamente os gostos e as vontades, a nossa verdade, a visão e a capacidade de execução, alguma liberdade e em que todos os elementos se conjugam num resultado capaz até de nos surpreender, a nós, os intervenientes desta criação, surge algo incrível e digno de ser considerado como definidor de tendência, e está ao nosso alcance ocupar esse espaço.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Ter o controle das decisões é importante? Tem uma perspectiva perfeccionista e específica sobre o resultado e a forma como quer que o seu espaço e trabalho sejam mostrados e vividos, ou é o prazer discutir ideias, de criar e acompanhar o processo, que lhe interessa mais na relação com cada projecto, cada cliente?

Tenho alguma dificuldade em dar uma resposta simples a esta pergunta. Se por um lado, a Quinta da Quintã sempre se posicionou no mercado como um espaço em que o convite feito aos noivos é o de personalizarem – definirem como querem que seja a relação e o percurso connosco, escolherem as equipas com que querem trabalhar, terem um voto sobre a maioria dos aspectos do nosso trabalho, desenharem connosco o seu dia à sua imagem – e que surge ele próprio como o resultado de um diálogo constante entre mim e o João, e entre nós e os outros, tenho uma tendência perfeccionista e de controlo e sinto, admito, dificuldade em assumir as cedências a que esta flexibilidade que oferecemos nos obriga por vezes. É certo que nem sempre nos identificamos com esta ou aquela escolha dos noivos, mas acredito que nos cabe a nós dirigir esta relação de forma a encontrar o equilíbrio entre os dois universos, sempre que eles se desencontram. É aqui que reside o maior desafio do nosso trabalho e é neste equilíbrio que nos conseguimos afirmar como uma alternativa distintiva, na qual a relação com o cliente é primordial.

Não posso, porém, deixar de admitir que uma das nossas vontades neste momento é dirigir o projecto Quinta da Quintã para uma posição em que alcancemos o melhor dos dois mundos: chegar cada vez mais aos clientes com que mais nos identificamos, aqueles que partilham a nossa visão, o gosto e o estilo que temos traçados para o futuro da Quinta da Quintã e com eles viver esta experiência de discutir, crescer e aprender ainda mais sobre o que queremos para este projecto. Fazer cada vez menos cedências, estreitar cada vez mais as escolhas, obter resultados cada vez mais diferenciadores e uma identidade cada vez mais coesa.

 

Onde busca inspiração para cada nova temporada de trabalho?

Sempre fui uma pessoa muito distraída dos detalhes do que me rodeia mas ao longo do tempo fui-me forçando a prestar-lhes mais atenção. Pode parecer uma afirmação idílica ou cliché, mas a natureza é uma grande fonte de inspiração, se soubermos como olhar. Os quadros naturais oferecem-nos imagens incríveis, ao nível da combinação de cores e da composição, por exemplo. Muito do que se faz e do que está na moda não são mais do que reinterpretações interessantes do que nos rodeia, aplicadas a diferentes contextos e em diferentes locais. Além disso devoro imagens, novas propostas, o que se faz bem, lá fora e cá dentro, – o Simplesmente Branco é um excelente exemplo disso – quer no âmbito dos casamentos, quer noutras áreas artísticas. Inspiro-me no trabalho dos meus amigos, no design, na moda, na arquitectura, na modelação de espaços. Inspiro-me nos clássicos, que correm sempre bem e que perduram no tempo. Inspiro-me nas minhas conversas com o João. E por último, e não menos importante, inspiro-me nos meus noivos, no que me trazem de novo, nas suas ideias mais pessoais. Gosto de percorrer lojas, de procurar novidades e de encontrar soluções para materializar essas ideias.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o olhar?

Não é fácil desligar-me do trabalho, já que quase tudo à minha volta parece estar ligado a este mundo dos casamentos. Trabalho com o meu marido, o João, com a Tânia – minha cunhada e melhor amiga -, com a minha irmã Diana. A minha outra irmã, Ana, e o meu cunhado Zé, têm um projeto de vídeo também ligado à mesma área. O espaço tem ligações inegáveis à família. A própria equipa QQ já vem, quase na íntegra, dos primeiros tempos do projecto, pelo que é quase uma segunda família. Mantenho relações de amizade com muitos dos meus clientes. Mas é muito importante para mim conseguir por vezes desligar esta ficha. Viver a minha filha. Viver o meu marido. Viver os meus amigos. Conviver, sair, conhecer sítios novos, ter experiências diferentes, envolver-me em projectos noutras áreas, com outras pessoas, continuar o trabalho como designer gráfica, desenhar. No fundo parar, fazer coisas que nada (e tudo) tenham a ver com este universo, ajuda-me a voltar mais leve, com uma ideia mais clara do que pretendo fazer aqui, e a regressar sempre a esse caminho das intenções, do qual às vezes nos desviamos por força da intensidade do trabalho. Mesmo no que respeita à Quinta enquanto espaço físico, optamos por parar todos os anos durante uns meses de forma conseguirmos um distanciamento que nos permita lançar um olhar crítico e limpo sobre o espaço e a imagem. Paramos, pensamos e agimos em conformidade com o que pretendemos obter no espaço, isto sob a forma de pequenas (ou grandes) remodelações e alterações. Este sistema permite-nos assegurar uma evolução constante e refrescar a nossa própria experiência, que é por vezes demasiado intensa.

 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography 

Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Como é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação aos seus clientes?

Quem conhece a forma de trabalharmos, sabe que uma das componentes mais importantes e substanciais da nossa afirmação como equipa, é a relação que desenvolvemos com os noivos. Isto vale desde a primeira abordagem, feita pelo João, que recebe tão bem todos os clientes e potenciais clientes, e que acaba por ser o nosso rosto, a primeira impressão que a Quinta da Quintã deixa em quem nos procura; passa pelo acompanhamento dos noivos, organização e styling do evento, a meu cargo e da Tânia Almeida, pelos elementos que integram as nossas equipas de apoio comercial, manutenção, decoração e cozinha – tão importante -, e culmina na relação que os nossos colaboradores de sala estabelecem com noivos e convidados no dia do evento. Somos um espaço absolutamente aberto a todas as pessoas e procuramos desenvolver uma relação próxima com quem nos procura para realizar um dia tão importante na sua vida, e que acaba por acontecer de forma muito natural. Compreendo quem opte por manter a ligação com o cliente numa esfera mais profissional, mas nós não somos assim. Nós queremos sentir-nos próximos. Esta é uma área de actividade muito intensa e exigente, quer física, quer emocionalmente, em que o nível de drama é sempre muito elevado. Em boa verdade, estamos sempre a trabalhar para o dia mais importante da vida de alguém e essa carga é incontornável. Um relacionamento de proximidade atenua esta dimensão, anula eventuais barreiras e traz uma excelente energia ao trabalho. Sabermos ler bem o nosso cliente, estabelecermos com ele esta relação de grande empatia e confiança, e, até, sabermos antecipar as limitações com que nos vamos deparar no futuro para conseguirmos concretizar esta ou aquela visão que ele nos traga, são valências essenciais no nosso trabalho. Conseguirmos manter-nos à tona, com a frescura e o tempo que a relação com cada cliente exige, em tempos em que os eventos se sucedem rapidamente, são desafios diários que procuramos vencer com uma organização e uma cadência de comunicação eficientes. No final de contas, podemos orgulhar-nos de dizer que já fizemos muitos e bons amigos junto dos nossos noivos, e creio que esta afirmação será mútua.

 

Qual é a melhor parte de decorar um casamento? E o mais desafiante e difícil?

Para mim é o processo de pegar num fio que nos é dado pelos clientes e desenrolá-lo com mestria até onde conseguirmos, com vista a um resultado surpreendente. É juntarmos um conjunto de ideias e elementos e construirmos algo coeso, bonito, uma imagem, um ambiente, a base para uma festa de sonho. É a reacção dos noivos quando chegam e vêem o nosso trabalho. É o telefonema que recebemos no dia seguinte. É a nostalgia boa que fica. E é percebermos que o nosso trabalho toca a vida de muitas pessoas de uma forma boa, bela. Que ajudamos a criar dias únicos, irrepetíveis, marcados por muita cumplicidade e amor. O mais difícil é contornar as limitações que o mundo real impõe, conseguir o equilíbrio entre o que é instagrammable e o casamento real, com um serviço real e muito sério, com convidados reais e um mundo de detalhes e esforços que têm de fluir e funcionar.

 

Qual foi o casamento em que mais gostou de trabalhar? Porquê?

Acho que é impossível destacar um só casamento. Ao longo destes anos houve muitos e maravilhosos eventos que me marcaram pelas mais variadas razões. Ou pelos noivos que conhecemos por aqui – temo-nos cruzado com pessoas verdadeiramente surpreendentes ao longo do nosso percurso na QQ – ou pelos que já conhecíamos – tivemos o privilégio de participar no casamento de grandes amigos e de alguns familiares queridos – ou por ter sido um evento difícil, com um nível de exigência mais desgastante, e que correu tão bem, ou por ter sido um projecto desafiante, em que conseguimos fazer algo realmente diferente, genuíno, marcante na nossa história.

  Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography Casamento na Quinta da Quintã, com fotografia de Pedro Lopes Photography

Escolha uma imagem favorita do seu portfolio e conte-nos porquê:

A ter de escolher uma imagem, escolho esta fotografia do João Almeida, porque é bonita e homenageia de forma singela alguém muito especial, de quem nos lembramos sempre. Este foi um dia feliz.

 

Quinta da Quintã - espaço para casamentos

Os contactos detalhados da Quinta da Quintã estão na sua ficha de fornecedor. Espreitem a galeria, feita de belas imagens, e contactem o João Carvalho de Almeida directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Espreitem também o  mais bonito dos dias da Bruna + Diogo, que publicámos recentemente: que festaça nos belos jardins!

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

A pensar no vestido de noiva?

Quem já está a pensar comprar o vestido de noiva, ponha o dedo no ar!

Ora muito bem – agendámos para daqui a umas semanas um especial Dicas para Casar só sobre este assunto, mas, até lá, quero começar já a deixar-vos algumas pistas valiosas sobre este assunto tão especial.

 

Comprar um vestido de noiva é um investimento financeiro generoso, mas também muito emocional – faz parte dos sonhos de muitas meninas e de muitas mães, e a sua escolha tem um contexto todo ele muito especial: soma aspirações, números, opiniões, desejos, projecções e muitas emoções.

Há que respirar fundo, disfrutar da experiência e escolher bem – o que está dentro do orçamento, o que nos fica bem, o que é confortável e o que nos faz sorrir de forma instantânea.

 

Ora eu não sou a pessoa mais indicada para falar sobre este assunto, porque nunca sonhei casar-me de vestido (já uma blusa e uma saia ou uma blusa e umas calças…). Adoro conhecer os designers, adoro ver de perto como um vestido é feito, apreciar os materiais e a mestria do desenho, mas sou pouco sensível à emoção que carrega, porque sou muito pouco dada a vestidos!

Mas não há que temer, porque eu sei quem são as pessoas certas para vos dar os melhores conselhos e as perguntas importantes a fazer –  a Sara Silva, da Vestidus, sabe muito sobre este assunto, e foi com ela que falei.

A Sara, juntamente com a Conceição, atende e acompanha noivas na sua loja há mais de dez anos e, por isso, conhece bem os nervos, os processos de decisão, as dúvidas, as perguntas e, sobretudo, as respostas sábias capazes de acalmar qualquer menina.

 

Como comprar o vestido de noiva? Dicas da Vestidus Atelier. Como comprar o vestido de noiva? Dicas da Vestidus Atelier. Como comprar o vestido de noiva? Dicas da Vestidus Atelier.

Qual é a melhor altura para começar a procurar o vestido de noiva?

O ideal é escolher o vestido de noiva com cerca de oito a nove meses de antecedência. Pode parecer muito tempo, mas a verdade é que, por norma, o prazo de entrega do vestido após a encomenda está entre cinco a seis meses. A maioria das fábricas fecha entre Dezembro e Janeiro, pelo que no início do ano os prazos para entrega aumentam para seis a sete meses. Os meses que sobram até à data do casamento devem ser reservados para ajustes ou qualquer alteração que seja necessária fazer no vestido.

 

Três perguntas que a noiva não deve deixar de fazer…

Faça todas as perguntas que achar necessárias para se sentir confortável e confiante com a escolha que está a fazer. O vestido é uma parte muito importante do ser noiva, mas ainda mais importante é a relação que se estabelece com a loja ou atelier. São essas as pessoas que vão estar consigo durante meses e que a vão ajudar para que tudo fique perfeito.

Estas são algumas sugestões relevantes:

 

1) Estou a comprar um vestido novo ou este que estou a experimentar aqui na loja?

É importante que fique claro se vai ficar com um vestido de prova ou se o seu modelo vai ser encomendado. Muitas vezes as lojas fazem descontos em modelos descontinuados de coleções anteriores. Quase sempre são vestidos que são mantidos impecavelmente e cujo o preço, por ser um modelo da estação anterior, fica mais acessível.

Essa é uma decisão que deve ser só sua. Se não se sente confortável em ficar com um vestido de prova, tem esse direito e deve ser respeitado pela loja onde o vai comprar.

 

2) O preço do vestido inclui taxas e arranjos?

É importante confirmar se o preço do vestido inclui, ou não, os ajustes, para que não haja surpresas no final. Mesmo encomendando o seu tamanho, é natural que seja necessário fazer pequenos acertos, como a bainha, por exemplo. Se esses acertos ou mesmo alterações estão contemplados no preço final do vestido, cabe à loja decidir e informá-la.

 

3.) E se eu mudar de ideias ou se o casamento não se realizar?

Um bom fornecedor está consigo nos bons momentos e nos menos bons. Confirme com a loja a política de cancelamentos e devoluções: o que acontece no caso de desistir da encomenda do vestido de noiva, se o valor que deixou como depósito é reembolsável ou não.

 

É boa ideia experimentar um vestido que está acima do meu orçamento?

Não recomendamos, sobretudo se a diferença entre o preço do vestido e o valor do orçamento forem díspares. Se experimentar um vestido acima do orçamento e se ele for “o tal” vai tornar a busca de um vestido alternativo muito mais difícil. Há diferenças entre materiais, corte e estrutura entre os vestidos mais acessíveis e outros de gama mais alta, e isso é incontornável. Recomendamos que não o faça, a dose de frustração será grande e má conselheira, não é nada disso que se quer neste processo.

 

Quando devo fazer a última prova?

A data da última prova pode depender de vários factores e é sempre importante coordenar com a loja, em especial se costuma ter oscilações de peso, se o vestido sofreu muitas alterações face ao modelo inicial, se vai casar grávida, ou se vai ter de viajar para o local do casamento, por exemplo. Fazer a última prova duas semanas antes do casamento permite gerir estas oscilações e corrigir algum imprevisto que surja antes da entrega.

 

Como e quando devo levar o meu vestido para casa e como devo acondicioná-lo?

Sugerimos que leve o vestido na semana antes do casamento, nunca na véspera, para que possa descansar e relaxar nesse dia. Deve deixá-lo acondicionado no saco de transporte, protegido do pó, de animais domésticos que possa ter e de qualquer outro olhar mais curioso!

 

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Aqui está uma mão cheia de bons conselhos para comprar o vestido de noiva, dados por quem sabe. Peguem na vossa companhia selecta (uma ou duas pessoas, é o ideal!), façam umas investigações na internet para se familiarizarem com as marcas e modelo,s e agendem as vossas visitas desde já.

 

Aproveitamos para vos mostrar as novidades da marca belga Rembo Styling, produzida e fotografada em Portugal, para 2020: estes vestidos super confortáveis e com um cair impecável (é um facto, conheço-os muito bem) estão à vossa espera na Vestidus.

 

Marquem uma visita com a Sara Silva e descubram os modelos bonitos que ela escolheu para as noivas de 2020.