Created with Sketch.
Susana Pinto

À conversa com: Pó de Arroz – makeup de noiva

Hoje conversamos com a Ana Branco, da Pó de Arroz – makeup de noiva.

 

A Ana fala-nos sobre o seu percurso até ao momento profissional em que se encontra, com as voltas e dúvidas necessárias para aqui chegar.
Fala-nos também sobre o papel da maquilhagem, no dia-a-dia e nos dias especiais, e a importância de uma boa base: uma pele bem tratada.

 

A Ana Branco é um doce e os seus trunfos maiores, para além do talento profissional, são bens essenciais nos dias estranhos que atravessamos: empatia e tranquilidade.

Vamos conhecê-la?

A ligação com as clientes é sempre algo único, tudo começa pelo primeiro contacto com a noiva, que muitas vezes termina com uma amizade para a vida. Acredito que o estar ao lado delas a cada momento e dar-lhes uma disponibilidade de 24h, seja um ponto a favor.

Ana, conte-nos como chegou a este universo da beleza feminina…

Comecei desde cedo a brincar com a maquilhagem da minha mãe, adorava a caixa de pó de arroz que ela tinha, ainda hoje me lembro de como era suave e de aroma único. Adorava fazer aquelas pinturas artísticas com os batons, imaginava sempre que ao fechar a tampa ninguém ia dar conta que o batom tinha sido usado! Mas apesar de em casa conviver com a maquilhagem, o que queria mesmo, era ser médica e actriz.

 

Mais tarde aos 18 anos, depois de não ter conseguido entrar no curso idealizado, decidi aceitar o conselho da minha madrinha e abraçar a formação de cosmetologista. Na altura, não sentia muita ligação com a área, pois apesar de cuidar desde cedo da minha pele, não era algo que me imaginasse a fazer. O que aconteceu, foi que pouco tempo depois, tudo passou a fazer sentido, esta era a harmonia perfeita entre o cuidar do próximo e, de certa forma, da sua saúde também. Começaram assim os primeiros passos que me levaram ao mundo da maquilhagem.

 

Quando terminei o curso, percorri o país durante 9 anos, através de uma empresa na área da estética, onde tive a oportunidade de contactar com imensas mulheres, obter experiência na área e conhecer inúmeras maneiras de estar e viver em Portugal.

 

Tudo mudou quando recebi um convite de uma grande amiga, para um projeto empreendedor e bastante desafiante, ligado também ao campo feminino. Foi incrível como em pouco tempo, tanta coisa mudou. Com ela, aprendi muito, e o principal foi focar-me nos sonhos. Muitas vezes na correria da vida, todas nós perdemos a atenção e o foco, do que queremos ser em criança ou quais as nossas metas e objetivos para o futuro.

 

Na altura, como já tinha formação na área da maquilhagem e existindo a necessidade de em alguns eventos realizar essa função, voltei pouco a pouco ao mundo da maquilhagem.

 

À medida que ia sendo requisitada para mais trabalhos e apostando em mais formação nesta área, vi que tinha descoberto uma nova paixão e nasce assim um novo projeto, que sem me aperceber, ficou com o mesmo nome daquela caixinha branca, presente na minha memória de criança, Pó de Arroz.

Hoje, só me resta agradecer a todas estas mulheres que fazem parte da minha vida e que foram as chaves no meu percurso.

 

Makeup de noiva Makeup de noiva, de Ana Branco, Da Pó de Arroz Makeup de noiva

Qual é a importância da maquilhagem, num dia tão especial? E nos dias comuns?

A maquilhagem tem vindo a dar passos gigantes na sua qualidade e diversidade, aliando-se mais que nunca ao tratamento da pele. Neste momento podemos dizer que a maquilhagem ajuda a refletir a saúde da pele. Uma pele bem tratada deve ter, diariamente, como complemento, alguns produtos de maquilhagem, muitas vezes simples e minimalistas, mas essenciais à sua protecção.

No dia de casamento, torna-se ainda mais indispensável. Além da pele estar protegida e cuidada, a maquilhagem tem o poder de transmitir a personalidade e o temperamento da noiva, tornando as recordações fotográficas mais harmoniosas e fazendo com que estas captem toda a sua essência.

 

Um rosto é uma tela. Há todo um conjunto de regras firmes sobre este assunto ou depende da ocasião? 

Um rosto é sempre uma tela cheia de possibilidades criativas. Mas existe um conjunto de factores que têm de ser tidos em conta, como o estudo da sua harmonia, colorimetria, simetria, principalmente numa ocasião tão especial como o dia de casamento. Por isso, por mais avançada que seja a técnica de maquilhagem aplicada, é o equilíbrio da técnica com o temperamento da cliente, seja noiva, convidada ou até numa maquilhagem de dia, que vai valorizar toda a sua beleza natural.

 

As tendências da estação são importantes, ou não contam para a maquilhagem de noiva?

Acho que todas as tendências devem ser analisadas, pois variam com a época e têm sempre uma história e um fundamento. No entanto, para além disso, é a noiva que decide se sente bem ou não com determinada tendência. Nenhuma noiva deve ser igual a outra só porque sim. É nessa altura que entra a parte fundamental para a saber guiar, através de um estudo feito pela maquilhadora.

 

Maquilhagem de noiva de Ana Branco - Pó de Arroz Maquilhagem de noiva de Ana Branco - Pó de Arroz Maquilhagem de noiva de Ana Branco - Pó de Arroz

Onde busca inspiração para o seu trabalho de makeup artist

Tenho vários profissionais que admiro neste mundo da maquilhagem. É incrível como existe tanto talento espalhado por todo o mundo. É na troca de experiências com outros profissionais que continuo a aprender e que me inspiro, mas também na natureza, é incrível como as harmonias de cores mais bonitas já estão na natureza.

 

E nos momentos de fadiga criativa, como refresca a mente e o espírito?

Viajar sem destino certo nem horas marcadas é das coisas que mais gosto de fazer. Decidir a cada momento que direcção tomar, sem planos, e percorrer a praia, montanha, campo ou cidade no mesmo dia, não há maior liberdade que essa.

 

Também dá formação regular, com os seus workshops de auto-maquilhagem. Sente que faz diferença no quotidiano de quem a procura?

Sim, e esse é o principal foco de cada workshop de auto-maquilhagem. Que haja algo sempre novo para quem me procura, daí cada workshop ter uma preparação específica para cada cliente. É importante sempre ter em conta que cada rosto é único e cada mulher tem necessidades e habilidades diferentes. Poder partilhar técnicas, conteúdos e ferramentas, para que todas elas tenham o resultado esperado é muito gratificante, ainda mais quando vejo a mudança na sua auto-estima e confiança.

 

Makeup de noiva com Ana Branco, da Pó de Arroz Makeup de noiva com Ana Branco, da Pó de Arroz Makeup de noiva com Ana Branco, da Pó de Arroz

Qual é o seu processo de trabalho, como cria uma ligação com as suas clientes?

A ligação com as clientes é sempre algo único, tudo começa pelo primeiro contacto com a noiva, que muitas vezes termina com uma amizade para a vida. Acredito que o estar ao lado delas a cada momento e dar-lhes uma disponibilidade de 24h, seja um ponto a favor. Tudo o resto vou deixar entre nós, até porque são elas as melhores pessoas para responder a esta pergunta.

 

Qual é a melhor parte de ser responsável pela beleza da noiva no seu dia? E o mais desafiante e difícil?

A melhor parte é ter a oportunidade de fazer a diferença naquele dia e não só através da maquilhagem, mas também por aqueles simples truques que fazem com que o dia seja passado de forma tranquila e que a minha noivinha aproveite cada momento.

O mais desafiante é ajudar as noivas que têm condições especiais a nível da pele, a terem os cuidados necessários e essenciais para que no dia de casamento a sua pele esteja fantástica para receber a maquilhagem. Muitas vezes o acompanhamento começa um ano antes do dia de casamento, outras, a poucos meses. É este acompanhamento que requer muita responsabilidade ainda mais quando a noiva está fora do país. No fim, receber aquele sorriso, é a melhor recompensa!

 

Quem gostarias de maquilhar? E por quem gostarias de ser maquilhada?

É difícil dizer porque tenho várias, vou dizer antes quem adorava ter tido a oportunidade de maquilhar: Grace Kelly e Marilyn Monroe, mais do que pela sua beleza, por aquilo que representam. Por quem adoraria ser maquilhada também não é fácil responder, admiro muitos artistas e cada um tem o seu registo, mas vou dizer Goar Avetisyan, é maravilhoso o trabalho dela.

 

 

Contactem a Pó de Arroz, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Ana Branco directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

O texto do convite de casamento, por A Pajarita

Continuamos a partilhar o série “Preparar o caminho descomplicando-o“, criada pela Alexandra Barbosa, de A Pajarita, e publicada no seu site todas as semanas.

 

Hoje a Alexandra Barbosa fala-nos sobre o texto do convite de casamento e a importância do tom, que antecipa o tipo de festa que iremos ter – formal ou informal, elegante ou relaxado

 

Formal ou informal: o que escrever no convite

A data está marcada e ansiedade de ver os primeiros detalhes materializados está ao rubro. Chegou o momento de fazer os convites de casamento!

O convite é a primeira impressão do dia que estão a planear, é o início da história que vão contar e define aquela que será a vossa imagem gráfica. Informa a família e os amigos – os vossos convidados – que irão dar este passo importante, formalizando o vosso Amor, e que será com cada um deles que irão partilhar esse momento.

 

O que esc rever nos convites de casamento? Texto para convites de casamento

O convite deve ser desenhado à vossa imagem, reflectindo a vossa identidade enquanto casal. O primeiro passo é decidir que tipo de convite melhor vos representa e se enquadra no orçamento disponível. De seguida, escolhemos o tipo de papel, as cores, o tipo de letra e o grafismo mais adequado.

Se até agora estivemos a falar da forma, chegamos ao conteúdo: que tipo de texto vamos escrever no convite?

 

Tal como a componente visual, o tom do texto deve reflectir sempre o estilo de casamento que estão a planear. Existem, grosso modo, três tipos de texto – obviamente, com todas as suas nuances: formal e rigoroso do ponto de vista protocolar,  informal (o mais comum), e descontraído (que pode incluir brincadeiras com as palavras e até algum humor).

A diferença na tipologia do texto vai além do tom. Tem também impacto na quantidade de texto e na sua paginação, influenciando o tamanho do próprio convite. Devemos ter sempre em conta o espaço branco, o parceiro quase invisível que acrescenta a leveza e delicadeza a todos os objectos e ambientes.

 

Texto para convites de casamento Texto para convites de casamento

Se estão a planear um casamento formal, para o qual são os pais dos noivos a convidar (pagando a festa ou não), podem optar pela seguinte estrutura tradicionalmente clássica: 

 

  • frase introdutória
  • nomes dos pais dos noivos
  • frase sobre o tipo de evento, como por exemplo: “Têm a honra de convidar V. Ex.a(s) a assistir ao casamento dos seus filhos
  • nomes dos noivos
  • data, local e horário da cerimónia
  • local da festa
  • confirmação ou RSVP com data e os contactos para o qual os vossos convidados devem confirmar a sua presença. Esta última linha aplica-se apenas nos modelos de convite que não incluam adicionalmente um cartão de detalhes ou um RSVP.

 

Se o vosso plano é um casamento mais informal,  podem optar por colocar uma citação que vos inspire, um poema ou mesmo uma frase escrita por vocês. 

Neste caso, são os noivos a convidar, retirando o nome dos pais:

 

  • nome dos noivos
  • frase sobre o tipo de evento, como por exemplo: “Temos o prazer de vos convidar para o nosso casamento
  • data, local e horário da cerimónia
  • local da festa
  • confirmação ou RSVP com data e os contactos para o qual os vossos convidados devem confirmar a sua presença. Esta última linha aplica-se apenas nos modelos de convite que não incluam adicionalmente um cartão de detalhes ou um RSVP.

 

Se a vossa intenção é algo mais descontraído,  podem optar por um convite informal, apenas com a informação essencial:

 

  • nome dos noivos
  • frase sobre o tipo de evento, como por exemplo: “Vamos casar!
  • data, local e horário da cerimónia
  • local da festa
  • confirmação ou RSVP com data e os contactos para o qual os vossos convidados devem confirmar a sua presença. Esta última linha aplica-se apenas nos modelos de convite que não incluam adicionalmente um cartão de detalhes ou um RSVP.

 

 

Estes exemplos são apenas isso mesmo, uma certa norma que organiza a informação. No entanto, estes formatos de texto do convite de casamento não são estanques, são guias, não se esqueçam disso.

Com todos estes detalhes definidos, deixem a imaginação voar e criem ou dêem liberdade ao vosso fornecedor para criar o convite que melhor vos representa. Mostrem a vossa personalidade, alinhem-na com o vosso plano de festa, desprendam-se de ideias pré-feitas e confiem no fornecedor escolhido, que dará o melhor de si para vos interpretar e surpreender!

 

Este post foi originalmente publicado em A Pajarita.

Susana Pinto

À conversa com: DJ Rui Almeida – DJ para casamentos

Hoje conversamos com o DJ Rui Almeida, DJ para casamentos, com base em Guimarães.

 

O Rui conta-nos como foi o seu percurso profissional, que começou na rádio, passou pelos espaços nocturnos e cresce, saudavelmente, através dos casamentos que vai animando com entusiasmo e muito sucesso.

 

Nesta conversa há espaço para percebermos em detalhe o que faz uma boa pista de dança e a importância que um verdadeiro profissional tem, como condutor da noite e da animação: a percepção e capacidade de leitura de pista, o conhecimento profundo sobre o o cliente e os seus convidados e o equilíbrio saudável e frutuoso entre o improviso e o trabalho de casa.

Juntem-se a nós!

A audiência é a minha prioridade e coloco a música de que mais gostam. Existem mil e uma maneiras de o fazer e, ao longo de uma festa com muitas horas, há sempre tempo para construir um alinhamento musical completo e distinto, que agrade até aqueles que têm um gosto musical mais eclético. Ao mesmo tempo, tento enriquecer o alinhamento musical, para que os meus clientes tenham um serviço com valor acrescentado.

Conte-nos um bocadinho do seu percurso, até às pistas de dança: como é que isso aconteceu?

O meu percurso começou na rádio, onde durante quatro anos tive um programa de música de dança em que semanalmente revelava algumas das novidades  da House Music, género musical que continua a ser um dos meus preferidos. Isto aconteceu entre 1994 e 1998, quando a internet não estava democratizada como está hoje e, por isso, o acesso à musica nova não acontecia à velocidade atual.

O programa era emitido em direto e todo misturado em suporte de vinil. Durante este período também coloquei música em algumas festas de House Music que se faziam com alguma frequência, e em alguns bares e discotecas.

 

Em 1998 surgiu o primeiro convite para assumir uma residência noturna, acabei por deixar a rádio e, até 2004, fui DJ residente em alguns espaços nocturnos. Esta experiência noturna foi extremamente importante, porque cresci enquanto Disc-Jockey, a minha cultura musical aumentou consideravelmente, outros géneros musicais começaram a fazer parte dos meus repertórios e aprendi a interpretar uma pista de dança e a saber geri-la durante umas horas.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Animação noturna e casamentos –  sendo a música um assunto transversal, esta é uma ligação natural e inevitável?

É uma ligação natural, mas não inevitável. Nem todos os Disc-Jockeys “noturnos” acabam por fazer animação de casamentos, porque não têm perfil para fazer este trabalho ou porque simplesmente não gostam de o fazer.

Também não é uma ligação natural, porque existem muitos “animadores”, cujo  percurso começou precisamente na animação de casamentos.

Obviamente, não estão tão bem preparados para fazer este trabalho. Por muitos anos de experiência que consigam acumular, terão muito mais dificuldade em enfrentar uma pista de dança difícil. Sim, porque este é um trabalho muito exigente. De uma forma geral, os clientes têm a expectativa de ter uma festa longa, até de manhã, se possível. Ora, para conseguir fazer uma festa com muitas horas de dança, tendo em conta que temos habitualmente cerca de uma centena de convidados, é preciso conhecimento e larga experiência.

 

Nenhuma festa é igual à anterior, temos um número limitado de convidados a dançar, com diferentes idades e muitas vezes com diferentes gostos musicais, e é preciso agradar a todos.

Por isso é importante que os noivos tenham plena noção de quem estão a contratar e se essa pessoa será capaz de assumir a responsabilidade de colocar música num dos dias mais importantes das suas vidas.

 

O que ouve quando não está a trabalhar? Separa lazer e profissão?

Ouço um pouco de tudo, embora a música Soul, Jazz, Funky e alguma Música Electrónica sejam as que reúnem as minhas preferências.

Contudo trabalho é trabalho, e quando assim é, a audiência é a minha prioridade e coloco a música que eles mais gostam.

Existem mil e uma maneiras de o fazer e ao longo de uma festa com muitas horas, há sempre tempo para construir um alinhamento musical completo e distinto, que agrade até aqueles que têm um gosto musical mais eclético. Não gosto de ir pelo caminho vulgar de desbobinar somente música comercial. Coloco-a, é claro, nos momentos necessários, mas tento ao mesmo tempo enriquecer o alinhamento musical, para que os meus clientes tenham um serviço com valor acrescentado.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Como cria uma playlist para os seus noivos? É tudo trabalho prévio ou há espaço de improviso? Um pesa mais do que outro?

Tento conhecer ao máximo o gosto musical dos noivos e o que eles pretendem para a festa do seu casamento, que muitas vezes é uma coisa bem diferente dos seus gostos musicais.

Gosto  também de perceber previamente como é composto o grupo de convidados e também o que estes apreciam.

O trabalho, obviamente, só faz sentido em direto, a sentir constantemente a reacção da audiência, contudo, se for bem preparado é geralmente mais bem sucedido.

Sou também um pouco selectivo na gestão da minha agenda para assim ter tempo para preparar o trabalho.

Existe por isso um equilíbrio entre o trabalho prévio e o espaço para improviso, porque o trabalho do DJ também é isso.

 

Gosto de agir por antecipação e não por reacção. Não espero que saiam pessoas da pista para mudar de género musical, mudo atempadamente para as agradar constantemente, para as surpreender pela positiva e para lhes dar constantemente motivo para estarem presentes na pista de dança.

Como os noivos e os seus convidados não são todos iguais, não faria sentido ter uma playlist igual para todas as festas. Isso não resultaria. Existe, sim, uma identidade musical no meu trabalho e um fio condutor que tem como objectivo guiar a festa pela noite dentro, durante algumas horas, e onde deve haver  espaço para um repertório musical variado que agrade a todos os presentes.

Como tenho uma cultura musical abrangente, consigo fazê-lo com alguma facilidade. Este alinhamento musical tem também, obviamente, de ser um reflexo do gosto musical dos noivos ou do que estes pretendem que seja.

 

Um trabalho personalizado é a chave para o sucesso e é isso que gosto de proporcionar aos meus clientes.

 

Como se mantém actualizado?

De muitas formas, através da rádio, da internet, com algumas saídas noturnas e através da partilha com outros amigos DJ.

 

Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos Rui Almeida - DJ para casamentos

Trabalha com clientes corporativos e com clientes particulares: no dance floor somos todos iguais ou o vibe da festa é muito diferente?

Normalmente uma festa de casamento tem uma vibe bem diferente da de um evento corporativo.

É uma festa de família e amigos em que se comemora um dia muito especial, por isso é normal que tenham uma atmosfera mais solta do que a de um evento corporativo.  Mas, é claro, Também tenho muitos eventos corporativos que são uma grande festa, muito animada.

 

O que faz uma grande noite (ou pista de dança)?

Um público divertido, noivos presentes na pista, uma boa sintonia entre o público e o DJ, e temos festa até de manhã.

 

Gosta dançar ou prefere ouvir?

Estou mais habituado a ouvir do que a dançar, o que acaba por ser normal, uma vez que numa festa estou quase sempre do lado de dentro da cabine de DJ. Contudo, mesmo do lado de dentro não estou parado, acabo sempre por dançar, porque também me divirto com o que estou a fazer e, no fundom faz parte da performance do DJ transmitir boa disposição para a pista de dança.

 

Ao casar, com que música abria a pista?

Já me casei e como sou adepto de clássicos em momentos que queremos eternizar, foi com o Wonderful Tonight, num dueto do Ivan Lins com o Michael Bublé, que abrimos o baile.

 

Para fechar, qual é a música a que regressa sempre?

Confesso que não tenho uma música à qual regresso sempre, da mesma forma que não tenho uma música preferida. Ambas as coisas seriam muito redutoras e não fariam sentido entre tantas músicas que aprecio e que merecem lugar de destaque.

 

 

Contactem o Rui Almeida, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem, e na volta do correio, terão uma resposta simpática do Rui Almeida.

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

Cartões de participação de casamento, por A Pajarita

Continuamos a partilhar o série “Preparar o caminho descomplicando-o“, criada pela Alexandra Barbosa, de A Pajarita, e publicada no seu site todas as semanas.

 

Hoje a Alexandra Barbosa fala-nos sobre os cartões de participação de casamento, um objecto caído em desuso nos últimos anos, mas que encontra agora uma nova vida e utilidade, ao encolhermos forçosamente o número de convidados para o grande dia.

 

Os cartões de participação de casamento

Março chegou cheio de incertezas, a primavera lá fora florescia numa paisagem atípica.

Começou uma nova época, a da resiliência. As portas e janelas fecharam-se, nós ficámos confinados, os negócios estagnaram e os sonhos foram suspensos e adiados.

 

O casamento foi um dos planos que mais vi ser repensado e a palavra de ordem era: não cancelar, adiar. Na verdade, o sonho tem de ser adiado, pelo bem de todos. Queremos casamentos vividos em plena alegria e com gestos sem restrições. Queremos receber aquele abraço emocionado de quem nos conhece desde sempre, aquele beijinho repenicado de quem nos viu crescer, queremos saltar, dançar ou simplesmente partilhar a mesa (ou as mesas) com quem mais amamos.  De momento, não o podemos nem o devemos fazer, pelo nosso bem e pelo bem daqueles que fazem parte da nossa felicidade.

 

Cartões de participação de casamento A Pajarita

Vivemos um tempo de incerteza, um tempo novo e ainda muito desconhecido.

Não sabemos ainda quando ou como poderemos voltar a juntar-nos e, por isso, a maior parte de vocês decidiu adiar o casamento para 2021. Outros, mais optimistas, empurraram para o inverno o seu sonho de casar com uma grande festa.

 

Mas tudo continua envolto num enorme ponto de interrogação. Ainda assim, não se deixem guiar pela ansiedade, não se desgastem com detalhes e foquem-se no que é mais importante: vocês e as vossas pessoas. Por agora, outras soluções criativas se proporcionarão para quem não quer deixar o dia, que escolheu como seu, passar em branco.

 

Nesta data, no vosso dia, reservem o tempo e o foco para vocês e dêem um passeio juntos ou planeiem um jantar romântico em casa (aproveitem para dar suporte ao vosso restaurante favorito ou para experimentar um novo, encomendando um take away sofisticado e saboroso). Preparem uma mesa bonita, ponham uma música a tocar baixinho, acendam umas velas para criar uma atmosfera intimista e recordem o que vos une, visitem as vossas memórias mais bonitas.

 

Cartões de participação de casamento A Pajarita

Se pretendem dar mais ênfase ao momento, podem, por exemplo, fazer uma troca de votos num sítio bonito e que tenha um significado especial. A ideia é criar um marco e se não pensaram na troca de votos para o vosso casamento, esta pode ser a motivação para o fazer. Longe da pressão adicional do olhar dos muitos convidados, podem trocar juras amor eterno, usando palavras que vêm do coração e que somam tudo o que viveram, separados e juntos, o que vos liga e vos expande, o que vos define como par e como unos.

E saibam que este momento pode ser integrado nas memórias registadas do vosso casamento.

 

Materializem os vossos votos na mesma linha gráfica do estacionário de casamento, vistam uma roupa bonita, alegrem o vosso look com algumas flores e deixem-se levar pelo momento.  Para finalizar, cortem e deliciem-se com um bolo em vossa homenagem (encomendem um mini-bolo, ao vosso fornecedor do bolo dos noivos, mais um pequeno negócio que ficou suspenso e agradece a vossa compra), ou façam um piquenique ao pôr-do-sol. Não precisa de ser nada complicado, apenas contemplem e desfrutem o vosso momento de forma genuína e à vossa imagem.

 

As bonitas imagens registadas vão dar um toque especial ao vosso álbum de recordações num época que será parte da nossa história. E se o fizerem ao ar livre, de forma segura e sensata, poderão ter também um fotógrafo (o vosso fotógrafo de casamento!) a captar algumas imagens. Porque não mostrar aos vossos convidados quando celebrarem o vosso casamento? Tenho a certeza que despertará todo um conjunto de emoções fortes e bonitas!

 

Cartões de participação de casamento A Pajarita

Os mais resilientes, os impacientes ou aqueles para quem, legalmente, casar é um assunto premente, podem optar por fazer uma mini-cerimónia, seja civil ou religiosa, ou, quem sabe, casar sem convidados, em segredo. Porque não?

Mais tarde, quando todo o contexto for outro, poderão fazer a grande festa com que sonharam, juntar os vossos entes queridos e amigos, e celebrar com a intensidade que vocês merecem, sem restrições nem medos.

 

Casar e mais tarde festejar pode ser uma solução para os casais que não querem abdicar do seu dia, por ser uma data única e um marco na sua relação.

Neste cenário, pode ser interessante enviar algo que se foi deixando de usar: os cartões de participação de casamento.

Os cartões de participação de casamento são uma peça informativa e têm como função comunicar à família e amigos que casaram. Neste cenário, podem indicar uma data definida para festejar ou simplesmente avisar que festejarão mais tarde, quando for seguro para todos e que estão ansiosos pelos seus abraços. Se tiverem nova morada, não se esqueçam de a incluir, as vossas pessoas podem querer felicitar-vos e responder ao bonito cartão que enviaram.

 

Cartões de participação de casamento A Pajarita

Apesar da incerteza se ter instalado, nada justifica o cancelar a celebração do vosso amor.

 

As vossas famílias e amigos vão compreender a escolha que fizeram para marcar a data tão especial, seja adiando, seja celebrando a dois. Não se deixem levar pela ansiedade, olhem para o copo meio cheio, nem tudo é mau. Têm a oportunidade de dar ao vosso dia mais bonito uma intensidade extra que nenhum casamento teve até então – o desejo genuíno de estarmos juntos. Estamos todos em pulgas para voltar a abraçar, sentir e encurtar distâncias, desvanecendo a saudade e voltar a estar com a família toda junta. É neste ambiente de união e amor, mais desejado que nunca, que o vosso dia vai ser festejado.

 

O amor merece sempre que esperemos por ele!

 

Este post foi originalmente publicado em A Pajarita.

Susana Pinto

À conversa com: Ana Wedding Potography – fotografia de casamentos

Hoje conversamos com a Ana Afonso, que assina como ANA.WeddingPhotography e faz fotografia de casamento.

 

No trabalho da Ana Afonso há uma energia constante que vibra em cada imagem e é essa sensação que me prende, sempre, a cada imagem: a alegria pura, vivida no mais bonito dos dias.

De Santarém para todo o país, apresento-vos o trabalho bonito da ANA.WeddingPhotography.

Após a primeira reunião, é crucial para mim criar uma relação com os meus noivos. Quero que vejam em mim uma amiga, que vejam a Ana e não a fotógrafa. No dia do casamento temos que estar unidos, temos que ser um.

Conta-nos um pouco da tua viagem profissional até aqui, à fotografia de casamento.

A fotografia sempre esteve muito presente na minha vida. Tenha uma caixa inteira de memórias. Lembro-me perfeitamente de o meu pai andar sempre com a máquina fotográfica para registar as idas à praia, as sardinhadas, os fins-de-semana em casa dos avós.

Mas à medida que fui crescendo e as histórias foram mudando, a máquina  fotográfica passou a ter um papel mais assíduo dentro da mala do que propriamente nas nossas vidas. Anos mais tarde, já adulta, juntei-me a dois amigos e iniciámos o nosso projecto de fotografia de casamento.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Há quanto tempo fotografas? E porquê casamentos?

A ANA.WeddingPhotography completa dois anos. Mas já capto momentos sentidos com o coração desde 2014. Não consigo explicar a mística dos casamentos. Só consigo dizer que todos eles são diferentes, que todas as histórias são distintas, que há intervenientes loucos e outros mais tímidos. E é isto que me agarra! Poder registar a história que se escreve, a história que se sente e as histórias que muitas vezes não se vêem.

 

Nestes tempos globais, em que as imagens circulam a uma velocidade vertiginosa e todos temos acesso a tudo, a qualquer hora, onde vais buscar inspiração?

A inspiração vem do cinema, vem de conversas entre amigos, de gargalhadas e das viagens. Somos seres culturais, temos que nos inspirar! No meu caso, inspiro-me bastante na realidade, de como ela nos molda e nos faz sentir as coisas. Num mundo onde tudo está ao acesso de todos de uma maneira rápida, não há nada como nos inspirarmos nas emoções e na maneira como vemos e sentimos as pessoas e as relações. No registo documental não há nada melhor do que isto: a realidade, a actualidade.

 

Como construíste a tua assinatura, como te defines?

Há uma questão máxima que eu sigo na minha vida: gosto de tratar os outros como gostava que me tratassem a mim. E a minha ANA.WeddingPhotography é muito isto! Eu vivo o dia dos casamento como se fosse eu, eu vivo os preparativos bem de perto com as minhas noivas e sonho alto com elas. Por isso a minha assinatura não podia ser mais do que isto: eu mesma.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Achas que o ponto de vista feminino, os detalhes que escolhes fotografar e como o fazes, a narrativa que constróis, é diferente das escolhas que vês num trabalho de um profissional masculino?

Acho que não tem a ver com o olhar feminino e o olhar masculino. Mas com quem somos, que estímulos temos, quais as nossas vivências, se somos seres mais sensíveis ou não. O nosso trabalho vai-se moldando.

 

Quando precisas de fazer reset, para onde olhas, o que fazes?

Por norma esse reset só é feito quando chego ao carro, no final de um casamento. Durante o casamento eu rebolo, eu ando pelo chão, eu danço, eu choro, tenho os sensores todos ligados.


Qual é o teu processo de trabalho, como acontece a ligação com os teus clientes?

Após a primeira reunião, é crucial para mim criar uma relação com os meus noivos. Quero que vejam em mim uma amiga, que vejam a Ana e não a fotógrafa. No dia do casamento temos que estar unidos, temos que ser um.

 

Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography Fotografia de casamento em santarém - Ana Wedding Photography

Casamentos grandes ou pequeninos, nacionais ou estrangeiros, cerimónias emotivas, festas de arromba – qual é o tipo de festa que mais gostas de fotografar?

Todos. Todos são diferentes, todos têm histórias, todos eles me fazem borboletas na barriga. Todos me fazem querer sair de casa, pegar na máquina fotográfica e registar.


Qual é a melhor parte de ser um fotógrafo de casamento? E o mais desafiante e difícil?

Acho que o melhor e o mais desafiante são as emoções. Temos que lidar com elas de manhã à noite.


Escolhe uma imagem favorita do teu portefólio e conta-nos porquê:

Podia ter escolhido imensas fotografias mas esta é muito especial para mim porque foi um momento divertidíssimo! Antes da chegada do noivo à quinta, os “cavalheiros de honra” fizeram uma surpresa ao noivo. Há toda uma história que se conta por fotografias deste momento, desde a sua reacção à surpresa, às gravatas, à carrinha conduzida pelo pai do noivo com fardos de palha a fazer de bancos e de mesa. Foi uma aventura, misturada com adrenalina. Eu não sabia que eles iam fazer isto. Fui apanhada na curva e adorei!

 

Ana Wedding Photography, fotografia de casamento em Santarém

Estão à procura de quem faça a vossa fotografia de casamento?

 

Contactem a Ana Afonso através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto, directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

 

 

Acompanhem estas nossas conversas longas com fornecedores seleccionados Simplesmente Branco, sempre à quarta-feira!

 

Susana Pinto

Maquilhagem para noivas, com Ana Branco – Pó de Arroz

Quando procuramos um fornecedor de maquilhagem para noivas, para além do talento e conhecimento visíveis no seu portefólio, as qualidade humanas deverão ter um peso equivalente na decisão. Afinal, vamos passar alguns dos momentos mais importantes na sua companhia, com um certo grau de intimidade, e com uma premissa de valor muito elevada. A empatia e a disponibilidade serão dois grandes trunfos nesta relação longa e a querida Ana Branco, maquilhadora da Pó de Arroz, conta-nos a sua importância nestes tempos tão diferentes.

 

Desde o início da quarentena que a Ana Branco sentiu a necessidade de cuidar das suas noivas como se de família se tratasse, de as acompanhar, saber como estavam e proporcionar-lhes momentos de descontracção com informação, através de lives no Instagram que as ajudassem a manter a conexão com as suas metas, planos e objectivos.

Na opinião da Ana Branco, a ligação que se cria para um dia tão especial é um processo contínuo desde o primeiro contacto. Esta relação toma uma forma mais real no dia em que a noiva faz a reserva e a prova, e é sedimentada em todos os momentos de partilha ao longo dos meses ou anos até ao casamento. A empatia e disponibilidade são dois factores essenciais na construção desta ligação longa e bem bonita.

 

Conta-nos a Ana:

“A realização plena do meu serviço para noivas vai além da maquilhagem para um dia especial. Faço todo o aconselhamento para a sua preparação, seja sobre a maquilhagem, o penteado, a pele, a escolha de acessórios, e incluo algumas sugestões sobre o vestido, criando uma linha de harmonia com o temperamento pessoal e a mensagem que a noiva quer transmitir.”

 

Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas

Durante o confinamento, foram várias as noivas que enviaram mensagens à Ana, apreensivas com o comportamento da pele do rosto, que reflectia as alterações hormonais e o stress inerente a estes tempos tão estranhos. Para a maquilhadora, foi muito gratificante poder dar esse apoio de forma muito presente e empenhada, de tal forma que ainda hoje continuam a fazer os seus encontros online, a frequentar aulas com dicas personalizadas, mantendo-se ligadas através de redes sociais. Agora que vamos regressando a uma certa normalidade cheia de cautelas, algumas noivas acabam por pedir uma consulta ao domicílio para perceberem o que podem fazer para melhorar a pele para o grande dia.

 

Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas Pó de Arroz: maquilhagem para noivas

Agora que muitas noivas regressam ao seu local de trabalho, também as novas rotinas têm impacto numa pela mais sensível. Para isto a Ana volta a soluções prontas, partilhando com as suas clientes e seguidoras conhecimento específico focado nestes quadros de pele sensibilizada, ajudando a definir a limpeza correcta com produtos personalizados, com foco na reposição da hidratação e sugerindo a introdução de suplementos específicos, sempre revendo os tratamentos que já estavam em prática e sugerindo as alterações mais adequadas..

Além das sugestões sobre pele, maquilhagem e cabelo, a Ana Branco tem estado muito empenhada em dar todo o apoio às suas noivas, fazendo a ponte entre a informação profissional que vai circulando e as muitas questões que todos as noivas estão a atravessar neste desafiante ano de 2020.

 

Mais do que nunca, este espírito de missão e toda a empatia que coloca na sua postura profissional são trunfos no serviço de qualidade  que presta. Esta disponibilidade permanente manteve um canal aberto, tranquilizador e feliz, com toda a sua comunidade, revelando-se imprescindível tanto para as meninas que vivem no estrangeiro, com diferentes fusos horários, como para as nacionais.

Nestes tempos tão estranhos, a missão da Ana Branco foi clara: dar apoio, de forma gentil, animada e sempre muito profissional.

 

Saber ouvir e acomodar as questões e dúvidas, dando-lhes respostas tranquilizadoras e sábias é o que fazem os bons profissionais. E por estes dias malucos, em que tanta desinformação, pressão e destrato circulam, num “salve-se quem puder” pouco cuidadoso, encontrar alguém assim especial e empático como a doce Ana Branco, é muito bom e tranquilizador.

 

Contactem a Pó de Arroz, através da sua ficha de fornecedor. Espreitem as galerias e entrem em contacto com a Ana Branco directamente através do formulário: é só preencher com os vossos dados e mensagem e, na volta do correio, terão uma resposta simpática.

Susana Pinto

Dicas para casar: o bolo dos noivos

Começamos a semana em modo doce, com um artigo dedicado ao bolo dos noivos.

Para vos explicar tudo sobre o processo e vos ajudar a tomar as melhores decisões, conversamos com a Cláudia Almeida, a cake designer por detrás da Pitada d’Amor, apaixonada pela doçaria mas com um fraquinho especial pelos casamentos – provavelmente por ser uma romântica incurável!

 

Comecemos: quando devem os noivos começar a pensar no bolo para o casamento? Segunda a Cláudia, logo que tenham marcado a data e definido o espaço onde irão celebrar o vosso dia. É frequente que este assunto seja um pouco descurado, mas a verdade é que um bom cake designer costuma ter a agenda bastante preenchida: no caso da Pitada d’Amor, há marcações feitas com um ano de antecedência – o que significa que a agenda está sempre bem composta.

No início da época falámos por aqui sobre como escolher os melhores fornecedores para o vosso casamento. Retomamos essa lista de boas práticas, para que processo de escolha do vosso cake designer seja produtivo e guloso.

 

A partir do momento em que passarem à fase de contactos e pedidos de orçamentos, tenham presente que, para calcular um valor, é importante saber o número de pessoas que o bolo irá servir, a massa e recheio que preferem, e os seus “acabamentos”, ou seja, o exterior, onde estão incluídas o tipo de cobertura (creme ou pasta de açúcar, lisa, texturada ou pintada), a decoração (frutas frescas, flores naturais, flores em pasta de açúcar, folha de ouro, frutos secos, e outras gulodices, como macarrons ou suspiros), e acessórios, como um topo de bolo.

 

Todos estes elementos e as suas infinitas combinações terão um papel no orçamento final, e as contas não se fazem ao quilo. Um bolo para cinquenta convidados pode ser, facilmente, mais caro do que um bolo que serve oitenta porções: basta que o primeiro seja todo trabalhado com flores de açúcar, com pintura manual, e o segundo seja um simples naked cake, decorado com morangos frescos. Mais do que a diferença nos ingredientes e na dimensão, as horas de trabalho aplicadas a um e a outro, na sua finalização, serão a maior diferença, com o respectivo impacto no preço final.

 

Bolo dos noiivos decorado com flores naturais, feito por Pitada D'Amor Bolo dos Noivos com flores naturais Bolo dos noiivos decorado com flores naturais, feito por Pitada D'Amor

O tamanho do bolo decide-se em função do número de fatias que deve servir: «Em termos de design, há quem prefira bolos mais altos e mais estreitos, enquanto que outras pessoas escolhem bolos mais baixos e mais largos… o importante é irmos de encontro aos seus gostos», lembra a Cláudia. «Acontece muito pedirem-me bolos de esferovite, em que só andar de cima é verdadeiro.

Em termos de sabores, gosto que os noivos façam prova para ambos concordarem quanto ao que pretendem. Quando querem um sabor mais fresco ou mais requintado eu faço as minhas sugestões, mas prefiro sempre que sejam os clientes a tomar a decisão final. O bolo deve reflectir a personalidade do casal, não só visualmente mas também no seu interior.»

 

Já que falamos de sabores e de preferências, aproveitamos para lembrar uma questão muito importante e que, muitas vezes, é subvalorizada: a adequação dos ingredientes do bolo ao clima . A Pitada d’Amor recebe muitos pedidos de bolos red velvet com recheio de queijo creme e cobertura de pasta de açúcar. Ora, o queijo creme, tal como a fruta fresca, necessita de frio, mas o uso de pasta de açúcar impede que seja conservado no frigorífico, porque a humidade não combina demasiado com este ingrediente, o que torna esta combinação desaconselhada.  E as regras de segurança alimentar ditam que o bolo dos noivos seja mantido no interior, em local fresco, até à hora de ser servido.

 

Apesar de ser normal que tenham as vossas ideias sobre aquilo que gostariam de ter no bolo do vosso casamento, é importante que ouçam os conselhos dos profissionais. A Cláudia Almeida, por exemplo, prefere não correr riscos com sabores ou ingredientes que não lhe sejam familiares: «Tenho primeiro de ter 100% de certeza e confiança de que é bom e que resulta. Faço primeiro, provo e os noivos provam também para me darem a sua opinião. Só quando todos concordam é que sigo em frente.»

Isto não quer dizer que os vossos pedidos não sejam tidos em conta: «Lembro-me de uns noivos que me pediram bolo de laranja com curd de laranja e ganache de chocolate branco. Fiquei petrificada, tenho a certeza que foi essa a expressão que fiz! Disse-lhes que tinha de provar primeiro para ter a certeza e fiquei deslumbrada com o sabor. Não era de todo uma combinação que pensasse possível!»

 

Macarrons de chocolate branco Pitada d'Amor Bolo dos noivos simples Bolo dos noivos decorado com alecrim e alfazema

Pode haver especificidades que vos obriguem a estreitar as opções do vosso cake designer – mas não temam, que um bom profissional saberá sempre como obter o melhor resultado possível dentro do universo em que estiver a trabalhar. Um exemplo disso é a alimentação vegan. A Cláudia Almeida costuma fazer pesquisa e testar receitas vegan, para ter a certeza de que estará preparada se alguém lhe pedir um bolo de casamento livre de ingredientes de origem animal.

 

Outro caso é o das intolerâncias alimentares ou alergias. «Esta é uma situação extremamente delicada», salienta a Cláudia. «É importante saber se estamos perante uma leve alergia ou uma intolerância grave. No caso da doença celíaca, por exemplo, o cake designer tem que garantir que o seu espaço está isento da contaminação com glúten. Todos os utensílios terão de ser exclusivos para o manuseamento de produtos sem glúten. O forno deve ser exclusivo também, caso contrário ocorre uma contaminação cruzada. Pode parecer exagero, mas o bem-estar do cliente é o mais importante. A segurança alimentar sempre em primeiro lugar!»

 

Definidos os sabores, passemos agora à decoração do bolo. Se há casos em que é válida a expressão “os olhos também comem”, certamente que o bolo dos noivos é um deles!  «Geralmente os noivos trazem muitas ideias, sobretudo coisas de que gostaram num bolo ou noutro. Aviso sempre que nunca copio bolos, dou sempre o meu toque pessoal, o que torna cada bolo único. Procuro perceber exactamente o que lhes agrada, conhecer um pouco da sua história, dos seus interesses. E depois tento chegar a um projecto harmonioso.»  

É sempre um bocadinho de mim que está naquele bolo. Dos melhores elogios que já tive foi quando me disseram que olham para um bolo e não precisam de ver a imagem do logotipo para saber que é uma criação minha. Acho que qualquer artista gostaria de ouvir estas palavras. É como se tivesse a minha assinatura e isso deixa-me extremamente feliz. – Cláudia Almeida

Uma questão com que a Cláudia Almeida se debate constantemente é o uso de flores verdadeiras e não comestíveis nos bolos. Muita gente não saberá, mas em Portugal é proibido usar flores naturais nos bolos, com excepção das certificadas para consumo – todas as outras são tóxicas e tornam o bolo tóxico. «Para mim não há nada como as flores de açúcar que são feitas à mão, pétala a pétala. Revelam imensa arte e, quando bem conservadas, duram muito tempo, servindo de recordação do dia do casamento.»

 

Cupcakes Pitada d'Amor Bolo dos noivos decorado com Aguarela Pitada d'Amor Cake Designer

Já aqui dissemos mais de uma vez que é comum os noivos terem algumas ideias acerca do que pretendem para o seu bolo. Mas e se não tiverem nenhuma? Tudo bem na mesma: «Procuro entender aquilo de que o casal gosta, muitas vezes peço para ver os convites, o tipo de decoração que irão ter, qual o espaço, a paleta de cores. Inspiro-me em todos esses pormenores e mostro as minhas ideias. É um processo que demora um pouco, mas o bolo deve ser a caracterização dos noivos, de todo o seu amor e união. Deve reflectir a personalidade e identidade do casal.»

 

Quando se chega à forma e ao sabor final, está o assunto tratado – pelo menos, até à data do casamento. Porque no grande dia há outra questão muito importante que se levanta: o transporte: «Aviso sempre os noivos de que os bolos de casamento têm de ser montados no local», lembra a Cláudia Almeida. «O transporte é um enorme desafio, e o melhor caminho é transportar o bolo em partes e montá-lo já no espaço onde decorrerá a festa. Muitas vezes, a decoração também só é feita no momento, como é o caso de peças em glacé real.»

 

Todos os cake designers têm um “kit de emergência” para o caso de ser necessário algum retoque de última hora. Como já aqui referimos, o bolo deve ficar num local fresco e seco até ao momento do corte. Para que tudo corra na perfeição, deverá existir uma boa comunicação entre o cake designer e os elementos do espaço do vosso casamento – por isso, assegurem-se de que fazem as devidas apresentações e de que não há qualquer tipo de mal-entendido.

Normalmente, os profissionais de catering sabem como cortar um bolo de casamento, mas a Cláudia Almeida procura sempre mostrar o seu esquema de corte: «Há bolos que são muito altos, com 15cm de altura ou mais, e não se cortam da mesma forma que um bolo com 7cm de altura.» 

Depois de garantido o transporte, o acondicionamento adequado e a melhor técnica para o corte, a missão do cake designer está cumprida.

Tenho consciência que que os bolos de casamento são os que mais gosto de fazer. Já me disseram que o auge do meu trabalho são os bolos de casamento. Gosto que o cake design transmita emoções. É tão bom marcarmos a vida das pessoas desta forma! Se posso fazer os outros um pouco mais felizes, então eu sou, sem dúvida, uma pessoa muito feliz. – Cláudia Almeida

Esperamos ter-vos despertado o apetite. Agora começa o vosso trabalho de pesquisa. Informem-se bem, contactem os profissionais com que mais se identificarem e sigam os conselhos de quem mais sabe deste assunto. Assim se reúnem os ingredientes para um doce resultado!

 

Sobram dúvidas? Falem connosco! E não deixem de acompanhar todas as dicas para casar que vamos publicando, sempre à segunda-feira, que vos ajudarão a trilhar este caminho até ao mais bonito dos dias, de forma sabedora e tranquila!